Vlad II Dracul

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Vlad II
Príncipe da Valáquia
Vlad II Dracul
Vlad II, O Dragão
Reinado 20 de Janeiro de 1437 – 3 de Julho de 1442; 24 de Abril de 1444 - 16 de Dezembro de 1447
Consorte Desconhecida, Cneajna da Moldávia
Antecessor(a) Alexandre I (1º reinado)
Bassarabe II (2º reinado)
Sucessor(a) Mircea II (1º reinado)
Ladislau II (2º reinado)
Nascimento 30 de agosto de 1400
  Valáquia (posteriormente Romênia)
Morte 16 de dezembro de 1447 (47 anos)
  Bălteni, Romênia (enterrado vivo)
Dinastia Bassarabe
Pai Mircea I
Mãe Maria Tolmay
Filho(s) Legítima
De amante desconhecida
Mircea II
De Cnejna da Moldávia
Vlad, o Empalador

Alexandra

Ilegítima
De Călţuna
Vlad, o Monge, Radu, o Belo
De amante desconhecida
Mircea

Vlad II (Valáquia, 30 de agosto de 1400Bălteni, 16 de dezembro de 1447) foi Príncipe da Valáquia por duas vezes: (20 de Janeiro de 1437 - 3 de Julho de 1442 e 24 de Abril de 1444 - 16 de Dezembro de 1447[1]). Conseguiu o trono valaquiano após sair do exílio na Transilvânia e vencer o príncipe Alexandre I da Valáquia

Vlad II recebeu o cognome Dracul em 1431, depois de ter entrado na Ordem do Dragão, fundada em 1408 pelo rei Sigismundo da Hungria (mais tarde Sacro Imperador Romano-Germânico), como parte de um projeto para ganhar os favores políticos da Igreja Católica e para ajudar na proteção da Valáquia contra o Império Otomano.

Família[editar | editar código-fonte]

Vlad II Dracul era um membro da linhagem Drăculeşti, e filho de Mircea I o Velho , Príncipe da Valáquia, e da sua esposa Maria Tolmay. Era conhecido por ter assassinado membros da linhagem real rival, os Dăneşti, ambas pertencentes à Casa de Bassarabe.

Campanha Otomana e ascensão ao trono[editar | editar código-fonte]

Em 1431, Alexandre I da Valáquia assumiu o trono, após derrotar e matar Dan II, tendo este último guerreado contra o primo, Radu II da Valáquia pelo trono, desde a morte do irmão deste, Miguel I da Valáquia, em 1420. Em 1436, após a morte de Alexandre I, Vlad ascendeu ao trono.

Logo em 1442, ausentou-se para negociar na corte otomana para obter o seu apoio para melhor defender o seu Principado contra João Corvino (príncipe da Transilvânia), deixando o seu filho, Mircea, a governar na Valáquia como Príncipe reinante. Porém, após a batalha de Sântimbru em 1442, João e as suas tropas invadiram a Valáquia e forçaram Mircea e Vlad a submeterem-se.[2]

Em 1443, Mircea II foi deposto do trono por um exército invasor liderado por João Corvino, e foi forçado a fugir. Este colocou Bassarabe, filho de Dan II , no trono. No entanto, Bassarabe II ocupou o trono por pouco tempo, pois, passado um ano, perdeu-o para Vlad Dracul, que se encontrava apoiado por exércitos do Império Otomano. Vlad fizera um tratado com os turcos, garantindo que ele lhes iria pagar um tributo anual, bem como o envio de rapazes valaquianos para serem treinados para o serviço nos seus exércitos. Ele também deixou cativos os seus dois filhos, Vlad e Radu, irmãos de Mircea.

Mircea II apoiou o seu pai, mas não apoiou a sua política com o Império Otomano. Mircea II liderou as forças valaquianas numa campanha bem sucedida contra os otomanos com o pleno conhecimento de seu pai, mas sem qualquer apoio ou oposição. Um comandante militar capaz, Mircea II recapturou com sucesso a Fortaleza de Giurgiu em 1445. No entanto, num outro tratado, Vlad permitiu que os Otomanos voltassem a ter controlo sobre a fortaleza, num esforço para manter o seu apoio, e os seus dois filhos seguros.

Em 1443, o novo rei da Hungria, Vladislau I (também rei da Polónia como Vladislau III), lançou uma campanha contra o Império Otomano, sob o comando de João Corvino, de modo a expulsar definitivamente os turcos da Europa. João Corvino exigiu que Vlad cumprisse o seu juramento, como membro da Ordem do Dragão e um vassalo da Hungria. Mas Vlad não o cumpriu.

O Papa Eugénio IV absolveu Vlad de sua promessa, mas exigiu que enviasse o filho, Mircea no seu lugar. É provável que Vlad II tenha inicialmente negado o pedido. Mas acabou por aceitar. O exército cristão foi destruído na Batalha de Varna; João Corvino conseguiu escapar, mas foi responsabilizado por muitos dos seus aliados, incluindo Mircea II e seu pai, pelo desastre. Isto marcou o início das hostilidades entre Corvino e Vlad.

A 16 de Dezembro de 1447, os boiardos aliados de Corvino revoltaram-se contra Vlad, matando-o nuns pântanos perto de Bălteni. O seu filho e herdeiro, Mircea foi cego e enterrado vivo em Târgovişte.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

A identidade da primeira amante de Vlad é desconhecida. Deste relacionamento resultou:

Vlad casou, pela primeira vez, com Cneajna da Moldávia, filha de Alexandre I da Moldávia e tia paterna de Estêvão III, o Grande, de quem teve:

  • Alexandra (?)

Vlad teve outras cinco amantes. Assim, teve de uma nobre valaquiana de nome Călţuna:

De uma outra amante, Vlad teve:

Referências

  1. [1], Index:Domnitori ai Ţării Româneşti.
  2. Bryce, Visconde James (1907). The World's History: South-eastern and eastern Europe. Londres: William Heinemann 
  3. Florescu, Radu; Raymond T. McNally (31 de outubro de 1990). Dracula, Prince of Many Faces: His Life and His Times. Boston: Little, Brown & Co. Consultado em 18 de novembro de 2016 
  4. ">[2], Mircea al II-lea.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Alexandre I
Príncipe da Valáquia

1436-1442
Sucedido por
Mircea II
Precedido por
Bassarabe II
Príncipe da Valáquia

1444 - 1447
Sucedido por
Ladislau II