Usuário(a):Lucas Piauilino/Guerra Franco-Sueca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Guerra da Pomerânia
Guerras Napoleônicas

Pomerânia sueca (centro à direita) em 1812
Data 31 de outubro de 1805 a 6 de janeiro de 1810
(4 anos, 11 meses e 6 dias)
Local Pomerânia sueca
Desfecho vitória francesa, Tratado de Paris
Beligerantes
França França Suécia Suécia
Reino Unido Reino Unido
Reino da Prússia Prússia
Comandantes
França Guillaume Brune
França Édouard Mortier
Suécia Gustavo IV Adolfo da Suécia[a]
Suécia Carlos XIII da Suécia[a]
Suécia Hans von Essen
Suécia Johan Christopher Toll
Forças
13,000 homens (in 1805)
40,000 homens (in 1810)
12,125 homens (in 1805)
27,000 homens (in 1810)
[a] Gustavo IV Adolfo da Suécia foi deposto por um Golpe de Estado, em 9 de março de 1809, e Carlos XIII da Suécia foi apontado rei em seu lugar.

A Guerra Franco-Sueca ou a Guerra da Pomerânia foi o primeiro envolvimento da Suécia nas Guerras Napoleônicas. O país se juntou à Terceira Coligação em um esforço para derrotar a França sob Napoleão Bonaparte.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 1803, a Grã-Bretanha declarou guerra à França e, naquela época, a Suécia permaneceu neutra em conjunto com os países nórdicos Dinamarca-Noruega e Prússia. Mas após a execução de Luís Antônio, Duque d’Enghien em 1804, o governo sueco rompeu todos os laços diplomáticos com a França e concluiu uma convenção que permitiu aos britânicos usar a Pomerânia sueca como base militar contra a França, em troca de pagamentos. A Rússia também prometeu à Suécia que 40 mil homens viriam em auxílio do país se fosse ameaçado pelas forças francesas. Assim, em 9 de agosto de 1805, a Suécia se juntou à Terceira Coligação e declarou a guerra à França em 31 de outubro.[1]

A Guerra[editar | editar código-fonte]

A ofensiva contra Hanôver

No começo de novembro de 1805, uma força combinada britânica, russa e sueca de cerca de 12 mil homens foi enviada da Pomerânia sueca para libertar Hanôver,ocupada pelos franceses. A ofensiva contra Hanôver foi repetidamente adiada por causa da reticência parcial da Prússia a que os suecos e os russos transferissem tropas através do território prussiano. No entanto, em dezembro de 1805, após a Batalha de Austerlitz, as forças britânicas e russas começaram a evacuar Hanôver, deixando apenas uma pequena força sueca sozinha para enfrentar os franceses. Em abril de 1806, os suecos também foram forçados a recuar para a Pomerânia sueca depois de um acordo ter sido concluído entre a Prússia e a França.[2]

A Quarta Coligação

Mas durante o verão de 1806, a Prússia formou a Quarta Coligação contra a França, que deu à Suécia o direito de ocupar Lauenburgo. Mas durante o outono, as forças francesas avançaram rapidamente e, rapidamente, grande parte das regiões ocidentais alemãs foram ocupadas, isso forçou as tropas suecas a se retirar em direção a Lübeck. O plano era que as tropas de lá podiam tomar a rota marítima para Stralsund para evitar as forças francesas em avanço. Os suecos ainda foram interceptados pelos franceses em 6 de novembro enquanto eles carregavam seus navios em Lübeck e, após a batalha de Lübeck, cerca de 1.000 soldados suecos tiveram que se render às forças francesas numericamente superiores.

