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Charmbracelet
Álbum de estúdio de Mariah Carey
Lançamento 3 de dezembro de 2002 (2002-12-03)
Gravação 2002
Gênero(s) R&B, hip hop, pop
Duração 64:45
Idioma(s) Inglês
Formato(s) CD, download digital
Gravadora(s) Island, MonarC
Produção Lyor Cohen, Mariah Carey (produção executiva)
Jimmy Jam and Terry Lewis, Just Blaze, Randy Jackson, Jermaine Dupri, Damizza, Dre & Vidal
Cronologia de Mariah Carey
Glitter
(2001)
The Emancipation of Mimi
(2005)
Singles de Charmbracelet
  1. "Through the Rain"
    Lançamento: 24 de setembro de 2002 (2002-09-24)
  2. "Boy (I Need You)"
    Lançamento: 26 de novembro de 2002 (2002-11-26)
  3. "Bringin' On the Heartbreak"
    Lançamento: 25 de novembro de 2003 (2003-11-25)

Charmbracelet é o nono álbum de estúdio da artista musical estadunidense Mariah Carey. O seu lançamento ocorreu em 3 de dezembro de 2002. O disco possui uma sonoridade inspirada por gêneros como R&B, hip hop, pop e incorpora uma variedade de outros estilos musicais, como gospel e soul; enquanto a sua instrumentação é composta por guitarra, bateria, sintetizadores e elementos da música clássica. Liricamente, de acordo com Carey, as faixas tratam principalmente de amor, e combinas temas introspectivos e pessoais com celebração e diversão. As gravações do projeto ocorreram no ano de 2002 em estúdios nos Estados Unidos, na Itália e nas Bahamas sob a produção executiva da própria cantora juntamente a Lyor Cohen, sendo que Carey também colaborou na produção musical do projeto ao lado de Jimmy Jam and Terry Lewis, Just Blaze, Randy Jackson, Jermaine Dupri, Damizza e Dre & Vidal.

Depois de receber o prêmio de Artist of the Decade nos Billboard Music Awards de 2000 e uma condecoração de Best-Selling Female Artist durante os World Music Awards do mesmo ano, Carey saiu da Columbia Records e assinou um contrato de cinco álbuns com a Virgin Records no valor de US$ 100.000.000, um recorde até então nunca visto. O primeiro disco lançado por Carey sob o selo da Virgin foi a trilha sonora do filme Glitter, ambos lançados em 2001. Entretanto, durante a promoção do álbum, a cantora internou-se por duas semanas em um hospital em Connecticut devido a um "colapso emocional e físico"; consequentemente, a divulgação da trilha sonora e do filme foi cancelada e ambos tiveram uma má recepção crítica e comercial, o que fez Carey sair da Virgin, a qual pagou-lhe apenas US$ 49.000.000, menos da metade do valor do acordo. Posteriormente, ela viajou à Capri, Itália, onde ficou por seis meses e começou a conceber seu disco seguinte tendo como base as experiências que vivenciou no ano anterior. A artista descreveu Charmbracelet como o álbum mais pessoal que já fez.

Charmbracelet recebeu análises geralmente mistas da mídia especializada; ao passo em que alguns críticos prezaram suas letras pessoais e a sua produção, outros negativaram seu conteúdo e os vocais de Carey. Durante o Japan Gold Disc Award de 2003, o disco foi indicado na categoria de Rock and Pop Album of the Year (International). Comercialmente, o disco obteve um desempenho moderado, embora tenha se saído melhor em diversos países em comparação à Glitter, classificando-se nas vinte melhores posições nos Estados Unidos, na França, no Japão e na Suíça. Nos Estados Unidos, Charmbracelet debutou na terceira colocação da Billboard 200 com 241 mil cópias vendidas e atingiu a vice-liderança da tabela Top R&B/Hip-Hop Albums. O material recebeu certificação de platina pela Recording Industry Association of Japan (RIAJ) e pela Recording Industry Association of America (RIAA). Mundialmente, comercializou cera de quatro milhões de unidades.

