Usuário:DAR7/Testes/Ciências Humanas/Geografia (2)

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Geografia
DAR7/Testes/Ciências Humanas/Geografia (2)
Mapa da Terra.
Origem do nome γεογραπηία, grego
Origem  Grécia, séc. III a.C., Eratóstenes
Influências química, geologia, matemática, história, física, astronomia, antropologia, ecologia, positivismo lógico
Influenciados matemática, astronomia, política, economia, arquitetura, urbanismo, turismo, sociologia, marxismo, direito, etc.
Principais nomes Heródoto, Estrabão, Pitágoras, Aristóteles, Eratóstenes de Cirene, Ptolomeu, Edrisi, Ibne Batuta, Ibne Caldune, Abraham Ortelius, Bernhardus Varenius, Gerardus Mercator, James Cook, Alexander von Humboldt, Immanuel Kant, Carl Ritter, Ferdinand von Richthofen, Friedrich Ratzel, Paul Vidal de La Blache, William Morris Davis, Milton Santos, Aziz Ab'Saber, Jurandyr Ross, José William Vesentini, David Harvey, Alfred Hettner, Ruy Moreira, entre outros
Definição estuda o conjunto de fenómenos naturais e humanos que constituem aspetos da superficíe da Terra, considerada na sua distribuição e relações recíprocas.
Conhecida por utilizar mapas para localização, viagens e estudos de lugares.
Pretende estabelecer relações de espaço entre o homem e a natureza
Divide-se em Geografia física, Geografia humana, Geografia econômica
Ramificações climatologia, geomorfologia, biogeografia, hidrologia, edafologia, geografia matemática, oceanografia, meteorologia, geografia populacional, antropogeografia, geografia econômica, geografia social, geografia urbana, geografia política, geografia histórica

A Geografia é a disciplina que pesquisa a superfície terrestre e explica as paisagens derivadas da mistura de elementos ambientais e sociais. Vem de longa data a responsabilidade do homem em entender o meio no qual passa sua vida, poucas vezes por interesse, outras com objetivos econômicos ou políticos. Abordar sistematicamente o conteúdo sobre o planeta Terra constitui o escopo fundamental da Geografia, ciência que nasceu na própria procedência do ser humano, apesar de somente ter atingido a condição de disciplina com o desenvolvimento da civilização grega.[1]

Geografia estuda a superfície terrestre. Seu nome vem das palavras gregas geo ("Terra") e graphein ("escrever"). A superfície da Terra que abrange a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera e a biosfera, constitui o ecossistema, ou “habitat”, em que podem coabitar os seres humanos, os animais e as plantas.[1]

A superfície habitável da crosta terrestre encerra diversas particularidades, das quais uma das principais constitui a complicada influência dos elementos ambientais, biológicos e sociais, como relevo, clima, água, solo, vegetação, agricultura e urbanização. Outro aspecto constitui a ampla variação do meio de uma região para outra, dos trópicos às geladas regiões polares, de arenosos desertos a chuvosas florestas equatoriais, a altas montanhas de regiões geladas e despovoadas a metrópoles maciçamente povoadas. Outra peculiaridade também constitui o caráter regular com que são registrados certos fenômenos como os climáticos, o que torna mais generalizada sua distribuição espacial. Os tipos mais claros constituem as dimensões de temperatura e precipitação, importantes elementos climáticos para a agropecuária e demais ocupações humanas.[1]

A geografia se compromete principalmente com a posição de seu objeto, com as correlações dos fenômenos (particularmente a associação entre a sociedade humana e o solo, do mesmo modo que a ecologia). Pretende responder a perguntas sobre a expectativa de distinguir uma região pelo número de habitantes, modo de vida e educação, e sobre os fluxos e ligações que existem entre as diversas regiões.[1]

Definição[editar | editar código-fonte]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A etimologia de “geografia” vem do vocábulo grego geographía (γεογραπηία), que significa “descrição da Terra” e “carta geográfica”.[2] O termo é composto pelos radicais gregos geo = “terra”, + graphein = “descrever”. O nome da disciplina é representado no latim como geographia.[2] Esta é a fonte do eruditismo em cinco línguas europeias: em língua portuguesa e italiana, geografia (século XVI);[3][4] em espanhol, geografía, (1615);.[5] em francês, geographie (cerca de 1500);[5] em inglês, geography (séc. XVI).[5] Esta palavra foi emprestada do vocábulo francês e alemão Geographie (séc. XVI),[5] no idioma nacional da França, geographie (cerca de 1500);[5] A palavra alemã Erdkunde vem de duas palavras: Erde = “terra”, + Kunde = “conhecimento”.[5] Esta palavra foi registrada pelo especialista em linguística da Alemanha, Johann Christian Adelung (17321806), em 1774.[5] Erdkunde constitui uma palavra traduzida do termo francês e alemão Geographie[5]

Visão geral[editar | editar código-fonte]

A geografia é o estudo da relação da Terra com seus habitantes. Os geógrafos desejam entender onde vivem os homens, os animais e as plantas, onde estão localizados os rios, os lagos, as montanhas e as cidades. Pesquisam porque esses elementos são encontrados onde estão e como estão inter-relacionados.[6]

A geografia envolve outras áreas do conhecimento para conseguir informações básicas, especialmente em alguns de seus ramos especializados. Usa as informações da química, da geologia, da matemática, da física, da astronomia, da antropologia, da biologia, e relaciona-os com a pesquisa dos povos e de seu meio ambiente.[6]

Os geógrafos usam numerosas técnicas para suas avaliações, como viagens de automóvel, leituras de mapas e enciclopédias, e estudo de estatísticas populacionais. Os mapas são seu instrumento e meio de expressão principal. Além disso, os mapas são atualizados com dados dos pesquisadores, aperfeiçoando assim o nosso conhecimento geográfico.[6]

Dada a utilidade do conhecimento geográfico no cotidiano das pessoas, começa-se a aprender geografia entre o jardim de infância e a universidade. O objetivo básico do estudo da geografia é desenvolver o sentido de direção, de ser capaz de ler mapas, de compreender as relações de espaço e de conhecer o tempo, o clima e os recursos naturais.[6]

A necessidade e a utilização, continuamente, do conhecimento da geografia vêm desde cedo. Os povos pré-históricos precisavam achar cavernas para moradia e reservas regulares de água. Também precisavam morar próximo de um lugar onde pudessem perseguir animais para matar ou prender. Conheciam a localização das pegadas dos animais e dos caminhos dos inimigos. Utilizavam carvão ou argila colorida para fazer mapas primitivos de sua região nas paredes das cavernas e nas peles enxutas dos animais.[6]

Com o passar do tempo, o homem foi aprendiz da agricultura e da pecuária. Essas atividades obrigaram-no a ficar mais atento ao clima e à localização dos pastos. No entanto, o tamanho do conhecimento geográfico certamente era restrito à distância percorrida em um dia.[6]

Hoje em dia, não podemos estar mais satisfeitos com o conhecimento geográfico restrito à área a qual cerca nossas residências. Nem mesmo o conhecimento das terras e dos mares vizinhos é suficiente às pessoas, como ocorria no tempo do Império Romano, estado extinto, com tamanho análogo ao Brasil e aos Estados Unidos dos tempos atuais. Para atender às nossas necessidades, temos que conhecer um pouco da geografia da Terra toda.[6]

História[editar | editar código-fonte]

Antiguidade greco-romana[editar | editar código-fonte]

Os mais antigos registros de conhecimentos geográficos são encontrados em relatos de viajantes, como o grego Heródoto, no século V a.C. O conhecimento dos gregos sobre o planeta Terra era muito grande e a crença de filósofos como Pitágoras e Aristóteles era de que ela era redonda. Eratóstenes de Cirene, na obra Geographica, primeira a utilizar a palavra geografia no título, mediu a circunferência da Terra com grande precisão.

