Venezuela

Esta é uma versão em áudio do artigo. Clique aqui para ouvi-lo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

República Bolivariana da Venezuela
República Bolivariana de Venezuela
Bandeira da Venezuela
Brasão de armas da Venezuela
Brasão de armas da Venezuela
Bandeira Brasão de armas
Lema: Federación y Dios ("Deus e Federação")
Hino nacional: Gloria al bravo pueblo
("Glória ao bravo povo")

Ouça o artigo (info)

noicon
Este áudio foi criado a partir da revisão datada de 3 de setembro de 2020 e pode não refletir mudanças posteriores ao artigo (ajuda).
Gentílico: venezuelano(a)

Localização de Venezuela
Localização de Venezuela

Localização da Venezuela em verde escuro; área reivindicada pelos venezuelanos no território da Guiana em verde claro.
Capital Caracas
Cidade mais populosa Caracas
Língua oficial Espanhol
Governo República federal presidencialista
• Presidente Nicolás Maduro
• Vice-presidente Delcy Rodríguez
• Presidente da Assembleia Nacional Luis Parra [a]
Independência da Espanha 
• Iniciada 19 de abril de 1810 
• Declarada 5 de julho de 1811 
• Reconhecida 30 de março de 1845 
Área  
  • Total 916 445 km² (33.º)
 • Água (%) 0,3
 Fronteira Brasil a sul, Colômbia a oeste, Guiana a leste.
População  
  • Estimativa para 2018 Baixa 28 067 000[1] hab. (45.º)
 • Densidade 33,74 hab./km² 
PIB (base PPC) Estimativa de 2021
 • Total US$ 142,416 bilhões*[2] 
 • Per capita US$ 5 163[2] 
PIB (nominal) Estimativa de 2021
 • Total US$ 44,893 bilhões*[2] 
 • Per capita US$ 1 627[2] 
IDH (2021) 0,691 (120.º) – médio[3]
Gini (2013) Baixa 44,8[4] 
Moeda Bolívar soberano[b][5] (VEF)
Fuso horário (UTC−4[6])
Cód. Internet .ve
Cód. telef. +58
Website governamental www.gobiernoenlinea.ve

Venezuela (pronúncia espanhola: [be.neˈswe.la]), oficialmente República Bolivariana da Venezuela (em castelhano: República Bolivariana de Venezuela), é um país da América localizado na parte norte da América do Sul, constituído por uma parte continental e um grande número de pequenas ilhas no Mar do Caribe, cuja capital e maior aglomeração urbana é a cidade de Caracas. Possui uma área de 916 445 km², sendo o 32º maior país no mundo em território. Suas fronteiras são delimitadas a norte com o Mar do Caribe, a oeste com a Colômbia, ao sul com o Brasil e ao leste com a Guiana, com quem mantém disputas territoriais. Através das suas zonas marítimas, tem soberania sobre 71 295 km² de mar territorial, 22 224 km² na zona contígua, 471 507 km² do Mar do Caribe e o Oceano Atlântico sob o conceito de zona económica exclusiva, e 99 889 km² de plataforma continental. Esta área marinha faz fronteira com treze estados soberanos, sendo Trinidad e Tobago, Granada, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Barbados alguns deles. Sua população é estimada em 28 067 000 habitantes[1] e a capital nacional é Caracas.

O país é amplamente conhecido por suas vastas reservas de petróleo, pela diversidade ambiental do seu território e por seus diversos recursos naturais. É considerado um país megadiverso,[7] com uma fauna diversificada e uma grande variedade de habitats protegidos. As cores da bandeira venezuelana são o amarelo, azul e vermelho, nessa ordem: o amarelo representa a riqueza da terra, o azul o mar e o céu do país, e o vermelho o sangue derramado pelos heróis da independência.[8]

O território venezuelano foi colonizado pelo Império Espanhol em 1522, apesar da resistência dos povos nativos. Em 1811, tornou-se uma das primeiras colônias hispano-americana a declarar a independência, mas que apenas foi consolidada em 1830, quando a Venezuela deixou de ser um departamento da Grã-Colômbia. Durante o século XIX, o país sofreu com instabilidade política e autocracia, dominado por caudilhos regionais até meados do século XX. Desde 1958, houve uma série de governos democráticos.

No entanto, choques econômicos nas décadas de 1980 e 1990 culminaram em várias crises políticas, como os motins mortais durante o Caracazo de 1989, duas tentativas de golpe em 1992, além do impeachment do presidente Carlos Andrés Pérez por desvio de fundos públicos em 1993. O colapso da confiança permitiu que Hugo Chávez ganhasse força. Ele criou o conceito de "Revolução Bolivariana" ao aprovar uma nova constituição em 1999. Após a morte de Chávez em 2013, Nicolás Maduro assume o poder após ganhar as eleições presidenciais no mesmo ano. Em maio de 2018, Maduro foi reeleito em uma eleição controversa, não reconhecida pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.[9][10] Atualmente, o país enfrenta uma crise socioeconômica e política grave, com hiperinflação, escassez de produtos básicos, alta criminalidade e censura da imprensa.[11][12]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Alonso de Ojeda, Américo Vespúcio e Juan de la Cosa foram os primeiros a explorar a costa da Venezuela em 1499. No dia 24 de agosto desse ano chegaram ao que é hoje o lago de Maracaibo, onde encontraram nativos cujas casas estavam construídas sobre estacas de madeira fixas no lago (palafitas). Vespúcio, que era italiano, achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza e por isso chamou a região de Venezuela, ou seja, "Pequena Veneza".

Por outro lado, Martín Fernández de Enciso, um geógrafo que acompanhava a expedição, afirma na sua obra Summa de Geografia (1519) que junto ao lago existia uma grande rocha plana, em cima da qual havia um povoado indígena conhecido como Veneciuela. Assim, o nome Venezuela pode ser nativo, e não estrangeiro. No entanto, a primeira versão permanece como a mais divulgada e aceita.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Venezuela

Período pré-colombiano[editar | editar código-fonte]

É certo que o homem chegou à América vindo do Nordeste da Ásia, em algum momento entre 15 e 30 mil anos atrás, tendo alcançado o continente seja pela travessia a pé da Beríngia ou navegando em pequenos barcos próximos à costa e, em seguida, ao longo dos milênios, se dispersam para o sul, povoando o continente americano.[13]

Os vestígios mais antigos de presença humana em território venezuelano são materiais associados à caça de mastodontes, encontrados no sítio arqueológico de Taima-Taima e datados de 14 mil anos atrás.[14]

Na época da chegada dos espanhóis, uma diversidade de povos indígenas habitavam o que é hoje a Venezuela: os caribes na região costeira central, otomacos, yaruros e aruaques nas planícies, waraos no delta do Orinoco, timoto-cuicas na região dos Andes, barís e wayuus na região do Lago de Maracaibo, gaiones e jirajaras na região centro-oeste do país e ianomâmis no sul da Amazônia.[15] Grupos nômades ocupavam a região do Lago de Maracaibo, os Llanos e o litoral, enquanto os povos autóctones tecnologicamente mais avançados viviam nos Andes, com uma vida baseada na agricultura.[16]

Colonização espanhola[editar | editar código-fonte]

Cristóvão Colombo chegou ao litoral venezuelano em 1498, durante sua terceira viagem à América. Batizou a região de Venezuela (“pequena Veneza”), em razão das palafitas sobre o Lago de Maracaibo, que se assemelhavam à cidade italiana.[16]

No início, a Espanha não teve grandes interesses nessa área, limitando-se à caça de escravos e pesca de pérolas. O primeiro assentamento espanhol permanente, Cumaná, foi fundado em 1523. Logo depois, a família banqueira Welser, da cidade alemã de Augsburgo, comprou os direitos de exploração e colonização da costa noroeste da Venezuela. No entanto, os colonizadores alemães não conseguiram se fixar nem encontrar metais preciosos e, com isso, os espanhóis retomaram o comando das terras dos Welser em 1546.[16]

Na segunda metade do século XVI, os espanhóis começaram a colonizar a Venezuela, por meio do estabelecimento de fazendas com o uso da mão-de-obra indígena, por meio do sistema de encomienda. Caracas foi fundada em 1567 e décadas depois, mais de 20 assentamentos espanhóis existiam no litoral e na região andina.[16]

A economia venezuelana colonial era baseada na agricultura, sobretudo de cana-de-açúcar, tabaco e cacau, e na pecuária. Usava-se a mão-de-obra indígena e escrava africana. No século XVIII, para eliminar a forte presença britânica, francesa e neerlandesa no comércio venezuelano, os espanhóis estabeleceram um monopólio comercial dentro do pacto colonial. No entanto, os interesses régios foram contra o dos latifundiários venezuelanos, forçando à dissolução da empresa monopolista nos anos 1780.[16]

O território que é hoje a Venezuela esteve dividido entre o Vice-Reino do Peru e audiência de Santo Domingo até ao estabelecimento do Vice-Reino de Nova Granada em 1717. Em 1776, a Venezuela tornou-se uma capitania-Geral do Império Espanhol.

Grã-Colômbia e independência[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Grã-Colômbia

A primeira rebelião contra o domínio espanhol ocorreu em 1749.[17] No entanto, os primeiros movimentos separatistas na Venezuela surgiram apenas nas últimas décadas daquele século.[16]

Em 1797, um grupo de membros da elite venezuelana proclamou a independência, mas falhou.[16]

Em 1806, o militar caraquenho Francisco de Miranda, profundamente influenciado pelas ideias iluministas e veterano nas lutas das Revoluções Americana e Francesa, tentou desembarcar no litoral venezuelano com mercenários contratados em Nova York, para por em prática sua ideia de criar um país pan-hispânico na América, mas tal ação não deu certo, devido à falta de apoio da elite, temerosa de que a metrópole fosse alterada da Espanha para o Reino Unido.[16][18]

Em 1808, Napoleão Bonaparte invadiu a Espanha, prendeu e depôs o rei Fernando VII e colocou em seu lugar o irmão José Bonaparte. Esse foi o estopim para a independência das colônias espanholas na América, pois muitas elites não aceitaram ter um rei estrangeiro no trono espanhol. Nessa época, entrou, no processo de independência da Venezuela, o militar Simón Bolívar, que havia estudado na Europa e recebeu influências da Revolução Americana.[18][19]

Em 19 de abril de 1810, a elite caraquenha decretou a formação de uma junta governativa, expulsando os espanhóis dos cargos administrativos. Em um primeiro momento, a junta declarou lealdade a Fernando VII, mas as tropas espanholas mandaram bloquear os portos venezuelanos, levando os integrantes a declararem a independência.[18]

Em julho de 1811, a junta governativa, liderada por Cristóbal Mendoza, assinou a Ata da Declaração de Independência da Venezuela. Francisco de Miranda se tornou o primeiro chefe do exército do novo país.[18]

Nas lutas contra as forças realistas, em julho de 1812, Miranda assinou a rendição ante estas, para evitar que mais sangue fosse derramado, o que foi visto como uma traição, levando-o a ser entregue aos espanhóis e exilado.[16][18]

A assinatura da Independência da Venezuela, de Martín Tovar y Tovar.