A fim de promover o disco, três singles foram lançados. O primeiro, "Through the Rain", obteve um desempenho comercial favorável, liderando as tabelas da Espanha e classificando-se nas dez melhores posições em outros países, como Canadá e Reino Unido. O segundo, "Boy (I Need You)", obteve um desempenho moderado em termos comerciais, não conseguindo registrar entrada na Billboard Hot 100 e atingindo apenas a 57ª colocação na tabela Hot Singles Sales, enquanto conquistou os dez melhores lugares apenas na Bélgica. "Bringin' On the Heartbreak", regravação da lançada originalmente por Def Leppard, foi a última faixa a ser distribuída, e também obteve um desempenho moderado. Como forma de divulgação, Carey apresentou-se em premiações e programas televisivos e embarcou na turnê Charmbracelet World Tour (2003-04), formada por 69 datas, sendo a sua maior digressão até hoje.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Carey durante a turnê Charmbracelet World (2003-04).

Após receber o prêmio de Artist of the Decade durante os Billboard Music Awards de 2000 e uma condecoração de Best-Selling Female Artist of the Millennium nos World Music Awards do mesmo ano,[1] Carey saiu da Columbia Records e assinou com a Virgin Records — empresa subsidiária da EMI Music — um contrato de US$ 100.000.000 de cinco álbuns.[2] Ela afirmou diversas vezes que a Columbia viu-a como uma mercadoria, com sua separação de Tommy Mottola agravando suas relações com os executivos da gravadora, já que ele era o chefe.[3] Meses depois, em julho de 2001, foi noticiado que a cantora sofreu um colapso físico e emocional, seguido do rompimento de seu namoro com o ícone latino Luis Miguel.[3] Em entrevista ao periódico USA Today no ano seguinte, a artista disse: "Eu estava com as pessoas que realmente não me conheciam, e eu não tinha uma assistente pessoal. Eu fazia entrevistas durante o dia todo e tinha cerca de duas horas de sono por noite, se pudesse".[4] Carey começou a divulgar mensagens preocupantes em sua página oficial, e apresentou um comportamento errático em diversas apresentações ao vivo.[5] Em 19 de julho de 2001, ela fez uma aparição surpresa no programa televisivo Total Request Live, da MTV.[6] Conforme o apresentador Carson Daly começou a gravar após um intervalo comercial, a cantora apareceu com um carrinho de sorvetes e distribuiu-os aos espectadores, vestindo uma larga camisa cinza. Depois, ela fez um strip-tease, no qual ela tirou a camisa cinza para revelar um pequeno e apertado conjunto, de cor verde e amarela.[6] Após a artista revelar que Daly estava ciente de sua presença no prédio antes de comparecer no programa, sua aparição no programa recebeu forte atenção da mídia.[5] Apenas alguns dias depois, a intérprete começou a postar mensagens de voz irregulares e cartas em sua página oficial: "Eu estou tentando entender as coisas na vida agora, e eu realmente não sinto que deveria estar fazendo música neste momento. O que eu gostaria de fazer é apenas uma pequena pausa ou pelo menos ter uma [boa e longa] noite de sono sem alguém aparecer em um vídeo. Tudo o que eu realmente quero é apenas ser eu [mesma] e é isso que eu deveria ter feito em primeiro lugar. (...) Eu não digo muito isso, mas acho que eu não cuido de mim mesma".[6]

Após a remoção rápida das mensagens, Cindi Berger, publicitária da cantora, comentou que ela estava "obviamente exausta e não pensava com clareza" quando divulgou as cartas.[7] Em 26 de julho, ela foi hospitalizada, citando um "cansaço extremo" e um "colapso físico e emocional".[8] Páginas da Internet e noticiários começaram a relatar que a artista ameaçou cometer suicídio cortando os pulsos na noite anterior e como sua mãe Patricia Carey estava procurando por ajuda.[8] Quando questionada sobre o rumor do suicídio de Carey, Berger afirmou que ela havia quebrado pratos por desespero, e como resultado, acidentalmente cortou suas mãos e seus pés.[8] Carey foi introduzida em um hospital não revelado pela ONU em Connecticut, permanecendo internada e sob os cuidados de um médico durante duas semanas, seguida de uma ausência prolongada do público.[8] Após a grande cobertura da mídia em relação ao colapso de Carey e sua subsequente hospitalização, a Virgin e a 20th Century Fox atrasaram em diversas semanas o lançamento de Glitter (2001), filme estrelado por Carey, e sua trilha sonora correspondente (2001).[7]

