Usuário(a):Skyshifter/Testes/13

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Voo Varig 967
Acidente aéreo
Skyshifter/Testes/13
Boeing 707 PP-VLI da Varig, similar ao avião desaparecido.
Sumário
Data 30 de janeiro de 1979
Causa desconhecida
Local Oceano Pacífico
Origem Aeroporto Internacional de Narita, Narita, Chiba, Japão
Escala Aeroporto Internacional de Los Angeles, Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos
Destino Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Tripulantes 6
Mortos 6
Sobreviventes 0
Aeronave
Modelo Boeing 707
Operador Varig
Prefixo PP-VLU
Primeiro voo 1966

O Voo Varig 967 foi uma rota comercial de carga operada pela Varig, utilizando um Boeing 707. No dia 30 de janeiro de 1979, a aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, no Japão, tendo como destino o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão. O voo transportava quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão, além de diversas peças de navio, computador e outros aparelhos.

O comandante, Gilberto Araújo da Silva, considerado o "herói" voo Varig 820, não relatou qualquer problema no voo. Meia hora depois, o avião desapareceu sobre o Oceano Pacífico, sem deixar vestígios. Destroços ou corpos nunca foram encontrados, mesmo após uma semana de buscas no oceano, e a causa de seu desaparecimento nunca foi determinada, embora diversas teorias tenham surgido. As famílias dos tripulantes receberam atestados de óbito meses depois e foram indenizadas.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Aeronave[editar | editar código-fonte]

A aeronave era uma Boeing 707 da Varig, comprada

Tripulação[editar | editar código-fonte]

Tripulação do voo 967

A tripulação do voo 967 era formada pelos comandantes Gilberto Araújo da Silva, trabalhando há 30 anos como piloto, e Erni Peixoto Mylius, na Varig desde 1957; segundos-oficiais Antonio Brasileiro da Silva Neto, na empresa desde 1973, e Evan Braga Saunders; e engenheiros de voo Nicola Exposito, atuando desde 1958, e José Severino de Gusmão Araújo trabalhando desde 1957.[1] Na época, Gilberto ficou conhecido por sua atitude no voo Varig 820, em 11 de julho de 1973. Após iniciar-se um incêndio no fundo da aeronave, e vendo que não iria conseguir chegar no destino (Paris) à tempo, fez um pouso de emergência num descampado, evitando que o avião caísse sobre local habitado, podendo matar milhares de franceses.[1] 123 pessoas à bordo morreram asfixiadas.[1] Gilberto foi considerado o "herói" do episódio e foi condecorado com a Ordem de Mérito Aeronáutico,[2] além de ser elogiado por autoridades francesas e pela imprensa em geral.[2][1] Com cerca de 23 mil horas de voo, ele era considerado um dos comandantes mais experientes e conhecidos da Varig.[1]

Carga[editar | editar código-fonte]

Este foi também um dos raríssimos casos da aviação comercial mundial em que um piloto (comandante Gilberto) se envolve em dois desastres aéreos com vítimas fatais.

Desaparecimento[editar | editar código-fonte]

A aeronave deixou o Aeroporto Internacional de Narita às 20h23, horário do Japão, no dia 30 de janeiro. A expectativa era chegar no Aeroporto Internacional de Los Angeles às 21h22, onde iria finalmente para o Brasil.[2]

33 minutos depois, a aeronave fez contato com a base em Tóquio. O próximo contato, programado para ocorrer 1h30 depois, nunca ocorreu.[2]

Buscas e reações[editar | editar código-fonte]

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Teorias[editar | editar código-fonte]

A primeira hipótese surgida, logo após o desaparecimento, foi a de que a aeronave pudesse ter feito um pouco técnico em algum lugar da rota, como Honolulu, mas a possibilidade foi logo afastada, pois nenhum contato foi mantido.[2]

O desaparecimento foi notado pelos controladores de voo após a falta de comunicação na passagem do Varig 967 sobre um dos pontos imaginários fixos sobre o oceano, usados na navegação e monitoramento de progresso de voo. Após uma hora de tentativas frustradas de se estabelecer alguma comunicação, o alarme foi dado e as equipes de busca e salvamento foram acionadas. Com a escuridão reinante, as buscas foram suspensas e só foram retornadas mais de doze horas depois da decolagem, na manhã do dia seguinte. Apesar de mais de oito dias de busca intensa no mar, nenhum sinal de destroços, manchas de óleo ou dos corpos dos tripulantes jamais foi encontrado.