Em 1813, a junta governantiva indicou Bolívar para o cargo de comandante das forças revolucionárias. Depois de derrotas nas lutas contra os espanhóis, ele contou com o apoio de elites que abandonaram a defesa do colonialismo e llaneros e negros que desertaram da causa monarquista e muitos mercenários britânicos e irlandeses e com a ajuda do Haiti.[16][18]

Em 17 de dezembro de 1819, foi proclamada a República da Grã-Colômbia, com capital em Bogotá e tendo Bolívar como presidente. Em junho de 1521, suas tropas, reforçadas pela cavalaria liderada por José Antonio Páez, derrotaram o principal exército espanhol na Batalha de Carabobo. A última força da Coroa Espanhola se rendeu em outubro de 1823 na cidade de Puerto Cabello.[16]

Em seguida, Bolívar, acompanhado de tropas venezuelanas, ajudou a libertar o Peru e a Bolívia, esta última tendo recebido o seu nome. Enquanto isso, as rivalidades regionais eclodiram na Grã-Colômbia e ele não foi capaz de contê-las.[16] ) Então, entre 1829 e 1830, a Grã-Colômbia se fragmentou, com a independência do Equador e da Venezuela.[17]

República Caudilha[editar | editar código-fonte]

Com a independência de fato da Venezuela, o novo país passou a ser governado pelos caudilhos, que permanecem no cargo por um século. Em 1830, foi promulgada a primeira constituição do país, de caráter centralista, escravagista e conservador.[16]

Entre 1830 e 1848, a política venezuelana esteve nas mãos dos conservadores, cuja principal figura foi José Antonio Páez, presidente duas vezes (1831–35 e 1839–43) e importante figura política. Nesse período, houve uma estabilidade política e progresso econômico, a Igreja perdeu a isenção tributária e o monopólio educacional e o Exército, sua autoridade e a economia, devastada por anos de guerra, foi reconstruída.[16]

Em 1840, Antonio Leocadio Guzmán fundou o Partido Liberal, antiescravagista e pena de morte e favorável à extensão do direito ao voto, a primeira grande oposição aos conservadores. Na década de 1840, houve uma queda no preço das commodities venezuelanas e isso fortaleceu a oposição liberal.[16]

Em 1848, os conservadores são tirados do cargo pelo General José Tadeo Monagas. Nos dez anos seguintes, o poder alternou-se entre Monagas e seu irmão José Gregorio Monagas, quando foram aprovadas, mas não implementadas, a abolição da escravidão e da pena de morte e a ampliação do sufrágio. A situação econômica estava piorando e a tentativa de criar, em 1857, uma constituição que permitia aos presidentes permanecerem mais tempo no cargo, levou a uma revolta de dissidentes liberais e conservadores, que depuseram os Monagas em 1858. Isso desencadeou uma guerra civil entre os liberais, de tendência federal e democrática, e os conservadores, centralistas, a chamada Guerra Federal (1858–63).[16]

Páez retornou do exílio em 1861 e restaurou a hegemonia do seu grupo até 1863, com a vitória liberal, cujos líderes eram Juan Crisóstomo Falcón e Antonio Guzmán Blanco. Uma nova constituição, de caráter liberal e federalista, foi promulgada no ano seguinte. Devido à má gestão governamental, os conservadores, agora liderados por José Tadeo Monagas, retornaram ao poder em 1868. Outra guerra civil seguiu, resultando em uma nova vitória liberal em 1870.[16]

Guzmán Blanco assumiu o poder em 1870 e adotou um programa de reformas econômicas, retirando o país da situação econômica que vivia há anos. Uma nova constituição foi promulgada em 1872, estabelecendo eleições diretas para a presidência, sufrágio para todos os homens e um sistema nacional de educação. Em 1878, Guzmán deixou a presidência, para a qual retornaria em 1886, após deixar a Venezuela ser governada por aliados. Em 1888, após a saída de Guzmán, inicia-se um período de instabilidade política, que continuou durante o governo de Joaquín Crespo (1892–98). Durante essa gestão, as relações com o Reino Unido se conflituaram, por causa da intensificação da disputa pela Guiana Essequiba, região rica em ouro reivindicada por ambos os países.[16]

Juan Vicente Gómez e Eleazar López Contreras em Maracay, 1934.

Em 1899, o general Cipriano Castro, natural do estado de Táchira, chega a Caracas e dá um golpe de estado, assumindo a presidência como um ditador. O governo Castro (1899–1909) foi o primeiro de cinco governos de presidentes militares tachirenses, conhecidos como Andinos, os quais ficaram no poder até 1958, exceto por um breve intervalo entre 1945 e 1948.[16]

Em 1908, Cipriano, cujo governo foi caracterizado por uma política externa agressiva, foi forçado a deixar a presidência por causa de sua saúde e foi substituído por Juan Vicente Gómez, que governou a Venezuela até sua morte, em 1935. Seus 27 anos no cargo foram caracterizados pelo autoritarismo, corrupção, cerceamento às liberdades individuais e de imprensa e eleições fraudulentas. Por outro lado, foi no governo de Gómez, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, que as gigantescas reservas de petróleo venezuelanas foram descobertas e o início da sua exploração trouxe grandes lucros, permitindo ao Estado fazer obras de infraestrutura, subsidiar a agricultura e pagar a dívida. No entanto, a riqueza era desigual, a maioria da população vivia na pobreza e houve pouquíssimos investimentos estatais na saúde ou educação.[16]

Um país entre a democracia e o autoritarismo[editar | editar código-fonte]

Eleazar López Contreras assumiu a presidência com a morte de Gómez, de quem fora ministro, em 1935. Seu governo (1935–41) começou com a retomada das liberdades e a permissão do sindicalismo, mas a ameaça da oposição o fez retomar a ditadura, em 1937. Economicamente, essa gestão continuou seguindo a orientação desenvolvimentista, com investimentos estatais na agricultura, educação, saúde e indústria.[16]

Isaías Medina Angarita (1941–45) manteve o desenvolvimentismo e restaurou as liberdades individuais. Com a queda nos preços do petróleo devido à Segunda Guerra Mundial, o governo ampliou sua participação nos lucros do petróleo e, com a retomada das redes de transporte globais, houve novas concessões e um boom do petróleo.[16]

Em 1945, um golpe civil-militar depôs Medina, marcando a primeira vez que um partido político, o social-democrata Ação Democrática (AD), toma o poder, com o apoio popular. Seu líder, Rómulo Betancourt, liderou uma junta composta por civis e militares que elaborou uma constituição seguindo a orientação do partido, adotada em julho de 1947.[16] Em dezembro do mesmo ano, o escritor Rómulo Gallegos tomou posse, sendo o primeiro presidente democraticamente eleito da história da Venezuela. Gallegos adotou medidas trabalhistas, desenvolvimentistas e assistencialistas, o que levou à sua deposição por um golpe militar em novembro de 1948, resultado da forte oposição conservadora ao seu governo.[16]

Com o golpe de 1948, assumiu o poder a junta militar do Major Marcos Pérez Jiménez e Tenente-Coronel Carlos Delgado Chalbaud, este assassinado em 1951, o que levou aquele a se tornar o líder único do país, governando-o autoritariamente até sua deposição 1958, período no qual todas as conquistas sociais, trabalhistas e democráticas foram suprimidas.[16] Sucedeu a Jiménez uma junta civil-militar, que durou até 1959, quando Betancourt foi eleito, por meio de uma aliança entre o AD e o democrata-cristão Partido Social-Cristão (Copei), e tomou posse.[16][20]

Dominância de dois partidos[editar | editar código-fonte]

O segundo mandato de Betancourt (1959–64) também foi caracterizado pelos investimentos em saúde, educação, agricultura e indústria, mas foi mais moderado em relação ao primeiro. Na política externa, a Venezuela rompeu relações com a República Dominicana em 1960, após um atentado contra Betancourt feito por agentes dominicanos, e com Cuba em 1961, por causa do seu financiamento a grupos guerrilheiros marxistas venezuelanos, e se tornou um dos membros-fundadores da OPEP em 1960.[16]

As eleições presidenciais de 1963 foram vencidas por Raúl Leoni (AD). Os democrata-cristãos retiraram-se passaram para a oposição. Durante a presidência de Leoni (1964–69), houve crescimento na indústria petroquímica e mineradora. Apesar da prosperidade, o governo teve pouca popularidade, o que fortaleceu a Copei, cujo candidato, Rafael Caldera, venceu as eleições presidenciais de 1968. Sua posse, no ano seguinte, foi um marco histórico para a Venezuela, pois, pela primeira vez, o governo incumbente entregou pacificamente a presidência a um partido oposicionista.[16]

O governo Caldera (1969–74) manteve políticas similares às gestões anteriores, ampliou as relações diplomáticas com Cuba, União Soviética e as ditaduras latino-americanas e nacionalizou o gás natural. Seu sucessor, Carlos Andrés Pérez (1974–79), da Ação Democrática, nacionalizou a indústria de ferro em 1975 e a de petróleo em 1976.[16]

Após a Guerra do Yom Kippur (1973), o preço do barril de petróleo venezuelano aumentou mais de 300%, o que trouxe grandes lucros ao país sul-americano. Houve a imigração vinda de países próximos e um aumento nas importações, mas, por outro lado, a corrupção crescia cada vez mais e os lucros se concentravam nas elites, gerando pouco benefícios à classe popular. Além disso, o boom econômico ocasionado pelo aumento na cotação do barril durou pouco,[16] pois houve aumentos maciços nos gastos públicos[21] e no final dos anos 1970 iniciou-se uma crise econômica causada pela queda nos preços do petróleo, devido à superoferta da comodity e o segundo choque do petróleo.[16]

Os governos de Luis Herrera Campins (Copei, 1979–84) e Jaime Lusinchi (AD, 1984–89) foram caracterizados pela crise e consequente desemprego e fuga de capitais estrangeiros, aumento constante da inflação, corrupção, diminuição das exportações e moratória da dívida externa.[16][20] Para tentar solucionar a crise, foram adotadas medidas de desvalorização da moeda e austeridade.[16]

Rua de Caracas durante o Caracazo, em 1989.

Carlos Andrés Pérez foi eleito para um segundo mandato em 1988, sob a promessa de pagamento da dívida. No início de seu mandato, em 1989, foram adotadas medidas de austeridade e esse fator gerou o levante popular conhecido como Caracaço, cujo estopim foi o aumento da tarifa de ônibus da capital. Os dois anos seguintes foram marcados por greves trabalhistas e mais manifestações. Em 1992, Pérez sofreu duas tentativas de golpe militar: uma, de oficiais de baixa patente no exército, cujo líder era o tenente-coronel Hugo Chávez; outra, por membros da Força Aérea. Os militares rebeldes foram presos e o presidente continuou no cargo até meados do ano seguinte, quando sofreu impeachment por corrupção.[16][20]

Em 1994, o ex-presidente Rafael Caldera tomou posse para um segundo mandato, dessa vez como político independente,[16] e logo em seguida anistia Hugo Chávez, restaurando seus direitos políticos.[22] Durante a gestão Caldera (1994–99), inicialmente foram aplicadas medidas econômicas populistas até depois adotar um plano econômico neoliberal orientado pelo FMI.[16][20]

Revolução Bolivariana[editar | editar código-fonte]

Hugo Chávez em 2013.

Nas eleições de 1998, no contexto da desconfiança aos partidos políticos tradicionais, Chávez foi eleito presidente, prometendo combater os grandes problemas que o país vivia na época, como a corrupção e altas taxas de pobreza, tomando posse no início do ano seguinte.[16] Meses depois, uma Assembleia Constituinte, com predominância chavista, foi eleita e redigiu uma nova constituição, por meio da qual o nome do país foi alterado para República Bolivariana da Venezuela, o mandato presidencial foi ampliado de cinco para seis anos e o Legislativo se tornou unicameral.[20] Esse foi o início da chamada "Revolução Bolivariana".[17]

Em abril de 2002, um golpe de Estado derruba Chávez, após manifestações populares de seus opositores,[23] mas ele voltou ao poder depois de dois dias, com a ajuda de apoiadores militares e populares.[24]

Chávez também se manteve no poder depois de uma greve geral nacional, que durou mais de dois meses (de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003), além de uma greve na companhia estatal de petróleo Petróleos de Venezuela (PDVSA). Os movimentos grevistas produziram um problema econômico grave, sendo que o PIB do país caiu 27 por cento durante os primeiros quatro meses de 2003 e custou à indústria petrolífera 13,3 bilhões de dólares.[25] A fuga de capitais, antes e durante a greve, levou à reinstituição de controles cambiais (que tinha sido abolida em 1989), gerido pela agência CADIVI.

Chávez seguiu uma orientação populista, centralizadora e socialista, a qual ele chamou de Socialismo do século XXI. Durante os 14 anos que governou a Venezuela, foram adotadas políticas sociais com o dinheiro vindo do petróleo e estatizados setores estratégicos da economia, como a siderurgia, petróleo, telecomunicações, indústria de cimento e eletricidade e houve uma redução na pobreza. Ao mesmo tempo, houve uma concentração de poder nas mãos do presidente. Além disso, surgiu uma forte polarização política; apesar do grande apoio popular, a rejeição entre as classes média e alta ao presidente era alta e isso gerou uma forte tensão.[16][20]

Nas eleições de 2000, 2006 e 2012, nas quais Chávez foi reeleito, o seu partido MVR (Movimento Quinta República) e aliados — muitos dos quais, em 2007, foram unidos no Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) — obtiveram ampla maioria no Legislativo. Em 2009, foi aprovada, pela Assembleia Nacional e por consulta popular, a emenda constitucional que institui a reeleição ilimitada para cargos públicos.[20]

No início da década de 2010, o governo adotou as primeiras medidas de desvalorização da moeda.[26][27][28][29][30] Estas desvalorizações têm feito pouco para melhorar a situação do povo venezuelano, que conta com produtos importados ou produtos produzidos localmente, mas que dependem de insumos importados, enquanto as vendas de petróleo representam a grande maioria das exportações da Venezuela.[31]

Em 2012, Chávez foi reeleito para um quarto mandato, mas ele nunca chegou a tomar posse, devido ao tratamento contra o câncer, doença para a qual faleceu em 5 de março de 2013, depois de dois anos de luta, o que gerou forte comoção popular.[20][32]

Governo Maduro e crise[editar | editar código-fonte]

Com a morte de Chávez, o vice-presidente, Nicolás Maduro, assumiu interinamente a presidência.[20]

Nicolás Maduro, o atual presidente do país.
Protestos contra o governo de Maduro em 2014.