"Eu mesma trabalhei muito por muitos e muitos anos e nunca tive uma pausa, e no último ano, eu fiquei bastante exausta e apenas não terminei em um bom lugar fisicamente e emocionalmente. Eu aprendi um pouco mais sobre como trabalhar bastante, mas também sobre como estar saudável e cuidar de mim mesma, e agora, em geral, na minha vida, eu estou em um lugar realmente bom e feliz".

—Carey falando sobre a exaustão que experienciou durante a promoção de Glitter.[9]

Glitter e sua trilha sonora acompanhante foram universalmente negativados;[10][11] ambos os projetos foram um fracasso comercial,[12] com a trilha sonora sendo o álbum de Carey com menos vendagem até então. O jornal St. Louis Post-Dispatch descreveu tal negativação como "uma confusão absoluta que vai descer como um defeito irritante em uma carreira que, embora nem sempre tenha sido aclamada pela crítica, foi, pelo menos, quase sempre bem sucedida".[13] Após a grande negativação em relação à vida pessoal de Carey na época, bem como uma má recepção dos projetos, a Virgin residiu seu contrato de cinco álbuns no valor de US$ 100.000.000 e pagou-lhe apenas metade do valor proposto.[2][14] Logo depois, Carey viajou a Capri, Itália, durante um período de cinco meses, no qual ela começou a escrever material para seu novo álbum, decorrente de todas as experiências pessoais que ela sofreu no ano passado.[5] Posteriormente, ela disse que o seu tempo na Virgin foi "um completo e total estresse. (...) Eu fiz uma decisão totalmente precipitada que foi baseada em dinheiro, e eu nunca tomei decisões baseadas em dinheiro. Aprendi uma grande lição com isso".[15] Mais tarde, naquele ano, ela assinou um contrato com a Island Records em um valor maior a US$ 24.000.000[16] e iniciou as atividades de própria empresa, a MonarC Entertainment. Para aumentar ainda mais a carga emocional da intérprete, seu pai, com quem ela teve pouco contato desde a infância, morreu de câncer naquele ano.[17]

Desenvolvimento e gravação[editar | editar código-fonte]

"A experiência de gravar esse álbum é quase como a experiência da minha vida — passando por isso lidando com coisas e tentando ser esperançosa. Não é um álbum cheio de desgraça e miséria. Há algumas canções que vão lhe dar aquela sensação melancólica, mas eu sempre tento ir ao ponto mais alto mesmo em uma sensação que parece que poderia quebrar você. Eu sempre tento recorrer ao positivos, em vez de me afogar no negativo".

—Carey falando sobre o som do disco em entrevista à Radio & Records.[18]

Carey começou a escrever canções para o disco no início de 2002, antes de assinar um contrato com a Island.[18][19] Ela decidiu descansar, viajou para Capri e foi a um estúdio fonográfico, onde ela pode focar-se nas composições e gravações sem distrair-se.[20][21][18][22] Grande parte do álbum foi gravado em Capri, embora ela tenha viajado a Atlanta, Nova Iorque e Filadélfia para gravar algumas faixas.[23] Naquele ano, a artista afirmou que Charmbracelet foi o projeto mais pessoal que já fez.[22] Ela trabalhou com os colaboradores de longa data Jermaine Dupri, Jimmy Jam and Terry Lewis e Randy Jackson, e colaborou com outros compositores e produtores como 7 Aurelius, Just Blaze, Damizza e Dre & Vidal.[19][24] Jam, Lewis e Carey também trabalharam em "Yours", a qual Jam disse conter "provavelmente um dos melhores ganchos [de todos os tempos]", e comparou-a com "Thank God I Found You" (2000), outra colaboração do trio.[25] Inicialmente, a canção foi gravada como um dueto com o cantor pop Justin Timberlake.[26] Entretanto, devido a complicações contratuais, este dueto não foi lançado e a versão solo foi incluída no álbum.[27] Jam e Lewis produziram outras duas canções, "Wedding Song" e "Satisfy" — com a última apresentando vocais de apoio de Michael Jackson —, as quais não foram lançadas no material.[27][28]