A investigação interna da Varig não conseguiu resolver o enigma. No relatório final sobre o acidente, consta o seguinte: "Não foi possível encontrar nenhum indício que lançasse qualquer luz sobre as causas do desaparecimento da aeronave". Muitas hipóteses e teorias foram formadas a partir de então para tentar entender o que ocorreu com o Boeing 707 da Varig. As teorias da conspiração lançaram no ar algumas delas:

  • Teria ocorrido um sequestro promovido por colecionadores de arte, já que no porão estavam as obras do pintor Manabu Mabe. No entanto, essas pinturas jamais foram achadas em lugar nenhum;
  • O Boeing teria sido abatido por soviéticos, interessados em esconder segredos do caça Mikoyan-Gurevich MiG-25 do desertor Viktor Belenko, que supostamente estaria desmontado e sendo levado aos Estados Unidos no porão de cargas do avião;
  • O ex-rádio-operador e ex-co-piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) Oswaldo Profeta chegou a escrever um romance chamado "O Mistério do 707" para dizer que o que houve não foi um acidente. Ele acredita que a tripulação do Boeing pode ter cometido algum erro de navegação e penetrado no espaço aéreo soviético, uma área supervigiada. Segundo Profeta, é possível que o avião tenha sido abatido;
  • Uma teoria conta que o Boeing 707 teria sido forçado a um pouso na costa da Rússia, onde os tripulantes teriam sido mortos;
  • A hipótese mais plausível, no entanto, considera que, logo após a decolagem, com a aeronave já tendo atingido um nível de cruzeiro elevado, houve uma despressurização lenta na cabine, o que não causou a explosão da aeronave - ou seja, não foi uma descompressão explosiva -, mas lentamente sufocou os pilotos. O avião, então, segundo a linha de raciocínio, voou com ajuda do piloto automático por muitos quilômetros mais, até que, acabou o combustível, caiu sobre o mar em algum ponto extremamente distante dos locais por onde passaram as buscas. Portanto, nenhum destroço foi encontrado, sendo provável - como largamente aceito - que estejam ou no fundo do vasto Oceano Pacífico, ou sobre alguma área inabitada do estado americano do Alasca.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

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Referências

  1. a b c d e f «Avião brasileiro desaparece no Pacífico». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 31 de janeiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  2. a b c d e f «Boeing desaparece em alto mar». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 31 de janeiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  3. «As buscas do Boeing seguem infrutíferas». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 1 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  4. «Continua sem pistas as buscas ao Boeing-707». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 2 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  5. Peralva, Osvaldo (3 de fevereiro de 1979). «Terminam hoje as buscas ao Boeing desaparecido». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  6. Peralva, Osvaldo (4 de fevereiro de 1979). «Mancha de óleo pode não ser do Boeing da Varig». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  7. «As mulheres dos pilotos fazem um dramático apelo». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 5 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  8. «Apesar dos apelos, foram suspensas as buscas ao Boeing». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 6 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  9. «Mais 48 h de buscas ao jato desaparecido». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 7 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  10. «Renovado apelo pela busca ao avião da Varig». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 8 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  11. «Novos apelos para que busca continue». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 9 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  12. «Varig não explica avião desaparecido». Folha de S.Paulo. Acervo Folha. 29 de fevereiro de 1980. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  13. «Permanece o mistério do Boeing brasileiro». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 1 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  14. «A Varig perde esperanças». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 2 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  15. «Bahia terá um novo Mabe». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 3 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  16. «Suspensa busca ao Boeing desaparecido». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 6 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  17. «Brasil pede novas buscas do Boeing». O Estado de S. Paulo. Acervo Estadão. 7 de fevereiro de 1979. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  18. Ramalhoso, Wellington (11 de março de 2014). «Boeing da Varig desapareceu há 35 anos e jamais foi encontrado». UOL. Consultado em 17 de janeiro de 2017 
  19. «Em 1979, a aeronave pilotada pelo brasileiro Gilberto Araújo da Silva sumiu entre Tóquio e Los Angeles». O Globo. 6 de junho de 2009. Consultado em 18 de dezembro de 2021 
  20. Avião da Varig sumiu ao sair de Tóquio há 33 anos. Jornal da Band. Consultado em 18 de dezembro de 2021 
  21. Gallo, Ricardo (12 de março de 2014). «Em 1979, avião desapareceu no Pacífico; destroços nunca foram encontrados». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de dezembro de 2021 
  22. Struck, Jean-Philip (12 de março de 2014). «Há 35 anos, avião da Varig também sumiu sem deixar rastro». Veja. Consultado em 18 de dezembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]