A eleição presidencial de 14 de abril de 2013, a primeira em que o nome de Chávez não aparecia na cédula de votação desde que assumiu o poder em 1999,[33] foi vencida por Maduro, com 50,61% dos votos, contra o candidato da oposição Henrique Capriles Radonski, que teve 49,12% dos votos.[34] A federação Mesa da Unidade Democrática contestou a sua nomeação como uma violação da constituição. No entanto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu que, segundo a constituição nacional, Nicolás Maduro é o presidente legítimo e foi investido como tal pelo congresso venezuelano.[35][36]

Maduro assumiu o poder em meio a uma situação econômica frágil, com a escassez de produtos básicos e inflação em alta.[16] Em fevereiro de 2014, milhares de venezuelanos protestaram contra o níveis crescentes de violência criminal, inflação e pela escassez crônica de produtos básicos devido às políticas do governo federal.[37][38][39][40][41] Manifestações e tumultos deixaram mais de 40 mortes nos distúrbios entre os dois chavistas e manifestantes da oposição,[42] além de terem levado à prisão de líderes da oposição, como Leopoldo López.[42][43] Atualmente, o país enfrenta uma grave crise socioeconômica e política, com hiperinflação, escassez de produtos básicos, alta criminalidade e censura da imprensa.[11][12]

O Center for Economic and Policy Research (CEPR) com sede em Washington estima que 40 000 pessoas morreram em resultado das sanções dos EUA entre 2017 e 2018, devido ao seu impacto na distribuição de medicamentos, fornecimentos médicos e alimentos. Milhões de pessoas com diabetes, hipertensão ou câncer já não podem receber tratamento adequado.[44]

Em maio de 2018, Maduro foi reeleito em uma eleição controversa, não reconhecida pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.[9][10] Em janeiro de 2019, a Assembleia Nacional da Venezuela declarou que Maduro estava usurpando o cargo presidencial e Juan Guaidó, como presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, autoproclamou-se presidente interino da Venezuela.[45][46] No mesmo dia, a Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou ilegítimo o governo de Maduro.[47]

Após assumir a presidência interina, Guaidó disse que os três objetivos centrais de sua estratégia política seriam encerrar o governo de Nicolás Maduro, estabelecer um governo de transição guiado pela Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições.[48] Em fevereiro de 2019, mais de 50 países reconheciam Guaidó como presidente interino da Venezuela, incluindo todos os países membros do Grupo de Lima com exceção do México, além de Brasil, Canadá, Estados Unidos, Israel, Austrália, Japão, o Parlamento Europeu e a maioria dos países da União Europeia.[49][50][51][52][53][54] Por outro lado, cerca de 20 países reconheciam Maduro como presidente legítimo, incluindo Rússia, Cuba, Nicarágua, China e Coreia do Norte.[55] A Organização das Nações Unidas (ONU), o Vaticano e 17 países declararam neutralidade.[56]

Em janeiro de 2021, a União Europeia deixou de reconhecer Juan Guaidó como presidente interino.[57]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Geografia da Venezuela
O Pico Bolívar, a 4 981 de altitude, é o ponto mais alto do país[58]

Com cerca de 2 800 km de litoral, a Venezuela é um país localizado no norte da América do Sul, na fronteira com o mar do Caribe. É delimitada ao sul pelo Brasil, a oeste pela Colômbia e a leste pela Guiana. O país tem uma área total de 916 445 km², dos quais 882 050 km² são de terra, cerca do dobro do tamanho do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A forma de seu território se assemelha aproximadamente à de um triângulo invertido.

Hidrografia e topografia[editar | editar código-fonte]

O país possui uma variedade de paisagens. As extensões da cordilheira dos Andes vão do extremo nordeste até o noroeste da Venezuela e continuam ao longo da costa norte do Caribe. O Pico Bolívar, o ponto mais alto da nação com 4 981 m de altura, encontra-se nesta região. O centro do país é caracterizado pelos llanos, que são extensas planícies que se estendem desde a fronteira colombiana ao extremo oeste do delta do rio Orinoco, no leste.

Salto Ángel, a mais alta queda de água do planeta

No sul, a região Guayana contém a região norte da Bacia Amazônica e o Salto Ángel, a maior cachoeira (cascata, em Portugal). O Orinoco, com seus ricos solos aluviais, se liga ao maior e mais importantes sistema de rios, que se origina em uma das maiores bacias hidrográficas da América Latina. O Caroni e o Apure são outros grandes rios. Do sistema deltaico, que forma um triângulo cobrindo o Delta Amacuro, projeta-se para o nordeste em direção ao Oceano Atlântico.

O país pode ainda ser dividido em dez zonas geográficas, correspondentes a algumas regiões climáticas e biogeográficas. No norte são os Andes venezuelanos e a região Coro, uma área montanhosa no noroeste, tem vários vales e serras. No leste estão as planícies adjacentes ao lago de Maracaibo e ao golfo da Venezuela. A Cordilheira Central é paralela à costa e inclui as colinas que rodeiam Caracas, a Cordilheira Oriental, separada da Cordilheira Central pelo golfo de Cariaco, abrange o Sucre e o norte de Monagas. A Região Insular inclui todas as ilhas da Venezuela: Nueva Esparta e as várias dependências federais.

Clima[editar | editar código-fonte]

Venezuela de acordo com a classificação climática de Köppen

Embora a Venezuela esteja inteiramente situada nos trópicos, o clima varia de planícies úmidas de baixa altitude, onde as temperaturas médias anuais variam de tão elevadas como 28 °C, às geleiras e regiões montanhosas com uma temperatura média anual de 8 °C. A precipitação anual varia entre 430 mm na porção semiárida do noroeste até 1 000 mm no delta do rio Orinoco do extremo oriente do país. A maioria das quedas de precipitação entre junho e outubro (época das chuvas ou "inverno"); o restante mais seco e mais quente do ano é conhecido como "verão", embora a variação da temperatura ao longo do ano não seja tão pronunciada como em latitudes temperadas.[59]

O país divide-se em quatro zonas de temperatura horizontais baseadas principalmente na elevação, tendo os climas tropical, seco, temperado com invernos secos e polar (tundra alpina), entre outros.[60][61][62] Na zona tropical as temperaturas são quentes, com médias anuais variando entre 26 e 28 °C. A zona temperada, onde se localizam muitas das cidades da Venezuela, incluindo a capital, varia entre 800 e 2 000 m de altura, com médias de 12–25 °C. As condições mais frias com temperaturas de 9–11 °C são encontrados na zona fria entre 2 000 e 3 000 m de altura, especialmente nos Andes venezuelanos, onde há pastagem e campo de neve permanentes com médias anuais abaixo de 8 °C.

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

Mapa das regiões naturais do país

A Venezuela se encontra dentro da região neotropical, e grandes porções do país são originalmente cobertas por florestas úmidas de folhagem larga. Isso classifica a Venezuela como um dos dezessete países megadiversos.[63][64][65] No país, os habitats vão desde as montanhas dos Andes até o oeste da Bacia Amazônica, através de extensas planícies e a costa do Caribe, no centro e no delta do rio Orinoco, no leste. Estes incluem cerrados no extremo noroeste e litoral e florestas de mangue no nordeste.[66] Suas florestas de baixa altitude e tropicais são particularmente ricas.[67]

Vista aérea do delta do rio Orinoco

A fauna da Venezuela é diversa e inclui espécies pouco conhecidas como o peixe-boi, preguiça de três dedos, preguiça-de-coleira, boto-cor-de-rosa e crocodilo-do-orinoco, que podem atingir até 6,6 m de comprimento. A Venezuela abriga um total de 1 417 espécies de aves, 48 das quais são endémicas.[68] Aves importantes incluem o íbis, diversos tipos de águias, maçaricos e o turpial, a ave nacional da Venezuela.[67] Os ​​mamíferos mais notáveis são o tamanduá-bandeira, onça-pintada e a capivara, o maior roedor do mundo.[69] Mais de metade das espécies de aves e mamíferos venezuelanos são encontradas nas florestas da Amazônia e ao sul do rio Orinoco.[70]

Sobre a flora presente na Venezuela, mais de 25 mil espécies de orquídeas são encontradas nas florestas do país e nos ecossistemas da floresta de várzea.[67] Estas incluem a flor de mayo (Cattleya mossiae), que é tida como a flor nacional venezuelana. A árvore nacional da Venezuela é o Ipê amarelo (ou araguaney, como é chamado no país) cuja característica exuberante após o período chuvoso levou o romancista Rómulo Gallegos a nomeá-la de "a primavera de oro de los araguaneyes" (a primavera de ouro dos araguaneyes).[69]

Em se tratando de fungos, uma conta foi fornecida por R.W.G. Dennis, sendo digitalizada e os registros disponibilizados online como parte do banco de dados do Cybertruffle Robigalia.[71][72] Este banco de dados inclui cerca de 3,9 mil espécies de fungos registrados na Venezuela, mas está longe de ser completa, e é provável que o número total de espécies de fungos já conhecidos no país seja maior, dada a estimativa geralmente aceita de que apenas 7% de todos os fungos em todo o mundo foram descobertos, catalogados e estudados até o momento.[73]

Visa panorâmica da ilha de Margarita, no mar do Caribe

O país está entre os vinte melhores em termos de endemismo.[69] Entre os seus animais, 23% dos répteis e 50% das espécies de anfíbios são endémicas.[69] Embora a quantidade de informação disponível ainda seja muito pequena, um primeiro esforço foi feito para estimar o número de espécies de fungos endêmicos para a Venezuela: Aproximadamente 1 334 espécies de fungos foram identificados como possíveis endemias do país. Cerca de 38% dos mais de 21 mil espécies de plantas conhecidas da Venezuela são exclusivas do país.[69]

A Venezuela é atualmente o lar de uma reserva da biosfera, o Alto Orinoco-Casiquiare, que faz parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera, além de cinco zonas úmidas que estão registradas nos termos da Convenção de Ramsar. Em 2003, 70% das terras do país estavam sob a gestão da conservação em mais de 200 áreas protegidas, incluindo 43 parques nacionais. Nas últimas décadas, a exploração madeireira, mineração, agricultura itinerante e outras atividades humanas têm servido como ameaça para a biodiversidade venezuelana. Entre 1990 e 2000, 0,40% da cobertura florestal foi desmatada anualmente. No mesmo período, foram implementadas medidas de proteções federais, como a proteção de 20% a 33% da área florestal venezuelana.[69]

Panorama dos tepuis Kukenán e Roraima vistos a partir do acampamento do rio Tëk (rio visível na imagem), em Gran Sabana. O tepui Roraima é, na verdade, 100 metros maior que o Kukenan, mas, devido à perspectiva da fotografia, ele parece menor.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Demografia da Venezuela

Religiões[editar | editar código-fonte]



Religiões na Venezuela (2011)[74]

  Protestantes (17%)
  Irreligiosos (7%)
  Outras religiões (3%)
  Sem resposta (1%)

De acordo com uma pesquisa de 2011 (GIS XXI), 88% da população é cristã, principalmente católica romana (71%), e os 17% restantes são protestantes, principalmente evangélicos (na América Latina, os protestantes são geralmente chamados de "evangélicos"). Cerca de 8% dos venezuelanos são irreligiosos (2% de ateus e 6% de agnósticos ou indiferentes). Quase 3% da população segue outra religião (1% dessas pessoas pratica a santería).[74]

Existem pequenas, mas influentes comunidades muçulmanas, drusas,[75][76] budistas e judaicas. A comunidade muçulmana de mais de 100 mil está concentrada entre pessoas de ascendência libanesa e síria que vivem no estado de Nueva Esparta, Punto Fijo e na área de Caracas. A comunidade drusa é estimada em cerca de 60 mil e concentrada entre pessoas de ascendência libanesa e síria (um ex-vice-presidente é druso, mostrando a influência do pequeno grupo).[77][75]

A comunidade judaica diminuiu nos últimos anos devido às crescentes pressões econômicas e antissemitismo na Venezuela,[78][79][80][81][82] com a população diminuindo de 22 mil em 1999[83] para menos de 7 mil em 2015.[84]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

A Venezuela é um país bastante miscigenado e grande parte de sua população é multirracial, como resultado do contato entre espanhóis, indígenas e africanos no período colonial.[16][85]

Segundo o censo populacional de 2011, a composição étnico-racial da população venezuelana, segundo autoidentificação, é a seguinte: 49,9%: multirraciais (de qualquer tipo), 42,2% brancos, 3,5% afrodescendentes e 2,7% ameríndios.[86] Segundo a Encyclopædia Britannica, a população venezuelana é assim dividida: 63,7% mestiços indígenas-europeus ou mestiços indígenas-africanos-europeus, 23,3% brancos, 10,0% negros, 1,3% indígenas e 1,7% outros.[16] Já Francisco Lizcano estimou a composição étnica do país sul-americano dessa forma: 37,7% mestizos (mestiços indígenas-europeus), 37,7% mulatos (mestiços africanos-europeus), 16,9% brancos, 2,8% negros, 2,7% ameríndios e 2,2% asiáticos (em grande parte, descendentes de árabes).[87]

