Albino Mamede Cleto
Albino Mamede Cleto | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Bispo de Coimbra | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Coimbra |
Nomeação | 14 de março de 2001 |
Predecessor | João Alves |
Sucessor | Virgílio do Nascimento Antunes |
Mandato | 2001 — 2011 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 15 de agosto de 1959 |
Nomeação episcopal | 6 de dezembro de 1982 |
Ordenação episcopal | 22 de janeiro de 1983 Mosteiro dos Jerónimos por António Cardeal Ribeiro |
Dados pessoais | |
Nascimento | Manteigas 3 de março de 1935 |
Morte | Coimbra 15 de junho de 2012 (77 anos) |
Nacionalidade | português |
Habilitação académica | Licenciatura em Românicas pela Universidade de Lisboa |
Funções exercidas | -Bispo auxiliar de Lisboa (1982-1997) -Bispo coadjutor de Coimbra (1997-2001) |
Títulos anteriores | Bispo Titular de Elvira (1982-1997) |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Albino Mamede Cleto (Manteigas, 3 de Março de 1935 — Coimbra, 15 de Junho de 2012) foi um bispo católico português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Frequentou o seminário do Patriarcado de Lisboa, diocese onde foi ordenado presbítero a 15 de Agosto de 1959. Licenciou-se em Românicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi professor ocasional na Universidade Católica de Lisboa, onde leccionou Línguas e Literatura.
No Patriarcado de Lisboa fez parte da equipa formadora do Seminário de Almada como prefeito de estudos e Vice-Reitor, presidiu à Comissão Administrativa do Santuário de Cristo-Rei, foi pároco da Paróquia da Estrela e membro da Comissão Diocesana de Arte Sacra do Patriarcado.
Foi nomeado bispo-auxiliar de Lisboa a 6 de Dezembro de 1982, com o título de Elvira pelo Papa João Paulo II. A sua ordenação espiscopal decorreu a 22 de Janeiro de 1983 no Mosteiro dos Jerónimos onde foi ordenado por D. António Ribeiro, cardeal-patriarca de Lisboa, por D. João Alves, bispo de Coimbra e por D. José da Cruz Policarpo, bispo-auxiliar de Lisboa. A 29 de Outubro de 1997 foi nomeado Bispo-coadjutor de Coimbra, onde tomou posse a 11 de Janeiro de 1998 e assumiu o governo da Diocese de Coimbra e 29.º Conde de Arganil de juro e herdade a 14 de Março de 2001 por resignação de D. João Alves.
D. Albino Cleto foi também presidente da Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja e vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Aos 28 de Abril de 2011 teve a sua renúncia aceite, por limite de idade, por Sua Santidade o Papa Bento XVI[1]. Desde essa data foi Administrador Apostólico da diocese de Coimbra e a partir de 10 de Julho de 2011 tornou-se Bispo Emérito da diocese de Coimbra. Continuou a exercer o seu cargo de vogal na Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade.
Faleceu a 15 de Junho de 2012 nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Exéquias e Beatificação de Lúcia de Jesus [editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]
Presidiu à celebração das exéquias, realizadas na Sé Nova de Coimbra, o Santo Padre João Paulo II, representado pelo seu Enviado Especial o Cardeal Tarcício Bertone, arcebispo de Génova (Itália). Mensagem de Sua Santidade o Papa João Paulo II para o funeral da Irmã Lúcia, enviada ao Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, e lida durante a cerimónia funebre pelo Cardeal Bertone:
«Ao venerável Irmão Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra
Com profunda emoção tomei conhecimento que a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, com 97 anos de idade, foi chamada pelo Pai celestial para a mansão eterna do Céu. Ela assim atingiu a meta para a qual sempre aspirou na oração e no silêncio do convento.
