Adriana Varejão
Adriana Varejão | |
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Nascimento | 11 de novembro de 1964 (59 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Alma mater |
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Ocupação | pintora, escultora, desenhista, artista visual |
Prêmios |
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Página oficial | |
http://www.adrianavarejao.net/ | |
Adriana Varejão (Rio de Janeiro, Brasil) é uma artista plástica brasileira contemporânea.
Onde encontrar suas obras[editar | editar código-fonte]
Suas obras encontram-se em coleções de instituições como:
- Metropolitan Museum of Art, Nova York;
- Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York;
- TATE, Londres;
- Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris;
- Instituto Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais;
- Museu de Arte Moderna de São Paulo;
- Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro;
- Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de janeiro;
- Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto;
- Fundación “la Caixa,” Barcelona;
- Stedelijk Museum, Amsterdã;
- Hara Museum, Tóquio.
Exposições institucionais[editar | editar código-fonte]
Entre suas principais exposições institucionais incluem-se:
- “Azulejões,” Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília, Brasil (2001);
- “Chambre d’échos / Câmara de ecos,” Fondation Cartier pour l'art Contemporain, Paris (2005, itinerância para o Centro Cultural de Belém, Lisboa; e DA2, Salamanca, Espanha);
- Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio (2007);
- “Adriana Varejão - Histórias às Margens,” Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil (2012, itinerância para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; e “Adriana Varejão: Historias en los margenes,” Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), Argentina , em 2013);
- “Adriana Varejão,” The Institute of Contemporary Art, Boston (2014);
- “Adriana Varejão: Kindred Spirits,” Dallas Contemporary, Texas, USA (2015);
- "Adriana Varejão: Pele do tempo," Fundação Edson Queiroz, Fortaleza, Brasil (2015)
- “Adriana Varejão – por uma retórica canibal,” Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil (2019, itinerância para o Museu de Arte Moderna Aloízio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil);
- “Otros cuerpos detrás. Adriana Varejão,” Museu Tamayo, México (2019);
- Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas," Pinacoteca de São Paulo, Brasil (2022)
Bienais[editar | editar código-fonte]
A artista participou da:
- V Bienal de Havana, Cuba (1994);
- Johannesburg, South Africa Bienalle (1995);
- Bienal de São Paulo (1994, 1998);
- 12th Biennale of Sydney (2000);
- International Biennial Exhibition, SITE Santa Fe (2004);
- Liverpool Biennial (1999, 2006);
- Bucharest Biennale (2008);
- Istambul Biennial (2011);
- “30x Bienal,” Fundação Bienal de São Paulo (2013);
- Bienal do Mercosul, Brasil (1997, 2005, 2015);
- 1ª Bienal de Arte de Contemporânea de Coimbra, Portugal (2015).
Geral[editar | editar código-fonte]
Adriana Varejão recebeu o Prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea), da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e o Grande Prêmio da Crítica, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), pela exposição “Histórias às margens”, realizada em 2012/13 no MAM SP, MAM Rio e MALBA. Fonte: www.adrianavarejao.net
Participou de diversas exposições nacionais e internacionais, entre elas, na Bienal de São Paulo, Tate Modern em Londres e MoMa em Nova Iorque. Alguns elementos representados com frequência em seu trabalho são os azulejos - desde os azulejos coloniais até os mais ordinários, dos botequins, açougues e hospitais - e as carnes e cortes. Sua obra pode ser vista de forma permanente no pavilhão do Instituto Inhotim, inaugurado em 2008 em Brumadinho, Minas Gerais, e no SESC Guarulhos, São Paulo. A artista está entre as mais bem-sucedidas do circuito mundial.[1]
Vida[editar | editar código-fonte]
Nascida no Rio de Janeiro, Varejão passou parte da infância em Brasília. Em 1981, ingressou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, abandonando-o no ano seguinte. A partir de 1983, estuda nos cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage[2], Rio de Janeiro, e aluga ateliê no bairro do Horto com outros estudantes. Em 1985, viaja para Nova York e tem contato com a pintura do alemão Anselm Kiefer e do americano Philip Guston. Em 1986, recebe o Prêmio Aquisição do 9º Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Artes.[3]
Realizou sua primeira exposição individual em 1989, na U-ABC, Stedelijk Museum[4], Amsterdam, Netherlands; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.[5]
Através da releitura de elementos visuais incorporados à cultura brasileira pela colonização, como a pintura de azulejos portugueses, ou a referência à crueza e agressividade da matéria nos trabalhos com “carne”, a artista discute relações paradoxais entre sensualidade e dor (fetiches), violência e exuberância. Seus trabalhos mais recentes trazem referências voltadas para a arquitetura, inspirada em espaços como açougues, botequins, saunas, piscinas etc, e abordam questões tradicionais da pintura, como cor, textura e perspectiva.[3]
Obra controversa[editar | editar código-fonte]
Em setembro de 2017, a obra Cena de interior II, de 1994, foi uma dos principais alvos da crítica popular que teria motivado o encerramento precoce da exposição Queermuseu, organizada pela Fundação Santander Cultural, na cidade de Porto Alegre.