Na Venezuela, os afrodescendentes estão concentrados em regiões próximas à costa, enquanto os indígenas residem, em grande parte, em regiões remotas do interior do país, como florestas próximas ao Lago de Maracaibo e a Floresta Amazônica.[16]

De acordo com um estudo genético de DNA autossômico, realizado em 2008, pela Universidade de Brasília (UnB) a composição da população da Venezuela é a seguinte: 60,60% de contribuição europeia, 23% de contribuição indígena e 16,30% de contribuição africana.[88]

Até a Segunda Guerra Mundial, a entrada de europeus na Venezuela foi quase exclusivamente de espanhóis. Entre 1948 e 1958, o governo estimulou a entrada de portugueses, espanhóis e italianos. Entre as décadas de 1950 e 1970, centenas de milhares de imigrantes oriundos de países hispanófonos da América do Sul se fixaram na Venezuela, especialmente colombianos, mas também argentinos, chilenos e uruguaios. Muitos desses europeus e sul-americanos não se fixaram em território venezuelano definitivamente, pois retornaram aos seus países de origem.[16]

Criminalidade[editar | editar código-fonte]

Favela em Caracas

A violência era a maior preocupação de eleitores venezuelanos em 2008, de acordo com uma pesquisa.[89] A Venezuela está entre os países com as maiores taxas de violência urbana do mundo. Estima-se que, em média, um venezuelano seja assassinado a cada 21 minutos.[90] Crimes violentos têm sido tão prevalentes no paós que o governo não mais divulga estatísticas sobre crimes ocorridos.[91] Em 2018, a taxa de homicídios foi estimada em 36,7 por 100 mil habitantes, uma das mais altas do mundo.[92] A capital Caracas tem uma das maiores taxas de homicídios entre as grandes cidades do mundo, com 122 homicídios por 100 mil habitantes.[93]

Segundo relatório da Anistia Internacional, os homicídios na Venezuela cresceram de forma constante, desde 2002. Estima-se que 92% dos crimes comuns na Venezuela não são solucionados, índice que sobe para 98%, em casos de violações de direitos humanos, conforme apurado pela InSight Crime e pela COFAVIC, respectivamente, em 2016.[94] A maioria dos assassinados na Venezuela são homens jovens e pobres. Segundo o relatório, "as políticas de segurança implementadas entre 2002 e 2017 priorizaram o uso de métodos repressivos pela polícia em operações de combate ao crime, com relatos de buscas ilegais, execuções extrajudiciais e uso de tortura durante essas operações".[95][96]

Os números de vítimas, nas últimas décadas, são semelhantes aos da guerra do Iraque, e, em algumas instâncias, houve mais civis mortos, ainda que o país viva em épocas de paz.[97]

Urbanização[editar | editar código-fonte]

A Venezuela está entre os países mais urbanizados da América Latina.[98][99] Cerca de 85% da população vive em áreas urbanas na parte norte do país, especialmente na capital Caracas, que é também a maior cidade do país. Outras cidades importantes incluem Maracaibo, Valência, Maracay, Barquisimeto, Mérida, Barcelona-Puerto La Cruz e Ciudad Guayana.

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Política da Venezuela
Nicolás Maduro, o atual presidente da Venezuela, que assumiu o cargo após a morte de Hugo Chávez em 2013.

A Venezuela é uma república federal presidencialista governada pela Constituição de 1999. Esta constituição consagrou a existência de cinco poderes: executivo, legislativo, judiciário, cidadão e eleitoral.

O poder executivo recai sobre o presidente da República, eleito por sufrágio universal para um mandato de seis anos, podendo ser reeleito infinitamente, depois de referendada a emenda constitucional, por voto popular. Ele é simultaneamente chefe de Estado e chefe de governo. É também o Comandante Supremo das Forças Armadas. Nomeia o vice-presidente da República (cargo ocupado desde janeiro de 2007 por Jorge Rodríguez Gómez) e os ministros.[carece de fontes?]

O poder legislativo reside na Asamblea Nacional (Assembleia Nacional), parlamento unicameral composto por 167 membros, 3 dos quais representantes dos povos indígenas. Os membros da assembleia são eleitos para um período de 5 anos, podendo ser reeleitos para mais dois mandatos. Entre as funções da Assembleia Nacional encontram-se para aprovar as leis e o orçamento e designar os embaixadores. Antes da aprovação da constituição de 1999 a Venezuela tinha um parlamento bicameral, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. As últimas eleições para a Assembleia Nacional tiveram lugar em Dezembro de 2015.[carece de fontes?]

O Supremo Tribunal de Justiça, órgão máximo do poder judiciário, é constituído por 36 membros eleitos para um mandato único de doze anos, sendo designados pela Assembleia Nacional. Cada estado possui um governador (eleito para um período de quatro anos) e um Conselho Legislativo; o Distrito Capital tem um governador (eleito para um período de quatro anos). O alcalde (prefeito, presidente da Câmara Municipal), é a principal figura do poder municipal, sendo eleito também para um mandato de quatro anos.[carece de fontes?]

Imagem aérea da sede da Assembleia Nacional da Venezuela.

Os principais partidos políticos venezuelanos são a Acción Democrática (AD, fundado em 1941 por Rómulo Gallegos e Rómulo Betancourt), o Partido Social Cristiano (COPEI, fundado em 1946 por Rafael Caldera), o Partido Socialista Unido de Venezuela(PSUV, liderado desde a sua fundação por Hugo Chávez), Un Nuevo Tiempo, (fundado em 2000 por Manuel Rosales), Primero Justicia, (fundado em 2000 por Julio Borges), Moviemento al Socialismo (MAS) e Convergencia (fundado em 1993). Em 2007 Hugo Chavez criou o Partido Socialista Unificado Venezuelano (PSUV), o qual conquistou mais de 5 milhões de inscritos em poucos meses, tornando-se o principal partido. A população venezuelana atua diretamente na política através dos conselhos comunais. Estes conselhos são comunidades de aproximadamente 200 famílias que moram próximos e possuem laços em comum. Através de assembleias populares os cidadãos decidem quais obras deverão ser executadas naquela comunidade. Estes grupos participam da política chegando a propor e aprovar leis, como por exemplo, a Lei de Terras, leis contra o açambarcamento em supermercados e a própria lei dos conselhos comunais.[carece de fontes?]

Segundo a ONU, o país se encontra em 'estado de exceção', com o governo sendo acusado de ameaçar e torturar opositores. Em contrapartida, José Rangel Avalos, vice-ministro do Interior, afirma que: "A tortura não faz parte da realidade política da Venezuela" e que a população tem a garantia de seus direitos.[101][102]

Forças armadas[editar | editar código-fonte]

Caça Sukhoi Su-30 da Força Aérea da Venezuela.

A Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (Fuerza Armada Nacional, FAN) são as forças armadas da Venezuela. Ela inclui mais de 129 150 homens e mulheres, nos termos do artigo 328 da Constituição, em cinco componentes de terra, mar e ar. Os componentes das Forças Armadas Nacionais são: o Exército venezuelano, a Marinha venezuelana, a Força Aérea venezuelana, a Milicia Nacional Bolivariana da Venezuela e a Milícia Nacional da Venezuela.

Em 2008, cerca de 600 000 soldados foram incorporados em um novo ramo, conhecido como Reserva Armada. O presidente da Venezuela é o comandante em chefe das forças armadas do país. As principais funções das forças armadas são defender o território nacional soberano da Venezuela, o espaço aéreo, as ilhas, a luta contra o narcotráfico, busca e salvamento e, no caso de um desastre natural, a proteção civil. Todos os homens que são cidadãos da Venezuela têm o dever constitucional de se inscrever nas forças armadas na idade de 18 anos, que é a idade de maioridade na Venezuela.

Relações internacionais[editar | editar código-fonte]

O ex-presidente Hugo Chávez com o presidente da Rússia Vladimir Putin.
Encontro de presidentes sul-americanos no Brasil em 2009. Lula da Silva está no centro, enquanto Hugo Chávez está à direita.

Durante a maior parte do século XX, a Venezuela manteve relações amistosas com os países latino-americanos e ocidentais. As relações entre a Venezuela e o governo dos Estados Unidos pioraram após o golpe de Estado na Venezuela de 2002, durante a qual o governo estadunidense reconheceu a presidência interina de Pedro Carmona. Do mesmo modo, laços com vários países da América Latina e do Oriente Médio que não são aliados dos Estados Unidos foram fortalecidos. A Venezuela busca alternativas de integração hemisférica, através de propostas como a Aliança Bolivariana para as Américas e a recém-lançada rede de televisão pan-latino-americana, TeleSUR. A Venezuela é uma das quatro nações no mundo, juntamente com a Rússia, a Nicarágua e Nauru, que reconheceu a independência da Abecásia e da Ossétia do Sul. A Venezuela foi um defensor da decisão da Organização dos Estados Americanos para adotar a sua Convenção Anti-Corrupção e está trabalhando ativamente no Mercosul para pressionar o aumento do comércio e da integração energética. Globalmente, buscando a formação de um mundo "multipolar", baseado no fortalecimento dos laços diplomáticos entre os países do Terceiro Mundo.

Desde março de 2015, o governo norte-americano durante a gestão de Barack Obama declarou o governo venezuelano como ameaça a segurança nacional de seu governo.[103] Posteriormente, em Junho de 2015, oito senadores brasileiros foram até a Venezuela para promoverem um ato pela libertação dos presos políticos do país. Os oito senadores da comitiva foram recebidos pelas mulheres dos presos políticos, opositores do governo de Nicolás Maduro, que eles iriam visitar num presídio. Mas a rodovia estava bloqueada. Segundo a polícia, por causa de um acidente de trânsito. Foi então que dezenas de simpatizantes do governo cercaram o micro-ônibus e começaram a bater nos vidros. Os senadores tiveram que voltar.[104] A Câmara Federal do Brasil, aprovou uma moção de repúdio ao ato contra os senadores. A Venezuela negou obstáculos a visita dos senadores.

Guiana Essequiba, parte do território da Guiana que é reivindicado pela Venezuela.

Toda a região a oeste do rio Essequibo (quase 60% do território da Guiana) é reivindicada pela Venezuela como sendo parte de seu território subtraído no século XIX pela Inglaterra, então potência colonial que administrava a antiga Guiana Britânica. A disputa está em moratória. A região é denominada pela Venezuela de Guiana Essequiba. Em 1895, após anos de tentativas diplomáticas para resolver a disputa fronteiriça na Venezuela, a disputa sobre a fronteira do rio Essequibo deflagrou-se e então foi submetida a uma comissão supostamente neutra (composta por representantes do Reino Unido, Estados Unidos e da Rússia e sem representante direto da Venezuela) que, em 1899, decidiu-se contra a reivindicação territorial da Venezuela.[105]

A história da Venezuela no Mercosul iniciou em 16 de dezembro de 2003, durante reunião de cúpula do Mercosul realizada em Montevidéu, quando foi assinado o Acordo de Complementação Econômica Mercosul, Colômbia, Equador e Venezuela. Neste acordo foi estabelecido um cronograma para a criação de uma zona de livre comércio entre os Estados signatários e os membros plenos do Mercosul, com gradual redução de tarifas. Desta maneira, estes países obtiveram sucesso nas negociações para a formação de uma zona de livre comércio com o Mercosul, uma vez que, um acordo de complementação econômica, com o cumprimento integral de seu cronograma, é o item exigido para ascensão de um novo associado. No entanto, em 8 de julho de 2004, a Venezuela foi elevada ao status de membro associado, sem ao menos concluir o cronograma firmado com o Conselho do Mercado Comum. No ano seguinte, o bloco a reconheceu como uma nação associada em processo de adesão, o que na prática significava que o Estado possuía voz, mas não voto.[106] A expulsão da Venezuela foi oficializada em 1º de dezembro de 2016. A decisão foi unanime por parte de: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai; Ainda que para o governo de Montevidéu seria prudente acionar a cláusula democrática do bloco, da mesma forma que foi feita com o Paraguai. Após a Venezuela não aderir o tratado de Assunção sobre a promoção e proteção dos direitos humanos, o acordo sobre residência que permite que moradores de outros países do bloco tenham moradia no país e, também, o Acordo de complementação econômica 18, que é considerado um dos principais pilares do bloco.[107][108] O governo Venezuelano aderiu apenas 80 por cento das 1 224 técnicas exigidas, e 25 por cento do tratado necessário.[109][110]

Divisão administrativa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Subdivisões da Venezuela

A Venezuela é uma república federal dividida em 23 estados, um Distrito Capital (que compreende a cidade de Caracas e a sua área metropolitana), as Dependências Federais (formada por 72 ilhas e ilhotas na sua maioria sem população humana) e um território em reivindicação com a Guiana (Guayana Esequiba).