A liturgia destes dias lembrou-nos que a morte é a comum herança dos filhos de Adão mas, ao mesmo tempo, deu-nos a certeza de que Jesus, com o sacrifício da cruz, abriu-nos as portas à vida imortal. Estas certezas da fé nós as recordamos, no momento em que damos nossa derradeira saudação a esta humilde e devota carmelita, que consagrou sua vida a Cristo, Salvador do mundo.
A visita da Virgem Maria que a pequena Lúcia recebeu em Fátima, junto aos seus primos Francisco e Jacinta em 1917, foi para ela o início de uma singular missão à qual se manteve fiel até o fim dos seus dias. A Irmã Lúcia deixa-nos um exemplo de grande fidelidade ao Senhor e de gozosa adesão à sua divina vontade.
Lembro com emoção os vários encontros que tive com ela e os vínculos de amizade espiritual que ao longo do tempo foram-se intensificando. Sempre me senti amparado pela oferta quotidiana da sua oração, especialmente nos duros momentos de provação e de sofrimento. Que o Senhor a recompense amplamente pelo grande e escondido serviço que prestou à Igreja.
Apraz-me pensar que para acolher a Irmã Lúcia, na sua piedosa passagem desta terra para o Céu, tenha sido precisamente Aquela que ela viu em Fátima, já faz tantos anos. Queira agora a Virgem Santíssima acompanhar a alma desta sua devota filha ao bem-aventurado encontro com o Esposo divino.
Confio-lhe, Venerável Irmão, a tarefa de assegurar às religiosas do Carmelo de Coimbra a minha proximidade espiritual, ao conceder, penhor de consolação neste momento da separação, uma afectuosa Benção, extensiva aos familiares, a Vós, ao Cardeal Tarcisio Bertone, meu enviado especial, e a todos os participantes ao sagrado rito de sufrágio.
Vaticano, 14 de Fevereiro de 2005,
A 13 de fevereiro de 2008, o Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, por ocasião do aniversário da morte da “vidente de Fátima”, tornou público que o Papa Bento XVI, atendendo ao pedido do Bispo Albino Mamede Cleto, de Coimbra, compartilhado com numerosos Bispos e fiéis do mundo, autorizou, excecionando as normas do Direito Canónico (art. 9 das Normae servandae), o início da fase diocesana da causa da sua beatificação, transcorridos apenas três anos da sua morte, antecipando assim o processo, já que o normal é que passem pelo menos 5 anos após a morte.
A fase diocesana do processo foi aberta em 30 de abril de 2008 por D. Albino Cleto, então Bispo de Coimbra. O solene encerramento dessa etapa ocorreu a 13 de fevereiro de 2017.
Em outubro de 2022, o processo de beatificação e canonização da religiosa tem um desenvolvimento importante, com a entrega, no Vaticano, do documento sobre as virtudes heróicas.
No ato de entrega da Positio Super Vita, Virtutibus et Fama Sanctitatis (sobre a vida, virtudes e fama de santidade), em Roma, estiveram presentes o Cardeal Marcello Semeraro; o postulador geral da causa de canonização, Padre Marco Chiesa; a vice-postuladora, Irmã Ângela de Fátima Coelho; o relator, monsenhor Maurizio Tagliaferri; e a Irmã Filipa Pereira. Este documento foi analisado por um conjunto de nove teólogos que emitiram o seu parecer favorável sobre a prática das virtudes em grau heróico.
A 22 de junho de 2023, o Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” da religiosa, após uma audiência concedida ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, passo necessário para a beatificação.
Atualmente, Lúcia é considerada Venerável.
Referências
- ↑ [1][ligação inativa], Rinunce e Nomine, 28.04.2011
- ↑ Fátima, Santuário de. «Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado – Descanse em Paz»
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Precedido por Onofre Cândido Rosa |
Bispo-titular de Elvira 1982 — 1997 |
Sucedido por Gílio Felício |
Precedido por João Alves |
Bispo de Coimbra 2001 — 2011 |
Sucedido por Virgílio do Nascimento Antunes |