Candango de melhor longa-metragem
Candango de Melhor Longa-Metragem | |
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País | ![]() |
Primeira cerimónia | 1965 |
Detentor atual | A febre, de Maya Da-Rin |
Apresentação | Festival de Brasília |
Página oficial |
Trata-se do mais importante prêmio conferido no Festival de Brasília, mais antigo festival de cinema brasileiro. [1]
História[editar | editar código-fonte]
Além do Candango, a estatueta do evento, os vencedores recebem um prêmio em dinheiro, que atualmente é R$250 mil para filmes de ficção, e R$100 mil para documentários.
Desde 2002 há ainda um prêmio paralelo concedido pelo público que comparece às exibições no Cine Brasília.
Até hoje o diretor que mais vezes teve um de seus filmes vencedores do prêmio foi Julio Bressane, que ganhou quatro vezes, por Cleópatra (2007), Filme de Amor (2003), Miramar (1997) e Tabu (1982).
Por quatro vezes houve empate no prêmio. Foi em 2001, com Lavoura Arcaica e Samba Riachão, em 2012, com Eles Voltam e Era uma vez eu, Verônica, em 1997, com Miramar e Anahy de las Misiones e em 1988, com Memória Viva e O Mentiroso.
Em 2012 experimentalmente o Festival de Brasília dividiu filmes de ficção e documentários em duas categorias diferentes.
Processo de escolha[editar | editar código-fonte]
Os diretores e produtores inscrevem seu filme cerca de seis meses antes do festival, e enviam uma cópia em película 35mm para a organização do evento. Uma comissão de seleção formada por cinco especialistas da área -- diretores, roteiristas, atores e outros profissionais da cultura -- assistem aos filmes escolhendo os seis melhores (até 2005 eram cinco), que participarão da mostra competitiva.
Durante a semana do festival os seis filmes são exibidos para um outro júri, também composto por cinco cineastas e outros profissionais do cinema, em sessões abertas ao público no Cine Brasília. Após a audição de todos os concorrentes o júri se reúne e, de comum acordo, determina quais são os filmes vencedores. [2]
O prêmio do Júri Popular é determinado após a tabulação das notas dadas por todos os espectadores que ingressam na sala de cinema para assistir aos filmes.
Vencedores[editar | editar código-fonte]
Júri oficial[editar | editar código-fonte]
- 2019:
A febre, de Maya Da-Rin
- 2018:
Temporada, de André Novais Oliveira
- 2017:
Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans
- 2016:
A Cidade Onde Envelheço, de Marilia Rocha
- 2015:
Big Jato, de Cláudio Assis
- 2014:
Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós
- 2013:
Exilados do Vulcão, de Paula Gaitán (ficção) e
O Mestre e o Divino, de Tiago Campos (documentário)
- 2012:
Eles Voltam, de Marcelo Lordello e
Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes (ficção) e
Otto, de Cao Guimarães (documentário)[3]
- 2011:
Hoje, de Tata Amaral[4]
- 2010:
O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges[5]
- 2009:
É Proibido Fumar, de Anna Muylaert[6]
- 2008:
Filmefobia, de Kiko Goifman[7]
- 2007:
Cleópatra, de Júlio Bressane[8]
- 2006:
Baixio das Bestas, de Cláudio Assis
- 2005:
Eu Me Lembro, de Edgard Navarro
- 2004:
Peões, de Eduardo Coutinho
- 2003:
Filme de Amor, de Julio Bressane
- 2002:
Amarelo Manga, de Cláudio Assis
- 2001:
Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho e
Samba Riachão, de Jorge Alfredo
- 2000:
Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky
- 1999:
Santo Forte, de Eduardo Coutinho
- 1998:
Amor & Cia, de Helvécio Ratton
- 1997:
Miramar, de Júlio Bressane e
Anahy de las Misiones, de Sérgio Silva
- 1996:
Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
- 1995:
O Judeu, de Jom Tob Azulay
- 1994:
Louco Por Cinema, de André Luis de Oliveira
- 1993:
Alma Corsária, de Carlos Reichenbach
- 1992:
A Maldição do Sanpaku, de José Joffily
- 1991:
O Corpo, de José Antonio Garcia