A artista decidiu colaborar com Just Blaze depois de ouvir "Oh Boy", que foi produzida por ele para o rapper Cam'ron.[22] Just Blaze e Carey produziram "Boy (I Need You)", uma re-produção de "Oh Boy", e "You Got Me".[22] A intérprete comentou que "Boy (I Need You)" foi uma de suas faixas favoritas do álbum.[22] "You Got Me" apresenta versos de Jay-Z e Freeway, e foi notada por Carey como uma "canção assinatura [de] Just Blaze".[22] Jay-Z estava de férias em Capri, e foi ao estúdio para ouvir a canção, decidindo que queria contribuir nela e adicional versos por conta própria.[22] Dupri produziu "The One" e "You Had Your Chance". Ele disse que queria que elas tivessem o "mesmo som familiar" de suas colaborações anteriores com Carey.[29] A cantora disse que "The One" era uma canção pessoal e que tratava sobre se magoar em relacionamentos passados e a incerteza de formar novas relações.[22] Para o disco, ela decidiu experimentar uma banda ao vivo.[30] Em abril de 2002, Mariah encontrou-se com 7 Aurelius e perguntou-lhe se queria produzir canções para o álbum. Eles voaram para Nassau, Bahamas, onde gravaram uma mistura de faixa e baladas de andamento lento e acelerado com uma banda ao vivo. 7 Aurelius disse que Carey era "uma escritora incrível" e descreveu o processo de gravação: "Nós fizemos [cerca] de três ou quatro canções em três ou quatro dias. O jeito que nós estávamos fazendo-as, eu tinha [uma seção de trompas] lá embaixo junto comigo. Nós tínhamos toda a sala arrumada, um pouco de vinho agradável — [foi] uma sensação muito boa. Foi completamente despojado, como Mariah Carey Unplugged. Ela despojou-se por conta própria para o seu talento. Ela estava realmente acreditanto em mim e na minha visão, e eu estava acreditando em quem ela era".[30]

"Pulseiras encantadas sempre tiveram uma significância pessoal e sentimental para mim. Encantos são como pedaços de você mesmo que você passa para outas pessoas, itens que dizem sua história e que podem ser compartilhados, como uma canção. As pulseiras representam a fundação desse álbum, um corpo de trabalho que engloba muitos sentimentos".

—A artista falando sobre o título do disco.[31]

Jackson contribuiu para quatro números do álbum, e disse que foi "o disco mais real e mais honesto que ela já vez. Ela não se importa sobre o que os outros acham das letras. Elas eram apenas importantes para ela".[32] Carey incluiu uma regravação de "Bringin' On the Heartbreak", de Def Leppard. Durante a sessão de fotos para o encarte de Charmbracelet em Capri, a artista ouviu o disco álbum Vault (1995), de Def Leppard, o qual apresenta a faixa, e decidiu regravá-la.[33] Em uma entrevista para a Billboard, Carey disse que a canção é "um exemplo de sua diversidade musical".[19] Jackson também trabalhou em "My Saving Grace", a qual Carey disse que descreve seus pensamentos sobre os processos de escrita, gravação e masterização.[22] Enquanto estava em Capri, o pai da artista foi diagnosticado com câncer e fez com que ela retornasse a Nova Iorque para passar um tempo com ele; ele morreu pouco depois.[34][35][36] Em sua memória, Mariah escreveu e produziu a canção "Sunflowers for Alfred Roy".[35] Carey disse que a canção representa "seu lado da família e como é meio difícil de falar".[37] A canção provou ser "muito emocional" para ela, e ela cantou-a apenas uma vez no estúdio. DJ Quik também produziu canções para Charmbracelet, mas nenhumas delas foram incluídas no disco.[38][39]

Composição[editar | editar código-fonte]

"Seu novo álbum cuidadosamente montado se assemelha a um computador antigo em sua precisão sem alma. Esse estranho Charmbracelet é um retorno da suave e distorcida Mariah para massas que foram sucumbidas na década de 1990 antes de ela começar a competir com DMX para ter credibilidade na rua. Para trazer os clientes, Carey proporciona seu papel naquele agudo arrulho familiar, uma espécie de Minnie Riperton sem alma, apoiada apenas por cordas de sintetizadores macios e teclados brilhantes".

