Vazgeno
| Vazgeno | |
|---|---|
| Nascimento | século V Gogarena |
| Morte | Anos 450 Reino da Ibéria |
| Progenitores | Mãe: Anuxuram Arzerúnio Pai: Achucha II |
| Cônjuge | Susana |
| Ocupação | General |
| Título | |
Vazgeno[1] (em latim: Vazgenus; em armênio/arménio: Վազգեն; romaniz.:Vazgen) foi um vitaxa (pitiaxš[2] ou bidhakhsh,[3] "vice-rei") de Gogarena da família mirrânida. Filho de Achucha II, vitaxa de Gogarena, sucedeu-o entre 457-470,[2] e talvez em 467[4] ou 470.[5]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Sua mãe, Anuxuram Arzerúnio, era cunhada do general Maiactes Mamicônio, irmão do asparapetes Vardanes II Mamicônio. Seu pai, Achucha, tendo permanecido refém na corte persa em Ctesifonte, não pode participar da insurreição armênia de 451, liderada por Vardanes II Mamicônio. Após a derrota do exército armênia em Avarair, em 2 de junho de 451, e a subsequente morte de Maiactes Mamicônio em Taique, Achucha viu chegar em Ctesifonte seus sobrinho, Baanes I, Bassaces e Artaxes Mamicônio.[6][7]
Enquanto a paz e submissão foi devolvida à Armênia, Achucha conseguiu comprar sua liberdade e de seus sobrinho em 455. Mais tarde, Achucha organizou o casamento de seu filho Vazgeno com Susana, filha de Vardanes II Mamicônio.[8] Após a morte de seu pai, Vazgeno foi para Ctesifonte com o xá sassânida Perozes I (r. 459–484), abjurar espontaneamente o cristianismo e converter-se ao zoroastrismo. Perozes deu-lhe como segunda esposa uma princesa sassânida.[a] De volta à Armênia, quis forçar sua primeira esposa, Susana, a converter-se, mas ela se recusou e, eventualmente, morreu de abuso por parte de seu marido.[4][9]
A abjuração de Vazgeno tinha propósito político: buscando favores do rei, obteve seu apoio e sua investidura à conquista do Reino da Ibéria que acreditava ter direitos.[b] Vazgeno invadiu, mas foi derrotado e morto pelo legítimo Vactangue I (r. 447/449–502/522).[9][10]
Notas[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Société des Bollandistes 1935, p. 45.
- ↑ a b Settipani 2006, p. 439.
- ↑ Grousset 1947, p. 214.
- ↑ a b c Dédéyan 2007, p. 191.
- ↑ a b Toumanoff 1990, p. 385.
- ↑ Grousset 1947, p. 193-202.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 189-190.
- ↑ Grousset 1947, p. 213.
- ↑ a b Grousset 1947, p. 216.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 192.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Grousset, René (1947). História da Armênia das origens à 1071. Paris: Payot
- Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila
- Société des Bollandistes (1935). Analecta bollandiana. Bruxelas: Société des Bollandistes