Viaduto Pedroso

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O Viaduto Pedroso é um viaduto localizado na região central de São Paulo. Com 58 metros de extensão e 24,5 metros de largura, ele liga as duas partes da Rua Pedroso, no Liberdade, passando sobre a Avenida 23 de Maio.[1][2]

Antes da construção da Avenida 23 de Maio, a Rua Pedroso cruzava o Ribeirão do Itororó por meio de um aterro, que não poderia ser mantido quando a avenida passasse por ali, sobre o leito do riacho. A concorrência pública para a construção do viaduto foi autorizada em 7 de abril de 1965 e previa uma estação de metrô integrada à estrutura.[3] O orçamento previsto para a execução era de cerca de setecentos milhões de cruzeiros.[3] Essa concorrência era considerada "um novo impulso para a abertura da nova avenida".[3] A construção foi autorizada pelo então prefeito José Vicente Faria Lima em 17 de julho de 1965,[4] e o contrato para a obra foi assinado em 3 de agosto, prevendo uma duração de trezentos dias.[2] Para suprir a falta de uma ligação entre os dois lados, a prefeitura estendeu a Rua Humaitá até a Rua Maestro Cardim.[2]

A obra acabou atrasando, o que fez com que o então prefeito José Vicente Faria Lima solicitasse providências para acelerar os trabalhos, a fim de o viaduto ser entregue até o fim de 1966.[5] Quando da inauguração do Viaduto Condessa de São Joaquim, cujas obras começaram na mesma época, o Viaduto Pedroso ainda não tinha previsão de término, e o jornal O Estado de S. Paulo cogitou que isso pudesse atrasar a entrega da avenida.[6] A inauguração ocorreria apenas em 29 de maio de 1967, após um investimento de mais de 936 mil cruzeiros novos.[7]

Ainda era prevista a integração com uma estação de metrô no viaduto, com um andar intermediário dedicado a ela,[7] tanto é que foram construídas escadas de acesso a plataformas que nunca saíram do papel. Como o traçado do metrô acabaria modificado — em vez de seguir a céu aberto pelo largo canteiro central da Avenida 23 de Maio, o projeto passou a contemplar um trecho totalmente subterrâneo, seguindo sob o leito da Rua Vergueiro e da Avenida Liberdade —, a estrutura do viaduto ganhou outro uso, embora o vão central, de 18 metros de largura,[1] tenha sido mantido vazio, apenas com as escadas, que terminam poucos metros acima do solo. O andar intermediário passaria a ser ocupado, a partir de 1996, por um abrigo mantido pela Comunidade Metodista do Povo de Rua.[8][9]

Referências

  1. a b «Consolida-se a 23 de Maio». O Estado de S. Paulo (28 258). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 30 de maio de 1967. 8 páginas. ISSN 1516-2931 
  2. a b c «Começam no dia 9 obras da Consolação». O Estado de S. Paulo (27 697). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 4 de agosto de 1965. 12 páginas. ISSN 1516-2931 
  3. a b c «Nôvo (sic) impulso à 23 de Maio». O Estado de S. Paulo (27 597). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 8 de abril de 1965. 17 páginas. ISSN 1516-2931 
  4. «Pronto-Socorro Municipal terá novas instalações e 50 leitos». Folha de S. Paulo (13 180). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S.A. 17 de julho de 1965. 15 páginas. ISSN 1414-5723 
  5. «Prefeitura adverte empreiteiros». O Estado de S. Paulo (27 849). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 1 de fevereiro de 1966. 14 páginas. ISSN 1516-2931 
  6. «Prefeito inaugurou viaduto». O Estado de S. Paulo (27 983). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 9 de julho de 1966. 8 páginas. ISSN 1516-2931 
  7. a b «Prefeitura contrata obras». O Estado de S. Paulo (28 256). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 27 de maio de 1967. 9 páginas. ISSN 1516-2931 
  8. [https://web.archive.org/web/20101119073101/http://www.metodista.org.br/arquivo/documentos/download/ec_julho_07.pdf Arquivado em 19 de novembro de 2010, no Wayback Machine. Expositor - Jornal mensal da Igreja Metodista - Julho de 2007
  9. «Começam no dia 9 obras da Consolação». O Estado de S. Paulo (27 697). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 4 de agosto de 1965. 12 páginas. ISSN 1516-2931