Wikipédia:Teorias marginais

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A Wikipédia resume opiniões significativas, com representação proporcional à sua relevância.[1] Um artigo da Wikipédia sobre uma teoria marginal não deve fazê-la parecer mais notória do que é. As alegações devem basear-se em fontes fiáveis ​e independentes​. Um ponto de vista que não é amplamente apoiado pelo consenso acadêmico em seu campo não deve receber peso indevido em um artigo sobre o ponto de vista predominante,[2] e devem ser citadas fontes fiáveis que confirmem a relação entre a teoria marginal e a predominante de forma séria e substancial.

Há várias razões para isso. A Wikipédia não é e não deve se tornar a fonte de validação para assuntos insignificantes. A Wikipédia não é um fórum de pesquisa inédita.[3] E, para usuários da Wikipédia que pretendam escrever sobre pontos de vista controversos de forma imparcial, é de vital importância que eles simplesmente reafirmem o que é dito por fontes secundárias independentes de confiabilidade e qualidade.

As políticas que dizem respeito às teorias marginais são as três principais políticas de conteúdo:

Conjuntamente, estas políticas dizem que os artigos não devem conter qualquer nova análise ou síntese, que o material possivelmente duvidoso precisa de fontes fiáveis e que todos os pontos de vista majoritários (ou que, ao menos, sejam defendidos por uma minoria significativa) ​​devem estar publicados em fontes fiáveis e ser representados de forma justa e proporcional. Caso surja qualquer discrepância entre esta diretriz e as políticas de conteúdo, as políticas têm prevalência.

Teorias marginais e artigos relacionados têm sido objeto de vários casos de arbitragem. Veja Wikipedia:Fringe theories/Arbitration cases

Identificação de teorias marginais[editar código-fonte]

Utilizamos o termo teoria marginal em sentido amplo para descrever pontos de vista que divirjam significativamente daquilo que seja amplamente aceito em seu campo acadêmico. Por exemplo, as teorias marginais que divirjam significativamente da ciência tradicional. Outros exemplos incluem as teorias conspiratórias, ideias supostamente científicas, mas que têm pouco ou nenhum apoio da comunidade científica, alegações esotéricas sobre a medicina, e novas re-interpretações da história.

Algumas das ideias aqui tratadas podem, em um sentido mais estrito, ser hipóteses, conjecturas ou especulações. O parecer dos acadêmicos é geralmente o mais competente para identificar a visão dominante, com duas ressalvas: nem todos os assuntos possuem seu próprio campo de especialização; e a opinião de um estudioso especializado em um campo diferente deve ser avaliada de forma adequada.

Pseudociência[editar código-fonte]

Ao discutir temas que fontes fiáveis ​​dizem ser pseudocientíficos, os editores devem ser cuidadosos para não mostrar os pontos de vista pseudocientíficos ao lado do consenso científico, principalmente por eles serem opostos. Enquanto a pseudociência pode, em alguns casos, ser significativa para um artigo, ela não deve ofuscar a descrição ou destaque dos pontos de vista predominantes.

Coisas que geralmente devem ser classificadas como pseudociência - por exemplo, para fins de classificação - incluem:

  • 1. Pseudociências óbvias: teorias que, embora pretendam ser científicas, são obviamente falsas podem ser rotuladas e classificadas como tal, sem mais justificação. Por exemplo, uma vez que a visão científica universal é a de que o moto-contínuo é impossível, qualquer suposto mecanismo de moto-contínuo (como a célula de água de Stanley Meyer) deve ser tratado como pseudociência.
  • 2. Geralmente consideradas pseudociência: teorias que possuem seguidores, como a astrologia, mas que geralmente são consideradas pseudociência pela comunidade científica podem conter adequadamente esta informação e ser classificadas como pseudociência.

Algumas coisas requerem um pouco mais de cuidado:

  • Ciência questionável: teorias que possuem uma grande quantidade de seguidores, mas que alguns críticos alegam ser pseudociência, pode conter informação nesse sentido, porém, não devem ser descritas como inequivocamente pseudocientíficas, enquanto uma quantidade razoável de debate acadêmico ainda existe sobre este ponto.

Outras coisas que geralmente não devem ser chamadas de pseudociência na Wikipédia:

  • Formulações teóricas alternativas: Formulações teóricas alternativas dentro da comunidade científica não são pseudocientíficas, mas parte do processo científico. Tais formulações teóricas podem falhar para explicar algum aspecto da realidade mas, se elas conseguem fazê-lo, normalmente serão rapidamente aceitas. Por exemplo, a teoria da deriva continental foi duramente criticada, porque não havia nenhum mecanismo conhecido pelo qual os continentes se moveriam. Quando esse mecanismo foi descoberto, tornou-se amplamente divulgado como o movimento das placas tectônicas.

Para determinar se algo pode ser categorizado como pseudociência ou apenas uma formulação teórica alternativa, considere isto: formulações alternativas teóricas geralmente estão nas fronteiras da ciência, ou lidam com a evidência forte, intrigante, que é difícil explicar, em um esforço para criar um modelo que melhor tente explicar a realidade. A pseudociência geralmente propõe mudanças nos princípios de base científica ou da realidade, com a finalidade de permitir explicar algum fenômeno que os adeptos querem acreditar que ocorra, mas faltam fortes evidências científicas que justifiquem tais mudanças.

As pseudociências geralmente se propõem a atacar as principais teorias científicas e o método científico (como é comum entre os criacionistas), se baseiam em evidências frágeis (evidências anedóticas ou evidências estatísticas fracas, como é o caso da parapsicologia), ou satisfazem alguma premissa teórica suspeita (como as alegações da memória da água, feitas pelos defensores da homeopatia).

Notas

  1. Para maiores informações sobre como determinar a relevância, veja Wikipédia:Peso indevido
  2. Veja Wikipédia:Princípio da imparcialidade e Wikipédia:Peso indevido
  3. Para maiores informações, veja Wikipédia:Pesquisa inédita por síntese