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O fio da memória
 Brasil
1991 •  cor •  120 min 
Género documentário
Direção Eduardo Coutinho
Produção • Sagres Cinema Televisao e video
• CineFilmes
• Fundacao de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ)
Narração Milton Gonçalves e Ferreira Gullar
Música Tim Rescala
Distribuição Prefeitura Rio Filme
Idioma português

O fio da memória é um documentário brasileiro de longa metragem, produzido entre 1988 a 1991, dirigido por Eduardo Coutinho. O documentário, dividido em duas partes, aborda a respeito da cultura e identidade dos negros e princalmente sobre a escravidão, em meio ao Centenário da Abolição da Escravatura.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Gabriel Joaquim dos Santos, nascido em 1892 e morador do distrito de Vinhateiro, Cabo Frio no Rio de Janeiro. Filho de ex escravos, nasceu quatro anos depois da abolição da escravatura. Trabalhou praticamente a vida inteira em salinas e na roça. Construiu a própria casa (Casa da flor) e tornou-se artista por natureza, recolhendo e reutilizando materiais como lâmpadas, cacos de vidros, pedaços de azulejos e até mesmo resto de lixos, servindo de decoração e criando sua arte. Morreu em 1985, aos 92 anos. Gabriel é o personagem escolhido por Eduardo Coutinho para caracterizar e servir de molde para o enredo do documentário. Relatos gravados e depoimentos escritos em cadernetas servem como registro histórico, geográfico e cultural do país.

O fio da memória inicia com uma breve narração (Milton Gonçalves e Ferreira Gullar) sobre o Brasil colonizado por Portugal e sobre o início do tráfego negreiro e da escravidão. Através de depoimentos, entrevistas e relatos do cotidiano, o documentário é um documento histórico, cultural e revelador do Brasil e da identidade e trajetória dos negros.

Produção[editar | editar código-fonte]

Uma produção de Sagres Cinema Televisão e vídeo, CineFilmes e Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), numa distribuição da Prefeitura Rio Filme e patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.

Ficha Técnica[editar | editar código-fonte]

Direção: Eduardo Coutinho
Assistente de direção: Sérgio Goldenberg
Coordenador de produção: Sônia Faerstein
Produção executiva: Eduardo Escorel e Lauro Escorel Filho
Montagem: Gilberto Santeiro
Fotografia: Adrian Cooper
Narração: Milton Gonçalves e Ferreira Gullar
Som direto: Cristiano Maciel e Jorge Saldanha
Música: Tim Rescala

Dados importantes[editar | editar código-fonte]

• Em 1532 são trazidos pelos Portugueses os primeiros negros escravos.
• Chegam ao Brasil aproximadamente 3 milhões e 500 mil escravos.
• 1850 é proibido o tráfego de escravos para o Brasil.
• 40 % da população do Rio de Janeiro era composta por escravos.
• Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assina a Lei Áurea.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

• Durante o primeiro ano de gravação, a verba disponível para a realização do filme acabou e a produção teve que ser interrompida durante 2 anos.
Eduardo Coutinho gravou seu documentário sem um roteiro fixo;
• Na ausência de um roteiro e para melhor compor a narrativa, utilizou o personagem Gabriel para ser o "fio" condutor da história,agregando uma característica mais poética ao filme;
• O título do filme exerce uma ligação com a recuperação das lembranças do personagem Gabriel sobre sua vida e sua própria identidade, juntamente com a reconstrução da identidade do negro.
[1]

Breve Análise[editar | editar código-fonte]

Gabriel Joaquim dos Santos é a figura que caracteriza os negros abordados na obra (juntamente de outras figuras entrevistadas). No centenário da abolição da escravatura, o tema principal é a escravidão e junto dela toda a sua herança. Religião e cultura unidas ao racismo e preconceito impostos ao negro. [2]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

{{Eduardo Coutinho}} {{DEFAULTSORT: O fio da memória}} [[Categoria:Documentários]] [[Categoria:Documentários do Brasil]] [[Categoria:Filmes dirigidos por Eduardo Coutinho]] [[Categoria:Filmes em língua portuguesa]] [[Categoria:Filmes do Brasil de 1991]]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Consuelo Lins (2007 - 2.ed.). «O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo». Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Consultado em 22 de junho de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. Jaime Rodrigues (1999). «Fios de O fio da memória». FFLCH-USP. Consultado em 23 de junho de 2015