Os estados da Venezuela encontram-se agrupados em nove regiões administrativas, que foram criadas a partir de um decreto presidencial de 1980.

Economia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Economia da Venezuela
Gráfico das principais exportações do país (em inglês).

Em 2020, o país foi o 76º maior exportador do mundo (US $ 16,4 milhões em mercadorias, 0,1% do total mundial).[111][112] Já nas importações, em 2016, foi o 63º maior importador do mundo: US$ 33,6 bilhões.[113]

Na agricultura, a Venezuela produziu, em 2019: 4,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar; 1,9 milhões de toneladas de milho; 1,4 milhão de toneladas de banana; 760 mil toneladas de arroz; 485 mil toneladas de abacaxi; 477 mil toneladas de batata; 435 mil toneladas de óleo de palma; 421 mil toneladas de mandioca; 382 mil toneladas de laranja; 225 mil toneladas de melancia; 199 mil toneladas de mamão; 194 mil toneladas de melão; 182 mil toneladas de tomate; 155 mil toneladas de tangerina; 153 mil toneladas de coco; 135 mil toneladas de abacate; 102 mil toneladas de manga (incluindo mangostim e goiaba); 56 mil toneladas de café; além de produções menores de outros produtos agrícolas. Devido aos problemas econômicos e políticos internos, a produção de cana-de-açúcar caiu de 7,3 milhões de toneladas em 2012 para 3,6 milhões em 2016. A de milho caiu de 2,3 milhões de toneladas em 2014 para 1,2 milhão em 2017. A de arroz caiu de 1,15 milhão de toneladas em 2014 para 498 mil toneladas em 2016.[114] Na pecuária, a Venezuela produziu, em 2019: 470 mil toneladas de carne bovina, 454 mil toneladas de carne de frango, 129 mil toneladas de carne suína, 1,7 bilhões de litros de leite de vaca, entre outros. A produção de carne de frango caiu progressivamente, ano a ano, de 1,1 milhão de toneladas em 2011 para 448 mil toneladas em 2017. A de carne de porco caiu de 219 mil toneladas em 2011 para 124 mil em 2018. A produção de leite de vaca caiu de 2,4 bilhões de litros em 2011 para 1,7 bilhões em 2019.[115]

Sede do Banco Central da Venezuela em Caracas.
A escassez de produtos na Venezuela deixou mercados vazios em 2014.

O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, a Venezuela tinha a 31ª indústria mais valiosa do mundo (US$ 58,2 bilhões). A grosso modo, baseada na indústria petrolífera.[116] Em 2018, a Venezuela era a 51ª maior produtora de veículos do mundo (1,7 mil), sofrendo quedas desde 2010, quando produzia 153 mil veículos/ano. Na produção de aço, o país não consta entre os 40 maiores produtores do mundo.[117][118][119] O Banco Central da Venezuela é responsável pelo desenvolvimento da política monetária para o bolívar venezuelano, que é usado como moeda. A moeda é impressa principalmente em papel e distribuídos por todo o país. O presidente do Banco Central da Venezuela é atualmente Eudomar Tovar, que também atua como representante do país no Fundo Monetário Internacional. De acordo com a Heritage Foundation e o The Wall Street Journal, a Venezuela tem os direitos de propriedade mais fracos do mundo, marcando apenas 5,0 em uma escala de 100; a expropriação sem indenização não é algo incomum no país. A Venezuela tem uma economia mista baseada no mercado dominado pelo setor do petróleo, que responde por cerca de um terço do PIB, cerca de 80% das exportações e mais da metade do orçamento do governo. O PIB per capita em 2009 foi de 13 mil dólares, ocupando o 85º lugar no mundo.[120] A Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo, porque o preço ao consumidor é fortemente subsidiado pelo governo.

Mais de 60% das reservas internacionais da Venezuela estão em ouro, oito vezes mais do que a média para os países da região. A maioria do ouro da Venezuela detido no exterior está localizado em Londres. Em 25 de novembro de 2011, a primeira das barras de ouro de 11 bilhões de dólares foi repatriada e chegou em Caracas; Chávez chamou a repatriação do ouro um passo "soberano", que irá ajudar a proteger as reservas internacionais do país da turbulência nos Estados Unidos e a Europa.[121] No entanto as políticas governamentais rapidamente gastaram este ouro e em 2013, o governo foi forçado a adicionar o reservas em dólar de empresas estatais que os do banco nacional, a fim de tranquilizar o mercado internacional de títulos.[122]

Sede da Empresas Polar em Caracas.
Complexo Parque Central Torre, na cidade de Caracas.

A indústria contribuiu com 17% do PIB em 2006. As fábricas e exportadores do país produzem produtos como aço, alumínio e cimento, com a produção concentrada em torno de Ciudad Guayana, perto da Hidrelétrica de Guri, um dos maiores do mundo e o provedor de cerca de três quartos da eletricidade da Venezuela. Outras indústrias notáveis incluem eletrônicos e automóveis, bem como bebidas e alimentos. A agricultura responde por cerca de 3% do PIB, 10% da força de trabalho e pelo menos um quarto da área terrestre do país. A Venezuela exporta arroz, milho, peixe, frutas tropicais, café, carne bovina e carne de porco. O país não é autossuficiente na maioria dos setores agrícolas. Em 2012, o consumo total de alimentos foi de mais de 26 milhões de toneladas, um aumento de 94,8% em relação a 2003.[123]

Desde a descoberta de petróleo no início do século XX, a Venezuela tem sido um dos principais exportadores mundiais do produto e é um membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Anteriormente um exportador subdesenvolvido de commodities agrícolas, como o café e o cacau, o petróleo rapidamente passou a dominar as exportações e as receitas do governo. A superabundância de petróleo dos anos 1980 levou a uma crise da dívida externa e a uma crise econômica de longa duração, que viu pico da inflação em 100% em 1996 e as taxas de pobreza subirem para 66% em 1995[124] Em 1998 o PIB per capita caiu para o mesmo nível de 1963, uma queda de um terço de seu pico de 1978.[125] A década de 1990 também viu a Venezuela experimentar uma grande crise bancária em 1994. A recuperação dos preços do petróleo a partir de 2001 impulsionou a economia venezuelana e facilitou os gastos sociais. Em 2003, o governo de Hugo Chávez implementou controles cambiais após a fuga de capitais que levou a uma desvalorização da moeda. Isto levou ao desenvolvimento de um mercado paralelo de dólares nos anos seguintes, com a taxa de câmbio oficial a menos de um sexto do valor do mercado negro. As consequências da Grande Recessão aprofundaram a desaceleração econômica.

Com os programas sociais, como as missões bolivarianas, a Venezuela fez progressos no desenvolvimento social na década de 2000, particularmente em áreas como saúde, educação e pobreza. Muitas das políticas sociais prosseguidos por Chávez e seu governo foram tiradas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, oito metas que a Venezuela e 188 outras nações concordaram em cumprir perante as Nações Unidas em setembro de 2000.[126]

No início de 2013, a Venezuela desvalorizou sua moeda, devido à falta crônica de produtos básicos no país,[127] como papel higiênico, leite e farinha.[128] O pânico subiu a níveis tão altos devido à escassez de papel higiênico que o governo ocupou uma fábrica de papel higiênico.[129] Os bônus da Venezuela também diminuíram várias vezes em 2013 devido a decisões do presidente Nicolás Maduro. Uma de suas decisões foi a de forçar lojas e seus armazéns a vender todos os seus produtos, o que podia levar a uma escassez ainda maior no futuro.[130] A classificação de crédito da Venezuela também foi considerada negativa pela maioria das agências de classificação.[131]

Petróleo e outros recursos[editar | editar código-fonte]

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, e era classificada consistentemente entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo.[132] Porém, em 2020, o país havia caído para o posto de 26º maior produtor de petróleo do mundo, extraindo 527 mil barris/dia.[133] A Venezuela registrou uma queda acentuada na produção após 2015 (onde produziu 2,5 milhões de barris/dia), caindo em 2016 para 2,2 milhões, em 2017 para 2 milhões, em 2018 para 1,4 milhões e em 2019 para 877 mil, por falta de investimentos e por conta da política do país.[134] Em 2019, o país consumia 356 mil barris/dia (39º maior consumidor do mundo).[135][136] O país foi o 13º maior exportador de petróleo do mundo em 2018 (1,2 milhões de barris/dia), quando a produção ainda não havia despencado para 527 mil barris/dia em 2020.[133] Em 2015, a Venezuela era o 28º maior produtor mundial de gás natural, 26 bilhões de m³ ao ano. Em 2017 o país era o 28º maior consumidor de gás (37,6 bilhões de m³ ao ano) e era o 45º maior importador de gás do mundo em 2010: 2,1 bilhões de m³ ao ano.[137] Na produção de carvão, o país foi o 41º maior do mundo em 2018: 0,3 milhões de toneladas (em 2014 a produção era de 1,2 milhões de toneladas e vem caindo desde então).[138]

Poço de petróleo em Zulia.
Vista de parte do Complexo de Paraguaná, da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), uma das maiores refinarias do mundo.

Em comparação com o ano anterior, outros 40,4% em reservas de petróleo bruto foram comprovados em 2010, permitindo que a Venezuela superasse a Arábia Saudita como o país com as maiores reservas desse tipo.[139] As principais jazidas de petróleo do país estão localizadas em torno e abaixo do lago Maracaibo, no Golfo da Venezuela (ambos em Zulia) e na bacia do rio Orinoco (Venezuela leste), onde maior reserva do país está localizada. Além das maiores reservas de petróleo convencional e a segunda maior reserva de gás natural do Hemisfério Ocidental,[140] o país também possui depósitos não convencionais de petróleo (óleo bruto extra-pesado, betume e areias betuminosas) aproximadamente iguais às reservas mundiais de petróleo convencional.[141] O sistema elétrico na Venezuela é um dos poucos a usar principalmente a energia hidrelétrica, e inclui a Hidrelétrica de Guri, uma das maiores do mundo.

Na primeira metade do século XX, as empresas de petróleo dos Estados Unidos estiveram fortemente envolvidas na Venezuela, inicialmente interessadas apenas em comprar concessões.[142] Em 1943, um novo governo introduziu uma divisão 50/50 nos lucros entre o governo e a indústria do petróleo. Em 1960, com um governo democrático recém-instalado, o ministro de hidrocarbonetos, Juan Pablo Pérez Alfonso, liderou a criação da OPEP, o consórcio de países produtores de petróleo com o objetivo de apoiar o preço do petróleo.[143] Em 1973, a Venezuela votou a nacionalizar sua indústria petrolífera, a partir de 1 janeiro de 1976, com a Petróleos de Venezuela (PDVSA) assumido e presidindo uma série de empresas subsidiárias; nos anos seguintes, o país construiu um vasto sistema de refino e comercialização na Europa e nos Estados Unidos.[144] Na década de 1990, a PDVSA tornou-se mais independente do governo e presidiu uma abertura, na qual convidou em investimentos estrangeiros. No governo de Hugo Chávez, uma lei de 2001 estabeleceu limites ao investimento estrangeiro.

A empresa estatal de petróleo, a PDVSA, desempenhou um papel fundamental em dezembro de 2002, durante a greve nacional que terminou em fevereiro de 2003, e que buscava a renúncia do presidente Chávez. Gestores e técnicos qualificados bem pagos da PDVSA fecharam as plantas e deixaram os seus postos e, de acordo com alguns relatos, sabotaram equipamentos, fazendo com que a produção e o refino de petróleo PDVSA quase parasse. As atividades foram lentamente reiniciadas e os trabalhadores do petróleo substituídos. Como resultado da greve, cerca de 40% da força de trabalho da empresa (cerca de 18 mil trabalhadores) foram demitidos por "abandono do dever" durante a greve.[145][146] De acordo com o Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a pobreza, passado de 58,6% em 2002 para 32,1% em 2013, aumenta desde então com um ritmo anual de 2% a 5% por causa da crise econômica e política.[147]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Educação na Venezuela
Cidade Universitária de Caracas declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2000.[148]

A educação na Venezuela está estruturada em quatro níveis: pré-escolar, primário, secundário e superior. É regulamentado pela Lei Orgânica de Educação, que dá a ela um caráter obrigatório e gratuito do pré-escolar ao nível secundário (6 a 15 anos) e nas universidades administradas diretamente pelo Estado ao nível de graduação.[149] Em este assunto o Estado tem o poder de criar os serviços relevantes para facilitar e manter o acesso a todos os tipos de educação.[150]

De acordo com dados oficiais, entre 2005 e 2006 um total de 1 010 946 crianças foram matriculadas na educação pré-escolar. A educação primária e secundária teve um registro de 4 885 779 matrículas no mesmo período, enquanto nos níveis superior e técnico havia 671 140 estudantes registrados. O país detinha 25 835 escolas e unidades educacionais para estes três níveis.[151] A taxa líquida de matrícula na escola primária era de 91% em 2005, enquanto a taxa líquida de escolarização secundária estava em 63% em 2005.[152] A Venezuela também tem várias universidades, das quais a mais prestigiosa são da Universidade Central da Venezuela (UCV), fundada em Caracas em 1721, a Universidade de Zulia (LUZ), fundada em 1891, a Universidade dos Andes (ULA), fundada no estado de Mérida, em 1810, e a Universidade Simón Bolívar (USB), fundada no estado de Miranda, em 1967.[152]

Escola Luis Navarro de Los Teques.

