Maria Gil

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Maria Gil
Maria Gil
Nascimento 26 de março de 1972 (52 anos)
Porto
Cidadania Portugal
Etnia Romani
Filho(a)(s) Salvador Gil, Vicente Gil
Ocupação atriz, roteirista, ativista

Maria Gil, também conhecida por Maria da Fronteira (Porto, 1972), é uma atriz e ativista cigana, sendo uma referência na promoção do movimento feminista das mulheres ciganas em Portugal.[1][2][3][4]

Percurso[editar | editar código-fonte]

Maria Gil já foi feirante e empregada de balcão, fez teatro comunitário e teatro do oprimido.[2]

O seu ativismo é sobretudo feito através do teatro. Atualmente, é membro da Associação Saber Compreender e atriz no Coletivo PELE.[3][5]

Em julho de 2013, foi uma das oradoras convidadas do I Encontro Intercultural Rumo à Inclusão, promovido pelo projeto O Rumo Certo, que teve lugar na Biblioteca Municipal de Tomar, onde abordou o tema Desafios da Inclusão.[6]

Em 2016, foi uma das caras da campanha nacional contra a discriminação de ciganos da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal) — a maior rede europeia de redes nacionais, regionais e locais de ONGs, bem como de Organizações Europeias ativas na luta contra a pobreza[7]. Esta campanha, denominada A Discriminação é Falta de Educação, pretendia mostrar sete mensagens emitidas por sete cidadãos de etnia cigana que trabalham ou estudam com o intuito de quebrar mitos e representações negativas. O vídeo mostra, entre outros, que Bruno Oliveira é assistente operacional hospitalar, Maria Gil é actriz, Carlos Miguel é secretário de Estado e Damaris Maia é estudante de bioquímica.[8][9]

Em 2017, surgiu um movimento liderado por Maria Gil que vem conquistando voz, cuja ideia central é “mulheres e ciganas”, que “existem e resistem”.[10] Esta tornou-se numa das frases mais emblemáticas do movimento feminista cigano, desde que Maria Gil a ergueu num cartaz, numa manifestação que teve lugar no Porto em Maio desse ano.[11]

Em abril de 2018, participou no Festival Política, no debate Que papel para as comunidades ciganas?, moderado pelo jornalista Pedro Santos, juntamente com outras duas mulheres ciganas: Cátia Montes, activista, estudante de Educação Social e bombeira voluntária, e Toya Prudêncio, activista, estudante, considerada Cigana do Ano pela Associação Letras Nómadas em 2017. O debate foi emitido em directo pelo Fumaça.[12][5]

Maria Gil foi também uma das figuras associadas ao projeto Singular do Plural: 20 – profissões, pessoas, ciganos e ciganas, promovido pela EAPN Portugal que, em 2019, promoveu uma exposição, no Museu Alberto Sampaio (Guimarães) com 40 fotografias de rostos de pessoas de referência da comunidade, com o objectivo de influenciar a imagem social sobre as comunidades ciganas, contribuindo para um melhor conhecimento sobre estas e para a construção de uma sociedade mais inclusiva.[13]

Em abril de 2019, Maria Gil foi uma das oradoras da sessão aberta de ciberjornalismo, junto com a jornalista Ana Cristina Pereira, a investigadora Maria José Casa-Nova, a psicóloga Paula Allen, e a mediadora cigana Élia Maia no âmbito de uma reflexão sobre a representação das comunidades ciganas na esfera pública feita pelos finalistas de Jornalismo da Universidade Lusófona do Porto, inserida na unidade curricular de Ciberjornalismo.[14]

Em julho de 2019, Maria Gil foi entrevistada por Daniel Oliveira para o seu projecto jornalístico independente Perguntar Não Ofende.[15]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rede40Mulheres. «Guiomar Sousa: "Temos uma história de tanta perseguição, mesmo em Portugal, na habitação, no mercado de trabalho, nas escolas…" – 40 anos, 40 mulheres» (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020 
  2. a b Miranda, Ana Cristina Pereira, Adriano. «As mulheres ciganas estão a fazer a sua pequena revolução». PÚBLICO. Consultado em 27 de julho de 2020 
  3. a b «MARIA GIL». Saber Compreender. Consultado em 27 de julho de 2020 
  4. Oliveira, Daniel (20 de julho de 2019). «Maria da Fronteira». Expresso (Semanário) (02438): 33 
  5. a b «Que papel para as comunidades ciganas? – Festival Politica» (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020 
  6. «I Encontro Intercultural "Rumo" à Inclusão promovido pelo projeto (Tomar) o Rumo Certo». www.programaescolhas.pt. Consultado em 27 de julho de 2020 
  7. Comunicação (www.bizview.pt), Bizview-Sistemas e. «Quem Somos • EAPN». EAPN. Consultado em 27 de julho de 2020 
  8. «Rede Anti-Pobreza lança campanha nacional contra discriminação de ciganos – Observatório - Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa». observatorio-lisboa.eapn.pt. Consultado em 27 de julho de 2020 
  9. Studio (http://tpwd.pt), TPWD™, Web Design. «Sabia que a partir de hoje discriminação passa a ser falta de educação?». FOCUSSOCIAL. Consultado em 27 de julho de 2020 
  10. «Ciganofobia em Portugal». urbi.ubi.pt. Consultado em 27 de julho de 2020 
  11. s.r.o, RECO. «Maria Gil: "Ainda há muitas vozes por ouvir"». Vogue.pt (em eslovaco). Consultado em 27 de julho de 2020 
  12. «Debate - Que papel para as comunidades ciganas?». Fumaça. 21 de abril de 2018. Consultado em 27 de julho de 2020 
  13. vmtvadmin (21 de maio de 2019). «Museu Alberto Sampaio recebe exposição da Rede Europeia Anti-Pobreza». Vieiradominho.tv 
  14. «Ciberjornalismo - Onde está a voz das comunidades ciganas nos média?». www.ulp.pt. Consultado em 27 de julho de 2020 
  15. «Maria Gil: "Os ciganos são inassimiláveis?"». Perguntar Não Ofende. Consultado em 9 de abril de 2021 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]