Vila Olímpia
Vila Olímpia | |
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Bairro de São Paulo ![]() | |
Fundação | 4 de outubro de 1950 (70 anos) |
Estilo arquitetônico inicial | Brutalista |
Estilo arquitetônico predominante | Pós-contemporâneo |
Zona de valor do CRECI | Zona B |
Distrito | Itaim Bibi |
Subprefeitura | Pinheiros |
Região Administrativa | Oeste |
ver |
A Vila Olímpia é um bairro nobre localizado na zona Sul da cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo, localizado no distrito do Itaim Bibi, sendo administrado pela Subprefeitura de Pinheiros. É também um dos grandes centros financeiros da cidade, assim como o Centro, a Avenida Paulista, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Brooklin.
Popularmente[1] e em algumas reportagens[2][3] a região é erroneamente considerada como pertencente à Zona Sul, porém é administrada pela Subprefeitura de Pinheiros, sendo oficialmente integrada à Zona Oeste.
É formado pela Avenida Santo Amaro, Avenida dos Bandeirantes, Marginal Pinheiros e Avenida Juscelino Kubitschek, sendo cortada ao meio pela Avenida Faria Lima e Avenida Hélio Pellegrino. Limita-se com os bairros de Itaim Bibi, Brooklin Novo, Moema, Vila Nova Conceição e Cidade Jardim.
História[editar | editar código-fonte]

A região, chamada hoje de Vila Olímpia, no início do século XX era rural, formada por chácaras de imigrantes e descendentes de italianos e portugueses em sua parte mais alta e de terrenos aladiços na várzea do rio Pinheiros, na parte baixa.[4] Nos anos 1930 houve um loteamento destas propriedades rurais e áreas verdes, havendo uma urbanização da área. Nas áreas de várzea, indústrias de médio e grande porte, sofriam pelas constantes enchentes do rio Pinheiros, tornando a região menos valorizada.[5]
A partir dos anos 1990 o bairro recebeu melhorias, realizadas pela Prefeitura da cidade e a Associação Colmeia, tais como: a construção ou melhoramentos das avenidas e alargamentos de ruas que geraram uma ligação do bairro com diversas áreas da cidade.[6] Após as obras subterrâneas nos rios Uberaba e Uberabinha houve um grande boom imobiliário por causa do fim dos grandes alagamentos.[7]
Este processo cumulou em importantes mudanças na Vila, como a valorização dos imóveis, tráfego intenso de veículos e pessoas, migração das indústrias para outras localidades, investimentos privados em tecnologia de ponta, possibilitando a edificação de "prédios inteligentes" e megaempreendimentos.[7]
Atualidade[editar | editar código-fonte]

A Vila Olímpia abriga inúmeros escritórios de multinacionais e empresas nacionais como: Unilever, Grupo Santander, Camargo Corrêa, McKinsey & Company, Management Solutions, Chrysler, CPFL, Bain & Company, Comgas,Gol Transportes Aéreos,AES Eletropaulo, Kimberly-Clark, Parmalat, Suggar 011, São Paulo Alpargatas e canais de televisão, exemplos da FOX Latin America Channels e Discovery Communications. Muitas empresas high tech que hoje estão entre as maiores do mundo se encontram também na região: Facebook (primeiro escritório da América Latina)[8][9], Google, Yahoo!, ApontadorMapLink, Motorola, Sony Ericsson, Intel, Symantec, Microsoft, B2W Digital entre muitas outras. Devido à presença destas empresas o bairro foi chamado de Vale do Silício paulistano.[10]
Essa gama de empresas faz com que nos arredores da Rua Funchal, uma das principais do bairro, haja mais helipontos do que pontos de ônibus.[11] O bairro nobre possui 25 helipontos, mais que os 24 pontos de ônibus que estão localizados em vias estreitas, havendo constantes congestionamentos. Este fato reflete a falta de planejamento urbano a partir da década de 1990, quando houve uma explosão de lançamentos de edifícios novos e modernos na área.[12] Vila Olímpia também sofre com de falta de estacionamentos para atender sua grande demanda. A região também tem grande fama por conta de sua vida noturna, seus diversos bares e casas noturnas cuja característica é a música eletrônica, considerada por isso como uma das principais áreas de lazer da juventude paulistana. Uma dessas casas de show é a Via Funchal, estabalecimento que em 10 anos de existência promoveu 916 shows e 803 eventos, trazendo um público de mais de três milhões e oitocentas mil pessoas ao bairro.[13]
Também está localizado no bairro a E-Tower, um dos edifícios de maior destaque da capital paulista, sendo o 5º mais alto da cidade e o 12º mais alto do Brasil, o Shopping JK Iguatemi, o Insper, Universidade Anhembi Morumbi e o Shopping Vila Olímpia.
É um bairro de alto-padrão, recebendo a classificação pelo CRECI como "Zona de Valor B", mesmo grau de: Jardim Paulistano, Alto de Santana e Pinheiros.[14].
Favela Coliseu[editar | editar código-fonte]
Como ocorre em outros bairros nobres de São Paulo, o problema da desigualdade social se faz presente na Vila Olímpia: a Rua Coliseu, travessia da Avenida Funchal, contêm uma favela ocupando cerca de 6.900 m2 e contendo cerca de 215 barracos[15]. A favela, chamada de "Favela Coliseu" ou "Favela Funchal", está prevista para ser removida no contexto do programa Operação urbana consorciada Faria Lima.
Em junho de 2012, o processo de remoção no Diário Oficial da Prefeitura constava como em "em estudo/execução"[16].
Referências
- ↑ Pesquisa Google:vila olimpia zona sul
- ↑ Moradores do Itaim Bibi fazem protesto na Zona Sul de SP
- ↑ Pesquisa Site Isto É: Itaim Bibi zona sul
- ↑ Moradoras recordam época da Chácara Itaim e do matagal Vila Olímpia
- ↑ Um pouco da História da Vila Olímpia
- ↑ Vila Olímpia: saiba como era o bairro em 1966
- ↑ a b «A História da Vila Olímpia». Consultado em 29 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2012
- ↑ Há vagas! Facebook abre escritório na Vila Olímpia, São Paulo
- ↑ Facebook abre escritório no Brasil responsável por operação na América Latina
- ↑ A Vila Olímpia renasce
- ↑ Chuíça(*): heliponto é mais importante que ponto de ônibus
- ↑ Folha de SP -Vereadores proíbem helicópteros à noite
- ↑ Via Funchal - O ano 10
- ↑ «Pesquisa CRECI» (PDF). 11 de julho de 2009. Consultado em 2 de agosto de 2009. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011
- ↑ Morador de favela vizinha à Daslu pede ajuda - Folha Online, 09/06/2005
- ↑ Diário Oficial da Cidade de São Paulo, 7 de junho de 2012, p. 75