Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Escultura do Classicismo grego

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Policleto: O Doríforo. Cópia moderna do Museu Pushkin.
Policleto: O Doríforo. Cópia moderna do Museu Pushkin.

A escultura do Classicismo grego tem sido longamente considerada como o ponto mais alto do desenvolvimento da arte escultórica na Grécia Antiga, tornando-se quase um sinônimo para "escultura grega" e eclipsando outros estilos que por lá foram cultivados em sua longa história. O Cânone, um tratado sobre as proporções do corpo humano escrito por Policleto em torno de 450 a.C., é tido geralmente como seu marco inicial, e seu fim é assinalado com a conquista da Grécia pelos macedônios, em 338 a.C., quando a arte grega começa uma grande difusão para o oriente, de onde recebe influências, muda seu caráter e torna-se cosmopolita, na fase conhecida como Helenismo. Nesse intervalo é quando consolida-se a tradição do Classicismo grego, tendo o homem como a nova medida do universo, e o reflexo disso na escultura é a primazia absoluta da representação do corpo humano nu. A escultura do Classicismo elaborou uma estética que conjugava valores idealistas com uma fidedigna representação da natureza, evitando, embora, a caracterização excessivamente realista e o retrato de extremos emocionais, mantendo-se geralmente numa atmosfera formal de equilíbrio e harmonia. Mesmo quando o personagem se encontra imerso em cenas de batalha, sua expressão parece pouco tocada pela violência dos acontecimentos.

O Classicismo elevou o homem a um nível de dignidade sem precedentes, ao mesmo tempo em que lhe atribuiu a responsabilidade de criar seu próprio destino e ofereceu um modelo de vida harmonioso, num espírito de educação integral para uma cidadania exemplar. (leia mais...)