Zé Gotinha

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Zé Gotinha

Zé Gotinha em 2020
Informações gerais
Criado por Darlan Rosa[1]
Informações pessoais
Nascimento 1986 (38 anos)
Origem Brasil
Informações profissionais
Aliados Família e profissionais da saúde[2]
Inimigos Agentes causadores de doenças[2]
Afiliações atuais Ministério da Saúde
Aparições
Filme(s) Zé Gotinha, a história (dir. Darlan Rosa)[3]
Zé Gotinha contra o perna de pau (dir. José Maia e Otto Guerra)[4]

Zé Gotinha é um personagem brasileiro criado para as campanhas de vacinação contra o vírus da poliomielite com o objetivo de tornar o evento mais atraente para as crianças. Foi utilizado em campanhas nas décadas de 1980 e 1990 e na campanha de 2006, para a conscientização dos pais e as crianças sobre a importância da vacinação.[5] O Zé Gotinha também é utilizado para alertar sobre a importância da prevenção de várias outras doenças.

Nos anos seguintes, logo após ele se incorporar ao imaginário infantil, firmando-se como sinônimo de vacina e como referencial para a população em termos de métodos de prevenção, o personagem adotou uma cor diferente para cada vacina infantil: branco para a poliomielite, vermelho para o sarampo, azul-marinho para tuberculose, azul-claro para coqueluche, laranja para difteria e verde para tétano.[6]

Zé gotinha é um símbolo de representação de saúde para as crianças e um grande incentivo a vacina que talvez pros mais jovens não seja tão atraente assim, um dos insetivos a criar esse personagem. A representação do Zé Gotinha é uma estratégia eficaz para educar crianças sobre a importância da vacinação, incluindo a prevenção da anemia. Ao associar a vacinação a um personagem amigável e reconhecível, como o Zé Gotinha, as crianças tendem a sentir-se mais confortáveis e até mesmo empolgadas em receber as vacinas necessárias para prevenir doenças como a anemia. Além disso, o Zé Gotinha pode ser utilizado em materiais educativos que explicam de forma simples e acessível como as vacinas ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a manter a saúde em geral, a ideia do personagem nasceu em torno da vacinação as crianças anêmicas (Sarah Silva)[7]

História[editar | editar código-fonte]

O Zé Gotinha foi criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa[8] a pedido do Ministério da Saúde do Brasil, e lançado em dezembro de 1987, na gestão do ministro Luiz Carlos Borges da Silveira.[9] Sua denominação foi escolhido nacionalmente, através de um concurso promovido pelo Ministério da Saúde com alunos de escolas de todo o Brasil. O nome vencedor foi uma sugestão de um aluno do Distrito Federal. Assim, começou a divulgação da campanha contra a poliomielite em jornais, TVs e rádio.[10]

O personagem tinha como principal objetivo tornar as campanhas de vacinação mais atraentes para as crianças, e com isso tornar a vacinação um dia de festa, fazendo com que as crianças quisessem participar.[11]

Atualmente, o Zé Gotinha é o símbolo do Programa Nacional de Imunizações (PNI).[12]

Pandemia de COVID-19 no Brasil[editar | editar código-fonte]

Em 10 de março de 2021, o ex-presidente Lula durante discurso criticou a pouca utilização do Zé Gotinha na vacinação contra a COVID-19 no Brasil,[13] questionando: "Cadê o Zé Gotinha? Bolsonaro mandou embora, porque achou que era petista".[14] A cobrança de Lula foi elogiada por Darlan Rosa, criador do Zé Gotinha.[15]

Em 12 de março, dois dias após o discurso de Lula, uma ilustração do personagem foi compartilhada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) numa postagem via Twitter, em que o Zé Gotinha aparece segurando uma seringa em formato de fuzil, junto a qual Eduardo disse: "Nossa arma agora é a vacina!”.[16][17] Eduardo apagou a postagem após a repercussão negativa que a ilustração recebeu, que foi condenada por vários opositores políticos, como o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e até pelo criador do personagem, Darlan Rosa.[18][19] Essa versão do personagem divulgada por Eduardo foi veiculada na mídia com as alcunhas "Zé Gotinha Miliciano" e "Zé Milicinha".[20]