O exército francês iniciou sua ofensiva em direção à Pomerânia sueca no início de 1807 e sitiou Stralsund em 15 de janeiro. Este foi o início de um cerco de sete meses de duração, e uma vez que as forças francesas também estavam envolvidas em guerras em outro lugar, isso reduziu cada vez mais o número de soldados estacionados em torno de Stralsund. Quando os suecos foram reforçados em 1 de abril, decidiu-se que tentariam quebrar o cerco. Isso foi feito com algum sucesso desde que os suecos conseguissem usar Usedom e Wolin. Mas os franceses escolheram contra-atacar, e uma força de 13 mil homens atacaram os suecos de Stettin em 16 de abril. Isso obrigou a seção esquerda do exército sueco a se retirar, e outra divisão em Ueckermünde foi então cortada e depois capturada. Em 18 de abril, a França e a Suécia concordaram com um cessar-fogo segundo o qual os franceses deixariam a Pomerânia. No entanto, o governo sueco se recusou a se juntar ao Bloqueio Continental e denunciou o armistício sob a influência da diplomacia britânica em 8 de julho.

Em 6 de agosto de 1807, 50 mil soldados franceses, espanhóis e holandeses sob o marechal Guillaume Brune começaram a atacar a Pomerânia sueca e sitiaram novamente Stralsund. Em 20 de agosto de 1807, os defensores da cidade capitularam e os restos do exército sueco foram cercados em Rügen. No entanto, o general sueco Johan Christopher Toll conseguiu concluir a convenção de Schlatkow com o marechal Brune em termos favoráveis ​​e suas forças retiraram-se para a Suécia com todas as suas munições de guerra em 7 de setembro.[3]

Tratado Franco-Russo

O tratado franco-russo de Tilsit deixou a Grã-Bretanha e a Suécia sem outros aliados na guerra contra a França. Em 21 de fevereiro de 1808, a Rússia juntou-se à guerra contra a Suécia ao invadir a Finlândia e, em 14 de março, o mesmo ano, a Dinamarca-Noruega também declarou guerra à Suécia. As tropas dinamarquesas e francesas e espanholas começaram os preparativos para uma invasão da Escânia, na Suécia, mas o plano logo foi abortado, e a guerra foi dirigida à fronteira norueguesa-sueca. A expedição de Sir John Moore enviada pelo governo britânico para proteger a Suécia do possível ataque franco-dinamarquês chegou em 3 de maio de 1808 e ficou até julho, quando foi redirecionado para Portugal.

Os planos de Napoleão para invadir a Suécia nunca foram realizados devido à atividade britânica no Mar Báltico, à fraqueza das forças armadas dinamarqueses e às hesitações do marechal francês Bernadotte. As ações de Bernadotte o tornaram popular o suficiente para ser eleito como um Príncipe herdeiro sueco após o Golpe de Estado em março de 1809. Em 30 de agosto de 1809, o novo governo sueco deveria concluir o Tratado de Hamina com a Rússia legitimando a anexação russa da Finlândia e Åland. Um tratado de paz entre a Suécia e a Dinamarca-Noruega foi assinado sem ajustes territoriais em 10 de dezembro de 1809.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Em 6 de janeiro de 1810, a Suécia assinou um Tratado de Paris mediado pela Rússia, com a França, recuperando a Pomerânia, com o custo de se juntar ao Bloqueio Continental. Em 17 de novembro de 1810, a Suécia foi forçada a declarar a guerra contra a Grã-Bretanha e todos os bens britânicos na Pomerânia sueca foram apreendidos. O contrabando com o governo continuou, no entanto, sobre o Mar do Norte e a frota inglesa foi informada de que seria uma guerra fantasma. A guerra durou até 1812 e nenhuma ação militar foi tomada.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. Lindqvist, Herman(2004) page 256
  2. https://web.archive.org/web/20111004032717/http://www.hjle.se/webbsidor/ku_gustav_adolf1805.htm%7CThe War against Napoleon: 1805-1810
  3. Sundberg, Ulf(2002), page 357-362

Categoria:Guerras Categoria:Guerras Napoleónicas Categoria:Relações entre França e Suécia