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Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia

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Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia
Info/Ferrovia
Informações principais
Sigla ou acrônimo TAZARA
Área de operação Tanzânia e Zâmbia
Tempo de operação 1975–Presente
Operadora Tazara
Interconexão Ferroviária Cabo-Cairo
Central da Tanzânia
Portos Atendidos Porto de Dar es Salã
Especificações da ferrovia
Extensão 1 860 km (1 160 mi)
Diagrama e/ou Mapa da ferrovia

O Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia, também chamado de Grande Ferrovia Uhuru ou Caminho de Ferro Tazara, é uma linha ferroviária na África Oriental ligando o porto de Dar es Salã, no leste da Tanzânia, com a cidade de Kapiri Mposhi, na Província Central, na Zâmbia. A ferrovia tem 1.860 km (1.160 milhas) de comprimento e é operada pela companhia binacional Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (Tazara), que desde 2016 está concessionada à China.[1]

Os governos da Tanzânia, Zâmbia e China estabeleceram um acordo para construir a ferrovia no intuito de eliminar a dependência econômica que a Zâmbia — uma nação sem litoral — mantinha em relação a Rodésia e a África do Sul, ambas governadas por minorias brancas que promoviam políticas de segregação racial.[2] A ferrovia fornecia a única rota diplomaticamente segura para o comércio a granel entre o cinturão de cobre da África Central, na Zâmbia e no Congo-Quinxassa, e o mar. O espírito pan-africano entre os líderes da Tanzânia e da Zâmbia e o simbolismo da fraternidade socialista entre os povos promovida pela China aos países africanos recém-independentes deu origem à designação "Grande Ferrovia Uhuru", sendo Uhuru a palavra em suaíli para "liberdade".[3]

A linha férrea foi construída de 1970[4] a 1975 como um projeto de pronto uso, inteiramente financiado e apoiado pela China. Na sua conclusão, o Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia era a ferrovia mais longa da África Subsaariana. Também foi o maior projeto individual de ajuda externa realizado pela China na época, a um custo de construção de US $ 406 milhões (o equivalente a US $ 2,67 bilhões em 2021).[5]

O Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia enfrentou dificuldades operacionais desde o início, necessitando da assistência contínua chinesa, de vários países europeus e dos Estados Unidos. O tráfego de carga atingiu um pico de 1,2 milhão de toneladas em 1986, mas começou a declinar na década de 1990, quando o fim do apartheid na África do Sul e a independência da Namíbia abriram rotas alternativas de transporte para o cobre zambiano. O tráfego de carga atingiu o ponto mais baixo, de 88.000 toneladas métricas, no ano fiscal 2014/2015, quando foi utilizada menos de 2% da capacidade projetada para a ferrovia — de 5 milhões de toneladas por ano.[6][7]

Referências

  1. «China vai gerir ferrovia entre Tanzânia e Zâmbia». Expansão. 23 de maio de 2016 
  2. Thomas W. Robinson and David L. Shambaugh. (1994). Chinese Foreign Policy: theory and practice. [S.l.]: Clarendon Press. p. 287 
  3. «Richard Ketley, South Africa». Singulart. 2019 
  4. «Tanzania‐Zambia Railway: a Bridge to China?». The New York Times. 29 de janeiro de 1971 
  5. «记者重走我国援建的坦赞铁路:年久失修常晚点 新华社-瞭望东方周刊». Sina. 4 de agosto de 2010 
  6. «Freight Services». Tanzania-Zambia Railway Authority. 2021. Consultado em 16 de abril de 2021. With a designed capacity of five (5) million tonnes of freight per annum ... 
  7. «Tazara's new CEO pledges to revive Chinese-built railway line». Xinhuanet - Xinhua News Agency. 24 de abril de 2016. Cópia arquivada em 3 de julho de 2016