A freguesia de Mouronho pertence ao concelho de Tábua e distrito de Coimbra; está situada na margem direita do rio Alva, afluente do Mondego e dista cerca de oito quilómetros da sede concelhia.
O orago da freguesia é São Julião que, segundo reza a lenda, era um rapaz de muito boa família, fidalgo da Corte e muito devoto. Um dia, a família dele decidiu casá-lo com Brasiliza, e, para não contrariarem as suas famílias, decidiram aceder ao casamento, mas fizeram o acordo de se manterem castos para sempre. Tiveram uma vida dura, de sacrifício e renegação às riquezas, luxos e tentações. No seu palácio, viviam separados, dedicando-se ambos à educação e protecção de velhinhos, crianças, doentes e pobres, que ali albergavam e de quem cuidavam.
O topónimo "Mouronho" deriva do antropónimo latino "Mauronius", derivado de "Maurus", "Mauro", fazendo possivelmente referência a um senhor, possuidor de terras no local.
São escassas as informações relativas à freguesia, principalmente acerca da origem do seu povoamento; a própria arqueologia é rara e não permite induzir o que quer que seja acerca da ancianidade da ocupação humana no território.
Mouronho foi um priorado da apresentação da mitra e pertenceu ao concelho de Coja, até à sua extinção em 31 de Dezembro de 1853. Passou, então, para o concelho de Arganil e, em 24 de Outubro de 1855, foi anexada ao concelho de Tábua. Mouronho recebeu foral do Bispo D. Jorge, de Coimbra, documento que veio mais tarde a ser reconhecido por D. Manuel I, em Lisboa, a 12 de Setembro de 1514.
Do património cultural, edificado da freguesia de Mouronho, destacam-se: a Igreja Matriz e o solar de Taborda. A praia fluvial é um dos locais de maior interesse turístico da freguesia.
A nível económico, a população da freguesia de Mouronho ocupa-se essencialmente de atividades do setor primário, como a agricultura, na qual se destacam as produções cerealíferas; o comércio e o artesanato são também atividades fundamentais para o equilíbrio da economia local, destacando-se no artesanato a tecelagem.