Vertebrados

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaVertebrados
Ocorrência: Cambriano - Recente
Organismos individuais de cada grande grupo de vertebrados. No sentido horário, começando do canto superior esquerdo: Salamandra-de-fogo, Crocodilo-de-água-salgada, Casuar do Sul, Rhynchocyon petersi, Peixe-lua
Organismos individuais de cada grande grupo de vertebrados. No sentido horário, começando do canto superior esquerdo: Salamandra-de-fogo, Crocodilo-de-água-salgada, Casuar do Sul, Rhynchocyon petersi, Peixe-lua
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Superfilo: Deuterostomia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Cuvier, 1812
Classes
Infrafilo Agnatha

Infrafilo Gnathostomata

Superclasse Peixes

Superclasse Tetrapoda

Os vertebrados constituem um subfilo de animais cordados, compreendendo os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro.[1][2]

Outras características adicionais são a presença de um sistema muscular geralmente simétrico (a simetria bilateral é também uma característica dos vertebrados) e de um sistema nervoso central, formado pelo cérebro e pela medula espinal localizados dentro da parte central do esqueleto (crânio e coluna vertebral).[3]

Foram encontrados vestígios dos vertebrados até ao período Siluriano (há 444 a 409 milhões de anos).

Origem e Evolução[editar | editar código-fonte]

O grupo de animais mais próximos dos vertebrados são os Tunicata, grupo que inclui as ascídias, sendo que os tunicados teriam perdido características compartilhadas pelos vertebrados e Cephalochordata ao longo de sua evolução.[4][5]

Os primeiros vertebrados surgiram no ambiente marinho, sendo que ao longo da história evolutiva deste Clado, provavelmente surgiram dentículos faríngeos mineralizados antes do Esqueleto dérmico.[6]

A maioria dos fósseis de vertebrados com informações anatômicas são datados em aproximadamente 470 milhões de anos, na era Paleozoica. Há diversos fósseis classificados como Agnatha (sem mandíbula), assim como lampreias e feiticeiras, que indicam uma transição entre os vertebrados sem mandíbula e os Gnatostomados, que apresentam mandíbulas.[7] Estes fósseis, denominados Ostracoderme, já apresentavam um esqueleto dérmico calcificado.[8] Já nos fósseis dos períodos Cambriano e Ordoviciano é possível detectar uma diversidade de vertebrados.[9] A alta radiação de novas formas de Vertebrados, originando muitos grupos ainda vivos, provavelmente se devem a fatores extrínsecos aos organismos, como a elevação do nível dos mares.[10]

A presença de células da crista neural contribuíram para o surgimento da diversidade das características anatômicas que tornam os vertebrados únicos.[11] Além das características morfológicas, os vertebrados são os únicos animais que apresentam duplicação do complexo dos Genes Hox inteiro, o qual regula a expressão e hierarquia de demais genes do organismo.[3]

Morfologia e Anatomia[editar | editar código-fonte]

Os vertebrados seguem um padrão de desenvolvimento em comum, com formação, assim como os demais cordados, de uma estrutura mais rígida através de todo o corpo do animal (Notocorda/Coluna Vertebral) e um tubo neural, com a presença de células da crista neural.[12] Características que diferenciam os vertebrados de outros Cordados incluem: Cérebro relativamente bem desenvolvido, pares de olhos complexos e um sistema circulatório bem desenvolvido com coração.[12]

A característica mais marcante do grupo é a coluna vertebral, que substituiu a notocorda. As vértebras diferem em forma consideravelmente entre os vertebrados, inclusive podendo estar ausente em alguns grupos, nos Agnatha, segundo algumas hipóteses filogenéticas.[3]

Esqueleto[editar | editar código-fonte]

O esqueleto interno que define os vertebrados é formado por cartilagem, osso ou, na maior parte dos casos, por estes dois tecidos, e consiste no crânio, na coluna vertebral e em dois pares de membros, embora em alguns grupos, como as cobras e as baleias, os membros estejam ausentes ou apenas na forma vestigial. O esqueleto dá suporte ao organismo durante o crescimento e, por essa razão, a maioria dos vertebrados são de maiores dimensões que os invertebrados.

A presença de um crânio também possibilitou o desenvolvimento do cérebro, pelo que os vertebrados têm maior capacidade de se adaptar ao meio ambiente e até de o modificar (ver por exemplo, o caso dos castores que constroem verdadeiras represas).

Possuem elementos endoesqueléticos metametricamente dispostos flanqueando a medula espinhal. Primitivamente existem dois pares destes elementos em cada metâmero bilateralmente: os interdorsais e os basidorsais. Nos Gnathostomata, existem dois pares adicionais ventralmente ao notocórdio: os interventrais e os basiventrais. Estes elementos chamam-se arcualia podendo fundir-se a uma calcificação do notocórdio, o centrum. Este conjunto é a vértebra, e o conjunto formado por todas as vértebras é a coluna vertebral.

