Felação

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O ato da felação praticado por uma pessoa em seu parceiro sexual
Ato de felação praticado por dois homens
O ato da felação praticado por dois homens em 69

Felação,[1] também conhecida vulgarmente como boquete[2] ou chupeta (português brasileiro) ou broche,[3] bobó[4] ou bico[5] (português europeu), é um ato de sexo oral que envolve o uso da boca ou da garganta, o qual é feito por uma pessoa no pênis de outra, ou de si própria (autofelação).[6][7][8] A mesma movimentação pode ocorrer no saco escrotal, e também é caracterizada na língua portuguesa pelo mesmo nome.[9][10][11]

A felação pode ser considerada como uma forma de excitação para os participantes, bem como levar ao orgasmo e à ejaculação do esperma.[7][8] Geralmente é realizada por um parceiro sexual como forma de preliminar para criar uma excitação sexual maior antes de outras atividades sexuais, como o sexo anal ou vaginal,[7][12] ou até mesmo como um ato de carinho e erotismo isoladamente.[7][8] Igual ocorre com outras formas de atividades sexuais, a felação faz com que os participantes corram o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).[13][14] No entanto, o risco de transmissão destas por meio do sexo oral, especialmente do vírus HIV, é significativamente menor do que quando realizado o sexo penetrativo.[15]

Esta atividade é vista como tabu, mas a maioria dos países não possuem leis que proíbam a sua prática.[7] Geralmente, as pessoas não consideram a felação ou outras formas de sexo oral como uma forma de afetar a virgindade do parceiro.[16][17][18][19] Outra opinião constante é a de pessoas que têm pensamentos negativos ou inibições sexuais sobre participar de atividades orais, negando-as.[7]

Prática[editar | editar código-fonte]

Pintura da felação representada por Édouard-Henri Avril. em 1843

Consiste na introdução do pênis na boca visando a continuidade da relação sexual, lambendo-lhe a glande e toda a base peniana, proporcionando assim maior prazer no ato sexual. Com movimentos de ida e volta, trabalhando com a língua ao mesmo tempo, e com as mãos, pode-se alcançar o orgasmo com facilidade. Necessita-se do pênis ereto para que a prática da felação leve ao orgasmo. Há uma modalidade extrema da felação chamada garganta profunda, do inglês deep throat, que consiste em levar a glande até o fundo da garganta, a fim de proporcionar uma sensação diferente, como uma pressão seguida de prazer.

Existe também a prática sem necessidade de um parceiro, denominada autofelação. A felação também pode ser considerada uma maneira de perder a ansiedade antes do ato sexual.

Na Malásia, a felação é ilegal. Contudo, a lei é raramente colocada em prática. Segundo a secção 377A do Código Penal malaio, a introdução de um pénis no ânus ou na boca de uma outra pessoa é considerada "relação sexual carnal contra a ordem natural" e é, portanto, "punível com prisão máxima de 20 anos e chicotadas."[20][21]

Riscos[editar | editar código-fonte]