—Resenhador do Los Angeles Daily News descrevendo a produção e os vocais do álbum como um todo.[40]

Carey tentou fazer um retorno musical com Charmbracelet, que focou-se em trazer as suas origens de gêneros adultos do início de sua carreira para tentar recuperar seu público.[40] Críticos prezaram e criticaram a condição dos vocais da artista no disco; muitos chamaram as canções de "médias", e sentiram que diversas delas não possuíam ganchos suficientes.[40] O primeiro single do disco, e a mais ousada tentativa de Carey para tentar recriar as baladas dos anos iniciais de sua carreira, "Trough the Tain", foi produzido por Carey e descrito por um crítico como "o tipo de balada [de] autoajuda que [a] Sra. Carey estava cantando há uma década atrás".[41] A regravação de "Bringin' On the Heartbreak" foi gravada usando instrumentação ao vivo, e foi lançada como o terceiro foco de promoção do material.[42] Inicia-se como um "lento congestionamento de piano", o qual é seguido por uma "dramática progressão de acordes", e a voz "precisa e oscilante que atinge notas incríveis" de Carey muda ao passo em que a "power ballad se transforma em algo mais delicado".[42]

Kelefa Sanneh, do The New York Times, definiu "Yours" como "uma combinação delicada de vocais sussurados e ritmos brincalhões".[42] Barry Walters, da revista The New York Times, escreveu que em "Yours", "os vocais principais de Carey se misturam em refrãos de frases sobrepostas por Mariah em voz dupla. Estes são refrãos de mais Mariahs cantando harmonias e contracantos. Concluindo, tudo isso são aspersões generosos do canto de pássaro patenteado da cantora, lamentos, suspiros e sussurros".[43] Críticos consideraram "Subtle Invitation" como uma das faixas mais fortes do álbum devido à sua influência do jazz "bem executada". A canção inicia-se com sons de pessoas jantando, e então são introduzidos as fortes linhas do baixo e baterias. No final da obra, Carey usa cintos fora do clímax. Sarah Rodman, do Boston Herald, descreveu-a como fascinante e disse que "soa como se Carey cantasse em falsete enquanto ainda [canta] em sua voz do peito".[44] "Clow" recebeu forte atenção da mídia, e seu conteúdo lírico fez com que críticos especulassem que Carey teria destinando-a ao rapper Eminem, que anunciou publicamente que ele teve uma relação com Carey. Rodman disse que "Clown" era "languidamente sinistra", com letras como "Eu deveria ter parado em 'eu também gosto da sua música' (...) Você nunca devia ter insinuado que nós fomos amantes / Quando você sabe muito bem que nós nem sequer nos tocamos".[44]

Profissionais compararam "I Only Wanted" com a instrumentação e a estrutura dos versos, do refrão e da guitarra solo de "My All". De acordo com Sal Cinquemani, da Slant Magazine, Carey faz vagas alusões ao seu ex-marido Tommy Mottola com a linha "Desejo que estivesse embaixo do meu véu".[45] A canção usa instrumentação como guitarras latinas e sons do vento como uma espinha dorsal adicional para a melodia, além de pingos de água como sua percussão.[38] "Sunflowers for Alfred Roy", uma das canções mais pessoais do disco, foi composta como uma homenagem ao pai da cantora; ela faz referências diretas para ele e um momento em que eles compartilhavam em seu leito de morte.[42][46] A faixa é apoiada por um simples acompanhamento e piano, e Carey relata uma visita com seu pai em seu quarto no hospital: "Estranho sentir esse orgulho, forte homem / Agarre forte a minha mão".[42][46]

Lista de faixas[editar | editar código-fonte]

