Lobo-vermelho
Lobo-vermelho | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Em perigo crítico | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Canis rufus (Audubon & Bachman, 1851) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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O lobo-vermelho (nome científico: Canis rufus) é uma espécie de lobo em perigo crítico de extinção, devido a pressões ecológicas.[1]
O lobo-vermelho é nativo da América do Norte e a sua área de distribuição era, originalmente, toda a zona sudeste dos Estados Unidos, leste da Pennsylvania, sul da Flórida e no sudeste do Texas. Hoje em dia existem apenas cerca de 250 exemplares, dos quais 200 encontram-se em cativeiro.
Taxonomia[editar | editar código-fonte]
É bastante discutida sua taxonomia real. Mais especificamente se trata de uma espécie separada autônoma ou somente um simples híbrido de lobo cinza e coiote. Também sendo debatida sua validade como espécie independente, sendo também muitas vezes nomeado como "Canis lupus rufus", mas a classificação de espécie independente é bem mais aceita.
A espécie é possuinte de 3 subespécies conhecidas, da qual 2 estão extintas e uma ainda segue existindo. Estas consistem em:
Subspécie | Nome científico | Descrição | Estado de conservação | Imagem |
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Lobo-vermelho-do-Texas | Canis rufus rufus | É a única subespécie viva, intermediário em porte ao lobo-cinzento e o coiote. O peso mediano é de 20 a 39 kg, os machos tem uma média de 29 kg e as fêmeas de 25 kg[2][3]. | CR - Criticamente em perigo
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Lobo-de-Gregory | Canis rufus gregoryi | O lobo-de-gregory era a maior subespécie de lobo-vermelho, tendo em média 27 à 32 kg em média[4]. Tido como mais variável em cor que o lobo-vermelho-do-texas, além de claro, mais esguio. | EX - Extinto
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Lobo-negro-da-Flórida | Canis rufus floridanus | O lobo-negro-da-Flórida também chamado só de lobo-negro, é uma subespécie de lobo-vermelho endêmica da Flórida[5]. De aproximado mesmo tamanho do contemporâneo lobo-vermelho-do-Texas. | EX - Extinto
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As subespécies talvez ao todo não tivessem se extinguido, mas atualmente já se devem ter sidos absorvidas pela genética do lobo-vermelho-do-Texas, tornando-a efetivamente a única variante remanescente.
Características[editar | editar código-fonte]
É um canídeo de grande porte, que pode medir de 60 a 66 centímetros de altura. Para machos, o peso pode variar de 22 a 41 kg, enquanto que, para fêmeas, pode variar de 20 a 30 kg. Além de mais pesados, os machos são um pouco maiores, podendo medir até 125 cm de comprimento (excluindo a cauda), enquanto que fêmeas até 120 cm. A cauda pode medir de 33 a 46 cm. Em relação a outros canídeos, tem orelhas grandes proporcionalmente ao corpo. Sua coloração varia entre tons canela e marrom-avermelhado. O lobo-vermelho é a segunda maior espécie de canídeo selvagem existente na contemporaneidade, excedido em porte apenas pelo lobo-cinzento.
Ecologia[editar | editar código-fonte]
Pouco é sabido do lobo-vermelho em relação ao ecossistema, mas é conhecido alguns fatos baseados em antigas observações e usando como base o ecossistema onde costumava habitar. O lobo-vermelho é um animal social, vivendo em grupos de até 7 membros, constituindo-o em um efetivo superpredador do ecossistema onde habita, possuindo no máximo urso-negros e suçuaranas como concorrência.
Essencialmente, sua dieta consiste em ungulados de porte grande tais como o veado-de-cauda-branca e o cervo-mula uma vez que são animais de porte adequado para sustentar uma alcateia. Mas os lobos são animais com alguma versatilidade, uma vez que também podem consumir porcos, guaxinins, ratos-de-arroz, ratos-almiscarados, coelhos, ratões-do-banhado e ocasionalmente também podendo flexibilizar-se ao ponto do consumo da carniça [6][7][8][9].
Reprodução[editar | editar código-fonte]
Vivendo em liberdade, normalmente, possuem um único parceiro por toda a vida. Atingem a maturidade sexual no segundo ou terceiro ano de vida. O período de reprodução ocorre nos meses de Fevereiro e Abril. A fêmea às vezes é ajudada pelo macho a cavar ou encontrar uma boa toca para ter seus filhotes. Os filhotes nascem com os olhos completamente fechados e durante os 2 primeiros meses de vida são totalmente dependentes da mãe. Costumam permanecer com os pais até atingirem a maturidade, formando pequenos grupos familiares ou pequenos bandos.
Referências
- ↑ Kelly, B.T., Beyer, A. & Phillips, M.K. 2008. lupus%20lupus Canis rufus. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 08 May 2013.
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- ↑ Oklahoma Game and Fish News. [S.l.]: Department of Wildlife Conservation, State of Oklahoma. 1954
- ↑ Wozencraft, W.C. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 575–577. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 url=https://books.google.com/books?id=JgAMbNSt8ikC&pg=PA576
- ↑ Shaw, J. (1975). Ecology, behavior and systematic of the red wolf (Canis rufus) (Ph.D.). New Haven, CT: Yale University
- ↑ Dellinger, Justin A.; Ortman, Brian L.; Steury, Todd D.; Bohling, Justin; Waits, Lisette P. (1 de dezembro de 2011). «Food Habits of Red Wolves during Pup-Rearing Season». Southeastern Naturalist. 10 (4): 731–740. ISSN 1528-7092. doi:10.1656/058.010.0412
- ↑ McVey, Justin M.; Cobb, David T.; Powell, Roger A.; Stoskopf, Michael K.; Bohling, Justin H.; Waits, Lisette P.; Moorman, Christopher E. (15 de outubro de 2013). «Diets of sympatric red wolves and coyotes in northeastern North Carolina». Journal of Mammalogy. 94 (5): 1141–1148. ISSN 0022-2372. doi:10.1644/13-MAMM-A-109.1
- ↑ «Canis rufus (Red wolf)». Animal Diversity Web