A evolução da alfabetização tem vindo a aumentar rapidamente durante o período 1950–2005. A taxa de alfabetização na população acima de 10 anos aumentou de 51,2% em 1950 para 95,7% em 2008.[152][153] Em 2005, a Venezuela foi declarada como um território livre do analfabetismo, mas a declaração é, no entanto, contrariada pelas estatísticas oficiais e projeções sobre o assunto.[154]

Atualmente, um grande número de graduados venezuelanos procuram um futuro em outro lugar devido a economia conturbada e a taxa de criminalidade pesada no país. Em um estudo intitulado "Comunidade Venezuelana no Exterior", da Universidade Central da Venezuela, mais de 1,35 milhão de graduados universitários venezuelanos deixaram o país desde o início da Revolução Bolivariana.[155][156] Acredita-se que quase 12% dos venezuelanos vivem no exterior, sendo que a Irlanda tem se tornando um destino popular para os estudantes.[157] De acordo com Claudio Bifano, presidente da Academia Venezuelana de Física, Matemática e Ciências Naturais, mais da metade dos médicos formados em 2013 havia deixado o país.[158]

O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011.[159] O número de estudantes passou de 895 000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.[159]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Saúde na Venezuela
Hospital Central Dr. Urquinaona, em Maracaibo.
Hospital Central de Maracay.

A Venezuela detém um sistema nacional de saúde universal. O país criou um programa de ampliação do acesso à saúde denominado Misión Barrio Adentro, embora sua eficiência e condições de trabalho tenham sido criticadas.[160][161] Foi relatado que muitas clínicas da Misión Barrio Adentro foram fechadas em dezembro de 2014, estimando-se que 80% dos estabelecimentos do Barrio Adentro na Venezuela estão abandonados.[162][163]

A mortalidade infantil na Venezuela estava em 16 mortes a cada 1 000 nascimentos em 2004, muito mais baixo do que a média da América do Sul.[164][165] Má nutrição de crianças atinge 17%, com Delta Amacuro e Amazonas tendo os piores índices.[166] De acordo com as Nações Unidas, 32% dos venezuelanos não possuem saneamento adequado, principalmente aqueles vivendo em áreas rurais.[167] As doenças variam desde febre tifoide, febre amarela, cólera, hepatite A, hepatite B e hepatite D, presentes em todo o país.[168] Apenas 3% dos doentes são tratados; a maioria das grandes cidades não tem instalações de tratamento suficientes.[169] 17% dos venezuelanos não possuem acesso a água potável.[170]

A expectativa de vida ao nascer no país é estimada, atualmente, em 72,22 anos, sendo 75,7 anos para as mulheres e 68,9 anos para os homens. A taxa de fertilidade total é de 2,24 filhos por mulher, conforme dados da CIA em 2021. Cerca de 3,6% do orçamento total do país é voltado para gastos e investimentos em saúde, o que se revela modesto em comparação com outros países sul-americanos. A taxa de prevalência de obesidade atinge 25,6% da população adulta (2016), enquanto a prevalência do HIV era de 0,5% da população em 2019.[171]

Turistas que vão para a Venezuela são avisados para obterem vacinação para as várias doenças do país.[168] Em uma epidemia de cólera nos anos de 1992 e 1993 no delta do Orinoco, os líderes políticos da Venezuela foram acusados de colocar a culpa na raça dos doentes (como se alguma característica da raça tenha feito eles ficarem doentes) para retirar a culpa das instituições do país, e assim agravando a epidemia.[172]

Cerca de vinte mil médicos cubanos estão atuando na Venezuela. Estes muitas vezes moram e atendem em comunidades carentes. Além dos atendimentos, estes médicos estão dando formações em saúde para pessoas destas comunidades. O programa Barrio Adentro construiu diversos hospitais e postos de saúde em comunidades carentes da Venezuela.[173]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Ponte General Rafael Urdaneta, no Lago Maracaibo.

A Venezuela está ligada ao mundo principalmente por via aérea (os aeroportos venezuelanos incluem o Aeroporto Internacional Simón Bolívar em Maiquetía, perto de Caracas, e Aeroporto Internacional de La Chinita, perto de Maracaibo) e pelo mar (com os principais portos marítimos em La Guaira, Maracaibo e Puerto Cabello). No sul e no leste, na região da floresta amazônica, o transporte transfronteiriço é limitado; no oeste, há uma fronteira montanhosa de mais de 2 213 km compartilhada com a Colômbia. O rio Orinoco é navegável por navios de até 400 km no interior do país e se conecta a principal cidade industrial de Ciudad Guayana no Oceano Atlântico.

A Venezuela tem um sistema ferroviário nacional limitado, que não tem ligações ferroviárias ativas para outros países. O governo de Hugo Chávez tentou investir na expansão, mas o projeto ferroviário da Venezuela está em espera devido ao país não ser capaz de pagar US$ 7,5 bilhões devidos a China Railway.[174] Várias grandes cidades têm sistemas de metrô; o Metrô de Caracas está em funcionamento desde 1983; o Metrô de Maracaibo e de Valencia foram abertos mais recentemente. O país tem uma rede rodoviária de cerca de 100 000 km de extensão, a 45ª maior rede do mundo,[175] sendo que cerca de um terço das estradas são pavimentadas.

Energia[editar | editar código-fonte]

Hidrelétrica de Guri, no rio Caroni, estado de Bolívar.

Em torno de 68,13% da energia elétrica é produzida em instalações hidrelétricas. A estatal Corporación Venezolana de Guayana/Electrificación del Caroni desenvolve em Bolívar a Hidrelétrica de Guri, sendo está a maior do país, contribuindo com mais de 70% da produção de energia elétrica nacional nos últimos anos. A empresa estatal Compañía Anónima de Administración y Fomento Eléctrico vem operando o Complexo Uribante Caparo desde a década de 1970. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas da Venezuela (INE), em 2005 foram gerados 99,2 milhões de KWh de eletricidade no país.[176] Conforme dados de 2011, da CIA World Factbook, o consumo de eletricidade na Venezuela naquele ano foi de 85,05 bilhões kW.[177]

Cultura[editar | editar código-fonte]

A cultura da Venezuela é uma mistura que inclui, essencialmente, três famílias diferentes: os ameríndios, os africanos e os espanhóis. As duas primeiras culturas eram, por sua vez, diferenciadas de acordo com as tribos. A aculturação e assimilação, típica de um sincretismo cultural, causou impacto na cultura venezuelana atual, similar em muitos aspectos ao resto da América Latina, embora haja diferenças importantes.

A influência indígena é limitada a algumas palavras de vocabulário e gastronomia e a muitos nomes de lugares. A influência africana da mesma forma, além de instrumentos musicais como o tambor. A influência espanhola foi predominante (devido ao processo de colonização e da estrutura socioeconômica que foi criada) e, em particular, das regiões de Andaluzia e Extremadura, os locais de origem da maioria dos colonos no Caribe durante a era colonial. Um exemplo disso inclui edifícios, música, a religião católica e o idioma espanhol.

Música[editar | editar código-fonte]

A dança Guanaguanare, uma dança popular em Portuguesa.

A música como arte é cultivada na Venezuela desde seus primórdios.[178] No início do século XVII, a música da catedral de Caracas passou a ser administrada por um organista profissional e, em 1671, um diretor musical foi nomeado seguindo o estilo europeu.[179]

É desse século que vem o primeiro compositor venezuelano conhecido por nome: Diego de los Ríos, que escrevia música da igreja para a conversão dos indígenas; sabe-se que ele fazia a música com a letra local e que teria acrescentado elementos indígenas na sua obra.[179]

Já no século XVIII, a música do país deveu muito a Pedro Palacios y Sojo; embora não se saiba se ele compunha ou sequer tocava, ele fundou importantes instituições de estudo e prática musical; uma delas foi capitaneada por Juan Manuel Olivares, outro notório compositor venezuelano.[179] Outros nomes relevantes da música venezuelana são Teresa Carreño, José Ángel Montero e Reynaldo Hahn (este último naturalizado francês).[179]

Esportes[editar | editar código-fonte]

Estádio Cachamay, em Ciudad Guayana.

O beisebol é o esporte mais popular da Venezuela, sendo que a Liga Venezuelana de Beisebol Profissional existe desde 1945.[180] Além do beisebol, outros esportes populares no país são o basquete e o futebol.[181] Venezuela sediou o Mundial Pré-Olímpico de Basquete de 2012 e a Copa América de Basquetebol Masculino de 2013, que aconteceu no Poliedro de Caracas. O futebol, liderado pela Seleção Venezuelana de Futebol, está entre os mais populares.

Venezuela também é o lar do piloto de Fórmula 1, Pastor Maldonado. No Grande Prêmio da Espanha de 2012, ele conquistou sua primeira vitória e se tornou o único venezuelano a ter feito isso em toda a história da F1. Maldonado tem aumentado a popularidade do esporte na Venezuela e agora está inspirando milhares de jovens crianças venezuelanas a seguirem carreira no esporte.

Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, o venezuelano Rubén Limardo conquistou o ouro na esgrima.

Feriados[editar | editar código-fonte]

Data Nome local Nome em português Notas
1 de Janeiro Día de Año Nuevo Ano-Novo
6 de Janeiro Día de Reyes Dia de Reis Dia no qual as crianças recebem presentes
Segunda e terça-feira antes da quarta-feira de Cinzas Carnaval Carnaval -
do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa Semana Santa Semana Santa
19 de Março Día de San José Dia de São José
19 de Abril 19 de abril Começo do movimento pela independência em 1810
1 de Maio Día del Trabajador Dia do Trabalhador -
24 de Junho Batalla de Carabobo Batalha de Carabobo Conquista da independência. Também se comemora o Dia do Exército.
5 de Julho 5 de julio Dia da Independência Assinatura da Declaração de Independência
3 de Agosto Día de la bandera Dia da Bandeira
12 de Outubro Día de la Resistencia Indígena Dia da Resistência Indígena Anteriormente este dia era chamado "Día de la Raza" e celebrava a chegada de Cristóvão Colombo à América
1 de Novembro Día de Todos los Santos Dia de Todos os Santos
1719 de Novembro Feria de la Chinita Féria de La Chinita Apenas na região de Zulia; celebra o milagre de Nossa Senhora do Rosario de Chiquinquirá.
8 de Dezembro Inmaculada Concepción Imaculada Conceição
24 de Dezembro Nochebuena Véspera de Natal Nascimento de Jesus (Divino Niño).
31 de Dezembro Nochevieja Noite de São Silvestre Último dia do ano

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome nota 3
  2. Entra em vigor nesta segunda-feira (20) o pacote de medidas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para tentar conter a inflação prevista para 1.000.000% neste ano no país. A principal mudança do chamado "Madurazo" será o corte de cinco zeros da moeda local, que passa a se chamar bolívar soberano, e o novo câmbio, que prevê 96% de desvalorização da moeda do país..

