Castelo de Portimão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Castelo de Portimão
Nomes alternativos Muralhas de Portimão
Tipo Castelo
Aberto ao público Não
Estado de conservação Ruínas
Património Nacional
Classificação IIP
Ano 1993
DGPC 74640
SIPA 1298
Geografia
País Portugal Portugal
Localidade Portimão
Coordenadas 37° 08' 26.0" N 8° 32' 07.1" O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Castelo de Portimão, também denominado como Muralhas de Portimão, é um monumento militar na cidade de Portimão, na região do Algarve, em Portugal.

Rua de Santa Isabel, no centro histórico de Portimão, vendo-se à esquerda uma porta com decoração manuelina.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O recinto amuralhado de Portimão, quando estava completo, formava um polígono de planta irregular, com uma área interior de mais de seis hectares.[1] As muralhas estavam dispostas numa configuração de dentes de serra,[2] e tinham caminhos de ronda no topo, como se pode comprovar nalguns dos lanços sobreviventes.[1] Contava com quatro portas principais, protegidas por torres geminadas, e o lanço junto das margens do rio tinha um baluarte e um barbacã.[2]

O percurso das muralhas acompanhava parcialmente as margens do Rio Arade, e encerrava a zona mais elevada da vila, onde se encontrava igualmente a Igreja Matriz.[1] No interior, a malha urbana estava disposta principalmente em três eixos viários, que se associavam às portas da Ribeira, Serra e São João.[1] A área mais antiga de Portimão situava-se nas imediações da Porta da Ribeira, no ponto mais próximo das margens do rio, e onde ainda sobreviveram alguns elementos manuelinos, como uma porta na Rua de Santa Isabel.[1] Grande parte das muralhas foi destruída, tendo restado apenas alguns pequenos lanços, adossados a prédios.[1] O maior situa-se entre a Porta da Serra e o Postigo dos Fumeiros, sendo ainda visível parte do caminho de ronda, tendo também sobrevivido parte do antigo lanço entre o Postigo da Igreja e a Porta de São João.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Nos finais da Idade Média, a vila de Portimão já se tinha afirmado como um importante centro urbano, devido sobretudo à sua situação geográfica, junto ao oceano e à foz do Rio Arade, que era então o principal eixo fluvial na província.[1] Assim, tornou-se necessário construir um círculo de muralhas para proteger o burgo,[1] tendo a sua instalação sido ordenada pelo rei D. Afonso V em 1476.[2] O responsável pelas obras foi o primeiro donatário, Gonçalo Vaz Castelo Branco,[1] que também foi responsável pela edificação da Igreja Matriz.[3] Desta forma, tanto as muralhas como a igreja constituem importantes testemunhos de um período de grande desenvolvimento de Portimão.[3]

Posteriormente, a maior parte das muralhas foram demolidas devido ao desenvolvimento da povoação, com a construção de novos prédios, alterando significativamente a configuração urbana.[1] Os vestígios das muralhas foram classificados como Imóvel de Interesse Público em 1993.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k «Muralhas de Portimão». Junta de Freguesia de Portimão. Consultado em 17 de Maio de 2024 
  2. a b c «Portimão - Muralha». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Maio de 2024 
  3. a b «História». Câmara Municipal de Portimão. Consultado em 17 de Maio de 2024 
  4. PORTUGAL. Decreto n.º 45/93, de 30 de Novembro. Presidência do Conselho de Ministros. Publicado no Diário do Governo n.º 280, Série I-B, de 30 de Novembro de 1993.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]