Portal:Meteorologia

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Portal da Meteorologia

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   O Portal da Meteorologia

A meteorologia é uma das ciências que estudam a atmosfera terrestre, que tem como foco o estudo dos processos atmosféricos e a previsão do tempo. Estuda os fenômenos que ocorrem na atmosfera e as interações entre seus estados dinâmicos, físico e químico, com a superfície terrestre subjacente. A palavra "meteorologia" vem do grego μετέωρος metéōros "elevado; alto (no céu)" (de μετα- meta- "acima" e ἀείρω aeiro "eu levanto") e -λογία -logia "estudo, palavra".

Os estudos no campo da meteorologia foram iniciados há mais de dois milênios, mas apenas a partir do século XVII a meteorologia progrediu significativamente. No século seguinte, o desenvolvimento da meteorologia ganhou um ímpeto ainda mais significativo com o desenvolvimento de redes de intercâmbio de dados em vários países. Com a maior eficiência na observação da atmosfera e uma mais rápida troca de dados meteorológicos, as primeiras previsões numéricas do tempo tornaram-se possíveis com o desenvolvimento de modelos meteorológicos, no início do século XX. A invenção do computador e da Internet tornou mais rápido e mais eficaz o processamento e o intercâmbio de dados meteorológicos, proporcionando assim um maior entendimento dos eventos meteorológicos e suas variáveis e, consequentemente, tornou possível uma maior precisão na previsão do tempo.


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   Artigos bons

Ciclone Catarina, também chamado de furacão Catarina (ou simplesmente Catarina),[nota 1] foi um ciclone tropical do Atlântico Sul extremamente raro, sendo a única tempestade já registrada com força de furacão nessa região Oceano Atlântico. Catarina atingiu a região Sul do Brasil com intensidade máxima, com o equivalente a ventos sustentados com a força de um furacão de Categoria 2, em 28 de março de 2004.

A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo-frio praticamente estacionário em 12 de março. Quase uma semana depois, no dia 19 de março, a perturbação remanescente seguiu na direção leste-sudeste, mas em 22 de março, a formação de uma crista de alta pressão deixou o sistema novamente quase estacionário. A perturbação se instalou numa região com excelentes condições meteorológicas, cisalhamento do vento e com a temperatura da superfície do mar acima da média. A combinação dos dois fatores levou a uma lenta transição do sistema de um ciclone extratropical para um ciclone subtropical em 24 de março.


Sumários temáticos

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   Artigos destacados

A tempestade na Costa Leste Americana em 1994 foi um intenso ciclone ao longo da Costa Leste dos Estados Unidos e das províncias atlânticas do Canadá. Desenvolveu-se a partir de uma área de baixa pressão no sudeste do Golfo do México, perto de Florida Keys, e atravessou o estado da Flórida. Ao entrar nas águas quentes da Corrente do Golfo, no Oceano Atlântico, começou a se intensificar rapidamente, exibindo traços de um ciclone tropical, incluindo a formação de um olho. Atingiu uma pressão de 970 milibares nos dias 23 e 24 de dezembro de 1994 e, depois de se mudar para o norte, chegou à praia perto de Nova Iorque na véspera do Natal. Por causa da natureza incerta da tempestade, o Centro Nacional de Furacões (CNF) não o classificou como um ciclone tropical.

As chuvas fortes da tempestade em desenvolvimento contribuíram para inundações significativas na Carolina do Sul. Grande parte do restante da costa leste foi afetada por ventos fortes, enchentes costeiras e erosões costeiras. O Estado de Nova Iorque e a região da Nova Inglaterra suportaram o impacto da tempestade, enquanto o dano foi extenso em Long Island, e, em Connecticut, 130 mil casas perderam energia elétrica durante a tempestade. Danos generalizados e quedas de energia também ocorreram em Rhode Island e Massachusetts, onde a tempestade gerou ondas de 9,1 metros ao longo da costa. Por causa do padrão de clima quente que contribuiu para o desenvolvimento da tempestade, a precipitação foi limitada à chuva. Duas pessoas morreram e o dano foi de pelo menos 21 milhões de dólares.


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   História da meteorologia
Um tornado categoria F5 em Elie, Manitoba, Canadá. O tornado em sí é o estreito funil que vai da nuvem ao solo. A parte inferior deste tornado está rodeada por uma nuvem de pó translúcida, que foi levantada pelos fortes ventos do tornado na superfície.

