Vila Andrade
Vila Andrade | |
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Área | 10,3 km² |
População | (44°) 99.274 hab. (2010) |
Densidade | 96,38 hab/ha |
Renda média | R$ 3.383,44 |
IDH | 0,853 - elevado (49°) |
Subprefeitura | Campo Limpo |
Região Administrativa | Zona Sul |
Área Geográfica | 7 (Sul), 8 (Sul) |
Distritos de São Paulo ![]() |
Vila Andrade é um distrito do município de São Paulo situado na zona sul do município, pertencente a Subprefeitura do Campo Limpo. É uma das regiões com maior disparidade socioeconômica do município, onde vivem famílias tanto de alta renda quanto de baixa renda. No distrito está localizado o bairro nobre de Panamby, mas também a favela de Paraisópolis, a segunda maior da cidade.[1] Em 2017, o distrito foi apontado como o com maior população morando em favelas, entre todos os 96 distritos da cidade.[2]
História[editar | editar código-fonte]
A origem deste distrito está na antiga Fazenda Morumbi e nas terras da família Pignatari. No início dos anos 1920, ocorreu uma tentativa de loteamento na região, que resultou na ocupação de partes destas terras por grileiros e posseiros, movimento que deu início a favela de Paraisópolis, a segunda maior da capital paulista.[3] Nos anos de 1930 e 1940, encontrava-se na região uma grande chácara de propriedade do banqueiro Agostinho Martins de Andrade, é a partir desta propriedade que surge o nome do distrito. Quando Agostinho faleceu, seus filhos venderam as terras para uma empreendedora, que tinha como sócio um proprietário do atual Grupo Camargo Corrêa. A princípio, lotes foram vendidos para famílias de alto poder aquisitivo, e não era permitida a construção de comércios e edifícios. A partir dos anos 1970, o perfil da região começou a mudar, pois as grandes incorporadoras passaram a explorar esta área que possui boa localização e preços melhores do que o vizinho Morumbi. Nos anos 1990 e 2000 a construção de condomínios para a classe alta e média alta se intensificou. Consequentemente, empreendimentos comerciais e educacionais passaram a compor a paisagem.[3] Em 2002, foi inaugurada a Linha 5 do Metrô de São Paulo, ligando os bairros da Subprefeitura do Campo Limpo à Santo Amaro, com as estações Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi e Santo Amaro, somando 9,4 quilômetros de extensão.
Dados demográficos[editar | editar código-fonte]
- População: 127.015 (2016)[3]
- Censo/2010: 99.274
- Taxa de crescimento: 5,6 (2000/2010)
- Área: 10,3km²
- Densidade: 158,20 hab/ha (2016)
- População residente em favelas: 22.133
Atualidade[editar | editar código-fonte]
O distrito fica localizado tanto na zona oeste quanto na zona sul, onde fica a maior parte do bairro. É cortado pela Avenida Giovanni Gronchi que liga o bairro ao Morumbi. Vale ressaltar que moradores do bairro muitas vezes se referem ao mesmo como "o novo Morumbi". O bairro conta com condomínios de alto padrão e de padrão médio e um vasto comércio com shoppings, hipermercados, restaurantes renomados, parques e até uma estação de metrô. Apesar de ser um bairro nobre, ultimamente se tem visto grande população de classe média alta se mudando para o bairro, atraídos pelo valor do metro quadrado na região, que vem tendo uma queda por conta de furtos e roubos; consequência da disparidade socioeconômica. Dados de 2016 mostram que a Vila Andrade possui 34,7% de sua população em situação de vulnerabilidade.[3] Apesar disso o bairro é um dos que mais crescem em São Paulo, tendo uma qualidade de vida alta. Entre 2009 e 2013, na Subprefeitura do Campo Limpo, Vila Andrade foi o distrito que mais lançou unidade residenciais verticais, com 1.660.727 unidades. Dentro da Subprefeitura do Campo Limpo, Vila Andrade é o distrito que possui melhor cobertura vegetal, com várias áreas verdes, além do vizinho Parque Burle Marx.[3]
Referências
- ↑ Padin, Guilherme (5 de novembro de 2019). «Dois mundos lado a lado: Vila Andrade é face de uma SP desigual». R7. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Regiane Soares (25 de outubro de 2017). «Vila Andrade é o distrito com mais moradores em favelas»
- ↑ a b c d e São Paulo, Prefeitura (2016). «Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras» (PDF). Consultado em 1 de agosto de 2022