Referências

  1. a b «Report for Selected Countries and Subjects». www.imf.org. Consultado em 25 de maio de 2019 
  2. a b c d «Report for Selected Countries and Subjects: October 2021». IMF.org. International Monetary Fund. Consultado em 26 de outubro de 2021 
  3. «Relatório do Desenvolvimento Humano 2021/2022» (PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  4. «Gini coefficient for the Bolivarian Republic of Venezuela». Instituto Nacional de Estadística. 2011 [ligação inativa]
  5. «Plano econômico de Nicolás Maduro entra em vigor na Venezuela; moeda tem corte de cinco zeros». G1. Consultado em 27 de outubro de 2019 
  6. «Venezuela vai adiantar relógios em 30 minutos para poupar energia». 30 de abril de 2016 
  7. «South America Banks on Regional Strategy to Safeguard Quarter of Earth's Biodiversity». Conservation International. Consultado em 29 de junho de 2007 
  8. «Los Símbolos Patrios». Conservation International (em espanhol). Consulado General de Venezuela en Canarias. Consultado em 27 de janeiro de 2010 
  9. a b «Eleição de Maduro na Venezuela sofre rejeição internacional». O Globo. Globo.com. 21 de maio de 2018. Consultado em 21 de maio de 2018 
  10. a b Talita Marchao (21 de maio de 2018). «Brasil não reconhece vitória de Maduro; grupo de 14 países reduzirá relações com o país». Uol. Consultado em 21 de maio de 2018 
  11. a b «Battles over Press Freedom in Venezuela — Cultural Anthropology». www.culanth.org. Consultado em 9 de novembro de 2015 [ligação inativa]
  12. a b «Press freedom is dying in Venezuela | World | DW.COM | 05.02.2015». DW.COM. Consultado em 9 de novembro de 2015 
  13. Blasco, Lucía (20 de janeiro de 2022). «Cómo la genética está reconstruyendo la fascinante travesía de los primeros humanos a América». BBC News Mundo (em espanhol). Consultado em 17 de junho de 2023 
  14. Amores, Juan Bosco (2006). Historia de América (em espanhol). Barcelona - Espanha: Editora Ariel. p. 11 
  15. Venezuela. Col: O livro na rua. Brasíia: Thesaurus Editora - Fundag. 2010. 15 páginas 
  16. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao ap aq «Venezuela». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 17 de junho de 2023 
  17. a b c «Venezuela profile - Timeline». BBC News (em inglês). 25 de fevereiro de 2019. Consultado em 17 de junho de 2023 
  18. a b c d e f Turci, Érica. «Independência da Venezuela - Primeiro país a libertar-se do domínio espanhol». UOL Educação. Consultado em 17 de junho de 2023 
  19. Turci, Érica. «Independência na América Espanhola - Lutas europeias disseminaram ideal de liberdade». UOL Educação. Consultado em 17 de junho de 2023 
  20. a b c d e f g h i Almanaque Abril 2015. São Paulo: Abril. 2014. pp. 622–623 
  21. Schuyler, George W. (2001). «Health and Neoliberalism: Venezuela and Cuba». The Policy Studies Organization: 10 
  22. «Profile: Hugo Chavez». BBC News. 5 de dezembro de 2002. Consultado em 5 de junho de 2007 
  23. «Profile: Pedro Carmona». BBC. 27 de maio de 2002. Consultado em 6 de fevereiro de 2009 
  24. López Maya, Margarita (2005) "Venezuela 2002–2003: Polarisation, Confrontation, and Violence", p. 16 in Olivia Burlimgame Goumbri (ed.), The Venezuela Reader, Epica Task Force, Washington, D.C., ISBN 0918346355.
  25. Jones, Bart (2008), Hugo! The Hugo Chavez Story From Mud Hut to Perpetual Revolution, London: The Bodley Head, p386
  26. "Venezuela devalues currency against US dollar". Aljazeera.com (9 de fevereiro de 2013). Retrieved on 20 April 2013.
  27. Cardenas, Jose R. (26 de fevereiro de 2013) "CARDENAS: Hugo Chavez's legacy of economic chaos". Washingtontimes.com. Retrieved on 20 April 2013.
  28. "The bill for years of mismanagement is coming due". Ft.com (12 de fevereiro de 2013). Acessado em 20 de abril de 2013.
  29. "Venezuela The homecoming". Economist.com (23 de fevereiro de 2013). Acessado em 20 de abril de 2013.
  30. Farzad, Roben. (15 de fevereiro de 2013) "Venezuela's Double-Edged Devaluation". Businessweek.com. Acessado em 20 de abril de 2013.
  31. Mander, Benedict. (10 February 2013) "Venezuelan devaluation sparks panic". Ft.com. Acessado em 20 de abril de 2013.
  32. Neuman, William (5 de março de 2013) "Chávez Dies, Leaving Sharp Divisions in Venezuela". New York Times.
  33. Venezuelan Politics and Human Rights. Venezuelablog.tumblr.com. Acessado em 20 de abril de 2013.
  34. Carroll, Rory; Lopez, Virginia (9 de março de 2013). «Venezuelan opposition challenges Nicolás Maduro's legitimacy». The Guardian. London 
  35. TSJ sobre Art.233: Nicolás Maduro es presidente encargado con todas las atribuciones Arquivado em 1 de janeiro de 2016, no Wayback Machine.. vtv.gob.ve (8 de março de 2013).
  36. Asamblea Nacional tomó Juramento a Nicolás Maduro como Presidente Encargado (+Video) Arquivado em 30 de outubro de 2014, no Wayback Machine.. vtv.gob.ve (9 de março de 2013)
  37. Lopez, Linette (11 de abril de 2014). «Why The United States Has Done Nothing About Venezuela». Business Insider. Consultado em 12 de abril de 2014 
  38. «Protesters in Venezuela Press Government». The Wall Street Journal. 23 de fevereiro de 2014. Consultado em 12 de abril de 2014 
  39. «Venezuelans protest en masse in rival rallies». Borneo Post. 24 de fevereiro de 2014. Consultado em 12 de abril de 2014 
  40. «Venezuela's Maduro says 2013 annual inflation was 56.2 pct». Reuters. 30 de dezembro de 2013. Consultado em 19 de janeiro de 2014 
  41. «Venezuela Inflation Hits 16-Year High as Shortages Rise». Bloomberg. 7 de novembro de 2013. Consultado em 16 de fevereiro de 2014 
  42. a b Wallis, Daniel; Chinea, Eyanir (16 de fevereiro de 2014). «Venezuela's Lopez says ready for arrest at Tuesday march». reuters.com. Thomson Reuters. Consultado em 16 de fevereiro de 2014 
  43. «Venezuela HRF Declares Leopoldo Lopez a Prisoner of Conscience and Calls for his Immediate Release». Human Rights Foundation [ligação inativa]
  44. «US sanctions on Venezuela 'responsible for tens of thousands of deaths'». The Independent (em inglês). 26 de abril de 2019 
  45. «La Asamblea Nacional tacha a Maduro de "usurpador" y asume sus poderes como presidente de Venezuela». www.europapress.es. 15 de janeiro de 2019. Consultado em 3 de março de 2019 
  46. Assembleia Nacional da Venezuela (ed.). «Asamblea Nacional arranca proceso para Ley de Transición». Consultado em 3 de março de 2019 
  47. OAS (10 de janeiro de 2019). «OAS - Organization of American States: Democracy for peace, security, and development». www.oas.org (em inglês). Consultado em 24 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2019 
  48. Assembleia Nacional da Venezuela (ed.). «Asamblea Nacional arranca proceso para Ley de Transición». Consultado em 3 de março de 2019 
  49. «Crisis en Venezuela: países europeos reconocen a Juan Guaidó como "presidente encargado" y crece la tensión internacional». 4 de fevereiro de 2019. Consultado em 3 de março de 2019 
  50. «Lima Group says it won't recognize Maduro's new term as president of Venezuela». Miami Herald (em inglês). 9 de fevereiro de 2019. Consultado em 14 de janeiro de 2019 
  51. Diamond, Jeremy. «Trump recognizes Venezuelan opposition leader as nation's president». CNN (em inglês). Consultado em 3 de março de 2019 
  52. «Statement on Venezuela». Department of Foreign Affairs and Trade (em inglês). Consultado em 3 de março de 2019 
  53. «Japan voices clear support for Venezuela opposition leader Guaido». Mainichi Daily News (em inglês). 19 de fevereiro de 2019. Consultado em 3 de março de 2019 [ligação inativa]
  54. «Israel reconoce a Guaidó como líder de Venezuela». El País. 27 de janeiro de 2019. ISSN 1134-6582. Consultado em 4 de fevereiro de 2019 
  55. Ruby Mellen (25 de fevereiro de 2019). «What's going on in Venezuela?» [O que está acontecendo na Venezuela?] (em inglês). The Washington Post. More than 60 countries have recognized Guaidó as Venezuela’s interim president. They include Argentina, Brazil, Canada, Colombia, Israel and the majority of Western Europe. [...] Dozens of countries are also standing behind Maduro, including China, Cuba, Iran, North Korea and Russia. 
  56. «Las 4 fases del Mecanismo de Montevideo para negociar una salida a la crisis en Venezuela (y por qué lo rechaza Juan Guaidó)». BBC News Mundo (em espanhol). Consultado em 10 de julho de 2021 
  57. Singer, Guillermo Abril, Florantonia (6 de janeiro de 2021). «UE deixa de reconhecer Guaidó como presidente, apesar de constatar sua liderança». EL PAÍS. Consultado em 10 de julho de 2021 
  58. «Pico Bolívar - Peakbagger.com». www.peakbagger.com. Consultado em 12 de dezembro de 2020 
  59. «Country Profile: Venezuela» (PDF). Library of Congress (Federal Research Division). 2005. Consultado em 10 de março de 2007 
  60. WARHOL, Tom (2006). Tundra. [S.l.]: Marshall Cavendish. ISBN 9780761421931. Consultado em 27 de janeiro de 2010 . p. 65.
  61. «Gobierno en Línea: Geografía, Clima». gobiernoenlinea.ve. 2009. Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 3 de março de 2006 
  62. «The Alpine Biome». Maritta. Consultado em 19 de dezembro de 2009 
  63. «Venezuela entre los 17 países megadiversos del mundo» (em espanhol). Unet. Consultado em 5 de maio de 2014. Arquivado do original em 5 de maio de 2014 
  64. «Venezuela, país Megadiverso, celebra la biodiversidad» (em espanhol). Código Venezuela. Consultado em 5 de maio de 2014. Arquivado do original em 5 de maio de 2014 
  65. «Países megadiversos concentram a maior parte da fauna e flora da Terra». Globo Ecologia. 4 de agosto de 2012. Consultado em 5 de maio de 2014 
  66. «Country Profile: Venezuela» (PDF) (em inglês). Library of Congress – Federal Research Division. Março de 2005. Consultado em 5 de maio de 2014 
  67. a b c Faia, C. e Dydynski, K. (2004) Venezuela , Lonely Planet, p. 42, ISBN 174104197X.
  68. Lepage, Denis (2007). «Avibase - Bird Checklists of the World: Venezuela» (em inglês). Avibase. Consultado em 5 de maio de 2014 
  69. a b c d e f «About Venezuela rainforest basin, nature travel ideas» (em inglês). Latintrails. Consultado em 6 de maio de 2014. Arquivado do original em 29 de abril de 2014 
  70. Bevilacqua, M; Cardenas, L; Flores (2002). «State of Venezuela's forests: A case study of the Guayana Region» (em inglês). World Resources Institute. Consultado em 5 de maio de 2014 
  71. Dennis, R.W.G. "Fungus Flora of Venezuela and Adjacent Countries". Her Majesty's Stationary Office, London, 1970
  72. «CYBERTRUFFLE'S ROBIGALIA - Observations of fungi and their associated organisms» (em inglês). Cybertruffle. Consultado em 6 de maio de 2014 
  73. Kirk, P.M., Cannon, P.F., Minter, D.W. and Stalpers, J. (2008 ) "Dictionary of the Fungi". 10th ed., CABI, ISBN 0-85199-826-7
  74. a b Aguire, Jesus Maria (Junho de 2012). «Informe Sociográfico sobre la religión en Venezuela» (PDF) (em espanhol). El Centro Gumilla. Consultado em 5 de abril de 2015. Cópia arquivada (PDF) em 24 de setembro de 2015 
  75. a b Khalifa 2013, 6-7.
  76. More Venezuelans Immigrate to Lebanon As Crisis Escalates
  77. «Tariq Alaiseme [reportedly to be] vice-president of Venezuela» (em árabe). Aamama. 2013 : Referring governor Tareck El Aissami.
  78. Thor Halvorssen Mendoza (8 de agosto de 2005). «Hurricane Hugo». The Weekly Standard. 10 (44). Consultado em 20 de novembro de 2010 [ligação inativa]
  79. Annual Report 2004: Venezuela. Arquivado em 2006-10-23 no Wayback Machine Stephen Roth Institute. Acessado em 11 de agosto de 2006.
  80. Berrios, Jerry. S. Fla. Venezuelans: Chavez incites anti-Semitism. Arquivado em 2008-03-06 no Wayback Machine Miami Herald, 10 de agosto de 2006.
  81. Report: Anti-Semitism on Rise in Venezuela; Chavez Government 'Fosters Hate' Toward Jews and Israel. Press release, Anti-Defamation League, 6 de novembro de 2006. Acessado em 3 de abril de 2008.
  82. The Chavez Regime: Fostering Anti-Semitism and Supporting Radical Islam. Anti-Defamation League, 6 de novembro de 2006. Acessado em 3 de abril de 2008.
  83. Rueda, Jorge (4 de dezembro de 2007). «Jewish leaders condemn police raid on community center in Venezuela». U-T San Diego. Consultado em 8 de abril de 2015. Cópia arquivada em 8 de abril de 2015 
  84. «ADL Denounces Anti-Semitic Graffiti Sprayed on Synagogue in Venezuela». Algemeiner Journal. 2 de janeiro de 2015. Consultado em 4 de janeiro de 2015 
  85. Pacievitch, Thais (27 de maio de 2008). «População da Venezuela». InfoEscola. Consultado em 1 de agosto de 2012 
