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Sucessão[editar | editar código-fonte]

Especulação na conferência partidária pré-2010[editar | editar código-fonte]

O meio-irmão mais velho de Kim Jong-un, Kim Jong-nam, era o mais propenso para suceder Kim Jong-il, mas não foi possível depois de 2001, quando foi pego tentando entrar no Japão em um passaporte falso para visitar a Disneylândia de Tóquio.[1] Kim Jong-nam foi morto na Malásia em 2017 por suspeitos agentes norte-coreanos.[2]

O ex-chef pessoal de Kim Jong-il, Kenji Fujimoto, revelou detalhes sobre Kim Jong-un, com quem ele teve um bom relacionamento,[3] afirmando que ele era o favorito para ser o sucessor de seu pai. Fujimoto também disse que Kim Jong-un foi apoiado por seu pai parar herdar a liderança, em relação ao seu irmão mais velho, Kim Jong-chul, argumentando que Jong-chul era feminino demais para tal cargo, enquanto Jong-un era "exatamente como seu pai".[4] Além disso, Fujimoto afirmou que "se o poder for entregue a alguém, então Kim Jong-un é o melhor para tal. Kim tem excelentes dons físicos, é um grande bebedor e nunca admite a derrota". Quando Jong-un tinha 18 anos, Fujimoto descreveu um episódio em que Jong-un questionou seu estilo de vida e perguntou: "estamos aqui, jogando basquete, montando em cavalos, pilotando jet skis, nos divertindo juntos". Mas e a vida das pessoas comuns?"[4] Em 15 de janeiro de 2009, a agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que Kim Jong-il havia nomeado Kim Jong-un para ser seu sucessor.[5][6]

Em 8 de março de 2009, a BBC News informou que Kim Jong-un estava em votação para as eleições para a Assembleia Popular Suprema, o Parlamento da Coreia do Norte.[7] Relatos posteriores indicaram que seu nome não apareceu na lista de legisladores,[8] mas ele foi posteriormente elevado a uma posição de nível médio na Comissão de Defesa Nacional, um ramo das forças armadas norte-coreanas.[9]

A partir de 2009, os serviços diplomáticos estrangeiros compreenderam que Kim iria suceder seu pai, Kim Jong-il, como chefe do Partido dos Trabalhadores da Coreia e líder de facto da Coreia do Norte.[10] Ele foi nomeado "Yŏngmyŏng-han Tongji" (영명 한 동지), que se traduz livremente como "Brilhante Camarada".[11] Seu pai também pediu aos funcionários das embaixadas no exterior para prometer lealdade a seu filho.[12] Também houve relatos de que os cidadãos da Coreia do Norte foram encorajados a cantar uma "canção de louvor" recém-composta para Kim Jong-un, de forma semelhante à de canções de louvor relacionadas a Kim Jong-il e Kim Il-sung.[13] Mais tarde, em junho, Kim teria visitado secretamente a China para "se apresentar" à liderança chinesa, que mais tarde teria advertido contra a realização de outro teste nuclear pela Coreia do Norte.[14] O Ministério das Relações Exteriores chinês negou veementemente que essa visita tenha ocorrido.[15]

Em setembro de 2009, foi relatado que Kim Jong-il havia conseguido apoio para o plano de sucessão, após uma campanha de propaganda.[16] Acredita-se por alguns que Kim Jong-un estava envolvido no naufrágio do Cheonan[17] e no bombardeio de Yeonpyeong[18] para fortalecer suas credenciais militares e facilitar uma transição bem-sucedida do poder de seu pai.[19]

Vice-Presidente da Comissão Militar Central[editar | editar código-fonte]

Kim Jong-un se tornou um daejang, o equivalente a um general de quatro estrelas nos Estados Unidos,[20] em 27 de setembro de 2010, um dia antes de uma rara conferência do Partido dos Trabalhadores da Coreia em Pyongyang, a primeira vez que a mídia o mencionara pelo nome, apesar dele não ter tido experiência militar anteriormente.[21] Apesar da promoção, não foram divulgados mais detalhes, incluindo retratos oficiais de Kim.[22] Em 28 de setembro de 2010, ele foi nomeado vice-presidente da Comissão Militar Central e nomeado para o Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, em um aparente aceno para se tornar o sucessor de Kim Jong-il.[23]

Em 10 de outubro de 2010, Kim Jong-un estava ao lado de seu pai quando ele assistiu à comemoração do 65º aniversário do Partido dos Trabalhadores. Isto foi visto como confirmando sua posição como o próximo líder do Partido dos Trabalhadores. Acesso à imprensa internacional sem precedentes foi concedido ao evento, indicando ainda mais a importância da presença de Kim Jong-un.[24] Em janeiro de 2011, o regime teria começado a expurgar cerca de 200 protegidos do tio de Jong-un, Jang Song-thaek, e O Kuk-ryol, vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa, por detenção ou execução, para evitar de os mesmos rivalizarem com Jong-un.[25]

Líder da Coreia do Norte[editar | editar código-fonte]

Assumindo títulos oficiais[editar | editar código-fonte]