N.º TítuloCompositor(es)Produtor(es) Duração
1. "Through the Rain"  Mariah Carey, Lionel ColeCarey, Jimmy Jam and Terry Lewis, James "Big Jim" Wright 4:48
2. "Boy (I Need You)" (com Cam'ron)Carey, Justin Smith, Norman WhitfieldCarey, Just Blaze 5:14
3. "The One"  Carey, Jermaine Dupri, Bryan-Michael CoxCarey, Dupri, Cox 4:08
4. "Yours"  Carey, James Harris III, Terry Lewis, WightCarey, Jimmy Jam and Terry Lewis, Wright 5:06
5. "You Got Me" (com Jay-Z e Freeway)Carey, J. Smith, Shawn Carter, Leslie PridgenCarey, Just Blaze 4:22
6. "I Only Wanted"  Carey, ColeCarey, Randy Jackson 3:38
7. "Clown"  Careuy, Andre Harris, Vidal DavisCarey, Dre & Vidal 3:17
8. "My Saving Grace"  Carey, Jackson, Kenneth Crouch, Trevor LawrenceCarey, Jackson 4:09
9. "You Had Your Chance"  Carey, Dupri, Cox, Leon HaywoodCarey, Dupri, Cox 4:22
10. "Lullaby"  Carey, Harris, DavisCarey, Dre & Vidal 4:56
11. "Irresistible (West Side Connection)" (com Westside Connection)Carey, O'Shea Jackson, Quincy Jones III, Theodore Life, Dexter Wansel, Damion Young  5:04
12. "Subtle Invitation"  Carey, Marcus Vest, Jackson, Crouch, Lloyd Smith, Rob BaconCarey, Vest 4:27
13. "Bringin' On the Heartbreak"  Pete Willis, Steve Clark, Joe ElliottCarey, Jackson 4:34
14. "Sunflowers for Alfred Roy"  Carey, ColeCarey, Jackson 2:59
15. "Through the Rain (Remix)" (com Kelly Price e Joe)Carey, ColeCarey, Jimmy Jam and Terry Lewis, Wright 3:32
Duração total:
64:45

Créditos[editar | editar código-fonte]

Lista-se abaixo os profissionais envolvidos na elaboração de Charmbracelet, de acordo com o encarte do álbum:[47]

Locais de gravação

Os locais de gravação abaixo foram adaptados do encarte de Charmbracelet.[47]

Desempenho nas tabelas musicais[editar | editar código-fonte]

Charmbracelet obteve um êxito comercial moderado em comparação aos álbuns de estúdio lançados anteriormente por Carey. A sua estreia nas tabelas musicais ocorreu na primeira semana de dezembro através da tabela japonesa Oricon, onde debutou na quarta colocação com vendas avaliadas em 63 mil e 365 unidades. Permaneceu nesta mesma colocação na edição seguinte, com 71 mil e 206 cópias vendidas; o seu pico na tabela foi a quarta posição. Mais tarde, foi certificado como platina pela Recording Industry Association of Japan (RIAJ) devido à distribuição de 200 mil réplicas no Japão.

Nos Estados Unidos, de acordo com a Nielsen SoundScan, Charmbracelet comercializou cerca de 241 mil cópias, e debutou no terceiro posto da Billboard 200, ficando apenas atrás de Up! (2002), de Shania Twain — que completava sua segunda semana no topo da tabela — e Tim McGraw and the Dancehall Doctors (2002). Embora o disco tenha vendido mais do que o dobro de unidades conquistadas por Glitter, obteve vendas inferiores a Rainbow (1999), que vendeu 323 mil exemplares em sua semana de lançamento. Charmbracelet permaneceu nas tabelas estadunidenses durante outras vinte e duas atualizações e foi certificado com um disco de platina emitido pela Recording Industry Association of America (RIAA), denotando vendas de um milhão de cópias em território estadunidense. Segundo um levantamento feito pela Nielsen SoundScan, o material vendeu cerca de 1 milhão e 163 mil unidades. No Canadá, o trabalho estreou na 30ª posição, que foi o seu pico, e recebeu uma certificação de ouro pela Music Canada, devido a vendas de 50 mil cópias no país. Embora não tenha entrado em suas tabelas musicais, Charmbracelet foi certificado de ouro no Brasil e em Hong Kong através das empresas Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) e IFPI Hong Kong Group.

Referências

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