Um tornado (também chamado de twister) é um fenômeno meteorológico que se manifesta como uma coluna de ar que gira de forma violenta e potencialmente perigosa, estando em contato tanto com a superfície da Terra como com uma nuvem cumulonimbus ou, excepcionalmente, com a base de uma nuvem cumulus. Sendo um dos fenômenos atmosféricos mais intensos que se conhece, os tornados se apresentam sob várias formas e tamanhos, mas geralmente possuem um formato cônico, cuja extremidade mais fina toca o solo e normalmente está rodeada por uma nuvem de e outras partículas. A maioria dos tornados conta com ventos que chegam a velocidades entre 65 e 180 quilômetros por hora, mede aproximadamente 75 metros de diâmetro e translada-se por vários metros, senão quilômetros, antes de desaparecer. Os mais extremos podem ter ventos com velocidades superiores a 480 km/h, medir até 1 500 m de diâmetro e permanecer no solo, percorrendo mais de 100 km de distância.

Entre os diferentes tipos de tornados estão os landspouts, os tornados de vórtices múltiplos e as trombas marinhas. As trombas marinhas formam-se sobre corpos de água conectando-se a nuvens cumulus e nuvens de tempestade de maior tamanho, porém são consideradas tornados por apresentarem características similares a estes, como sua corrente de ar rotativa em forma de cone. As trombas marinhas no geral são classificadas como tornados não-supercelulares que se formam sobre corpos d'água. Estas colunas de ar frequentemente se formam em áreas tropicais próximas da linha do equador, e são menos comuns em latitudes maiores, próximas dos polos. Outros fenômenos similares aos tornados que existem na natureza incluem o gustnado, os redemoinhos-de-poeira e os redemoinhos de fogo.


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   Organizações meteorológicas

O Bureau de Meteorologia (em Inglês Bureau of Meteorology, BOM) é uma Agência Executiva do Governo australiano responsável por proporcionar serviços de meteorologia, hidrologia e clima da Austrália e suas áreas circundantes. Foi criado pela Lei de Meteorologia de 1906, que congregou todos os serviços meteorológicos estatais que existiam à data numa única entidade. Os estados australianos transferiram oficialmente as suas responsabilidades e registo climáticos ao Bureau de Meteorologia a 1 de janeiro de 1908. O Bureau of Meteorology controla três dos seis centros de aviso de ciclone tropical (CACTs) existentes no mundo. O CACT em Perth monitora e segue ciclones tropicais no Oceano Índico sudeste. O CACT em Darwin monitora ciclones tropicais no Mar de Arafura, Mar de Timor e Golfo de Carpentária. O CACT de Brisbane monitora e segue ciclones tropicais no Mar de Coral e no Golfo de Papua. Cada CACT tem a sua própria lista de nomes para nomear ciclones tropicais que se formam em suas áreas de responsabilidade.


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   Clima da Terra

Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra causado por massivas emissões de gases que intensificam o efeito estufa, originados de uma série de atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, como o desmatamento, bem como de várias outras fontes secundárias. Essas causas são um produto direto da explosão populacional, do crescimento econômico, do uso de tecnologias e fontes de energia poluidoras e de um estilo de vida insustentável, em que a natureza é vista como matéria-prima para exploração. Os principais gases do efeito estufa emitidos pelo homem são o dióxido de carbono (ou gás carbônico, CO2) e o metano (CH4). Esses e outros gases atuam obstruindo a dissipação do calor terrestre para o espaço. O aumento de temperatura vem ocorrendo desde meados do século XIX e deverá continuar enquanto as emissões continuarem elevadas.

