Zoopraxiscópio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Zoopraxiscópio
Tipo
projetor (en)
Descoberto
Descobridor
Data
Zoopraxiscópio de Eadweard Muybridge
Simulação do Zoopraxiscópio de Muybridge onde o movimento é criado pela rotação do disco.

O zoopraxiscópio em grego, mas Zoe = "vida" + Praxis = "exercício da vida humana" + Scópio = "Observar", entende-se por Dispositivo de Observar a Vida em seu Exercício (praxis).

Tal dispositivo não capturava imagens, apenas os exibia de forma animada. Girando-se uma manivela, onde um pequeno disco, tal qual o fenaquistoscópio, gira intercalando fotografias do mesmo objeto, em posições diferentes. O dispositivo servia para projetar as imagens para estudo do movimento.

Inventado por Eadweard Muybridge (1830 -1904) tal aparelho influenciou os estudos de cronofotografia de Marey e conseguinte, todo o desenvolvimento fotográfico e cinematográfico, como na origem da película de celuloide, usada ainda hoje.[1]

Em seu estudos do movimento, Muybridge costumava captar suas imagens utilizando de 24 máquinas fotográficas colocadas em intervalos regulares ao longo de uma pista de corrida, totalmente preparada para o experimento. Com a passagem de um cavalo sob um fundo quadriculado, vários fios eram rompidos ao longo do trajeto, desencadeando disparos sucessivos, decompondo assim, o movimento do animal em fotogramas.

Há uma lenda que Muybridge teria feito tal experimento para provar que há um momento em que nenhuma das patas toca o solo. Mas essa história está equivocada. Leland Stanford, ex-governador da Califórnia e um amante de cavalos, possuía entre sua coleção um cavalo trotador muito especial, chamado Occident. Para compartilhar os movimentos de seu animal com amigos importantes do exterior, ele propôs a Muybridge o registro deste movimento em sequencia de imagens. Este foi o real motivo, não havendo, portanto, veracidade na história de uma aposta sobre as patas do cavalo.[2]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  1. LUCENA JUNIOR, Alberto. Arte da Animação – técnica e estética através da História. Senac. São Paulo. 2002.
  2. MANNONI, Laurant. A Grande Arte da Luz e da Sombra: Arqueologia do Cinema. São Paulo: Editora SENAC; São Paulo: UNESP, 2003.
  • Encyclopædia Britannica, 8.ª ed, 1857, Edimburgo, volume XVI, p. 697 adaptação do inglês.