Velasquismo

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José María Velasco Ibarra durante um discurso público.

Velasquismo é o nome pelo qual é conhecido o movimento político populista no Equador que surgiu em torno da figura de José María Velasco Ibarra, que foi presidente do país em cinco ocasiões distintas.[1] O movimento dominou o cenário político nacional por quase quatro décadas, de 1934, data em que Velasco Ibarra assumiu pela primeira vez a presidência,[2] até 1972, ano em que deixou o poder pela última vez.[1][3]

O alto grau de influência que o movimento teve na política equatoriana o coloca como um dos únicos movimentos desse tipo na América Latina, sendo o peronismo argentino um dos poucos semelhantes.[2]

Além do movimento político como tal, o denominativo velasquismo também é usado para designar cada mandato presidencial de Velasco Ibarra, seguindo a forma "segundo velasquismo", "terceiro velasquismo", etc.[4][5]

Legado[editar | editar código-fonte]

O modelo populista do velasquismo e seu foco nos setores marginais da sociedade encontraram ecos no estilo de fazer política de personalidades e partidos políticos posteriores. Um dos exemplos mais notórios disso foi o partido Concentración de Fuerzas Populares, que alcançou apoio nos mesmos setores suburbanos de Guayaquil que antes apoiavam Velasco Ibarra.[1] A forma de fazer política do ex-presidente Abdalá Bucaram também já foi comparada ao velasquismo.[6]

Referências

  1. a b c Cueva, Agustín (2008). [web.archive.org/web/20200817083617/biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20100830112935/04velasqui.pdf «El velasquismo: ensayo de interpretación»] Verifique valor |urlcapítulo= (ajuda) (PDF). Entre la ira y la esperanza : y otros ensayos de crítica latinoamericana. [S.l.]: Siglo del Hombre. pp. 49–82. ISBN 9789586651080. OCLC 844345410. Consultado em 30 de outubro de 2021 
  2. a b Avilés Zambrano, Freddy (30 de março de 2019). «La huella del velasquismo en Ecuador». El Universo. Consultado em 29 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 8 de julho de 2019 
  3. «Aniversario del "Carnavalazo", el gobierno de Rodríguez Lara». El Comercio. 13 de fevereiro de 2021. Consultado em 29 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2021 
  4. «Falleció el ex presidente Carlos Julio Arosemena Monroy». El Universo. 5 de março de 2004. Consultado em 29 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 31 de maio de 2016 
  5. «"En el quinto Velasquismo tuve que quemar 50 revistas rusas"». El Telégrafo. 17 de fevereiro de 2013. Consultado em 29 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 29 de outubro de 2021 
  6. «'Abdalismo resulta del velasquismo'». El Universo. 29 de abril de 2003. Consultado em 29 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 29 de outubro de 2021