Eduardo Musa

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Eduardo Costa Vaz Musa
Nome completo Eduardo Costa Vaz Musa
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Engenheiro naval
Eduardo Musa
Crime(s) Primeira condenação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro[1]
Segunda condenação: corrupção passiva e organização criminosa[2]
Pena Primeira pena: 11 anos e 8 meses, reduzido a 10 anos em reclusão (em razão do acordo de delação premiada)][1];
Segunda pena: 8 anos e 10 meses[2]
Situação Por causa do acordo de delação premiada, a pena foi reduzida para 10 anos de reclusão, inicialmente substituído por regime aberto diferenciado. Nos dois primeiros anos deverá prestar serviços comunitários, recolher-se em casa aos finais de semana e comunicar à Justiça qualquer viagem internacional.

Eduardo Costa Vaz Musa é um engenheiro naval brasileiro[3] e ex-gerente da área internacional da Petrobras que ganhou notoriedade ao ser preso e condenado na Operação Lava Jato por 11 anos e 8 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[1] De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, Jorge Zelada e Eduardo Musa receberam propina de US$ 31 milhões de Hamylton Padilha e Nobu Su, para favorecer a contratação, em janeiro 2009, da empresa Vantage Drilling Corporation para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras ao custo de US$ 1,816 bilhão.[1]

Em setembro de 2015, Eduardo Musa fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. O ex-gerente da Petrobras deu detalhes sobre o pagamento de propina na área internacional da estatal.[4]

O ex-gerente afirmou ao MPF que a empresa OSX, braço do grupo EBX, de Eike Batista, que atua no setor naval, participou do esquema de pagamentos de propinas na Petrobras para disputar licitações na diretoria Internacional da estatal petrolífera. O delator, contudo, disse não ter conhecimento se Eike sabia do esquema.[5] Ainda nos depoimentos à força-tarefa, Musa disse que “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobras era o então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB).[6]

Em 2 de fevereiro de 2017, foi novamente condenado na Lava Jato a uma pena de 8 anos e 10 meses, corrupção passiva e organização criminosa. A defesa de Vaz recebeu a sentença com naturalidade. "Os fatos são abrangidos no acordo de colaboração que ambos celebraram e que auxiliaram na investigação, inclusive, reconhecido em sentença", lembrou o advogado.[2]

Referências

  1. a b c d «Lava Jato: Zelada é condenado a 12 anos de prisão». Agência Brasil. EBC 
  2. a b c Adriana Justi e Bibiana Dionísio (2 de fevereiro de 2017). «Marqueteiro João Santana, mulher e mais 4 são condenados na Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 2 de fevereiro de 2017 
  3. «Autos n° 5039475-50.2015.4.04.7000» (PDF). MPF. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  4. Karine Garcia. «Ex-gerente da Petrobras é o novo delator da Operação Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  5. Mateus Coutinho e Ricardo Brandt (23 de setembro de 2015). «Novo delator envolve empresa de Eike em esquema de propinas na Petrobrás». Estadão. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  6. «Eduardo Cunha dava a palavra final na diretoria Internacional, diz ex-gerente da Petrobrás». Estadão. Consultado em 22 de novembro de 2016