António Bota Filipe

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António Bota Filipe
Nome completo António Bota Filipe Viegas
Dados pessoais
Nascimento 17 de Dezembro de 1930

Almancil, Loulé
Portugal Portugal
Morte 25 de Maio de 2020
Vida militar
País Portugal
Hierarquia Coronel

António Bota Filipe Viegas (Almancil, Loulé, 17 de Dezembro de 1930 - 25 de Maio de 2020) foi um militar e artista plástico português. Destacou-se principalmente pela criação do Centro de Arte Contemporânea Zefa em Almancil.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Vale de Éguas, na freguesia de Almancil, no concelho de Loulé, em 17 de Dezembro de 1930.[2] Frequentou a escola primária em Almancil, e depois a Escola Comercial de Faro e o Instituto Comercial de Lisboa.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Posteriormente integrou-se na Academia Militar, onde recebeu a graduação de oficial.[2] Posteriormente foi colocado na Administração Militar, onde trabalhou principalmente no apoio logístico, em termos de alimentação, finanças e economia.[2] Durante a Guerra Colonial, fez parte de várias missões de combate, tendo concluído três comissões de serviço, das quais duas foram em Moçambique e uma em Timor.[2] Atingiu a patente de coronel.[3]

Segundo o próprio, terá sido durante a sua estada em Timor que despontou a sua criatividade, embora só tenha começado a sua carreira como artista após a reforma do exército.[2] Assim, estudou as artes da pintura, desenho, gravura, cerâmica e escultura no Instituto de Arte, Decoração e Design e no Ar.Co - Centro de Arte & Comunicação Visual, em Lisboa, durante a Década de 1980.[2] Em 1991, esteve na cidade de São Paulo como bolseiro, e no ano seguinte exerceu como professor convidado no Centro de Arte & Comunicação Visual.[2] Em 1993 António Bota Filipe e a sua esposa, Cândida Paz,[3] fundaram o Centro de Arte Contemporânea Zefa, em homenagem da sua avó Josefa, proprietária original do terreno, no sítio das Pereiras, em Almancil.[1] Porém, devido à falta de recursos financeiros, empreendeu por sua conta a construção do centro, que só foi concluído em 1999.[3] O complexo do centro consistia num parque de exposições com três hectares, e incluía três edifícios, um dos quais a residência dos proprietários.[1] O programa do Centro incluiu a organização de várias exposições gratuitas onde também participaram outros artistas, tendo sido a base para uma curta metragem e uma tese de mestrado.[2] Como pintor, também se destacam as suas várias obras para o Morgado de Salir.[2]

Colaborou para a instalação do calçadão de Quarteira, tendo elaborado os desenhos que foram depois aplicados na calçada.[2] Em 2007, ingressou num curso de Artes e Programação Cultural, no Instituto Universitário D. Afonso III, em Loulé.[2] Em Junho de 2012, foi um dos artistas convidados para a exposição Dimensão Love Lagos, no Centro Cultural de Lagos.[4]

Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 25 de Maio de 2020.[2] Na sequência da sua morte, a Câmara Municipal de Loulé emitiu uma nota de pesar, onde realçou a sua carreira artística.[5]

Referências

  1. a b c «Modo singular de ver a arte em Almancil». Barlavento. 14 de Junho de 2006. Consultado em 11 de Junho de 2020 
  2. a b c d e f g h i j k l m «Nota de pesar pelo falecimento do Coronel Bota Filipe». Câmara Municipal de Loulé. 29 de Maio de 2020. Consultado em 11 de Junho de 2020 
  3. a b c «Último adeus a Bota Filipe, criador do ZEFA em Almancil». Barlavento. 11 de Junho de 2020. Consultado em 11 de Junho de 2020 
  4. «'Dimensão Love Lagos' evoca Descobrimentos». Correio da Manhã. 8 de Junho de 2012. Consultado em 11 de Junho de 2020 
  5. «Câmara de Loulé emite nota de pesar pelo falecimento do Coronel Bota Filipe». Diário Online / Região Sul. 29 de Maio de 2020. Consultado em 11 de Junho de 2020 


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