Vadeca
Vadeca | |
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Empresa detentora | Valentim de Carvalho |
Fundação | 1969 |
Fechamento | 1986 |
Distribuidor(es) | Roda, Roda Rock |
Gênero(s) | Punk rock, new wave, pop, folk, blues, hard rock |
País de origem | |
Localização | Porto |
Vadeca foi uma editora discográfica portuguesa fundada no Porto, com ligações à família Valentim de Carvalho. Era propriedade da J.C. Donas Lda, fundada em 1941, que também detinha o selo Discos Roda desde 1969[1].[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]A meio da década de quarenta a Valentim de Carvalho renegociou o seu contrato com a multinacional EMI, passando a ser o único distribuidor nacional, com liberdade para selecionar e gravar no mercado português. Como consequência ocorreu a abertura de um estabelecimento comercial no Porto – a Vadeca – como resultado da falta de concorrência direta, passando pouco depois a editar discos.[4]
A Discos Roda aparece em 1969. Julio Iglesias, Mocedades e Shocking Blue são alguns dos lançamentos da editora. Julio Iglesias chegou mesmo a gravar alguns dos temas em Português. Representava em Portugal editoras internacionais como a R&B Records, a Alhambra ou a brasileira RGE. Um dos nomes em maior destaque foi Roberto Leal.
Linucha, Artur Garcia, Carlos Zel e Fátima Caldeira são alguns exemplos de artistas nacionais.
As lojas de discos Vadeca eram cinco em 1978. Sendo três no Porto (Rua 31 de Janeiro, Av. Boavista e Shopping Brasília) e outras em Lisboa (Drugstore Alvalade) e Coimbra (Rua Ferreira Borges). [5]
Também foi representante da editora Virgin tendo lançado por exemplo Mike Oldfiel, OMD, Tangerine Dream ou a compilação "Machines" de 1980. [6]),
Alguns dos artistas portugueses mais importantes da editora Vadeca foram Manuela Bravo (vitória no Festival da Canção com "Sobe Sobe Balão Sobe"), Adelaide Ferreira ("Baby Suicida" e "Trânsito"), Street Kids, Go Graal Blues Band (discografia entre 1983 e 1984), IODO, Frodo, Roxigénio, NZZN, TNT, Brigada Victor Jara ("Marcha Dos Foliões" de 1982 e a compilação "10 Anos (A Cantar Portugal)" de 1985), entre outros.[2] Um dos diretores da editora era Ilídio Viana que por pouco assinava com os UHF antes de estes irem para a Valentim de Carvalho.
O selo português Roda Rock apareceu com o boom do rock português embora os lançamentos mais importantes dessa altura sejam na Vadeca.[7]
Após o encerramento da editora, em 1986, a J.C. Donas e a marca Vadeca continuaram a existir mas virando-se apenas para a atividade de prestação de serviços na área da limpeza, ambiente e Jardins.[3]
Apesar da habitual confusão [8] a atividade da Vadeca era distinta da editora Valentim de Carvalho e consequentemente da Emi-Valentim de carvalho ou mais tarde das Edições Valentim de Carvalho (Popular, Norte Sul, etc).
Referências
- ↑ https://www.discogs.com/label/1005955-Discos-Roda-10o-Aniversário-69-79
- ↑ a b «Editoras». Sinfonias de Aço–Anos 80. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ a b «Vadeca inaugura instalações em Leça da Palmeira». Câmara Municipal de Matosinhos. 15 de março de 2013. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ Joaquim Paulo da Cruz Oliveira (Abril de 2014). «O Processo de Internacionalização da Música Portuguesa» (PDF). Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto: 22. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ http://queimador-recortesretalhos.blogspot.pt/2016/08/musuca-n-30-o-rock-portugues-chegou-bom.html
- ↑ https://www.discogs.com/Various-Machines/release/10158570
- ↑ «Vadeca–J.C.Donas, Lda–Discos VDC». Discogs. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ http://viva80.pt/editoras.aspx?tab=1&id=3