Mais tarde, o geógrafo e historiador grego Estrabão reuniu todo o conhecimento clássico sobre geografia em uma obra de 17 volumes, descrevendo a época de Jesus Cristo. Esta obra tornou-se a única fonte sobre obras gregas e romanas, as quais desapareceram. Outra contribuição fundamental, não obstante, os erros apresentados por seus estudos, foi a do astrônomo e geógrafo grego Ptolomeu, do século II da era cristã.

Idade Média, Renascimento e Iluminismo[editar | editar código-fonte]

Depois que o Império Romano do Ocidente caiu, o conhecimento geográfico, produzido na Grécia e na Roma antigas, foi perdido na Europa, apesar disso, nos séculos XI e XII, os geógrafos muçulmanos o preservaram, revisaram e ampliaram. No entanto, os pensadores europeus pelos quais, no tempo das cruzadas, foram retomadas primeiras teorias, ignoraram as adições e correções feitas pelos geógrafos árabes Edrisi, Ibne Batuta e Ibne Caldune. Dessa forma, os erros de Ptolomeu foram perpetuados até que as viagens as quais se realizaram nos séculos XV e XVI passaram a abastecer novamente a Europa de informações de maior detalhe e precisão a respeito do resto do mundo. Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius foi o organizador de uma grande variedade de mapas sob a forma de um livro, no primeiro atlas do qual se tem notícia.

Uma figura fundamental da retomada dos estudos da geografia era o alemão Bernhardus Varenius (Bernhard Varen) cuja Geographia universalis passou por uma grande variedade de revisões e permaneceu como importante obra de referência durante um século ou mais. Também era de Flandres o cartógrafo de maior importância do século XVI, Gerardus Mercator (Gerard de Cremer), que, criador de um sistema de projeções, aprimorou os quais utilizavam latitudes e longitudes.

Durante o século XVIII, James Cook adotou novos padrões de precisão e técnica em navegação. Viajou com fins científicos e, depois, de 1772 a 1775, realizou uma viagem de circum-navegação do globo. Na França apareceu o primeiro estudo topográfico com detalhes de um grande país, que quatro gerações de astrônomos e pesquisadores levaram a cabo do século XVII ao séc. XVIII. Em seu trabalho foi baseado o atlas nacional de França, com publicação datada de 1791.

Como muitos de seus antecedentes, Alexander von Humboldt planejou conhecer demais partes do mundo, mas distinguiu-se pela cuidadosa preparação antecipada de suas viagens, pelo alcance e precisão de suas observações. São especialmente interessantes seus estudos a respeito dos Andes (que Humboldt fez quando viajou às Américas Central e do Sul de 1799 a 1804). Pela primeira vez, nessas pesquisas, foi feita uma descrição sistemática e inter-relacionada da altitude, temperatura, vegetação, agricultura em montanhas que se situam em regiões de paralelos inferiores.

Surgimento da Geografia moderna[editar | editar código-fonte]

As bases da geografia moderna foram lançadas por Humboldt, destacando-se na observação direta e nas medições como princípio para leis gerais. No que lhe concerne, a definição do filósofo Immanuel Kant, em seu livro Kritik der reinen Vernunft (1781: Crítica da razão pura) sobre o lugar da geografia, entre as diferentes disciplinas, foi satisfatória: a afirmação de Kant foi de que a ciência geográfica trabalha com os fenômenos que se associam no espaço da mesma forma que a história lida com fatos ocorridos durante uma mesma época. Assim Kant como Humboldt ensinaram geografia e foram da mesma época que Carl Ritter, ocupante da primeira cadeira fundada numa universidade moderna.

Três inovações institucionais do século XIX também exerceram importante função no aparecimento da geografia moderna: o novo perfil das universidades, a criação de sociedades geográficas e os estudos a respeito das características e dos recursos naturais que os governos de uma grande diversidade de países patrocinaram. A instalação de estações que se dirigem à observação geográfica sistemática ajudou a mapear uma grande diversidade de fenômenos físicos.

A geografia como disciplina acadêmica, isto é, como campo de pesquisas e estudos atacantes em universidades, foi estabelecida na Alemanha na década de 1870. Foram seguidas a Prússia, a França e demais países europeus. Dentre os mais importantes eruditos desse período que expandiu e definiu o objeto da geografia estavam o geógrafo e geólogo alemão Ferdinand von Ricthofen, escritor de uma grandiosa obra de cinco volumes a respeito da geog. da China. Seu trabalho exerceu influência sobre o desenvolvimento da metodologia geográfica na Alemanha e em demais países. Outro alemão, Friedrich Ratzel, líder da escola determinista, escritor de trabalhos precursores em geografia humana e política, defendia que a natureza é uma condição para a atividade do homem.

A crescente quantidade de geógrafos com formação acadêmica atacante levou ao aparecimento de correntes diferenciadas no interior da disciplina. Apesar da sua diferença quanto às opiniões e no destaque que se deu a certos aspectos, cada uma destas escolas estava preocupada com as questões próprias do homem e suas diferenças de região para região. Paul Vidal de La Blache, líder da escola possibilista, que considera o meio ambiente como oferecedor de possibilidades diferentemente escolhidas pelo homem em cada área geográfica, foi um dos maiores importantes responsáveis pelo aparecimento da geografia moderna em França. É devido a ele a definição do campo da geografia regional, com destaque na pesquisa de áreas pequenas com relativa homogeneidade. Foi o primeiro professor de geografia da Sorbonne e organizador de uma obra grandiosa, com cobertura da geog. regional no mundo inteiro, no entanto, sua vida foi muito curta para concluir seu trabalho. Seu aluno Lucien Gallois completou a obra Géographie universelle (1927–1948), uma das melhores publicações a respeito do tema.

Século XX[editar | editar código-fonte]

No século XX, a evolução da geografia foi rápida, ganhando novos métodos e conceitos. No começo, a geomorfologia foi o campo geográfico de maior atração, predominando as teorias do estadunidense William Morris Davis, que, no início do século, como desenvolvedor do conceito do ciclo de erosão, constituiu uma nova geração de geógrafos. Depois da Segunda Guerra Mundial, os geógrafos regionais se associavam frequentemente com a execução de programas econômicos em áreas de menor desenvolvimento. Durante a década de 1960, a atenção estava voltada para os métodos quantitativos desenvolvidos e a construção dos modelos de sistemas físicos e humanos. No fim dessa década e no início da seguinte voltaram a ser discutidas as preocupações com o meio ambiente, depois de um período em que foi relativamente esquecido.

