Poliginia

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Poliginia (do grego polýs: muitas, e gyné: mulher) é um termo utilizado tanto em antropologia social como em sociobiologia. Refere-se à prática de um homem de contrair matrimônio com mais de uma esposa. O homem tem direito a mais de uma esposa, enquanto as mulheres só podem ter o homem em questão como relação.

A poliginia é sustentada por diversos textos dos livros sagrados de judeus, cristãos e muçulmanos. No Judaísmo, a poliginia foi proibida pelos rabinos, não por Deus. O rabino Gershom ben Judah recebeu o crédito da proibição da poligamia, que ocorreu somente no século XI depois de Cristo.[1] Muitos teólogos cristãos argumentam que em Mateus 19:3-9, referindo-se a Gênesis 2:24, Jesus afirma explicitamente que um homem deve ter apenas uma esposa.

Em biologia, poliginia é o hábito de algumas espécies pelo qual o macho possui mais do que uma parceira sexual.

Focídeos

Em Animais[editar | editar código-fonte]

Em mamíferos marinhos pode ocorrer comportamentos de monogamia, poliginia e promiscuidade. Todos os animais marinhos carnívoros e maioria das focídeos possuem um comportamento poligínico. Quase todos os pinípedes que se reproduzem em terra são extremamente poligínicos e com grande dimorfismo sexual. Como os machos poligínicos tem de competir pelo controle reprodutivo das fêmeas, esta competição gira em torno ou do estabelecimento e defesa de territórios (poliginia por defesa de recursos) ou o estabelecimento de classes de dominância (poliginia por defesa de fêmeas ou haréns). Os pinípedes que cruzam na água ou no gelo morsas e focas usualmente evidenciam um nível reduzido de poliginia, explicado em parte pela dificuldade de defender um recurso ou acesso a fêmeas em um ambiente instável. Em tais ambientes (ao contrário de em terra) as fêmeas têm o benefício seletivo de escolher o macho com o qual ela vai cruzar.[2]

Povos indígenas[editar | editar código-fonte]

No território onde hoje chamam de Brasil, existem povos em que não é incomum a prática de poliginia. Alguns casos conhecidos são os povos indígenas Xavante, Nambikuára e Tenetehára.[3] Também já foi comum entre os antigos Tupinambás.[3]

Alemanha Nazista[editar | editar código-fonte]

Na Alemanha nazista, houve um esforço de Martin Bormann e Heinrich Himmler para introduzir uma nova legislação sobre o casamento plural.[4] O argumento era que depois da guerra, 3 a 4 milhões de mulheres teriam que permanecer solteiras devido ao grande número de soldados mortos em batalha. A fim de possibilitar que essas mulheres tenham filhos, foi planejado um procedimento para inscrição e seleção de homens adequados (ou seja, heróis de guerra condecorados) para iniciar um relacionamento conjugal com outra mulher.[4] A posição privilegiada da primeira esposa seria assegurada com a concessão do título de Domina.[4]

O maior lutador merece a mulher mais bonita ... Se o alemão quer estar sem reservas pronto para morrer como soldado, ele deve ter a liberdade de amar sem reservas. Pois a luta e o amor estão juntos. O filisteu ficará feliz se conseguir o que sobrou.

— Adolf Hitler[4]

Referências bíblicas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Frequently asked questions, Judaism and Polygamy.
  2. Berta, A. (1999). Marine Mammals - evolutionary biology. San Diego: Academic Press 
  3. a b MELLATI. «Amor e Casamento» (PDF) 
  4. a b c d Fest, Joachim C. (1973). Hitler. Verlag Ulstein. [S.l.: s.n.] p. 686 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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