Amazaspes Mamicônio (mestre dos soldados)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Amazaspes Mamicônio. Para outros significados, veja Amazaspes.
Amazaspes Mamicônio
Nacionalidade Armênio
Progenitores Pai: Bardas Mamicônio
Ocupação General
Título

Amazaspes Mamicônio (em latim: Amazaspes; em grego: Αμαζάσπες; romaniz.: Amazáspes; em armênio: Համազասպ; romaniz.: Hamazasp) foi um oficial armênio do século VI.

Nome[editar | editar código-fonte]

Amazaspes é a variante latina e grega (Αμαζάσπες) do persa médio Hamazaspe (*Hamazāsp) que, em última análise, deriva do persa antigo Hamāzāspa. Embora a etimologia precisa de *Hamazāsp/Hamāzāspa permaneça sem solução, pode ser explicada através do avéstico *hamāza-, "colisão/confronto" + aspa-, "cavalo", ou seja, "aquele que possuía corcéis de guerra". Foi registrado em armênio (Համազասպ) e georgiano (ამაზასპ) como Hamazaspe (Hamazasp) e também foi latinizado e helenizado como Amazaspo (Amazaspus; Αμαζασπος).[1][2][3]

Vida[editar | editar código-fonte]

Soldo de Justiniano (r. 527–565)

Amazaspes era sobrinho de Simeão Mamicônio e, segundo Christian Settipani e Cyril Toumanoff, filho de Bardas Mamicônio. Após a morte de seu tio (talvez em 530/1) recebeu as vilas que a ele tinham sido concedidas pelo imperador Justiniano I (r. 527–565) e tornar-se-ia governador da Armênia bizantina, quiçá como consular da Armênia Magna (consularis armeniae magnae).[4] Settipani e Toumanoff mencionam-no como mestre dos soldados da Armênia (magister militum per Armeniam).[5][6] Depois foi morto, com aprovação imperial, por seu amigo íntimo Acácio, que afirmou ao imperador que Amazaspes pretendia render Teodosiópolis e outras fortalezas aos persas. Foi sucedido como governador da Armênia por Acácio.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Desconhecido
Governador da Armênia
531/6
Sucedido por
Acácio

Referências

  1. Fausto, o Bizantino 1989, p. 378.
  2. Rapp 2009, p. 660.
  3. Rapp 2014, p. 164, 224.
  4. a b Martindale 1992, p. 54.
  5. Settipani 2006, p. 133-138.
  6. Toumanoff 1990, p. 331.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Martindale, John Robert; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Rapp, Stephen H. (2009). «The Iranian Heritage of Georgia: Breathing New Life into the Pre-Bagratid Historiographical Tradition». Iranica Antiqua. 44. doi:10.2143/IA.44.0.2034389 
  • Rapp, Stephen H. Jr (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-4724-2552-2 
  • Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8 
  • Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila