Xestospongia muta

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Haplosclerida
Família: Petrosiidae
Género: Xestospongia
Espécie: X. muta
Nome binomial
Xestospongia muta
(Schmidt, 1870)[1]

A Xestospongia muta (em inglês: Giant barrel sponge é uma megaesponja emblemática associada aos corais tropicais. Apresenta uma função ecológica e comercial (sector do turismos) equivalente aos dos corais, sofrendo de igual modo do fenômeno de lixiviação dos mesmos.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A Xestospongia muta tem uma estrutura em forma cilíndrica possuindo um ósculo principal, uma superfície lisa ou com várias irregularidades em forma de dedo, piramidais ou lameladas. O topo é constituído por uma por uma fina parede, com o interior com um padrão. A sua coloração vai do dourado ao vermelho acastanhado ou até mesmo púrpura. A sua consistência é quebradiça. [2] Esta espécie possui um sinónimo, a Xestospongia rampa (de Laubenfels, 1934).

A taxa de crescimento especifico desta espécie encontra-se avaliada entre de 0,52 +/- 0,65 anos-1, podendo assim os especimens maiores ultrapassar os dois mil anos de idade.[3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Do ponto de vista de distribuição vertical esta esponja é encontrada a partir dos 10 metros de profundidade. São sobretudo encontradas nas Bahamas e Caribe, sendo ocasionalmente encontradas na Califórnia.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Do ponto de vista ecológico esta espécie tem um duplo papel, por um lado serve de abrigo para inúmeros organismos bentónicos, por outro a sua capacidade de filtração de grandes volumes de água, leva a um aumento da claridade da agua, afectado desse modo, a densidade de algas e de corais à sua volta. [4]

Tal como os corais esta esponja possui cianobactérias simbiontes, as quais lhes conferem a cor característica. Estes simbiontes são responsáveis pela ficção de azoto e carbono. Tal como acontece com os corais, estas esponjas podem sofrer o lixiviamento dos seus simbiontes devido a estresses ambientais, nomeadamente estresses antropogénicos. [4][5] De modo a se estudar o fenômeno de lixiviamento na X. muta, em 1997 foi iniciado um estudo de monitorização com 12 pontos de 16 metros de diâmetro ao longo de três profundidades no Santuário Nacional Marinho de Florida Keys. [5]

Referências

  1. van Soest, Rob. «Xestospongia muta». World Register of Marine Species (WoRMS). Consultado em 8 de janeiro de 2011 
  2. Zea, S., Henkel, T.P., and Pawlik, J.R. 2009. The Sponge Guide: a picture guide to Caribbean sponges. disponível on-line em http://www.spongeguide.org.
  3. McMurray, S., J. Blum, and J. Pawlik. 2008. Redwood of the reef: growth and age of the giant barrel sponge Xestospongia muta in the Florida Keys. Marine Biology 155:159-171
  4. a b Steven McMurray, M.Sc. e Joseph Pawlik, Ph.D. http://www.coralscience.org/main/articles/climate-a-ecology-16/caribbean-sponges
  5. a b "Giant Barrel Sponge: X. muta". University of North Carolina. http://people.uncw.edu/pawlikj/xmuta.html. (11 de junho de 2011)