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. Rosa, Darlan (1986). A marca de um compromisso (PDF). Brasília: Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (Ministério da Saúde) 
  2. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome csze
  3. Schueler, Paulo. «Zé Gotinha». Bio-Manguinhos/Fiocruz. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  4. Maia, José; Guerra, Otto (1989). Zé Gotinha contra o perna de pau (filme). Cinemateca Brasileira. Porto Alegre. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 }
  5. Dia do Zé Gotinha[ligação inativa] Jornal de Brasília - edição de 08/06/2006
  6. «Criador do Zé Gotinha doa obras ao Museu da Funasa». memoria.ebc.com.br. Agência Brasil. 6 de maio de 2002. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  7. Schueler, Paulo. «Zé Gotinha». Bio-Manguinhos/Fiocruz || Inovação em saúde || Vacinas, kits para diagnósticos e biofármacos. Consultado em 22 de abril de 2024 
  8. Darlan Rosa - 1947, Coromandel, MG – Vive em Brasília, DF Arquivado em 4 de janeiro de 2021, no Wayback Machine. Câmara do Deputados do Brasil - acessado em 2 de setembro de 2018
  9. «Símbolo de saúde e alvo de montagem duvidosa, Zé Gotinha foi criado por um paranaense: "politizaram"». Tribuna do Paraná. Consultado em 20 de março de 2021 
  10. Pellegrini, Aline (10 de janeiro de 2021). «Como Zé Gotinha transformou a vacinação no país». Nexo Jornal. Consultado em 24 de fevereiro de 2021 
  11. Pinho, Angela (30 de agosto de 2018). «Zé Gotinha enfrentou forte resistência no início, lembra idealizador do personagem». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  12. TAB (5 de dezembro de 2020). «Como o Zé Gotinha e as campanhas de vacinação mudaram o Brasil». Universo Online. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  13. Amado, Guilherme (9 de janeiro de 2021). «Criador do Zé Gotinha lamenta atraso na vacinação e pede campanha: 'Seria um desperdício não usar o personagem'». Época. Época. Consultado em 13 de março de 2021. Rosa disse que Zé Gotinha, já com 35 anos, está na memória do brasileiro e deve ter a imagem espalhada massivamente. 
  14. Ana, Mendonça (10 de março de 2021). «Lula: 'Bolsonaro mandou Zé Gotinha embora porque achou que ele era petista'». Estado de Minas. Consultado em 13 de março de 2021 
  15. Amado, Guilherme (10 de março de 2021). «Criador do Zé Gotinha elogia cobrança de uso do personagem por Lula». Época. Consultado em 13 de março de 2021. "O Zé Gotinha tem um missão importante neste momento. É do povo brasileiro e não pertence a nenhum partido", disse Darlan à coluna. 
  16. Paes, 'Sarah (12 de março de 2021). «"Zé gotinha" com seringa como fuzil repercute e Eduardo Bolsonaro é chamado de miliciano». Política. Consultado em 13 de março de 2021 
  17. Nathalia, Kuhl (12 de março de 2021). «Eduardo Bolsonaro posta imagem de Zé Gotinha com "fuzil de vacina"». Metrópoles. Metrópoles. Consultado em 13 de março de 2021. Publicação foi feita após ex-presidente Lula dizer que Jair Bolsonaro mandou o Zé Gotinha ir embora porque achou que ele era petista 
  18. Alessi, Gil (12 de março de 2021). «Zé Gotinha, do ostracismo sob Bolsonaro ao vexame de fuzil na mão». EL PAÍS. Consultado em 13 de março de 2021. A versão repaginada do Zé Gotinha carrega fuzil M-16, um dos favoritos do Exército israelense, cujo corpo é uma seringa. A bandeira do Brasil como capa completa o figurino, numa tentativa de associação às bandeiras pró-armas do Governo de ultradireita. Em sua conta no Twitter, o filho 03 escreveu na legenda da ilustração que “a nossa arma é a vacina”. Marcelo Freixo (PSOL-RJ), ironizou a transformação do personagem e a mudança de opinião do Governo quanto à imunização: “Depois de sabotar a vacinação e mandar os brasileiros ‘enfiarem a máscara no rabo’, Eduardo Bolsonaro agora transformou o Zé Gotinha em miliciano”. 
  19. «Painel: É uma imagem terrível uma arma na mão do Zé Gotinha, diz criador de personagem». Folha de S.Paulo. 12 de março de 2021. Consultado em 13 de março de 2021 
  20. «Eduardo Bolsonaro publica foto do Zé Gotinha com uma seringa no formato de fuzil». Extra Online. Consultado em 13 de março de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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