  86. ine.gov.ve - pdf[ligação inativa]
  87. Lizcano Fernández, Francisco (2005). «Composición Étnica de las Tres Áreas Culturales del Continente Americano al Comienzo del Siglo XXI». Convergencia. 12 (38): 185-232 
  88. Godinho, Neide Maria de Oliveira (2008). «O impacto das migrações na constituição genética de populações latino-americanas». Universidade de Brasília. Consultado em 1 de agosto de 2012. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  89. «Crime threatens Chavez vote in Venezuela slums | Reuters». Uk.reuters.com. 14 de novembro de 2008. Consultado em 25 de abril de 2010 [ligação inativa]
  90. Castillo, Mariano (9 de janeiro de 2014). «Beauty queen's killers nabbed, Venezuela says». CNN. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  91. Gallegos, Raul (10 de janeiro de 2014). «Miss Venezuela's Murder Is the Price of Politics». Bloomberg. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  92. Homicide - dataUNODC. dataunodc.un.org (Relatório) (em inglês). Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). 2018. Consultado em 20 de julho de 2021 
  93. «Venezuela Country Specific Information». United States Department of State. Consultado em 10 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2014 
  94. «Esto no es vida - Seguridad ciudadana y derecho a la vida en Venezuela» (PDF). Consultado em 27 de julho de 2021 
  95. «Venezuela usa força para matar população mais vulnerável, aponta Anistia». Folha de S. Paulo. Consultado em 21 de julho de 2021 
  96. «Venezuela tem alto nível de violência para um país sem guerra». Correio Braziliense. Consultado em 21 de julho de 2021 
  97. Romero, Simon (22 de agosto de 2010). «Venezuela, More Deadly Than Iraq, Wonders Why». New York Times. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  98. South America. Encarta. Consultado em 13 de março de 2007 [ligação inativa]
  99. «Annex tables» (PDF). World Urbanization Prospects: The 1999 Revision. United Nations. Consultado em 13 de março de 2007 
  100. «Cities of Venezuela». Consultado em 30 de maio de 2015 
  101. «Venezuela atua como se vivesse em 'estado de exceção', diz ONU - Internacional». Estadão. Consultado em 13 de maio de 2021 
  102. «ONU acusará governo de Maduro por reprimir manifestantes - Internacional». Estadão. Consultado em 13 de maio de 2021 
  103. U.S. declares Venezuela a national security threat, sanctions top officials Reuters, JEFF MASON E ROBERTA RAMPTON, 10 de março de 2015.
  104. «Comitiva de senadores volta ao Brasil após viagem à Venezuela». Globo. 19 de junho de 2015 
  105. «Venezuela Boundary Dispute, 1895–1899» 
  106. «Folha de S.Paulo - Bloco anuncia a Venezuela como novo associado - 09/07/2004». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de abril de 2017 
  107. «BBC Brasil - Notícias - Sem Paraguai, Mercosul oficializa entrada da Venezuela». Consultado em 23 de abril de 2017 
  108. Mercosul, Assunção protocolo (21 de dezembro de 2015). «Protocolo de Assunção» (PDF). Mercosul. Consultado em 22 de abril de 2017. Arquivado do original (PDF) em 14 de setembro de 2016 
  109. «Países do Mercosul oficializam suspensão da Venezuela do bloco». Folha de S.Paulo 
  110. «Mercosul suspende Venezuela por não cumprir normas do bloco, dizem agências». G1 
  111. Trade Map - List of exporters for the selected product in 2018 (All products)
  112. Market Intelligence: Disclosing emerging opportunities and hidden risks
  113. «International Trade Statistics». International Trade Centre. Consultado em 25 de agosto de 2020 
  114. Venezuela production, by FAO
  115. Produção da pecuária da Venezuela, pela FAO
  116. Fabricação, valor agregado (US $ corrente)
  117. World vehicle production in 2019
  118. World crude steel production
  119. Global crude steel output increases by 3.4% in 2019
  120. «Venezuela». The World Factbook. CIA. 1 de julho de 2010. Consultado em 23 de julho de 2010 [ligação inativa]
  121. «Venezuela: Gold Returns to the Country, The Euphoria in the Streets». 26 de novembro de 2011. Consultado em 3 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 21 de outubro de 2013 
  122. Pons, Corina; Corina, Nathan (9 de agosto de 2013). «Venezuela Ogles Chavez's Hidden Billions as Reserves Sink». www.bloomberg.com. BLOOMBERG L.P. Consultado em 19 de outubro de 2013 
  123. Pearson, Tamara (9 January 2013). Venezuelan Government Meets with Private Industries to Combat Food Shortages. Venezuelanalysis.com.
  124. McCaughan, Michael (2011). The Battle of Venezuela. [S.l.]: Seven Stories Press. p. 32. ISBN 978-1-60980-116-8 
  125. Kelly, Janet and Palma, Pedro (2006) "The Syndrome of Economic Decline and the Quest for Change", p. 207 in McCoy, Jennifer and Myers, David (eds, 2006), The Unraveling of Representative Democracy in Venezuela, Johns Hopkins University Press, ISBN 0-8018-8428-4.
  126. "The Millennium Development Goals Report 2011." Arquivado em 9 de março de 2013, no Wayback Machine. United Nations. 2011. Web. 2 de abril de 2012.
  127. «Venezuela Slashes Currency Value». Wall Street Journal. 9 de fevereiro de 2013. Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  128. Lopez, Virginia (26 de setembro de 2013). «Venezuela food shortages: 'No one can explain why a rich country has no food'». The Guardian. Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  129. «Facing shortages, Venezuela takes over toilet paper factory». CNN. 21 de setembro de 2013. Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  130. Bases, Daniel (14 de dezembro de 2013). «UPDATE 2-S&P cuts Venezuela debt rating to B-minus». Reuters. Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  131. «Rating: Venezuela Credit Rating». Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  132. «Cópia arquivada». Consultado em 15 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 15 de dezembro de 2010 , Energy Information Administration
  133. a b Annual petroleum and other liquids production
  134. Production of Crude Oil including Lease Condensate 2019
  135. Statistical Review of World Energy, June 2020
  136. The World Factbook — Central Intelligence Agency[ligação inativa]
  137. CIA. The World Factbook. Natural gas - production.[ligação inativa]
  138. Statistical Review of World Energy 2018
  139. Venezuela oil reserves topped Saudis in 2010:OPEC. Market Watch. 18 de julho de 2011
  140. «Venezuela: Energy overview». BBC. 16 de fevereiro de 2006. Consultado em 10 de julho de 2007 
  141. Bauquis, Pierre-René (16 de fevereiro de 2006). «What the future for extra heavy oil and bitumen: the Orinoco case». World Energy Council. Consultado em 10 de julho de 2007. Cópia arquivada em 2 de abril de 2007 
  142. Yergin, Daniel (1990) The Prize: The Epic Quest for Oil, Money, and Power, Simon and Schuster, pp. 233–236, 432, ISBN 1439110123.
  143. Yergin, pp. 510–513
  144. Yergin. p. 767
  145. McCaughan, Michael (4 de janeiro de 2011). The Battle of Venezuela. [S.l.]: Seven Stories Press. p. 128. ISBN 978-1-60980-116-8 
  146. López Maya, Margarita (2004). «Venezuela 2001–2004: actores y estrategias». Cuadernos del Cendes. 21 (56): 109–132. ISSN 1012-2508 
  147. repositorio.cepal.org - pdf Panorama Social de América Latina, Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), 2016
  148. «Ciudad Universitaria de Caracas». World Heritage List (em inglês). Unesco. Consultado em 27 de novembro de 2008 
  149. «Governo venezuelano defende nova lei da educação, que unifica o que é ensinado e coloca». O Globo. 23 de agosto de 2009. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  150. «Educação bolivariana: uma revolução educacional na América Latina: O filósofo e mestrando em educação pela Universidade Federal do Ceará Erlon Barros faz uma análise da Nova Lei Orgânica da Educação na Venezuela sancionado recentemente pelo presidente Hugo Chavez». Vermelho. 31 de agosto de 2009. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  151. «Social: Educación». Governo Bolivariano de Venezuela. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  152. a b c «Human Development Report 2009 – Venezuela (Bolivarian Republic of)». Hdrstats.undp.org. Consultado em 25 de abril de 2010. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2010 
  153. «Tasa de alfabetización (%)» (em espanhol). Index Mundi. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  154. «Analfabetismo crea dudas sobre cifras oficiales» (em espanhol). El Universal. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  155. Maria Delgado, Antonio (28 de agosto de 2014). «Venezuela agobiada por la fuga masiva de cerebros». El Nuevo Herald. Consultado em 28 de agosto de 2014 [ligação inativa]
  156. «El 90% de los venezolanos que se van tienen formación universitaria». El Impulso. 23 de agosto de 2014. Consultado em 28 de agosto de 2014 
  157. Goodman, Joshua (31 de janeiro de 2014). «Venezuela's Best and Brightest Camp on Sidewalks». ABC News. Consultado em 9 de fevereiro de 2014 
  158. «Capacity building: Architects of South American science». Nature. 510: 212. 12 de junho de 2014. doi:10.1038/510209a 
  159. a b «Morte de Chávez». Opera Mundi (em espanhol). Consultado em 28 de agosto de 2017 [ligação inativa]
  160. «Health Care for All: Venezuela's Health Missions at Work». Venezuela Information Office. 2007. Consultado em 18 de janeiro de 2008. Cópia arquivada em 14 de junho de 2008 
  161. Castro, Arachu (2008). «Barrio adentro a look at the origins of a social mission». David Rockefeller Center for Latin American Studies, Harvard University. Consultado em 29 de janeiro de 2009. Cópia arquivada em 12 de maio de 2009 
  162. Matheus, Ricardo (27 de setembro de 2007). «Abandonados 70% de módulos de BA». Diario 2001. Consultado em 9 de abril de 2021. Cópia arquivada em 27 de março de 2019 .
  163. «El 80% de los módulos de Barrio Adentro del país está cerrado». La Patilla. 8 de dezembro de 2014. Consultado em 9 de abril de 2021 
  164. UNDP. Human Development Report 2006: Venezuela Arquivado em 11 de outubro de 2007, no Wayback Machine.. Accessed March 8, 2007.
  165. «Population, Health, and Human Well-Being—Venezuela» (PDF). EarthTrends Country Profiles. World Resources Institute. 2003. Consultado em 10 de março de 2007. Arquivado do original (PDF) em 24 de fevereiro de 2009 
  166. FAO. Venezuela[ligação inativa]. Accessed September 20, 2006.
  167. Unicef. Venezuela[ligação inativa]. Accessed September 20, 2006.
  168. a b Venezuela Guardian. Accessed September 20, 2006.
  169. «Chapter 5. Site Visits». Appropriate Technology for Sewage Pollution Control in the Wider Caribbean Region. The Caribbean Environment Programme. 1998. Consultado em 1 de agosto de 2012 [ligação inativa]
  170. UNICEF. Safe Drinking Water[ligação inativa]. Accessed September 20, 2006.
  171. «Venezuela». CIA - The World Factbook. Consultado em 9 de abril de 2021 
  172. Books, Used, New, and Out of Print Books - We Buy and Sell - Powell's. «Powell's Books - The World's Largest Independent Bookstore». www.powells.com 
  173. «Cuba envia 212 médicos à Venezuela para combater o novo coronavírus: Governo bolivariano prevê que até setembro o país receba ajuda de mil profissionais». Brasil de Fato. Consultado em 9 de abril de 2021 
  174. Han Shih, Toh (11 de abril de 2013). «China Railway Group's project in Venezuela hits snag». South China Morning Post. Consultado em 14 de dezembro de 2013 
  175. Country Comparison :: Roadways[ligação inativa]. The World Factbook. cia.gov
  176. «Electricidad en Venezuela» (em espanhol). Index Mundi. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  177. «Venezuela Eletricidade - consumo». Index Mundi. 2011. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  178. The Larousse Encyclopedia of Music 1982, p. 476.
  179. a b c d The Larousse Encyclopedia of Music 1982, p. 477.
  180. UOL, ed. (2007). «Petrodólares turbinam esporte venezuelano». Consultado em 23 de setembro de 2014 
  181. World's Most Popular Sports – Most Popular Sports in Venezuela Acessado em 20 de janeiro de 2013

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Geoffrey Hindley, ed. (1982). «Music in the Modern World: The music of South America». The Larousse Encyclopedia of Music (em inglês) 2ª ed. Nova York: Excalibur. ISBN 0-89673-101-4 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Venezuela