Durante as décadas de 1970 e 1980, alguns geógrafos entenderam o aparecimento de modelos quantitativos que se baseiam em grandes grupos de dados apurados em censos e demais categorias de levantamento como uma preocupação excessiva com o espaço abstrato, em prejuízo da localização terrestre. Foi reivindicada, então, uma abordagem de maior comportamento a qual abrangesse entendimentos e decisões individuais, além de uma geografia com mais humanismo. Demais correntes disputaram abordagens de maior radicalismo, contudo, atravessando quaisquer das mudanças, havia o objetivo comum de privilégio dos seres humanos e suas sociedades, o meio ambiente físico e biológico, o caráter regional de alguns fenômenos e as associações, e relações verificadas em cada região, observadas tanto da opinião ecológica como sistêmica.

Ainda nesse século, as fontes de dados estatísticos foram multiplicadas, com os censos nacionais realizados numa grande quantidade de países. A fotografia aérea demonstrou ser um novo e fundamental instrumento de trabalho, mas ainda de maior poder e otimismo foi a abertura das possibilidades pelo sensoriamento remoto desde satélites artificiais e pelo uso de computadores no tratamento de enormes volumes de dados.

A mudança do objetivo central do estudo da geografia — a superfície da Terra — foi rápida nas últimas décadas do século XX. Os geógrafos, da mesma forma que os cientistas acadêmicos de uma grande quantidade de outras áreas, começaram a se preocupar com diversos outros problemas. São eles:

  • a desertificação, que tanto as repetidas secas e quanto a ação do homem causam; a desflorestação de florestas equatoriais, pela qual é afetado negativamente o delicado equilíbrio ecológico;
  • o perigo dos desastres naturais de todos os tipos e também os acidentes que a espécie humana causa, particularmente nucleares;
  • a poluição ambiental, como a chuva ácida e a atmosférica nas cidades, as elevadas taxas de crescimento populacional, criadoras de problemas de sobrevivência em certos países de recursos escassos;
  • o problema da desigualdade regional na distribuição de riquezas e recursos;
  • o perigo da miséria e da fome, que problemas econômicos e políticos exacerbam.

Dentre os campos potenciais de desenvolvimento da geografia são encontrados a exploração de recursos minerais e de demais tipos nos oceanos, o uso da engenharia elétrica para que seja aumentada a produtividade agrícola, e solucionados problemas e o aperfeiçoamento da supercondutividade para a melhoria da distribuição de energia. A expansão das culturas, em várias regiões do mundo, é inibida pelas pragas que, propriamente ditas, criam dificuldades. Quaisquer desses problemas e perspectivas abrangem questões geográficas — já que se ligam aos fatores naturais e humanos e à sua distribuição espacial — e mostram sempre desafios novos para os eruditos.

Novas perspectivas de análise[editar | editar código-fonte]

Nas últimas décadas do século XX, apareceram formas novas de análise da superfície da Terra e das relações estabelecidas pelo homem com o meio pelo qual é rodeado. Dentre os de maior importância são encontrados:

  • Geografia da percepção: esta corrente, que se relaciona com a psicologia e a sociologia, considera que todo o indivíduo possui uma visão própria do meio, a qual, no que lhe concerne, variações pessoais, econômicas, sociais e culturais a condicionam. Consequentemente, as relações do homem com o meio diferem para cada pessoa, devido à sua percepção da realidade.
  • Geografia radical: com base nas obras do pensador alemão Karl Marx (1818–1883) o principal objetivo desta tendência é a melhoria de compreensão das relações entre o homem e o meio como passagem anterior para a possibilidade de alteração dos aspectos negativos da realidade. Esta corrente, que se opõe ao poder político, coloca a geografia a serviço da sociedade e aparece como tentativa de oferecimento de respostas para as desigualdades que existem no mundo.
  • Geografia de gênero: esta perspectiva apareceu na década de 1980 no Reino Unido e nos Estados Unidos, em relação estreita com o feminismo. Era uma análise de assuntos como o preconceito da mulher no acesso à política, ao trabalho e aos serviços sociais; e as relações de homens com mulheres em cada área geográfica e a função feminina na sociedade.

A evolução dos métodos de trabalho da Geografia, que se baseiam tradicionalmente em observar a realidade; em obter dados através da atividade de campo; em descrever fenômenos e elementos geográficos; e em analisar através de ferramentas estatísticas, foi rápida nas últimas décadas. Isso porque a informática progrediu e também porque os sistemas de observação remota da superfície da Terra, como as imagens de satélite, foram utilizados.

Geografia no Brasil[editar | editar código-fonte]

Milton Santos (1926-2001).

Quanto ao conhecimento geográfico no Brasil, não se pode deixar de observar a grande importância e influência do Geógrafo mais reconhecido do país seguido de Aziz Ab'Saber e seu pioneirismo, não por profissão, mas por méritos, Milton Santos. Com várias publicações, Milton Santos, tornou-se o pai da Geografia Crítica que faz análises e fenomenológicas dos fatos e incidências de casos. Isso é muito importante, visto que a Geografia é uma ciência global e abrangente, e somente o olhar geográfico aguçado consegue identificar determinados processos, sejam naturais ou sócio-espaciais. Vale ressaltar também os importantes estudos do professor Jurandyr Ross, que se dedicou a mapear, de forma bastante detalhada, o relevo brasileiro além das inúmeras publicações do professor doutor José William Vesentini que se tornaram referência no estudo da geografia do Brasil.

Não podendo esquecer de geógrafos como Armen Mamigonian, Manuel Correia de Andrade, Roberto Lobato Corrêa, Ruy Moreira, Armando Corrêa da Silva, Antonio Christofoletti, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, entre outros de outras épocas, não tão conhecidos como os que fizeram suas carreiras na Universidade de São Paulo.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Geografia física[editar | editar código-fonte]

Outra divisão comum da geografia é a distinção entre a pesquisa da Terra do ponto de visto físico e a pesquisa dos seres vivos. A geografia física estuda a Terra. A exigência do estudo superior da geografia física se refere a conhecimentos de geologia, meteorologia, física, ecologia, botânica e biologia.

Esta disciplina é uma análise das diferenciadas variações naturais ocorridas em um determinado lugar, considerando tanto os aspectos naturais como a relação entre esses e o homem. Exemplificando estes estudos, o choque da atividade humana sobre o meio, ou a resposta do homem às particularidades naturais do meio.

Alguns geógrafos físicos estudam as formas de relevo, como as montanhas e as planícies. Um dos ramos da geografia é dedicado à localização de pontos exatos no globo terrestre. Cada um desses ramos forma quase que uma ciência autônoma e possui nome próprio.

