Discussão:Meia-risca
Adicionar tópicoE qual é o sinal de pontuação cabível para separar elementos de um endereço?
Exemplo:
Rua Gomes de Carvalho, 1306 - 15. andar - Vila Olímpia - São Paulo - SP
ou
Rua Gomes de Carvalho, 1306 — 15. andar — Vila Olímpia — São Paulo — SP
Resumindo: Os elementos componentes de um endereço devem ser separados por hífen, meia-risca ou travessão?
A maioria das publicações grafa essas separações por hífen.
Nos livros e nos sites de Gramática, não encontro nenhuma alusão a tal especificidade.
Seria a forma de grafar tais endereços (incluindo telefones, e-mails) uma questão de "gosto pessoal"?—comentário não assinado de 189.102.193.37 (discussão • contrib) (data/hora não informada)
- Nem
- Rua Gomes de Carvalho, 1306 - 15. andar - Vila Olímpia - São Paulo - SP
- nem
- Rua Gomes de Carvalho, 1306 — 15. andar — Vila Olímpia — São Paulo — SP
- mas sim
- Rua Gomes de Carvalho, 1306 – 15. andar – Vila Olímpia – São Paulo – SP
- não é questão de gosto -- Missionary, 09h16min de 25 de fevereiro de 2011 (UTC)
Meia-risca não é nada mais do que um sinal de menos…[editar código-fonte]
… mas nem é essa a discussão que quero iniciar por agora. Como nem vou discutir por agora o hífen ligando a "meia" à "risca" (no VOC não vem…)
A primeira parte deste artigo está em profunda contradição com o Acordo Ortográfico (já estava com os anteriores, mas isso agora não interessa).
Em nenhum lado, no AO, se fala de meia risca…
Leia-se e compare-se (eliminei apenas os pontos que falavam de quando não se usa o hífen):
«BASE XV: DO HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES
1 Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
[…]
2 Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
[…]
3 Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio, bem-me-quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d'água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro).
4 Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).
[…]
5 Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimónia, sem-número, sem-vergonha.
[…]
7 Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Austria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).»
Repare-se principalmente no último ponto e deduza-se dele que, custe o que custar aos esteticistas, deve escrever-se Linda-a-Velha-Lisboa…
Também se usa hífen nas séries numéricas: 1-10.
Antigamente, nas tipografias portuguesas usava-se uma mnemónica para estes casos: se é junto, use-se o traço de união (outro nome para o hífen); se é separado, use-se a risca. Na tal meia risca não se falava então, pois se usava somente para a matemática. Só mais tarde, com o advento da chamada fotocomposição e por uma limitação do número de caracteres nas fontes (ainda matrizes, embora para fotografar), que obrigava a que a risca fosse maior do que o seu escapamento para poder ser usada como forma de compor filetes (precisava de se unir à anterior e à posterior) se deixou de a usar por, como elemento de texto, ser demasiado desproporcionada. Começou-se então a usar o sinal de menos em vez da risca.
Mas isto é, hoje em dia, arqueologia tipográfica. As fontes têm a risca bem proporcionada, os filetes fazem-se de outra maneira…
Atalhos[editar código-fonte]
não sei quais são os atalhos corretos, mas os que estão aqui não funcionam.
Alt+150 produz û
Alt + hífen não produz nada.
Betty VH (discussão) 21h55min de 19 de fevereiro de 2020 (UTC)