- 1990:
Beijo 2348/72, de Walter Rogério
- 1989:
Que Bom Te Ver Viva, de Lúcia Murat
- 1988:
Memória Viva, de Otávio Bezerra e
O Mentiroso, de Werner Schunemann
- 1987:
Anjos da Noite, de Wilson Barros
- 1986:
A Cor do seu Destino, de Jorge Durán
- 1985:
A Hora da Estrela, de Suzana Amaral
- 1984:
Nunca Fomos Tão Felizes, de Murilo Salles
- 1983:
O Mágico e o Delegado, de Fernando Coni Campos
- 1982:
Tabu, de Júlio Bressane
- 1981:
O Homem do Pau-Brasil, de Joaquim Pedro de Andrade
- 1980:
Iracema - Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky
- 1979:
Muito Prazer, de David Neves
- 1978:
Tudo Bem, de Arnaldo Jabor
- 1977:
Tenda dos Milagres, de Nelson Pereira dos Santos
- 1976:
Xica da Silva, de Cacá Diegues
- 1975:
Guerra Conjugal, de Joaquim Pedro de Andrade
- 1974: o festival foi proibido pela ditadura
- 1973: o festival foi proibido pela ditadura
- 1972: o festival foi proibido pela ditadura
- 1971:
A Casa Assassinada, de Paulo César Saraceni
- 1970:
Os Deuses e os Mortos, de Ruy Guerra
- 1969:
Memórias de Helena, de David Neves
- 1968:
O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla
- 1967:
Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz, de Paulo Gil Soares
- 1966:
Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos de Oliveira
- 1965:
A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos
Júri popular[editar | editar código-fonte]
Melhor longa-metragem de ficção - R$ 20 mil
- 2019:
O tempo que resta, de Thais Borges
- 2018:
Bixa travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla,
- 2017:
Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
- 2015:
A Família Dionti, de Alan Minas (ficção) e
Martírio, de Vincent Carelli (documentário)
- 2014:
Sem Pena, de Eugenio Puppo
- 2013:
Os Pobres Diabos, de Rosemberg Cariry
- 2012:
Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes (ficção) e
Elena, de Petra Costa (documentário)
- 2011:
Meu País, de André Ristum
- 2010:
Amor?, de João Jardim
- 2009:
Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas
- 2008:
À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel.
- 2007:
Chega de Saudade, de Laís Bodanzky
- 2006:
Encontro com Milton Santos, de Sílvio Tendler
- 2005:
À Margem do Concreto, de Evaldo Mocarzel
- 2003:
Glauber o Filme, Labirinto do Brasil, de Silvio Tendler
- 2002:
Amarelo Manga, de Cláudio Assis
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Caetano, Maria do Rosário (2007). Festival 40 Anos. a hora e a vez do cinema brasileiro 1ª ed. Brasília: Secretaria de Cultura do Distrito Federal
- Bahia, Berê; Celso Araújo (1997). 30 Anos de Cinema e Festival. a história do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - 1967-1997 1ª ed. Brasília: Fundação Cultural do Distrito Federal
Referências
- ↑ «Prêmios». Festival de Brasília. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ «Mostra Competitiva». Festival de Brasília. Consultado em 5 de março de 2013
- ↑ «Conheça os vencedores do Festival de Brasília». Agência Brasil. 24 de setembro de 2012. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ «Vencedores do Festival de Cinema de Brasília». Canal Brasil. 4 de outubro de 2011. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ «'O céu sobre os ombros' vence o Festival de Brasília». G1 Pop & Arte. 1 de dezembro de 2010. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ Neusa Barbosa (25 de novembro de 2009). «Com 8 prêmios do júri, "É Proibido Fumar" se consagra no Festival de Brasília». UOL Cinema. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ Luiz Zanin Oricchio (25 de novembro de 2008). «'FilmeFobia' é o vencedor do Festival de Brasília». O Estado de S. Paulo. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ «Vencedores do 40º Festival de Brasília». Terra. 2007. Consultado em 3 de março de 2013