De acordo com o fenômeno natural em análise, a geografia encontra-se dividida nos seguintes campos:

  • Climatologia: é uma análise das condições atmosféricas características de um determinado lugar ou região; é uma observação dos valores médios dos diferentes elementos do clima, como a chuva e a temperatura, em cada zona da superfície da Terra; distribui cada tipo de clima no planeta; é o estudo da influência do clima na flora, nos solos e no relevo; fica atento na relação que existe entre o clima e o homem. Esta especialidade relaciona-se com a meteorologia já que o objeto de estudo de ambas é a atmosfera.
  • Geomorfologia: é o estudo dos aspectos das formas de relevo presentes na superfície terrestre, sendo atencioso aos processos de origem, exemplificando, os movimentos tectônicos da crosta terrestre ou o levantamento e afundamento das rochas e a sua respectiva transformação pela erosão. No interior dessa especialidade, que relaciona-se com a geologia, distingue-se a geomorfologia histórica, uma análise da evolução das formas de relevo no decorrer da história, da geomorfologia dinâmica, uma análise dos processos que predominam na transformação do relevo atual.
  • Biogeografia: relaciona-se com ciências como a biologia, a zoologia, a ecologia e botânica. Esta especialidade é o estudo da distribuição dos seres vivos na superfície da Terra, como as relações que existem entre as diferentes espécies animais e vegetais, da mesma forma que os fatores pelos quais a distribuição da fauna e da flora é afetada, por exemplo, o clima, os solos e o relevo. A biogeografia abrange outras disciplinas de maior especificação, como a fitogeografia, ocupada das formações vegetais, e a zoogeografia, uma investigação de todas características que relacionam-se com a distribuição e a variedade das espécies animais. A biogeografia histórica, que estuda a distribuição dos elementos bióticos (animais e plantas), considera a evolução diacrônica destes.
  • Hidrologia: é o estudo dos aspectos do conjunto que as águas que existem na Terra formam, sejam elas superficiais (sobre a superfície) ou subterrâneas (debaixo da terra), pelas quais é constituída a chamada hidrosfera. Em demais características, a hidrologia é uma disciplina de exploração das propriedades químicas e físicas da água, da mesma forma que as relações que existem entre as massas de água e os outros constituintes do planeta (seres vivos, superfície continental e massa de ar atmosférico).
  • Edafologia: é o exame dos aspectos químicos e físicos dos solos, dos tipos de substratos que existem e da sua respectiva distribuição na superfície da Terra.
  • Geografia matemática: é o estudo do espaço e do tempo, da forma da Terra e da localização exata das áreas no globo terrestre. Com a finalidade de localização dos pontos diferenciados, a superfície terrestre foi dividida com linhas que chamam-se meridianos e paralelos. Pode-se localizar qualquer ponto do mundo através dessas linhas.
  • Oceanografia: estuda as ondas, as marés, as correntes e o fundo dos oceanos.
  • Meteorologia: tratado do tempo, dos ventos, da temperatura, das nuvens, da chuva e da neve.

Biogeografia[editar | editar código-fonte]

A biogeografia estuda como seres vivos distribuem-se em nosso planeta. A necessidade daqueles que estudam biogeografia se refere ao conhecimento de elementos de botânica, zoologia, história, filosofia, política e uma grande variedade de outras ciências relacionadas aos seres vivos.

A biogeografia dedica-se ao estudo dos fenômenos biológicos ocorridos na superfície da Terra. Pode se subdividir em ambos os ramos:

  • Geografia vegetal: o profissional nessa área é o estudioso do clima, dos solos e de demais fatores determinantes da vida vegetal de uma região.
  • Geografia animal: estuda os animais e as aves de uma grande variedade de regiões. A tentativa do profissional dessa área é a determinação do motivo do habitat dos animais e de outros em outra região. Uma das fases de maior interesse da geografia animal é estudar as migrações dos pássaros e dos animais.

Geografia humana[editar | editar código-fonte]

O campo da geografia humana compreende o homem e seu meio ambiente, seus aspectos, hábitos, idiomas, religiões, profissões e necessidades. Esta disciplina é o estudo dos diferentes processos de intervenção do homem, sendo especialmente atencioso à sua distribuição na superfície da Terra e às relações que estabelecem-se com os fenômenos naturais. Encontra-se dividida em diferentes campos:

  • Geografia populacional: é o estudo das populações em relação à nascimentos, mortes, batismos, anos de estudo, idade, casamentos, divórcios e demais dados.
  • Antropogeografia: termo científico cuja raiz etimológica é geografia do homem, estuda os seres humanos e seu meio ambiente. Esta disciplina é muito importante e possui uma grande quantidade de divisões que praticamente forma uma ciência autônoma.
  • Geografia econômica: é uma investigação, dentre demais características, da distribuição dos recursos naturais e os aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no território (de acordo com a atividade em análise, distingue-se entre geografia agrária, geografia industrial, geografia turística, etc.). Relaciona-se com a economia.
  • Geografia social: é uma análise das diferenças que existem na organização das comunidades humanas, principalmente, no que se refere à distribuição desigual no planeta, à sua estrutura (devido à fatores como a idade, o sexo, a educação e o trabalho) e à sua evolução histórica. Liga-se estreitamente à demografia.
  • Geografia urbana: tem interesse pela localização, estrutura e evolução das cidades, da mesma forma que pelas atividades nelas desenvolvidas. Relaciona-se com o urbanismo e a arquitetura. Ao contrário, a chamada geografia rural é uma análise das mesmas características nas regiões geográficas de densidade populacional espalhada.
  • Geografia política: é o estudo da organização política das sociedades humanas, da mesma forma que da localização e organização dos Estados e da evolução dos limites administrativos, como de países, estatoides, municípios, regiões turísticas, regiões consulares, arquidioceses, dioceses, emissoras de televisão, batalhões de polícia, etc.
  • Geografia histórica: tem preocupação com a evolução histórica da população, a sua organização social e as relações criadas por esta com a natureza.

Ao longo do tempo, apareceu uma grande quantidade de formas de como é estudada a geografia humana, a saber:

Geografia regional[editar | editar código-fonte]

Este ramo é o estudo das paisagens ou das regiões terrestres, sendo os seus aspectos identificados, sendo analisados os fenômenos naturais e humanos ocorridos acima de um certo espaço e sendo estabelecidas as diferenças que existem entre cada área geográfica. A geografia regional é uma disciplina criadora, nas suas análises, de subdivisões em escalas diferenciadas: exemplificando, continentes, como a Europa, África e a América; bacias hidrográficas, como a do rio Amazonas, a do rio Paraná, a do rio Mississipi e a rio Pó; mares, como o Mediterrâneo e do Caribe; e imensas áreas metropolitanas, como Londres, São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Paris e Roma.

A geografia regional é um ramo de síntese que, estudando o espaço geográfico, incorpora todos os elementos e relações que existem numa zona da superfície da Terra, tanto de tipo físico (clima, relevo, solos, vegetação) quanto humano (distribuição da população, atividade econômica, rede de comunicações).

Filosofia[editar | editar código-fonte]

Ontologia[editar | editar código-fonte]

Há muitas interpretações do que seria o objeto geográfico. Ratzel afirma que a Geografia estuda as relações recíprocas entre sociedade e meio, entre a vida e o palco de seus acontecimentos. Filósofos que buscaram criar uma ontologia marxista, como Georg Lukács, influenciaram a construção de um modelo de análise do objecto da Geografia. Milton Santos se debruçou sobre a construção de um modelo ontológico, explicitado na análise dialética do movimento da totalidade para o lugar.