Kim Jong-il morreu em 17 de dezembro de 2011. Apesar dos planos do idoso Kim, não ficou imediatamente claro após a sua morte se Jong-un iria, de fato, assumir o poder total e qual seria seu papel exato em um novo governo.[26] Alguns analistas previram que quando Kim Jong-il morresse, Jang Song-thaek atuaria como regente, já que Jong-un era muito inexperiente para liderar o país naquele momento.[27][28]

Após a morte de seu pai, Kim Jong-un foi saudado como o "grande sucessor da causa revolucionária de Juche", "líder excepcional do partido, exército e povo"[29] e "camarada respeitado que é idêntico ao Comandante Supremo Kim Jong -il", [30] e foi nomeado presidente do comitê fúnebre de Kim Jong-il. A Agência Central de Notícias da Coreia descreveu Kim Jong-un como "uma grande pessoa nascida do céu", um termo de propaganda que apenas seu pai e seu avô tinham desfrutado.[31] E o Partido dos Trabalhadores, no poder, disse em um editorial que: "Prometemos lágrimas de sangue para chamar Kim Jong-un de nosso Comandante Supremo, nosso líder".[32]

Expurgos e execuções[editar | editar código-fonte]

Em 12 de dezembro de 2013, Kim Jong-un ordenou a execução de seu tio Jang Song-thaek por "traição".[33] Acredita-se que Kim também tenha ordenado o assassinato de seu meio-irmão, Kim Jong-nam, na Malásia, em fevereiro de 2017.[34]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Kim Jong Il's Teen Grandson Spotted at Concert of S. Korean Pop Star» (em inglês) 
  2. «Kim Jong-un's half-brother 'assassinated with poisoned needles at airport'» (em inglês) 
  3. Lynn, Hyung Gu. (2007). Bipolar orders: the two Koreas since 1989. Zed Books. p. 122. ISBN 978-1-84277-743-5.
  4. a b Sang-hun, Choe; Fackler, Martin. North Korea's Heir Apparent Remains a Mystery Arquivado em 29 dezembro 2013 na WebCite. The New York Times. 14 June 2009
  5. «Kim Jong Il's Teen Grandson Spotted at Concert of S. Korean Pop Star» 
  6. North Korea Newsletter No. 38 Arquivado em 22 julho 2011 no Wayback Machine. Yonhap. 22 January 2009.
  7. "N Korea holds parliamentary poll". BBC News. Retrieved 8 March 2009.
  8. «Kim Jong Il's Son, Possible Successor, Isn't Named as Lawmaker» [ligação inativa] 
  9. «In North Korea, Ailing Kim Begins Shifting Power to Military» [ligação inativa] 
  10. «N Korea names Kim's successor named» 
  11. «North Korean leader's son is 'Brilliant Comrade». The Jakarta Post 
  12. «Kim Jong-un: North Korea's Kim Anoints Youngest Son As Heir». The Huffington Post 
  13. «North Koreans sing praises of dynastic dictatorship». AM 
  14. Kim Jong Il's son 'made secret visit to China'. The Times. 16 June 2009.
  15. China Dismisses Reports of Kim Jong-un Visit. The Chosun Ilbo. 19 June 2009
    Harden, Blaine. North Korea's Kim Jong Il Chooses Youngest Son as Heir Arquivado em 4 fevereiro 2011 no Wayback Machine, The Washington Post, 3 June 2009.
  16. «Predefinição:Not a typo backs Kim's succession plan: analysts» 🔗 [ligação inativa] 
  17. «North Korean Propagandists Say Kim Jong‑il's Son Planned South Korea Attacks». International Business Times 
  18. «Kim Jong-un 'Masterminded Attacks on S. Korea'». The Chosun Ilbo 
  19. «Korean Peninsula: After Cheonan Warship Sinking and Yeonpyeong Incidents» (PDF) [ligação inativa] 
  20. «Is North Korea following the Chinese model?» 
  21. «North Korea sets date for rare leadershipconference» «North Korean leader Kim Jong-il's son 'made a general'» «North Korea's Kim paves way for family succession» 
  22. «N. Korean leader promotes his son» 
  23. «North Korea leader's son given key party posts» 
  24. «Kim Jong-il's Heir Attends Parade» 
  25. «N.Korea 'Purging Proteges of the Old Guard'» 
  26. «Kim Jong-il, North Korean leader, dies». ISSN 0261-3077 
  27. «Kim Jong‑il's heir Kim Jong‑un made general». ISSN 1038-8761 
  28. Nishikawa (ed.). «North Korean power‑behind‑throne emerges as neighbors meet» 
  29. «Notice to All Party Members, Servicepersons and People» [ligação inativa] 
  30. «We Are under Respected Kim Jong Un» [ligação inativa] 
  31. Associated Press (19 December 2011). NKorea grieves Kim Jong Il, state media hails son, Houston Chronicle. Retrieved 1 January 2012.
  32. «N. Korea Media Begins Calling Kim Jong Un Supreme Commander» 
  33. «Kim Jong Un's executed uncle Jang Song Thaek reappears on N.Korean media - NK News - North Korea News» (em inglês). 10 de agosto de 2016. Consultado em 8 de maio de 2019 
  34. Goldman, Russell (15 de março de 2017). «DNA Confirms Assassination Victim Was Half Brother of Kim Jong-un, Malaysia Says». The New York Times (em inglês). Consultado em 8 de maio de 2019