Special Agent (1935)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o filme com Bette Davis. Para o filme com William Eythe, veja Special Agent (1949).
Special Agent
Special Agent (1935)
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Nas Garras da Lei
 Estados Unidos
1935 •  p&b •  78 min 
Gênero drama criminal
Direção William Keighley
Produção Samuel Bischoff (não-creditado)
Martin Mooney (não-creditado)
Roteiro Laird Doyle
Abem Finkel
História Martin Mooney
Elenco Bette Davis
George Brent
Música Bernhard Kaun
Leo F. Forbstein
Cinematografia Sidney Hickox
Direção de arte Esdras Hartley
Edição Clarence Kolster
Companhia(s) produtora(s) Warner Bros.
Cosmopolitan Productions
Distribuição Warner Bros.
The Vitaphone Corporation
Lançamento
  • 14 de setembro de 1935 (1935-09-14) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 168.000[2]
Receita US$ 796.000[2]

Special Agent (bra: Nas Garras da Lei)[3] é um filme estadunidense de 1935, do gênero drama criminal, dirigido por William Keighley, e estrelado por Bette Davis e George Brent. O roteiro de Laird Doyle e Abem Finkel foi baseado em uma história de Martin Mooney. O filme foi produzido e distribuído pela Warner Bros.[1]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O governo federal está tentando encontrar e prender gângsteres devido a seus crimes financeiros, evasão fiscal e violações dos regulamentos da Receita Federal. O repórter de jornal Bill Bradford (George Brent) é nomeado Agente do Tesouro dos Estados Unidos pelo Departamento da Receita e designado para encontrar evidências suficientes para acusar o gângster Alexander Carston (Ricardo Cortez) – que tem as mesmas iniciais de Al Capone – de evasão fiscal.

Ele descobre que os livros contábeis de Carston são guardados com um código conhecido apenas por sua secretária, Julie Gardner (Bette Davis). Quando Gardner testemunha o assassinato de um homem que entrou no caminho de seu chefe, Bill implora para que ela se demita de seu emprego, mas Julie percebe que sabe muito e que Carston não a deixará ir embora.

O promotor de justiça Roger Quinn (Henry O'Neill) pressiona o parceiro do homem assassinado a testemunhar, mas Carston descobre o plano, manda assassinar a testemunha e é absolvido. Julie é presa como testemunha material e decodifica os livros, mas é sequestrada pelos capangas de Carston antes que possa testemunhar. Agora, Bradford luta contra o tempo, na tentativa de salvar Julie e prender Carston por todos os seus crimes.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Bette Davis como Julie Gardner
  • George Brent como Bill Bradford
  • Ricardo Cortez como Alexander Carston
  • Jack LaRue como Jake Andrews
  • Henry O'Neill como Promotor Roger Quinn
  • Robert Strange como Waxey Armitage
  • Joseph Crehan como Commissioner of Police
  • J. Carrol Naish como Joe Durell
  • Joe Sawyer como Rich (creditado como Joseph Sauers)
  • William B. Davidson como Charlie Young
  • Robert Barrat como Chefe da Receita Federal
  • Paul Guilfoyle como Williams
  • Joe King como Agente Wilson (creditado como Joseph King)
  • Irving Pichel como Promotor de Justiça dos EUA
  • Charles Middleton como Comandante da Polícia Estadual

Produção[editar | editar código-fonte]

"Special Agent" foi um dos três filmes de 1935 estrelados por Bette Davis e George Brent, que apareceram juntos em filmes um total de treze vezes. Nenhum dos dois ficou feliz com o resultado final da produção. Brent disse a Ruth Waterbury, da revista Photoplay, que o filme foi "uma coisa ruim, insignificante, inacreditável e não convincente". A pedido do departamento de publicidade da Warner Bros., seus comentários não foram publicados. O filme, com um policial triunfando sobre gângsteres, foi lançado pela Warners no mesmo ano que "G Men".

O filme foi feito logo após o Escritório Hays começar a aplicar o Código de Produção. Eles insistiram em várias pequenas mudanças e queriam cortar uma cena que o produtor Samuel Bischoff sentia ser crucial para o enredo. Os censores se comprometeram ao permitir que a cena ficasse intacta, embora alguns diálogos considerados ofensivos foram retirados do filme. Como resultado, os lábios de Ricardo Cortez podem ser vistos se movendo, mas nenhuma voz é ouvida na versão final.

A canção vencedora do Oscar "Lullaby of Broadway", de Harry Warren e Al Dubin, é ouvida ao fundo em uma cena ambientada num cassino. A música foi cantada por Winifred Shaw naquele mesmo ano no filme musical "Gold Diggers of 1935", também da Warner Bros.

A história do jornalista de Nova Iorque, Martin Mooney, também serviu de base para o filme "Gambling on the High Seas" (1940), da Warner Bros. Mooney também escreveu a história de "Bullets or Ballots" e "Exclusive Story" (ambos de 1936), além de ser o autor do livro "Crime Incorporated" (1935).

Recepção[editar | editar código-fonte]

Um crítico do The New York Times chamou o filme de "melodrama nítido, rápido e completamente divertido, com uma saga selvagem e confusa de gangues", acrescentando: "Tudo já foi feito antes, mas de alguma forma parece nunca perder sua emoção visual".[4]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

De acordo com os registros da Warner Bros., "Special Agent" obteve bons números de bilheteria. O filme arrecadou US$ 490.000 nacionalmente e US$ 306.000 no exterior, totalizando US$ 796.000 mundialmente.[2]

Adaptação para a rádio[editar | editar código-fonte]

"Special Agent" foi apresentado no Warner Brothers Academy Theatre em 24 de abril de 1938. Carole Landis e John Ridgely estrelaram a adaptação, que teve duração de 30 minutos.[5]

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Special Agent (1935)». American Film Institute Catalog. Consultado em 30 de julho de 2022 
  2. a b c Sedgwick, John (1 de novembro de 2000). Popular Filmgoing in 1930s Britain: A Choice of Pleasures. Inglaterra: University of Exeter Press. p. 206. ISBN 978-0859896603 
  3. «O Imparcial (MA) – 1930 a 1939 – DocReader Web». Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de janeiro de 1936. Consultado em 30 de julho de 2022 
  4. F.S.N. (19 de setembro de 1935). «At the Strand.». The New York Times (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2022 
  5. «Those Were the Days». Nostalgia Digest. 39 1 ed. Inverno de 2013. pp. 32–41