Uma afirmação comum é de que Há tantas geografias quanto forem os geógrafos. Apesar de as múltiplas possibilidades de orientações teórico metodológicas caminharem em direções diferentes, deve-se respeitar a caracterização da Ciência Geográfica e as formulações acerca de seu objecto.

Cabe ainda afirmar que a distinção entre Geografia Humana e Geografia Física se refere aos ramos da Ciência Geográfica, pois as Geograficidades não apresentam essa fragmentação, decorrente exclusivamente da construção do conhecimento sobre a realidade.

De qualquer forma a ciência deve dar conta de questionar a relação dialética do homem com a natureza, é impossível analisar o "meio natural" sem entender a relação que tem com o homem e da mesma forma é impossível analisar o "meio social" sem compreender as determinações que vem da relação que tem com a natureza. Há ainda discussões entre a Geografia técnica e a Geografia escolar, porem ambas as parte do conhecimento cientifico apurado através do questionamento do motivo, ou seja, "advém" da filosofia grega.

Epistemologia[editar | editar código-fonte]

A Geografia como ciência surge sob forte influência do Positivismo Lógico. E essa condição se expressa em grande parte nos estudos de geografia até hoje. Entretanto, a Ciência evoluiu e transformou as suas orientações teórico-metodológicas.

Sobre a sua epistemologia, é proverbial ressaltar um problema não só da geografia, como também de todas as ciências ambientais: Os recursos metodológicos utilizados na verificação dos postulados ou estudos geográficos são oriundos aos primeiros passos do naturalismo (Humboldt e Ritter).

É fácil concluir que em detrimento de diversas mudanças na temática ambiental, as ciências ambientais não poderiam utilizar recursos verificatórios de um lapso cronológico em que a vertente ambiental não provia atenção alguma da mídia e menos ainda dos poderes políticos, que enxergavam apenas o fortalecimento de suas economias em função de uma interminável exploração e esgotamento dos recursos naturais. Então, é extremamente necessário pensar em uma nova epistemologia, não só para geografia, mas para as demais ciências autodenominadas "ambientais".

Com o surgimento da discussão a respeito de um estatuto próprio para as Ciências Humanas, a Geografia sente a necessidade de revisar sua epistemologia. Os críticos do positivismo, sob influência do Historicismo de Hegel e Dilthey, afirmavam ser impossível manter a objetividade e a neutralidade do conhecimento científico. Um exemplo claro é a ideia de Incomensurabilidade do Conhecimento, de Thomas Kuhn, na qual afirma a impossibilidade de separar os conceitos e juízos de valor do conhecimento dito neutro.

Ainda no contexto do embate historicismo x positivismo surgem dois grandes nomes da Geografia: Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache. O primeiro, influenciado por Ritter e Haeckel, notabilizou-se pelos estudos de Geografia Política e de alguma forma ajudou a consolidar a Geografia de Estado. Já o outro, empirista, trabalhou principalmente sobre o conceito de Gênero de Vida e afastou a Geografia das relações com a sociologia, então representada pela morfologia social de Émile Durkheim. Essa condição é exemplificada na famosa definição: Geografia é a ciência dos lugares e não dos Homens. La Blache e Ratzel representavam respectivamente as escolas Francesa e Alemã em uma época em que as universidades se fecharam em seus próprios países criando escolas nacionais. Lucien Febvre, historiador francês, em seu livro A Terra e Evolução do Homem, criou uma imagem reducionista deste conflito teórico-ideológico, através da criação dos conceitos de escolas geográficas: Determinismo e Possibilismo. Essa consideração reducionista contribuiu para criar imagens errôneas sobre os dois autores, e por muito tempo Ratzel foi entendido como simples determinista geográfico e La Blache como um simples possibilista geográfico. Hoje essa concepção foi superada e o recorte abstrato de Febvre foi relativizado, na medida em que nenhum dos dois Geógrafos enquadrava-se completamente nas escolas a eles atribuídas.

Durante a renovação pragmática nos Estados Unidos, surgiu uma corrente chamada Geografia Teorética, na qual os métodos quantitativos geográficos agem com métodos numéricos peculiares para (ou pelo menos é muito comum) a geografia. Por consequência à análise do espaço, provavelmente encontrará temas como a análise de rácios, análise discriminatória, e não – paramétrica e testes estatísticos nos estudos geográficos. Um expoente dessa corrente no Brasil foi Antonio Christofoletti, co-fundador da Revista de Geografia Teorética.

Sob a influência da Fenomenologia de Husserl e Merleau-Ponty foram desenvolvidos estudos de Geografia da Percepção, que valorizam a construção subjetiva da noção de espaço perceptivo. Inter-relações com a psicologia de massas e psicanálise, entre outras áreas, garantiram uma multidisciplinalidade desses estudos na (re)construção de conceitos como horizonte geográfico, (percepção do) lugar, sociabilidade e percepção do espaço, espaço esquizoide, entre outros. Alguns textos de Armando Corrêa da Silva fazem referência à Geografia da Percepção. Cabe também ressaltar que a influência da fenomenologia foi importante para o desenvolvimento da Geografia Humanista.

No final da década de 1970 iniciou-se um movimento de renovação crítica da Geografia humana, marcado no Brasil pelo encontro nacional de Geógrafos em 1978 no Ceará. Esse movimento acompanhou a inserção do marxismo como base teórica do discurso geográfico humano e assimilou um arcabouço conceitual do marxismo na construção de teorias sobre a (re)produção do espaço e a formações sócio-espaciais.

No Brasil, um representante dessa corrente, conhecida como Geocrítica ou Geografia Crítica, foi Milton Santos. O geógrafo Armando Corrêa da Silva escreveu alguns artigos sobre as possíveis limitações que uma adesão cega a essa corrente pode causar.

Na Itália, Massimo Quaini foi o principal autor a escrever sobre a relação entre a corrente marxista e a Ciência Geográfica.

O principal veículo de divulgação da Renovação Crítica da Geografia humana foi a Revista Antipode, criada em agosto de 1968 nos Estados Unidos, sob a direção editorial de Richard Peet, então professor na University of British Columbia. O primeiro artigo da Revista justificava seu subtítulo – A Radical Jornal Of Geography – escrito por David Stea, "Positions, Purposes, Pragmatics: A Journal Of Radical Geography", introduzia no mundo acadêmico uma publicação que viria a ter muita importância para discussões no âmbito da ciência geográfica.

Antipode já contou a com a participação de Geógrafos como Milton Santos e David Harvey, que até hoje é um dos colaboradores, além de um grupo de cientistas do mundo todo: Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia, Inglaterra, Espanha, África do Sul, Holanda, Suíça, Quênia, coordenados sob a editoração de Noel Castree da Universidade de Manchester (Inglaterra) e Melissa Wright da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Princípios básicos[editar | editar código-fonte]

O estudo da geografia abrange quatro principais linhas investigativas:

  • localizar acidentes geográficos, localidades e povos;
  • descrever a grande diversidade de partes do mundo e estudar as diferenças que existem entre elas;
  • explicar como se originaram os diferentes acidentes geográficos do globo terrestre;
  • estabelecer as relações espaciais entre os acidentes e as regiões.

