Quickshifter

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Sensor mecânico do quickshifter

O Quickshifter (ou sistema de troca rápida de marchas), é um dispositivo que permite a troca de marcha sem a utilização da embreagem[1], em câmbios de engate rapido[2], esses normalmente presentes em motocicletas[3]. O dispositivo aprimora a troca de marchas, tornando ela mais suave e eficiente. Esses efeitos são causados pela troca de marcha mais sincronizada, diminuindo o desgaste da Caixa de câmbio e, também, diminuindo a chance de não engatar a marcha, e é mais eficiente, pois, aumenta a aceleração, diminuindo o tempo de troca de marchas, sendo equivalente a 50 milissegundos[4], visto que não será necessário acionar a embreagem e aliviar o acelerador no momento do câmbio de marcha. O quickshifter comum, é possível apenas aumentar as marchas.

Como funciona[editar | editar código-fonte]

Um sistema de câmbio normal para funcionar corretamente deve-se acionar a Embraiagem no momento da troca, para desacoplar o câmbio do sistema de transmissão, e aliviar o acelerador, para que a rotação do motor diminua e as engrenagens do câmbio se acoplem mais suavemente[2]. O quickshifter é o sistema que exclui a necessidade realizar esses procedimentos. Ao perceber que o piloto está trocando de marcha o quickshifter realiza um corte no acionamento do sistema de ignição e/ou no sistema de injeção de combustível do motor, durante alguns milissegundos, diminuindo a carga no câmbio e a rotação do motor, sendo possível trocar de marcha.

Sensor[editar | editar código-fonte]

Atualmente, há dois tipos de sensores para quickshifter, um eletromecânico e o outro um sensor Extensômetro. Os sensores eletromecânicos funcionam como uma chave, ao pressionar o pedal há um pequeno movimento no sensor, fechando o circuito e acionando o quickshifter. O sensor Extensômetro capta torção ou vibração exercida no pedal do câmbio, e pela variação de tensão causado no sensor[5], aciona o sistema.

Microcontrolador[editar | editar código-fonte]

O dispositivo utiliza um Microcontrolador, seja ele a UCE(Unidade de comando eletrônico) da motocicleta, em quickshifters instalados de fábrica, ou um controlador externo. Com ele é possível configurar o tempo de corte de ignição do motor em milésimos de segundos, devido a alta velocidade de atualização.

Redução de carga no câmbio[editar | editar código-fonte]

Ao realizar o corte na ignição, o motor não queima o combustível por alguns milissegundos, por tanto o motor “apaga”, como se tivesse apertado a embreagem[3]. Com isso, não é necessário aliviar o acelerador, pois o motor não vai acelerar, e nem apertar a embreagem, pois diminuirá a força no engate das engrenagens do câmbio.

Quickshifter Bidirecional[editar | editar código-fonte]

Com o bidirecional, é possível aumentar e diminuir as marchas do veículo. Porém, para diminuir a marcha é necessário realizar o procedimento de Punta-taco, onde o câmbio está recebendo apenas a energia de inércia do veículo, sendo ela contrária a do motor[6]. Então, para diminuir a macha será necessário aumentar a rotação do câmbio, diminuindo a carga exercida pela inercia e sendo possível realizar a diminuição da marcha. Portanto, será necessário que o veículo possua acelerador eletrônico[7] para que a troca seja precisa e que o piloto não realize a aceleração.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Como funciona o "quickshifter" nas motocicletas?. Consultado em 12 de agosto de 2021.
  2. a b «Câmbio da moto, como funciona». Motonline. 8 de janeiro de 2014. Consultado em 12 de agosto de 2021 
  3. a b REZENDE, V. H. A. Automatização de troca de marcha para carro de Fórmula SAE(2017). Consultado em 12 de agosto de 2021
  4. «O que é Quick Shifter das Marchas? Ganha Aceleração? | Portal Auto». portalauto.com.br. Consultado em 12 de agosto de 2021 
  5. «Extensômetria (Strain Gauge) – O que é? Quando utilizar?». Ensus. 14 de março de 2016. Consultado em 12 de agosto de 2021 
  6. «Desmistificando o punta-taco: saiba mais sobre essa manobra». Terra. Consultado em 12 de agosto de 2021 
  7. «Entenda a função do acelerador eletrônico». WIDMEN. 30 de dezembro de 2015. Consultado em 12 de agosto de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]