Morito Morishima

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Morito Morishima
Nascimento 16 de fevereiro de 1896
Kanazawa
Morte 17 de fevereiro de 1975
Cidadania Japão
Alma mater
Ocupação político

Morito Morishima (森島守人 Morishima Morito?) (Kanazawa, 16 de Fevereiro de 189617 de Fevereiro de 1975) foi um diplomata e político japonês, embaixador do Japão em Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho primogénito de um médico, Hiko Morishima e de sua mulher, iniciou os estudos em Kanazawa, frequentou o ensino secundário na Dai'ichi Kōtō Gakkō, em Tóquio, e formou-se em Direito, em 1919, pela Universidade Imperial de Tóquio. Ingressou, no mesmo ano, no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

De 1928 a 1935, exerceu as funções de cônsul-general em Mukden e Harbin. Entre 1935 e 1937, foi primeiro secretário na Embaixada do Japão na Alemanha. Em Abril de 1937 ocupou o cargo de director-geral do Gabinete da Ásia Oriental no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Tóquio e, no mês seguinte, foi conselheiro na Embaixada em Pequim e Xangai. De 1937 a 1939 foi Conselheiro na Embaixada do Japão em Washington, e, entre 1939 e 1942, foi cônsul-geral do Japão em Nova Iorque. De Setembro de 1942 até Janeiro de 1946 foi embaixador do Japão em Lisboa, no período em que Timor-Leste esteve ocupado por tropas japonesas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Regressou ao Japão em Abril de 1946 e demitiu-se do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em 1955 foi eleito deputado pelo Partido Socialista do Japão à Câmara dos Representantes e cumpriu três mandatos. Como membro do Partido Socialista do Japão, foi secretário-geral da Secretaria Internacional do Partido, director do departamento de Delegações e director do Conselho Político dos Negócios Estrangeiros.

Após a Segunda Guerra Mundial, o governo japonês incentivou os seus diplomatas a escreverem as suas memórias e, tal como muitos outros, Morishima Morito passou a escrito as experiências por que passou desde a Manchúria até ao final da guerra.

Divididas em dois volumes, estas memórias são a todos os níveis espantosas, pois reflectem o pensamento lúcido de um homem que sabia que o seu país caminhava para o abismo, que criticava o regime militar que governava o Japão mas que, como diplomata e patriota, continuava a cumprir as orientações, e de um pacifista que, no final das suas memórias, apresenta um esboço daquilo que considera ser a política externa que o Japão deverá seguir.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Conspiração, assassínio, sabre – memórias de um diplomata (陰謀・暗殺・軍刀 – 一外交官の回想?) Iwanami Shoten, 1950
  • Pearl Harbor, Lisboa, Tóquio – memórias de um diplomata (真珠湾・リスボン・東京 - 続一外交官の回想?) Iwanami Shoten, 1950 (traduzido para português: Ad Literam, 2017).

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Morishima, Morito. Pearl Harbor, Lisboa, Tóquio – memórias de um diplomata. Ad Literam, 2017. ISBN 9789729575990.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]