Localização[editar | editar código-fonte]

Uma das tarefas principais da geografia é afirmar onde estão localizadas as diferentes localidades do mundo e a interpretação dos pontos positivos e negativos de sua localização. Quando o homem começou a sair dos limites próximos de sua casa, precisou das medidas e do registro dessas medidas. Começou a fazer desenhos de mapas de qualidade inferior para uma demonstração das direções e das distâncias. Durante o século XV, quando do início da grande era das explorações, mais do que nunca, necessitavam-se de cartógrafos (desenhistas de mapas) para o registro do descobrimento de novos continentes e oceanos.

Os mapas não somente apresentam a localização de um lugar, mas também podem oferecer sua posição relacionada a demais lugares.

Descrição dos lugares[editar | editar código-fonte]

Não são todas as pessoas que estão satisfeitas somente com a localização de um ponto da Terra, como Paris, São Paulo, África ou Ártico. Desejam conhecer qual é o tipo de ambiente natural oferecido na região, o que ali foi feito pelas pessoas. Desejam conhecer o modo de uso da terra pelos habitantes, o tipo de construção das casas, o modo e o local de construção das estradas, como afinal são eles próprios. Desejam conhecer em quais características a região é diferente e semelhante de demais lugares, e qual o significado dessas diferenças e semelhanças. Em outros tempos, essas informações dos viajantes eram relatadas em viva voz. Hoje, esses relatórios das pessoas são complementados com escritura de dados, tiragem de fotos do solo ou das alturas e preparo de mapas com a ajuda da extrema eficácia de instrumentos de medição.

Mudanças na face da Terra[editar | editar código-fonte]

Exemplos de mudanças na superfície terrestre já foram vistas por quase todo o mundo. O homem faz algumas dessas mudanças, como, exemplificando, eliminar uma favela ou alterar um curso de um rio. Geralmente, essas mudanças são de rapidez muito maior, do que as que a natureza provocou, como, exemplificando, uma grande garganta foi formada pela erosão durante milhões de anos. Uma grande quantidade de perguntas acontece aos geógrafos, quando as mudanças que a Terra sofre são examinadas. Desejam conhecer o modo de modificação humana da superfície da Terra durante a vida do homem no nosso planeta. Desejam a descoberta do modo da face da Terra no passado, e do motivo do desenvolvimento das cidades no seu local atual. Os geógrafos também querem a descoberta do motivo da maior densidade populacional de algumas regiões do mundo sobre as demais.

Relações espaciais[editar | editar código-fonte]

As relações espaciais são assunto de interesse tanto dos geógrafos quanto dos astrônomos. Os astrônomos são estudiosos em especial das relações entre os planetas, das estrelas e demais corpos celestes. O estudo dos geógrafos é limitado às relações espaciais entre os pontos da Terra. Exemplificando, são estudiosos de como o crescimento da cidade foi dependente de um rio, e como a cidade afetou a água de um rio. Os seres humanos são encarados pelos geógrafos em suas relações espaciais assim como a vida humana é vista pelos historiadores em suas relações temporais.

Os geógrafos continuam procurando conhecer o modo de relação dos seres humanos com o globo terrestre. As possibilidades do homem podem ser limitadas pelas condições naturais, como no deserto, ou oferecidas excelentes chances de vida, como num vale fértil. As atividades diárias das pessoas podem ser afetadas pelas variações de tempo, e pelas erupções vulcânicas e demais mudanças na natureza. Além disso, as próprias são um fator de importância das mudanças geográficas. Elas são queimadoras de florestas, escavadoras e represadoras dos leitos dos rios e provocadoras da erosão do solo. Os esforços para a compensação dos danos que resultam dessas alterações são parte de importância dos movimentos de conservação da natureza.

As ligações entre uma grande variedade de demais elementos são estudadas pelos geógrafos, que, exemplificando, podem procurar saber a maneira como as populações da Região Nordeste do Brasil são dependentes das chuvas, ou como o clima se relaciona com o solo na África tropical.

Princípios geográficos[editar | editar código-fonte]

Na ciência que estuda a superfície da Terra: há cinco princípios geográficos, a saber:

  • Princípio da Extensão: seu criador foi o alemão Friedrich Ratzel. Nesse, a obrigação do geógrafo é a localização do fato geográfico e determinação de sua área de ocorrência e a Cartografia é uma ferramenta que não se pode dispensar. Ou seja, a importância disso nesse princípio é a localização do fenômeno na superfície terrestre.[7]
  • Princípio da Analogia: defendido pelo alemão Carl Ritter e o francês Paul Vidal De La Blache. Nesse, a suposição do estudo de um fenômeno geográfico é se preocupar constantemente com o estabelecimento de semelhanças e das diferenças dos fenômenos que ocorrem em outra parte do globo.[7]
  • Princípio da Causalidade: seu defensor foi o alemão Alexander Von Humboldt. Seu estabelecimento é a busca continuamente obrigatória das causas e a determinação das consequências do fator geográfico, pois nada ocorre por acaso.[7]
  • Princípio da Conexão ou Coexistência ou ainda Interação: seu formulador é o francês Jean Brunhes. Seu estabelecimento é a contínua inexistência de isolamento visível dos fatos geográficos físicos ou humanos e a sua contínua interligação por elos de relacionamento, o objetivo é a identificação e a análise das relações que existem.[7]
  • Princípio da Atividade: seu formulador foi Brunhes. Seu estabelecimento é o estudo obrigatório do caráter dinâmico do fato geográfico em seu passado para a sua possível compreensão no presente para se possuir uma imagem do futuro.[7]

Um âmbito interdisciplinar[editar | editar código-fonte]

Os processos e elementos que a geografia analisa também formam o objeto de estudo de demais ciências como biologia, a geologia e a história, mas, em vez dessas, a ciência geográfica os examina de um ponto de vista próprio, sendo as seguintes questões consideradas:

  • Enfoque global: o estudo da maior parte das disciplinas sobre os fenômenos da superfície da Terra é isolado. Pelo contrário, a geografia leva em conta que o planeta como um todo é constituído por uma grande diversidade de componentes que se inter-relacionam, de forma que não pode-se entender sem antes compreendidas a suas relações com os restantes. O resultado dessa interdependência é a afetação de qualquer variação num dos elementos ao conjunto em maior ou menor grau.
  • Escala: o objeto de análise da geografia é a superfície da Terra com diferentes níveis de detalhe, sendo os elementos e as relações de maior determinação selecionados para cada escala.
  • Diferenciação espacial: a tentativa da geografia é a definição dos aspectos que predominam em cada ponto da superfície da Terra (tipo de povoamento, atividade econômica, clima, relevo), sendo que os elementos comuns que possibilitam a determinação de áreas homogêneas (que também denominam-se regiões) é simultânea e apresentação das diferenças ou semelhanças que existem entre espaços próximos ou afastados.

Para que sejam representadas a distribuição e a localização dos fenômenos estudados, a geografia usa os conhecimentos, os métodos e as técnicas de ciências comparadas, como a cartografia, a economia, a geologia, a biologia, a meteorologia, a estatística, o urbanismo, a sociologia e a matemática, com as quais se relaciona estreitamente.

