Operação Research

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Operação Research é uma operação policial brasileira deflagrada pela Polícia Federal em 15 de fevereiro de 2017 que, em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (CGU), com o objetivo de apurar a prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná. O alvo da investigação, de acordo com a PF, são repasses, entre 2013 e 2016, irregulares de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição. O nome da operação é uma referencia ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas pelos contemplados.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

1ª fase - Em 15 de fevereiro de 2017 foi realizada sua primeira fase. Para cumprir os mandados expedidos pela Justiça Federal do Paraná, cerca de 180 policiais federais, seis servidores da CGU e quatro dos quadros do TCU estiveram nas ruas. Foram cumpridos 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A investigação conjunta reuniu, segundo a PF, indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos a título de Auxílio a Pesquisadores, Bolsas de Estudo no País e Bolsas de Estudos no Exterior a diversas pessoas desprovidas de regular vínculo de professor, servidor ou aluno da Universidade Federal do Paraná. Dois funcionários públicos federais estariam envolvidos nas fraudes e tiveram suas prisões cautelares decretadas. Os investigados alvos de condução coercitiva foram levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os presos encontrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro serão levados a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. [2]

2ª fase - Em 3 de março de 2017, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da operação. Segundo as investigações, eram feitos pagamentos sistemáticos, mensalmente, a pessoas que não têm qualquer vínculo com a UFPR, seja como professores, servidores ou alunos. Foi constado que a maioria sequer possuia curso superior, tendo sido verificado que a maioria possui profissões como cabeleireiro, motorista de caminhão, cozinheiro e outras atividades que não exigem qualificação superior. Cerca de 50 policiais federais, além de servidores do TCU e da CGU, cumpriram 19 mandados judiciais em cidades de quatro estados: Curitiba, no Paraná; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; Sorocaba, em São Paulo; e Erechim, no Rio Grande do Sul. Os mandados foram referentes a busca e apreensão, prisão temporária e condução coercitiva. [3]

3ª fase - Em 31 de março de 2017 a PF deflagrou a terceira fase da operação. Em nota, informou que 48 policiais federais e auditores dos dois órgãos de controle cumpriram 19 mandados de condução coercitiva e um mandado de busca e apreensão. A operação aconteceu nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais (PR), Campo Grande, Corumbá (MS) e Natal, capital do Rio Grande do Norte teve como objetivo o rastreamento do destino dos recursos públicos creditados nas contas dos falsos bolsistas, identificando outros possíveis beneficiários. [4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Luiz, Edson. «Corrupção à la carte». Eder Content / UOL Notícias. Consultado em 14 de Outubro de 2017 
  2. «Operação Research investiga fraudes em bolsas de estudo da Federal do Paraná». EM. EM online. 15 de fevereiro de 2017. Consultado em 31 de março de 2017 
  3. «PF deflagra 2ª fase da operação que apura desvios de recursos na UFPR». G1. Globo online. 3 de março de 2017. Consultado em 31 de março de 2017 
  4. «PF cumpre 20 mandados na 3ª fase da Operação Research». Abril. Exame online. 31 de março de 2017. Consultado em 31 de março de 2017