O aumento nas temperaturas globais e a nova composição da atmosfera desencadeiam alterações importantes em virtualmente todos os sistemas e ciclos naturais da Terra. Afetam os mares, provocando a elevação do seu nível e mudanças nas correntes marinhas e na composição química da água, verificando-se acidificação, dessalinização e desoxigenação. Interferem no ritmo das estações e nos ciclos da água, do carbono, do nitrogênio e outros compostos. Causam o degelo das calotas polares, do solo congelado das regiões frias (permafrost) e dos glaciares de montanha, modificando ecossistemas e reduzindo a disponibilidade de água potável. Tornam irregulares o regime de chuvas e o padrão dos ventos, produzem uma tendência à desertificação das regiões florestadas tropicais, enchentes e secas mais graves e frequentes, e tendem a aumentar a frequência e a intensidade de tempestades e outros eventos climáticos extremos, como as ondas de calor e de frio. As mudanças produzidas pelo aquecimento global nos sistemas biológicos, químicos e físicos do planeta são vastas, algumas são de longa duração e outras são irreversíveis, e provocam uma grande redistribuição geográfica da biodiversidade, o declínio populacional de grande número de espécies, modificam e desestruturam ecossistemas em larga escala, e geram por consequência problemas sérios para a produção de alimentos, o suprimento de água e a produção de bens diversos para a humanidade, benefícios que dependem da estabilidade do clima e da integridade da biodiversidade. Esses efeitos são intimamente inter-relacionados, influem uns sobre os outros amplificando seus impactos negativos e produzindo novos fatores para a intensificação do aquecimento global. O aquecimento e as suas consequências serão diferentes de região para região, e o Ártico é a região que está aquecendo mais rápido. A natureza e o alcance dessas variações regionais ainda são difíceis de prever de maneira exata, mas sabe-se que nenhuma região do mundo será poupada de mudanças. Muitas serão penalizadas pesadamente, especialmente as mais pobres e com menos recursos para adaptação. Mesmo que as emissões de gases estufa cessem imediatamente, a temperatura continuará a subir por mais algumas décadas, pois o efeito dos gases emitidos não se manifesta de imediato e eles permanecem ativos por muito tempo. É evidente que uma redução drástica das emissões não acontecerá logo, por isso haverá necessidade de adaptação às consequências inevitáveis do aquecimento. Uma vez que as consequências serão tão mais graves quanto maiores as emissões de gases estufa, é importante que se inicie a diminuição destas emissões o mais rápido possível, a fim de minimizar os impactos sobre esta e as futuras gerações.


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   Influências dos oceanos no clima

A Corrente da Flórida é uma corrente oceânica termal que flui do Estreito da Flórida ao redor da Península da Flórida e ao longo da costa sudeste dos Estados Unidos antes de se juntar à Corrente do Golfo perto do Cabo Hatteras. Suas correntes contribuintes são a Corrente de Loop e a Corrente das Antilhas. A corrente foi descoberta pelo explorador espanhol Juan Ponce de León em 1513.

A Corrente da Flórida resulta do movimento da água empurrada do Atlântico para o Mar do Caribe pela rotação da Terra (que exerce uma força maior no equador ). A água se acumula ao longo da América Central e flui para o norte, através do Canal de Yucatán, no Golfo do México. A água é aquecida no Golfo e expulsa pelo Estreito da Flórida, entre Florida Keys e Cuba, e flui para o norte ao longo da costa leste dos Estados Unidos. A Corrente da Flórida é freqüentemente referida de forma imprecisa como Corrente do Golfo. Na verdade, a Corrente da Flórida se junta à Corrente do Golfo na costa leste da Flórida.


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   Imagens destacadas


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   Precipitação

Geada é a formação de uma camada de cristais de gelo sobre plantas ou sobre outras superfícies, devido à queda de temperatura. A principal causa da formação de geada é a advecção de massa de ar polar.

A geada é produzida quando a superfície terrestre perde muita energia para o espaço devido à ausência de nuvens; devido a isso a camada da atmosfera que está em contato com a superfície e possui alguma umidade, condensa sobre o solo com o gradual arrefecimento ou diminuição da temperatura (ver "Ponto de orvalho") e congela quando a temperatura desce abaixo dos 0 °C.


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   Ventos

Shamal (, 'norte') é um vento que sopra de norte sobre o Iraque e o golfo Pérsico, geralmente forte durante o dia e fraco à noite. Este vento ocorre desde uma a várias vezes ao ano, principalmente no verão, mas ocasionalmente no inverno, e cria tempestades de areia de grande dimensão.


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   Meteorologistas

Anthímio José de Azevedo (Ponta Delgada, 27 de abril de 1926 — Lisboa, 17 de novembro de 2014) foi um meteorologista português, apresentador dos boletins meteorológicos televisivos desde a década de 1960. Morreu, aos 88 anos, no dia 17 de Novembro de 2014.


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   Eventos meteorológicos notáveis

A Tempestade do Halloween de 1991 também chamada de a Tempestade Perfeita de 1991 e a Tempestade Não-Nomeada de 1991, foi uma tempestade nor'easter que absorveu o furacão Grace e depois evoluiu para um pequeno furacão sem nome no final de seu ciclo de vida.

