Ramal de Mangaratiba (Estrada de Ferro Central do Brasil)
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Ramal de Mangaratiba (Estrada de Ferro Central do Brasil) | |
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Vista da ponte ferroviária da Ilha Guaíba com uma composição de minério ferro, da MRS Logística. | |
Informações principais | |
EF | EF-474[1] |
Área de operação | Rio de Janeiro |
Tempo de operação | 1878–Presente |
Operadora | MRS Logística (transporte de cargas) SuperVia (transporte de passageiros) |
Interconexão Ferroviária | Linha do Centro Linha Santa Cruz Variante Japeri-Mangaratiba (RFFSA) |
Portos Atendidos | Terminal Ilha Guaíba Porto de Itaguaí |
Especificações da ferrovia | |
Extensão | 81,1 km (50,4 mi) |
Bitola | bitola irlandesa 1 600 mm (5,25 ft) |
O Ramal de Mangaratiba da Estrada de Ferro Central do Brasil é uma ferrovia brasileira, em bitola larga, que liga a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Mangaratiba (RJ). O ramal parte da Linha do Centro na Estação Deodoro, atravessa toda a região do Zona Oeste do Rio de Janeiro, Itaguaí, até chegar a Mangaratiba, na Ilha Guaíba. Na ilha há um grande terminal portuário e ferroviário para transporte de minério de ferro, pertencente à Vale S.A.[2]
Atualmente a ferrovia é operada pela MRS Logística entre a Estação Brisamar, em Itaguaí e a Ilha Guaíba em Mangaratiba. Já o trecho inicial da linha entre a estação Estação Deodoro e a Estação Santa Cruz, está sob administração da SuperVia, nos trens metropolitanos de passageiros.
História[editar | editar código-fonte]
O Ramal de Mangaratiba, foi inaugurado em 1878, partindo da Estação de Sapopemba (atual Estação Deodoro) até o distante subúrbio de Santa Cruz. Em 1911, foi prolongado até Itaguaí e em 1914 chegou a Mangaratiba.
Inicialmente era chamado de Ramal de Angra, pois pelo projeto original, deveria ser prolongado até alcançar Angra dos Reis, onde em 1928, a Estrada de Ferro Oeste de Minas havia chegado com a linha vinda de Barra Mansa (RJ), mas isto nunca aconteceu.
Em 1973, foi construída pela RFFSA, uma variante que partia da Estação Japeri, na Linha do Centro, e seguia até a parada de Brisamar, se conectando com o Ramal de Mangaratiba. Esta variante desviou o fluxo de trens de minério com destino aos portos, da área mais adensada da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Por conta disso, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar acabou sendo utilizado somente pelos trens de passageiros de médio percurso destinados a Mangaratiba, já que os trens de subúrbio, circulavam somente entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam, por ser o ponto final da tração elétrica.[3][4]
Ainda em 1973, foi construído na Ilha Guaíba, um grande terminal marítimo para embarque de minério de ferro em navios. Uma ponte ferroviária com 1.705m de extensão, liga a área continental de Mangaratiba à Ilha Guaíba, onde há viradores de vagões para descarregar os longos trens de minério.
No início da década de 1980, o trecho original do ramal que se destinava à região central de Mangaratiba acabou desativado, juntamente com os trens de médio percurso que trafegavam por toda a linha, mantendo-se somente a operação local dos cargueiros destinados aos portos de Itaguaí e de Guaíba. Nesse meio tempo, a CBTU ainda disponibilizou trens de subúrbio que realizavam a curta ligação de passageiros num dos trechos iniciais do ramal, entre as estações de Santa Cruz e de Itaguaí. Com o fim da operação dos trens em 1990, o trecho acabou caindo em desuso.[5]
Na década de 1990, cogitou-se uma duplicação do trecho entre Santa Cruz e Itaguaí pela CBTU, visando atender ao polo petroquímico daquela cidade, mas isto nunca aconteceu.[6]
Operação[editar | editar código-fonte]
Em 1996, o Ramal de Mangaratiba, juntamente com a Linha do Centro, foi concedida para a empresa MRS Logística, pela RFFSA. O ramal transporta grande volume de minério de ferro vindo de Minas Gerais, via Ferrovia do Aço, para os portos de Itaguaí e para o Terminal da Ilha Guaíba (TIG), pertencente a Vale S.A.[7].
O trecho inicial da linha entre a estação Estação Deodoro e a Estação Santa Cruz, estão em operação como linha de subúrbio da SuperVia. O trecho intermediário entre Santa Cruz e Brisamar está abandonado.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ http://vfco.brazilia.jor.br/Legislacao-Ferrovias/1973-ferrovias-incluidas.shtml
- ↑ Secretaria nacional de portos. Disponível em https://webportos.labtrans.ufsc.br/Tup/Index/47. Acesso em 26 de dezembro de 2018.
- ↑ http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_mangaratiba/brisamar.htm
- ↑ Railways of Brazil in Postcards and Souvenir Albums (em inglês). [S.l.]: Solaris Editorial. 2005
- ↑ Rodriguez, Helio Suêvo (2004). A formação das estradas de ferro no Rio de Janeiro: o resgate da sua memória. [S.l.]: Memória do Trem
- ↑ «Portal CBTU - Relatórios Anuais». www.cbtu.gov.br. Consultado em 15 de julho de 2022
- ↑ http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/vale-conhecer/Vale-visitas/portos-sul/Home.aspx