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We Should All Be Feminists

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We Should All Be Feminists
Autor(es) Chimamanda Ngozi Adichie
Idioma Inglês
País Nigéria
Assunto feminismo
Gênero Ensaio
Editora Fourth Estate
Lançamento 2014
Páginas 64
ISBN 978-0008115272
Cronologia
Dear Ijeawele, or A Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions'"

We Should All Be Feminists (lit. Todos Deveríamos Ser Feministas) é um livro da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Publicado pela primeira vez em 2014 pela Fourth Estate, fala sobre a definição de feminismo para o século XXI.[1]

O livro foi adaptado da fala de Adichie na conferência TEDx de 2012, apresentado pela primeira vez no TEDx Euston em Londres,[2] que foi visto mais de seis milhões de vezes.[3]

We Should All Be Feminists inclui análises sobre o que significa ser feminista. Ela argumenta que "feminista" não é um insulto, mas sim um rótulo que deveria ser abraçado por todos. Adichie argumenta que as pessoas devem desafiar crenças de longa data e estereótipos de gênero que perpetuam a desigualdade entre homens e mulheres. Em essência, diz que todos deveriam ser feministas não apenas como um compromisso com a liberdade das mulheres, mas também como uma forma de encorajar os homens a se envolverem em conversas com as mulheres sobre sexualidade, aparência, papéis e direitos. O feminismo vê as pessoas como seres humanos e visa combater as injustiças sociais que silenciam a vontade e o poder das pessoas para superar as expectativas sociais, argumenta. O livro critica a forma como a masculinidade é construída, sugerindo que a sociedade como um todo deve mudar se quisermos alcançar a equidade.[4]

O áudio da palestra de Adichie foi incluído na canção de 2013 de Beyoncé, "Flawless". Adichie foi creditada com um papel de destaque na letra.[5] Adichie permaneceu em grande parte em silêncio sobre o uso de seu discurso por Beyoncé, mas em uma entrevista de 2016 no jornal holandês De Volkskrant reconheceu que com a canção alcançou muitas pessoas que de outra forma nunca teriam ouvido a palavra feminismo. Adichie disse: "Ainda assim, o tipo de feminismo dela não é o meu, pois é o tipo que, ao mesmo tempo, dá bastante espaço à necessidade dos homens. Acho os homens adoráveis, mas não acho que as mulheres devam relacionar tudo o que fazem aos homens: ele me machucou, eu o perdôo, ele colocou um anel no meu dedo? Nós mulheres estamos tão condicionadas a relacionar tudo com os homens. Reúna um grupo de mulheres e a conversa acabará por ser sobre homens. Junte um grupo de homens e eles não falarão nada sobre mulheres, apenas falarão sobre suas próprias coisas. Nós, mulheres, deveríamos gastar cerca de 20% do nosso tempo com os homens, porque é divertido, mas, caso contrário, também deveríamos estar falando sobre nossas próprias coisas".[6][7]

O livro recebeu críticas extremamente positivas. Rupert Hawksley do The Telegraph disse que esse "pode ser o livro mais importante que você leu durante todo o ano".[4] The Independent selecionou-o como livro do ano, pois "seria o livro que eu colocaria nas mãos de meninas e meninos, como uma inspiração para um futuro 'mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes que são mais fiéis a si mesmos'".[8]

Em dezembro de 2015, um lobby feminino sueco e a editora Albert Bonniers revelaram que o livro seria distribuído a todos os estudantes do ensino médio de 16 anos na Suécia, com a intenção de que "funcione como um trampolim para uma discussão sobre igualdade de gênero e feminismo".[2][9] O esforço é apoiado pela Associação das Nações Unidas da Suécia, pela Conferência Sindical Sueca, Unizon e Gertrud Åström. Eles "esperam que os professores integrem We Should All Be Feminists em seu ensino".[10]

Em setembro de 2016, a estilista Maria Grazia Chiuri, a primeira mulher diretora criativa nos 70 anos de história da grife Dior, em seu desfile de estreia da marca apresentou uma camiseta com a frase: "devemos todos ser feministas".[11][12] O ensaio foi adicionado na antologia de 2019 de Margaret Busby, New Daughters of Africa.[13]

Referências

  1. «We Should All Be Feminists - Chimamanda Ngozi Adichie - Paperback». HarperCollins UK. Consultado em 6 de dezembro de 2015 
  2. a b Alison Flood (4 de dezembro de 2015). «Every 16-year-old in Sweden to receive copy of We Should All Be Feminists». The Guardian. Consultado em 6 de dezembro de 2015 
  3. TEDx Talks (12 de abril de 2013). «We should all be feminists | Chimamanda Ngozi Adichie | TEDxEuston». YouTube. Consultado em 12 de julho de 2024 
  4. a b Rupert Hawksley (31 de outubro de 2014). «Why we should all be feminists». Telegraph.co.uk. Consultado em 6 de dezembro de 2015 
  5. Framke, Caroline (7 de dezembro de 2015). «Every Swedish teenager is about to get a brilliant crash course in feminism». Vox (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2024 
  6. Al-Shalash, Sarah. «We Can All Be Feminists: Adichie versus Beyoncé». The Politics. Consultado em 21 de outubro de 2016 
  7. McHenry, Jackson (7 de outubro de 2016). «Chimamanda Ngozi Adichie Doesn't Think Beyoncé's Feminism Is Flawless: 'Her Style Is Not My Style'». Vulture (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2024 
  8. Arifa Akbar (22 de dezembro de 2014). «Best books of 2014: These Christmas reads are so good you won't want». The Independent (em inglês). Consultado em 6 de dezembro de 2015 
  9. Vulliamy, Elsa. «All 16-year-olds in Sweden to be given copy of 'We Should All Be Feminists». The Independent. Consultado em 7 de dezembro de 2015 
  10. Wagner, Laura. «Sweden Gives 'We Should All Be Feminists' To Every 16-Year-Old Student». NPR. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  11. Yotka, Steff. «Maria Grazia Chiuri Makes a Feminist Statement at Her Dior Debut». Vogue. Consultado em 30 de setembro de 2016 
  12. BellaNaija.com (30 de setembro de 2016). «Dior makes a Bold Statement with Chimamanda Adichie's "We Should All Be Feminists" at Paris Fashion Week». BellaNaija (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2024 
  13. Hubbard, Ladee (10 de maio de 2019). «Power to define yourself: The diaspora of female black voices». Times Literary Supplement. Consultado em 12 de julho de 2024 

Notas

Ligações externas

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