Abílio Campos Monteiro

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Abílio Campos Monteiro
Nascimento 1876
Torre de Moncorvo, Portugal
Morte 1933 (57 anos)
São Mamede de Infesta, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Escritor, jornalista, médico e político

Abílio Adriano de Campos Monteiro (Torre de Moncorvo, 1876 - São Mamede de Infesta, 1933) foi um escritor, jornalista, médico e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na vila transmontana de Torre de Moncorvo a 7 de Março de 1876.

Concluiu os estudos liceais em 1891 na cidade de Viana do Castelo.

Aos 15 anos de idade já escreve para periódicos como O Moncorvense, Jornal de Viana, A Vida Nova, Aurora do Lima e Pontos e Vírgulas tendo mesmo desempenhado em alguns destes o cargo de diretor.

Em 1894 inscreve-se na Academia Politécnica do Porto e, na mesma altura, escreve o seu primeiro livro de poesia Arco-Íris e também o folheto Pró-Pátria.

Concluiu os preparatórios de Medicina no ano letivo de 1896-1897 e matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. É neste período que se casa com Olívia Barros Coutinho, filha do médico Tavares Coutinho, de São Mamede de Infesta. Do seu casamento teria 4 filhos.

Em 1902 concluiu a sua licenciatura com a defesa da dissertação inaugural intitulada "A Neurasthenia: (apontamentos e opiniões)".[1]

Dedicou a sua vida ao campo das Letras tendo sido jornalista, romancista, poeta, dramaturgo, tradutor, conferencista, autor de uma centena de prefácios de livros.

Dirigiu a revista mensal ilustrada Argus [2] no período de Maio e Julho de 1907 e foi cofundador, juntamente com Ferreira de Castro, da "Civilização - Grande Magazine Mensal" (1928-1937).

Colaborou com alguns periódicos nacionais e estrangeiros como o Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro, A Pátria, Revista de las Españas, etc.

Foi também um cidadão interventivo tendo desempenhado as funções de administrador do concelho da Maia, deputado monárquico pelo distrito do Porto durante a governação de Sidónio Pais e capitão-médico miliciano, nomeado a 19 de Novembro de 1917, no Distrito de Recrutamento n.º 18.

Foi ainda presidente da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Clube dos Girondinos, Grupo dos Modestos e vice-presidente da Associação Médica Lusitana.

Faleceu na sua casa em São Mamede de Infesta a 4 de Dezembro de 1933.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Das obras que publicou destacam-se:

  • Os Lusíadas Anotados e Parafraseados;
  • monografia "Entre Douro-e-Minho" da coleção "Portugal";
  • a biografia de Zé do Telhado;
  • a obra "Saúde e Fraternidade".
  • os romances Miss Esfinge, Camilo Alcoforado e As Duas Paixões de Sabino Arruda

Referências

  1. «A Neurasthenia: (apontamentos e opiniões)». Universidade do Porto. Repositorio-aberto.up.pt 
  2. Helena Roldão (17 de junho de 2014). «Ficha histórica: Argus:revista mensal ilustrada (1907).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Setembro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]