A importância da Geografia[editar | editar código-fonte]

Curiosidade pela Terra[editar | editar código-fonte]

A curiosidade pela Terra continuou levando ao maior aprendizado das pessoas pela geografia. A curiosidade de uma pessoa pode ser limitada à exploração de um riacho, ou ter força o bastante para conduzi-la até o fim do mundo. Durante as viagens e observações, o conhecimento geográfico das pessoas é adquirido diretamente. No entanto, todas as partes da Terra são visitadas somente por uma pequena quantidade de pessoas. A maior parte das pessoas precisa da aquisição de conhecimento por meio da leitura de jornais, revistas e livros; do estudo de mapas; e ainda através de filmes, da televisão ou do rádio.

Desenvolvimento intelectual[editar | editar código-fonte]

O conhecimento geográfico auxilia o desenvolvimento intelectual. Os estudantes aprendem geografia no ensino fundamental, no ensino médio e na universidade, porque esse estudo os auxilia no seu preparo para vidas úteis e bem-sucedidas. Hoje em dia as pessoas têm necessidade do pensamento em escala mundial, e a geografia oferece um quadro para esse raciocínio. As pessoas têm necessidade de saber a localização e os aspectos dos acidentes geográficos principais, naturais e artificiais. Têm de estar familiarizados com os diferentes tipos de populações, profissões, governos, climas, relevos, recursos naturais e rotas comerciais ou turísticas de todo o mundo. As pessoas também precisam de dados geográficos especializados a respeito de seu país. Além disso, a consciência do quanto são dependentes da Terra e do quanto podem mudá-la é obrigatória para todas as pessoas, sejam elas, homens, mulheres e crianças.

A cidadania inteligente[editar | editar código-fonte]

Há uma grande quantidade de problemas públicos que somente podem ser compreendidos caso conhecermos um pouco de geografia. Nas questões locais e nacionais, as pessoas que decidem a respeito de problemas como o fornecimento de água e a irrigação são dependentes de um conhecimento geográfico. As pessoas que desejam ajustar os limites de uma cidade também precisam conhecer um pouco da geografia local.

Mas a cidadania inteligente é elevada sobre os limites locais ou nacionais. Direta ou indiretamente, um papel de cada um de nós é desempenhado nas questões mundiais. Todas as nações negociam com o restante do mundo e auxiliam na formação da opinião mundial. Apenas conhecendo a geografia econômica mundial as pessoas poderão tomar posse de uma atitude sincera relacionada à posição de seu país no comércio mundial.

Cooperação com outras áreas do conhecimento[editar | editar código-fonte]

As pessoas podem utilizar o conhecimento e o métodos de estudo geográfico em demais campos, assim como demais ciências e técnicas auxiliares do geógrafo. Aqueles que estudam geografia têm necessidade do conhecimento da história. Por sua vez, colaborarão para o conhecimento histórico auxiliando na localização de pessoas e acontecimentos históricos em seus ambientes geográficos. Exemplificando, para a compreensão da Guerra de Canudos, precisamos conhecer o relevo do estado da Bahia.

A geografia colabora com demais ciências para estudar problemas como a conservação, a relação entre a população e os recursos, e a origem e distribuição dos animais e das plantas em todo o mundo.

Contribuição para uma viagem inteligente[editar | editar código-fonte]

As pessoas que conhecem geografia colaboram para uma viagem inteligente e compensadora. Ilumina com novos conhecimentos qualquer ponto, do mundo que for visitado por uma pessoa. A geografia também pode descobrir o que significam as pedras redondas acima das quais o turista põe o pé na margem de um rio. Ou pode dar um explicação da paisagem dos Andes, atravessado pelo turista durante a sua ida ao Peru, mas por parte da pessoa humana que tenta explicar esse conhecimento, trata-se de uma tarefa perigosa para a saúde imunológica do esôfago humano (veja cinetose), principalmente na hora da leitura de livros sobre o assunto, contribuindo negativamente para o regurgitamento de pratos típicos das culinárias boliviana e peruana, por ocasião do almoço de um turista num restaurante em La Paz, capital da Bolívia. A solução seria ler folhas de papel brancas impressas dos artigos da Wikipédia em português ou livros publicados pela PediaPress com conteúdo desses documentos.

Na indústria e no comércio[editar | editar código-fonte]

A geografia é praticamente valiosa em uma grande variedade de áreas da indústria e do comércio. Exemplificando, as pessoas que fabricam produtos precisam do conhecimento das fontes das matérias-primas, como por exemplo, produtos de informática da China e Taiwan. Os fabricantes têm a necessidade do conhecimento também dos meios e das rotas de transporte, e das necessidades dos mercados com pretensão de serviço. As mercadorias que as pessoas enviam aos mercados de algumas regiões podem ser exigentes em embalagens especiais para que seja enfrentado o tempo nos trópicos chuvosos ou no deserto árido. O conhecimento minucioso do solo e da topografia das terras dos agricultores é obrigatório, e a familiarização dos camponeses com o tempo e o clima também é obrigatória.

A função social[editar | editar código-fonte]

Uma tradicional imagem da geografia é a de uma ciência que dedica-se à memorização dos nomes de lugares e acidentes geográficos (capitais, rios, montanhas, mares). Essa percepção afasta-se inteiramente da realidade de hoje.

A geografia é uma ciência socialmente útil, em função do estudo das ligações da sociedade com o território habitado por ela. Além disso, é a única ciência com capacidade de abordagem dos problemas espaciais a partir de uma perspectiva global, porque leva em conta a complexidade dos elementos e das relações ocorridas na superfície da Terra, sendo proporcionadas ferramentas de representação gráfica de qualquer fenômeno ou atividade desenvolvida.

O cosmos de Humboldt[editar | editar código-fonte]

Na obra Cosmos, publicação datada de 1845 até 1862, o geógrafo alemão Alexander von Humboldt compilou a maioria dos conhecimentos geográficos que existiam até então e contribuiu com uma grande variedade de métodos, a saber:

  • Método comparativo: As paisagens espaciais estudadas com as de demais regiões da Terra foram comparadas por Von Humboldt, para que fossem encontradas as relações gerais e os elementos comuns que os geravam.
  • Perspectiva histórica: Até o século XVIII, a ciência acreditava na estaticidade da natureza, mas a estrutura de von Humboldt levou em conta que o nosso planeta evoluiu, já que a história da Terra é uma explicação para a situação atual.
  • Análise da distribuição espacial: É indispensável para se estudar as inter-relações entre os diferentes fenômenos naturais do nosso planeta. Von Humboldt usou métodos cartográficos ainda continuamente vigentes, como as isotérmicas, linhas de união de pontos que possuam a mesma temperatura.

Geógrafo e Professor de Geografia[editar | editar código-fonte]

No Brasil, o Geógrafo é o profissional que fez o Bacharelado em Geografia, legalmente habilitado através da Lei 6664/79, no qual remete-se ao registro no CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de seu estado.

