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Nove poetas líricos

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Nove poetas líricos, ou nove poetas mélicos, constituem o cânone dos melhores e mais marcantes poetas gregos arcaicos, cuja obra influenciara o curso da literatura grega, segundo a fundada opinião dos comentadores e estudiosos helenísticos de Alexandria. Este reconhecimento académico da importância da obra dos poetas gregos garantiu que fragmentos da mesma sobrevivessem até aos nossos dias.

O cânone é composto por:

Alceu de Mitilene (lírica monódica, séc. VII a.C.)

Safo de Lesbos (lírica monódica, séc. -VII a.C.).

Anacreonte (lírica monódica, séc. -VI a.C.).

Álcman de Esparta (lírica coral, séc. -VII a.C.).

Estesícoro (lírica coral, séc. -VI a.C).

Íbico (lírica coral, séc. -VI a.C.).

Simónides de Ceos (lírica coral, séc. -VI a.C.).

Baquílides (lírica coral, séc. -V a.C.).

Píndaro (lírica coral, séc. -V a.C.).


Os estudiosos alexandrinos definiram o género lírico com base na forma métrica e no acompanhamento musical da poesia, a lira. A poesia lírica é tradicionalmente dividida em dois estilos: a lírica monódica e a lírica coral, sendo que a lírica coral seria executada com o acompanhamento de um coro, ao passo que a lírica monódica seria cantada por uma só voz. Este tipo de categorização levanta problemas de diversas ordens, como, por exemplo, a exclusão da elegia de entre o género lírico, ou a associação de um poeta a um só estilo performativo.[1]

Referências

  1. Davies, M. (1988), "Monody, Choral lyric, and the tyranny of the hand-book", Classical Quarterly 38: 52-64.