Borges de Barros
Borges de Barros | |
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Borges de Barros em A Praça da Alegria, como o personagem mendigo, TV Paulista (julho de 1960). | |
Nome completo | Fileto Borges de Barros |
Nascimento | 27 de março de 1920 Corumbá, MS |
Morte | 12 de dezembro de 2007 (87 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | ator, humorista e dublador |
Fileto Borges de Barros (Corumbá, 27 de março de 1920[1] — São Paulo, 12 de dezembro de 2007) foi um ator, humorista e dublador brasileiro. Ficou conhecido como "O homem das mil caras e das mil vozes".[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filho do alfaiate Leobino Borges de Barros (que morreu quando Borges de Barros nasceu) e Teresa de Jesus Lívio, ele e seus cinco irmãos foram criados pela mãe e tiveram uma infância pobre. Ainda na infância mudou-se, com a família, para Campo Grande e estudou em colégio de padres,[3] tendo no padre João Crippa o seu tutor espiritual. Aos doze anos, já era professor de catecismo.
Quando já morava em São Paulo, estudou no Instituto de Ciências e Letras, de Alfredo Pucca, e trabalhava como guarda-livros para ajudar no sustento da família. Numa festa de fim de ano do instituto, perceberam sua veia cômica e sua voz poderosa, sendo convidado a trabalhar na Rádio Difusora.[3] Na rádio, sua principal característica foi logo notada; a capacidade de fazer várias vozes diferentes. A partir de então, começou a fazer rádio-novelas e trabalhar com dublagens, quando uma lei obrigava que os filmes estrangeiros fossem dublados para serem exibidos na televisão.[3] Dublou personagens famosos, como Moe do seriado “Os Três Patetas”, mas o principal deles foi o Dr. Smith em Perdidos no Espaço.[4]
Embora procurasse fazer personagens sérios, sempre o escalavam para comédias e assim conheceu Manuel da Nóbrega, na TV Paulista. Manuel o escolheu para fazer a Praça da Alegria, no papel de mendigo milionário, no que fazia críticas políticas. O seu bordão "Caro colega" ficou muito conhecido no Brasil todo.[2][3][5] A parceira com Manuel da Nóbrega durou 25 anos.
Sua técnica de dublagem virou referência na área que seu nome virou verbo. Sempre que um dublador consegue acertar uma sequência difícil, o profissional recebe o elogio de que ele “borgeou” aquele trabalho.[6]
Morte[editar | editar código-fonte]
Borges de Barros faleceu no dia 12 de dezembro de 2007, aos 87 anos, vítima de parada cardíaca,[5] após cerca de 25 dias de internação por insuficiência renal.[2][7][8]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Emissora |
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1957/70 | Praça da Alegria | TV Paulista e RecordTV [2] |
1965 | Quatro Homens Juntos | RecordTV |
1965 | Ceará contra 007 | |
1973/74 | Meu Adorável Mendigo | |
1976 | Bacará 76 | TVS |
1979 | Os Gigantes | Rede Globo |
1981/82 | Os Adolescentes | Rede Bandeirantes |
1984 | Jerônimo (telenovela) | SBT |
1987/2000 | A Praça É Nossa |
Cinema[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Papel |
---|---|---|
1952 | Simão, o Caolho | Genésio |
1970 | Se Meu Dólar Falasse[5] | Comendador |
1973 | Regina e o Dragão de Ouro | Zurui |
1998 | Boleiros - Era uma Vez o Futebol... | Morador[9] |
Referências
- ↑ a b Astros e estrelas do cinema brasileiro Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ a b c d Nagado, Alexandre (13 de dezembro de 2007). «Morre o veterano dublador e ator Borges de Barros». Omelete. Consultado em 28 de agosto de 2012
- ↑ a b c d Lobão, David Denis;Cezar Jr. (13 de dezembro de 2007). «Morre Borges de Barros – Adeus meu caro colega». ohaYO!. Consultado em 28 de agosto de 2012
- ↑ Barbosa, Djeferson (4 de agosto de 2004). «Dubladores de "Perdidos" falam de bons tempos e problemas da profissão». UOL Televisão
- ↑ a b c Vieira, Willian (28 de dezembro de 2007). «Borges de Barros, grande voz do humor». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de agosto de 2012
- ↑ Dubladores brasileiros são respeitados e tudo começou com Borges Jornal Gazeta do Povo
- ↑ Arquette, Clarence (14 de dezembro de 2007). «Morre o dublador Borges de Barros». Henshin!. Consultado em 29 de agosto de 2012
- ↑ «BORGES DE BARROS». Museu da TV, Rádio & Cinema. Consultado em 3 de janeiro de 2023
- ↑ «Boleiros - Era uma Vez o Futebol...». Cinemateca Brasileira. Consultado em 28 de junho de 2022