A diferenciação profissional entre um Geógrafo e um Professor de Geografia é que o Geógrafo possui habilitação para emissão de pareceres técnicos, desde que regularmente associado ao CREA, assim como para a elaboração de EIA/RIMA, podendo também prestar concursos públicos para quadros estatais que precisem de bacharelados.

Já o professor de Geografia é o profissional que tem titulação de Licenciado em Geografia, podendo exercer legalmente apenas as funções de docência, do 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental (antigas 5ª a 8ª série), e todo o Ensino Médio de uma mesma escola.

Para lecionar no Ensino Superior, tanto o licenciado quanto o bacharel, o requisito é um curso de mestrado, não necessariamente na Geografia, mas também nas áreas afins. A obrigatoriedade fica por conta de cada edital de concurso ou da política interna das universidades.

Historicamente, o geógrafo vem perdendo colocação no mercado de trabalho para o Engenheiro Ambiental e geólogo, devido à visão segmentada do conhecimento que o mercado exigiu nos últimos anos, pois o geógrafo não se compatibiliza com análises segmentadas e sim é capacitado para lidar com a visão de totalidade que envolve as análises das dinâmicas sócio-espaciais, seu principal objeto de estudo.

Apesar de nos últimos anos o próprio modo capitalista de produção ter contribuído para a segmentação do conhecimento, há uma tendência no mercado de trabalho onde é importante ter a capacitação de analisar a totalidade dos fenômenos de maneira interdisciplinar. Dessa forma o Geógrafo acaba sendo um importante profissional cada vez mais designado para coordenar equipes multidisciplinares devido a sua formação abrangente.

Contudo, os Geógrafos vem nesta última década, ganhando considerável espaço no mercado de trabalho no Brasil e no mundo, em função principalmente de novas tecnologias, que estão sendo aliadas para a conversão e produção de trabalhos em meio digital.

Frente ao Mercado de trabalho Atual no Brasil, alguns profissionais compartilham informações em comum, são estes os : Geógrafos, Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, principalmente.

No dia 29 de maio comemora-se o dia do geógrafo.

Métodos da geografia[editar | editar código-fonte]

Mapeamento e medições[editar | editar código-fonte]

O mapa é o banco de dados sobretudo do geógrafo. Como o trabalho da geografia com localização, distribuição, aspectos regionais e inter-relação de fenômenos espaciais é particular, a observação e a medição rigorosas, além do registro e da localização nos mapas são primordialmente importantes.

Frequentemente, são utilizadas as medidas de latitude e longitude para a localização de um ponto na superfície terrestre. Os eruditos gregos fizeram medidas razoavelmente exatas de latitude na antiguidade, mas as medidas de longitude foram esbarradas sempre no problemas do fusos horários (o Sol é "destacado" em média um grau a cada quatro minutos). O aperfeiçoamento do cronômetro foi a solução desse problema, mas, durante uma grande quantidade de tempo, cada país teve seu próprio sistema de numeração de meridianos. Um acordo internacional de 1884 finalmente foi o tratado reconhecedor do primeiro meridiano (isto é, 0º de longitude) como uma linha imaginária desenhada de polo a polo, atravessando Greenwich, próximo de Londres.

A medida de grandes distâncias era feita, primitivamente, em dias de viagem à pé, de camelo, a cavalo, etc. No século XVI, criou-se uma forma prática de medição de distâncias marítimas, quando era jogada um tora de madeira e era medido o tempo em que a tora estacionária levava para a cobertura de uma certa distância acima de uma linha marcada com nós. A navegação controlada por satélite tornou-se frequente durante o final do século XX, mas ainda mede-se em nós a velocidade de um navio. Adotou-se o metro como medida padrão na França no final do século XVIII e gradualmente e foram por ele mudadas antigas unidades de medida na maioria do mundo no decorrer dos séculos XIX e XX.

Um método chamado triangulação pode fazer o mapeamento de áreas menores, que usa-se, exemplificando, nos mapas topográficos. É tomada uma linha de referência, que mede-se em qualquer unidade, como um dos lados do triângulo que os ângulos que medem-se nas duas extremidades da linha de referência calculam os outros dois lados. Os ângulos possibilitam medidas de maior exatidão do que as distâncias, através de instrumentos como o teodolito. Utilizou-se esse método em grandes levantamentos que realizaram-se na Europa e nas Américas entre os séculos XVIII e XX. Mas a representação da Terra como um todo, ou mesmo de grandes áreas em mapas representou sempre um problema. Em 1492, o navegador e geógrafo alemão Martin Behaim terminou de construir um globo terrestre. Os navios seguidos em linha reta orientados por desenho de mapas no plano não iam aos pontos de espera. Mercator foi o criador de um sistema de projeção — conhecido como projeção de Mercator — pelo qual os navios que fossem seguidos em linhas retas iam aos pontos de indicação no mapa. Apesar da sua excelência para a navegação, o método não era o bastante para uma grande quantidade de comparações geográficas, por causa do aumento grosseiro do tamanho das áreas em latitudes de maior altura. A aparência de Groenlândia era maior do que a América do Sul, apesar de ter um oitavo inferior à superfície daquele subcontinente. Sob nenhuma característica pode-se representar precisamente a Terra no papel, porque é necessária a distorção do ângulo, da distância e da escala. Os geógrafos modernos utilizam desenhos de mapas com uma projeção pela qual são privilegiadas as proporções das superfícies, mas mesmo essa projeção é uma distorção das formas e distâncias, principalmente nos extremos do mapa.

Com o crescimento do saber especializado, a medição da forma da Terra ficou sob a responsabilidade da disciplina conhecida como geodésia. A construção de mapas com projeções adaptadas foi evoluída para o campo da cartografia, disciplina ocupada em representar os fenômenos espaciais sobre um plano. A despeito disso, os mapas foram mantidos como os instrumentos geográficos principais feitos para representar graficamente e analisar uma grande quantidade de informações físicas, biológicas, históricas, econômicas, políticas e sociais. Além da cartografia, especialmente importante para o geógrafo, também são áreas de importância a estatística e a informática.

Aerofotogrametria e sensoriamento remoto[editar | editar código-fonte]

Campos relacionados[editar | editar código-fonte]

Técnicas geográficas[editar | editar código-fonte]

Sistema de Informações Geográficas[editar | editar código-fonte]

Sensoriamento remoto[editar | editar código-fonte]

Métodos geográficos quantitativos[editar | editar código-fonte]

Métodos geográficos qualitativos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. a b c d Garschagen 1998, p. 60.
  2. a b Harper, Douglas. «Verbete "Geografia"» (em inglês). Online Etymology Dictionary. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  3. Verbete "Geografia" do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
  4. «Verbete "Geografia"». Dizionario Italiano. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  5. a b c d e f g h Houaiss 1993, vol. 10, p. 5212.
  6. a b c d e f g Arruda 1988, p. 3674.
  7. a b c d e Manoel Pio Alves Júnior (16 de março de 2012). «Princípios da Geografia». Colégio Cenecista Dr. José Ferreira. Consultado em 24 de setembro de 2013 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Arruda, Ana (1988). Enciclopédia Delta Universal. 7. Rio de Janeiro: Delta 
  • Garschagen, Donaldson M. (1998). Nova Enciclopédia Barsa: Macropédia. 7. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]