Wikipédia:Artigos bons/arquivo/Economia do Império Romano

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Economia do Império Romano, conceitualmente, abrange o período que transcorre entre o reinado de Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e 476, ano da dissolução do Império Romano do Ocidente. Estudos mais recentes conduziram a uma reavaliação positivo da dimensão e sofisticação da economia romana. Moses Finley foi o principal proponente da perspetiva primitivista segunda a qual a economia romana era "subdesenvolvida e ineficiente", caraterizada por agricultura de subsistência, centros urbanos que consumiam mais do que produziam em termos de comércio e indústria, artesãos de baixo estatuto social, desenvolvimento tecnológico lento e uma "falta de racionalidade económica". As perspetivas atuais são mais complexas. As conquistas territoriais possibilitaram uma reorganização em larga escala do uso da terra, que resultou em excedentes agrícolas e especialização, particularmente no Norte de África. Algumas cidades eram conhecidas por certas indústrias ou atividades comerciais e a escala das edificações nas áreas urbanas denota uma indústria de construção significativa. Métodos contabilísticos complexos que foram preservados em papiros sugerem elementos de racionalismo económico numa economia muito monetizada.

Apesar dos meios de comunicação e de transporte serem limitados na Antiguidade, os transportes tiveram grande expansão nos séculos I e II d.C., e as economias regionais foram ligadas por rotas comerciais. Os contratos de fornecimento do exército, existiram em todas as partes do império e eram estabelecidos tanto com fornecedores locais das proximidades das bases (castros), como com fornecedores que operavam à escala provincial ou mesmo em mais do que uma província. O império pode ser visto como uma rede de economias regionais baseadas numa forma de "capitalismo político" no qual o estado monitorizava e regulava o comércio para assegurar as suas próprias receitas. O crescimento económico, embora não seja comparável ao das economias modernas, era maior do que a maior parte das sociedades anteriores à industrialização. (leia mais...)