O apelido de " tempestade perfeita " foi cunhado pelo autor e jornalista Sebastian Junger após uma conversa com o meteorologista adjunto do NWS Boston, Robert Case, na qual Case descreveu a convergência das condições climáticas como sendo "perfeita" para a formação de tal tempestade.


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   Meteorologia tropical

Os ciclones tropicais são classificados em uma das cinco escalas de intensidade dos ciclones tropicais, de acordo com os seus ventos máximos sustentados em que bacia(s) dos ciclones tropicais estão localizados. Apenas algumas escalas de classificação são usadas oficialmente pelas agências meteorológicas rastreando os ciclones tropicais, mas algumas escalas alternativas também existem, como a Energia Ciclônica Acumulada, o Índice de Dissipação de Energia, o Índice de Energia Cinética Integrada e o Índice de Gravidade do Furacão.

Ciclones tropicais que se desenvolvem no Hemisfério Norte são não oficialmente classificados pelos centros de aviso em uma de três escalas de intensidade. Ciclones tropicais ou ciclones subtropicais que existem no Oceano Atlântico Norte ou no nordeste do Oceano Pacífico são classificados como depressões tropicais ou tempestades tropicais. Se um sistema se intensificar ainda mais e se tornar um furacão, então ele será classificado na escala de furacões de Saffir–Simpson, e é baseado nos ventos máximos sustentados estimados ao longo de um período de 1 minuto. No Pacífico ocidental, o Comité de Tufões ESCAP/WMO usa quatro classificações separadas para ciclones tropicais que existem dentro da bacia, que são baseados nos ventos máximos sustentados estimados ao longo de um período de 10 minutos.

A escala do Departamento Meteorológico da Índia usa 7 classificações diferentes para sistemas dentro do Oceano Índico Norte, e são baseados nos sistemas estimados de ventos máximos sustentados de 3 minutos. Os ciclones tropicais que se desenvolvem no Hemisfério Sul são classificados oficialmente pelos centros de aviso em uma das duas escalas, que são ambos baseados em velocidades de vento sustentadas de 10 minutos: a escala de intensidade de ciclone tropical Australiana é usada para classificar sistemas dentro da bacia de ciclone tropical da Austrália ou do Pacífico Sul. A escala usada para classificar sistemas no sudoeste do Oceano Índico é definida por Météo-France para uso em vários territórios franceses, incluindo a Nova Caledónia e Polinésia Francesa.

A definição de ventos sustentados recomendada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e utilizada pela maioria das agências meteorológicas é a de uma média de 10 minutos a uma altura de 10 metros acima da superfície do mar. No entanto, a escala de furacões de Saffir–Simpson é baseada em medições da velocidade do vento em média durante um período de 1 minuto, a 10 m. A escala usada pelo RSMC New Delhi aplica um período de média de 3 minutos, e a escala Australiana é baseada em rajadas de vento de 3 minutos e ventos máximos sustentados em média ao longo de um intervalo de 10 minutos. Estas diferenças dificultam as comparações directas entre bacias.

Em todas as bacias, os ciclones tropicais são nomeados quando os ventos sustentados atingem pelo menos 35 km/h.


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   Agrometeorologia

O Modelo de Superfície Terrestre mais conhecido como Land Surface Model (LSM) (termo em inglês) é um modelo computacional unidimensional desenvolvido por Gordon Bonan que descreve processos ecológicos encontrado em muitos modelos de ecossistema, processos hidrológicos encontrado em modelos hidrológicos e fluxo de superfície comum em modelos de superfície usando modelos atmosféricos.

Desse modo o modelo examina interações bio-geo-física (calor sensível e latente, momentum, albedo, emissão de ondas longas) e bio-geo-química (CO2) da terra-atmosfera especialmente os efeitos de superfície da terra no clima e composição da atmosfera.


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  1. Por conta da raridade do fenômeno nessa região do Oceano Atlântico, não há consenso acadêmico sobre qual nome deve ser atribuído.[1] Para mais informações, ver seção sobre nomenclatura.
  1. Gary Padgett (2004). «March 2004 Tropical Cyclone Summary». Thomas R. Metcalf (Australian Severe Weather). Consultado em 23 de outubro de 2008 
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