Xosefa Xovellanos

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Xosefa Xovellanos
Xosefa Xovellanos
Nascimento Josefa de Jovellanos y Jove Ramírez
4 de junho de 1745
Gijón
Morte 7 de junho de 1807
Gijón
Cidadania Espanha
Irmão(ã)(s) Gaspar Melchor de Jovellanos
Ocupação poetisa
Movimento estético Iluminismo

Xosefa de Xovellanos y Xove Ramírez, em castelhano: Josefa de Jovellanos y Jove Ramírez (Gijón, 4 de junho de 1745 — Alemanha, 7 de junho de 1807) foi uma poetisa espanhola, considerada uma das mais importantes autoras da língua asturiana.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de Francisco Gregorio de Xovellanos (1706-1779) e Francisca Apolinaria de Jove-Ramírez de Miranda (descendente do marquês de Santo Estêvão e dos marqueses de Valdecarzana), tinha oito irmãos e um deles era Gaspar Melchor de Xovellanos. Xosefa casou-se com Domingo González de Argandona, procurador-geral das Cortes do Principado das Astúrias, e posteriormente mudou-se para Madrid, onde teve três filhas: Vicenta, María Isabel e Gertrudis.[1]

Em 1772 passa a residir na rua de Atocha, junto com o seu marido, sendo considerada a anfitriã da intelectualidade da corte. Xosefa era professora e realizou diversas obras de caridade no Mosteiro do Santíssimo Sacramento e da Puríssima Conceição, da Ordem das Monjas Agostinianas Recoletas, em Somió, onde ingressou a 6 de julho de 1793 com quarenta e oito anos, onde batizou-se como Xosefa de São João Batista, tendo criado a Escola Beneficente de Nossa Senhora das Dores.[1]

Xosefa morreu a 7 de junho de 1807.[2]

Obra[editar | editar código-fonte]

Xosefa de Xovellanos tornou-se conhecida pelos seus poemas comemorativos escritos em asturiano, nos quais aderiu às ideias do Iluminismo. Considerada a primeira autora cronológica da literatura asturiana, a sua biografia é tida como um dos exemplos de como os iluminados traziam as suas ideias para a literatura. Xosefa Xovellanos denunciou as escandalosas desigualdades que notava à sua volta.[1]

Seus poemas são conhecidos principalmente através de uma antologia publicada por José Caveda y Nava, sob o título de Coleção de poesias no dialeto asturiano. Nesta publicação foram recolhidas, entre outros poemas, as seguintes peças: Descrição das funções com que a cidade de Gijón celebrou a nomeação do excelentíssimo senhor D. Gaspar de Xovellanos para o Ministério da Graça e Justiça (1798); Descrição das funções com que a cidade de Oviedo celebrou a coroação de Carlos IV e Às festividades que se preparavam em Oviedo para a coroação de Carlos IV. Este não é tanto um poema laudatório, mas sim um poema de crítica social.[1]

Xosefa também lamentava o desperdício causado pelas festas que celebravam a coroação de Carlos IV quando a população local morria de fome. É considerada uma das autoras de referência da literatura asturiana, e foi criado um prémio em sua homenagem, o Prémio Xosefa Xovellanos, atribuído às melhores obras de língua asturiana, e organizado anualmente pelo Departamento de Cultura do Principado das Astúrias.[3]

Referências

  1. a b c d e Faedo, María José Álvarez (2008). Josefa de Jovellanos. Semblanza de una dama a los ojos de su hermano Gaspar de Jovellanos (PDF) (em espanhol). Oviedo: Fundación Foro Jovellanos del Principado de Asturias. Cópia arquivada (PDF) em 14 de setembro de 2016 
  2. Vallaure, Emilio Marcos (1998). Personajes asturianos. Retratos para la historia (em espanhol). Oviedo: Museu de Belas Artes das Astúrias. p. 42-43 
  3. Faedo, María José Álvarez (2011). «Tres autoras religiosas de los ss. XVII y XVIII: las obras de Gertrude Aston, Winefrid Thimelby y Josefa de Jovellanos como reflejo de experiencias afines». Clepsydra: Revista de Estudios de Género y Teoría Feminista (em espanhol) (10). ISSN 1579-7902 
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