A felação apresenta risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) por poder haver contaminações por intermédio do órgão sexual do parceiro. Geralmente, a felação visa uma introdução ao ato sexual. A felação, apesar de ter se tornado um ato comum sexual, continua sendo uma das formas de contrair doenças sexualmente transmissíveis, porém menos perigosa do que a relação sexual anal ou vaginal. A transmissão pode ocorrer pelos fluidos (seja sêmen ou líquido seminal) ou por machucados no pênis ou na região próxima e também por machucados ou microlesões existentes na boca do parceiro que pratica a felação ativamente.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «fellation». Merriam-Webster. Encyclopædia Britannica, Inc. Consultado em 25 de junho de 2015. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2010 
  2. «Priberam». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  3. «Priberam». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  4. «Priberam». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  5. «Priberam». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  6. «Oral Sex». BBC Advice. BBC. Consultado em 25 de junho de 2015. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2010 
  7. a b c d e f Janell L. Carroll (2009). Sexuality Now: Embracing Diversity. [S.l.]: Cengage Learning. pp. 265–267. ISBN 978-0-495-60274-3. Consultado em 29 de agosto de 2013 
  8. a b c Wayne Weiten, Margaret A. Lloyd, Dana S. Dunn, Elizabeth Yost Hammer (2008). Psychology Applied to Modern Life: Adjustment in the 21st century. [S.l.]: Cengage Learning. p. 422. ISBN 978-0-495-55339-7. Consultado em 26 de fevereiro de 2011 
  9. Nilamadhab Kar, Gopal Chandra Kar (2005). Comprehensive Textbook of Sexual Medicine. [S.l.]: Jaypee Brothers Publishers. 106 páginas. ISBN 8180614050. Consultado em 12 de setembro de 2013 
  10. Robert Crooks, Karla Baur (2010). Our Sexuality. [S.l.]: Cengage Learning. p. 241. ISBN 0495812943. Consultado em 12 de setembro de 2013. Fellatio (fuh-LAY-shee-oh) is oral stimulation of the penis and scrotum. 
  11. Tom Dalzell, Terry Victor (2007). Sex Slang. [S.l.]: Psychology Press. 180 páginas. ISBN 0203935772. Consultado em 12 de setembro de 2013 
  12. «What is oral sex?». NHS Choices. NHS. 15 de janeiro de 2009. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2010 
  13. «Global strategy for the prevention and control of sexually transmitted infections: 2006–2015. Breaking the chain of transmission» (PDF). World Health Organization. 2007. Consultado em 26 de novembro de 2011 
  14. Dianne Hales (2008). An Invitation to Health Brief 2010-2011. [S.l.]: Cengage Learning. pp. 269–271. ISBN 0495391921. Consultado em 29 de agosto de 2013 
  15. William Alexander, Helaine Bader, Judith H. LaRosa (2011). New Dimensions in Women's Health. [S.l.]: Jones & Bartlett Publishers. p. 211. ISBN 1449683754. Consultado em 29 de agosto de 2013 
  16. See here and 47-49 for male virginity, how gay and lesbian individuals define virginity loss, and for how the majority of researchers and heterosexuals define virginity loss/"technical virginity" by whether or not a person has engaged in vaginal sex. Laura M. Carpenter (2005). Virginity lost: An Intimate Portrait of First Sexual Experiences. [S.l.]: NYU Press. pp. 295 pages. ISBN 0-8147-1652-0. Consultado em 9 de outubro de 2011 
  17. Bryan Strong, Christine DeVault, Theodore F. Cohen (2010). The Marriage and Family Experience: Intimate Relationship in a Changing Society. [S.l.]: Cengage Learning. 186 páginas. ISBN 0-534-62425-1. Consultado em 8 de outubro de 2011. Most people agree that we maintain virginity as long as we refrain from sexual (vaginal) intercourse. But occasionally we hear people speak of 'technical virginity' [...] Data indicate that 'a very significant proportion of teens ha[ve] had experience with oral sex, even if they haven't had sexual intercourse, and may think of themselves as virgins' [...] Other research, especially research looking into virginity loss, reports that 35% of virgins, defined as people who have never engaged in vaginal intercourse, have nonetheless engaged in one or more other forms of heterosexual sexual activity (e.g., oral sex, anal sex, or mutual masturbation). 
  18. Sonya S. Brady, PhD and Bonnie L. Halpern-Felsher, PhD (2007). «Adolescents' Reported Consequences of Having Oral Sex Versus Vaginal Sex». Pediatrics. 119 (2): 229–236. PMID 17272611. doi:10.1542/peds.2006-1727 
  19. Joseph Gross, Michael (2003). Like a Virgin. [S.l.]: The Advocate/Here Publishing. pp. 44–45. 0001-8996. Consultado em 13 de março de 2011 
  20. «Illegal but not abnormal». The Star (em inglês). 1 de Março de 2009. Consultado em 9 de Dezembro de 2010. Arquivado do original em 22 de junho de 2011 
  21. «Penal Code [Act 574]2» (PDF) (em inglês). Consultado em 6 de Abril de 2017. 377A. Any person who has sexual connection with another person by the introduction of the penis into the anus or mouth of the other person is said to commit carnal intercourse against the order of nature. 


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