A obra foi acusada de apologia à zoofilia ao retratar duas figuras masculinas indistintas com uma cabra; Adriana Varejão, ressalta que "busca jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas" e que Cenas do Interior II é "uma obra adulta feita para adultos".[6]
Esta é uma obra adulta feita para adultos. A pintura é uma compilação de práticas sexuais existentes, algumas históricas (como as shungas, clássicas imagens eróticas da arte popular japonesa) e outras baseadas em narrativas literárias ou coletadas em viagens pelo Brasil. O trabalho não visa julgar essas práticas. Como artista, apenas busco jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas. É um aspecto do meu trabalho, a reflexão adulta.— Adriana Varejão[6]
A explicação foi compreendida pelos críticos, mas o que gerou revolta foi justamente o fato de menores de idade terem acesso à obra que, como a própria artista disse, foi criada para adultos.
Exposições Individuais[editar | editar código-fonte]
- 2012 – Adriana Varejão, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
- 2011 – Victoria Miro Gallery, London, UK
- 2009 – Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil
Lehmann Maupin Gallery, New York, USA
- 2008 – Centro de Arte Contemporânea Inhotim, Minas Gerais, Brasil
Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
- 2007 – Hara Museum, Tokyo, Japan
- 2006 – Fotografia como Pintura, Sesc Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
- 2005 – Chambre d"échos/Câmara de Ecos, Fondation Cartier Pour L´Art Contemporain, Paris, France
Centro Cultural de Belém, Lisboa, Portugal DA2 – Domus Artium 2002 Salamanca, Spain Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil
- 2004 – Saunas, Victoria Miro Gallery, London, UK
- 2003 – Lehmann Maupin Gallery, New York, USA
- 2002 – Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil
Galeria Soledad Lorenzo, Madrid, Spain Victoria Miro Gallery, London, UK
- 2001 – Azulejões, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro , Brasil
Azulejões, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Galeria Pedro Oliveira, Porto, Portugal
- 2000 – Azulejões e Charques, Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, Brasil
Bildmuseet, Umea, Sweden Borås Konstmuseum, Borås, Sweden Lehmann Maupin Gallery, New York, USA
- 1999 – Alegria, Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, Brasil
- 1998 – Trading Images, Pavilhão Branco, Instituto de Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal
Galeria Soledad Lorenzo, Madrid, Spain
- 1997 – Galeria Ghislaine Hussenot, Paris, France
- 1996 – Galeria Barbara Farber, Amsterdam, Netherlands
Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, Brasil
- 1995 – Annina Nosei Gallery, New York, USA
- 1993 – Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil
- 1992 – Galeria Barbara Farber, Amsterdam, Netherlands
Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil
- 1991 – Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil
- 1988 – Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil
Prêmios[editar | editar código-fonte]
- 2013, Prêmio Mario Pedrosa, Associação Brasileira de Críticos de Arte[7] e Grande Prêmio da Crítica, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
- 1986, Prêmio Aquisição do 9º Salão Nacional de Artes Plásticas[3]
Referências
- ↑ Zylberkan, Mariana. Livro mapeia a nova geração de pintores brasileiros e sua busca pela reinvenção do uso da imagem, Veja onine, 15/04/2012.[ligação inativa]
- ↑ «Arte visceral de Adriana Varejao»
- ↑ a b c «Adriana Varejão». Itaú Cultural. 23 de março de 2017. Consultado em 12 de setembro de 2017
- ↑ Grrr.nl. «Anjo em pedaços - Adriana Varejão». www.stedelijk.nl (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2018
- ↑ Currículo de Adriana Varejão, Fortes D'Aloia & Gabriel
- ↑ a b Gustavo Foster (11 de setembro de 2017). «"Queermuseu": quais são e o que representam as obras que causaram o fechamento da exposição». Zero Hora. Consultado em 12 de setembro de 2017
- ↑ AE, Agência Estado (23 Abril 2013). «ABCA divulga prêmios para críticos e artistas». Estadão. Consultado em 12 de setembro de 2017
- Adriana Varejão: Entre Carnes e Mares, Editora Cobogá Molina, Camila (30 de abril de 2010). «Adriana Varejão e sua Ficção visual». O Estado de S. Paulo. p. D9, Caderno 2.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]