A coluna vertebral juntamente com os membros suportam a totalidade do corpo dos vertebrados. Este suporte facilita a movimentação. O movimento consegue-se normalmente com a acção dos músculos que se encontram ligados diretamente aos ossos ou cartilagens. A forma geral do corpo dos vertebrados é determinada pelos músculos. A pele recobre as estruturas internas do corpo dos vertebrados e serve, por vezes, de estrutura de suporte para elementos de proteção, como as unhas ou pelos. As penas estão também ligadas à pele.

O tronco dos vertebrados é oco abrigando os órgãos internos. O coração e sistema respiratório estão protegidos no tronco. O coração localiza-se atrás das guelras, ou quando existem pulmões, entre eles.

Sistema circulatório[editar | editar código-fonte]

O sistema circulatório dos vertebrados, também designado sistema cardiovascular, é fechado, sendo o sangue impulsionado através de um sistema contínuo de vasos sanguíneos.

Este sistema tem várias funções como:

  • Transporte de nutrientes do tubo digestivo a todas as células;
  • Transporte do oxigênio;
  • Remoção de excreções resultantes do metabolismo celular para os órgãos em que são eliminadas;
  • Defesa do organismo contra corpos estranhos.

Contributo para distribuição do calor metabólico no organismo.

Sistema digestório[editar | editar código-fonte]

O sistema digestório dos Craniata é composto por boca e cavidade oral, faringe, esófago, intestino e ânus. O estômago desenvolve-se nos Gnathostomata e em alguns vertebrados fósseis sem mandíbula. Todos os craniados têm um pâncreas, (órgão anexo ao sistema digestório) que produz enzimas digestivas e hormônios insulina e glucagon, que regulam o nível de glicose no sangue. O pâncreas ancestralmente disseminava-se pela parte anterior do intestino, mas veio mais tarde a diferenciar-se.

Todos os craniados e cefalocordados têm um fígado ou órgão hepático com várias funções, incluindo armazenamento de nutrientes e produção de emulsificantes de gorduras (bile ou bílis).

O fígado dos tubarões é especial porque, na ausência de uma bexiga natatória, os óleos nele acumulados são os responsáveis por controlar sua densidade. O fígado de tubarão é imenso em relação ao corpo chegando a ocupar quase metade do volume do corpo além de ser considerado uma iguaria culinária no oriente.

Rins[editar | editar código-fonte]

Os rins são os principais órgãos excretores dos vertebrados desempenhando um papel fundamental no equilíbrio hidro-electrolítico. Embora os rins variem muito de forma, tamanho e posição entre as espécies, são sempre constituídos por unidades básicas funcionais, os nefrónios. Cada nefrónio é um túbulo praticamente microscópico que processa um filtrado do sangue (sem eritrócitos e macromoléculas). O filtrado é processado por secreção seletiva e reabsorção de materiais para produzir um produto de excreção (geralmente chamado urina) que contém desperdícios nitrogenados e outros materiais. Túbulos renais longos e estruturalmente complexos ocorrem somente nos vertebrados. sendo assim únicos.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A biologia reprodutiva dos craniatas é altamente diversificada. A maioria das espécies apresenta dois sexos (macho e fêmea), em que nos primeiros, as gônadas se chamam testículos e, nas fêmeas, ovários. Nos vertebrados mais simples, o esperma é depositado diretamente no celoma e depois passa para o exterior através de um poro. Nos Gnathostomata, contudo, os testículos abrem em ductos, em que o esperma passa através dos ductos excretórios.

O dimorfismo sexual externo pode variar de inexistente a extremo. Existem alguns peixes que são por natureza hermafroditas. Em certas espécies hermafroditas os indivíduos são "protoginosos," i.e. funcionam primariamente como fêmeas que se podem vir a transformar posteriormente em machos funcionais. Noutras espécies existe a sequência oposta de troca de sexos – "protandrosos". Existem poucas espécies de peixes "só fêmeas", anfíbios e lagartos nos quais as mães produzem apenas crias femininas. Em muitas destas espécies, a ligação com machos de espécies relacionadas é necessária para desencadear o desenvolvimento do ovo, mas os pais não contribuem para a perpetuação genética das linhagens, só fêmeas.

Entre os craniados machos e fêmeas mais típicos existe um largo espectro de modalidades reprodutivas. A maioria das espécies de peixes e anfíbios são ovíparos (põem ovos) com posterior fertilização dos ovos pelo esperma do macho. Outros peixes, anfíbios, muitos répteis, todos as aves e os mamíferos monotremos (ornitorrincos e papa-formigas espinhosos da Austrália) são também ovíparos mas a fertilização é interna. Em oposição temos as espécies vivíparas nas quais a fertilização é obrigatoriamente interna e as crias desenvolvem-se no aparelho reprodutivo materno. Nestes, a mãe tem de prover alguma forma de nutrição ao embrião (seja a gema no ovo ou através do sangue através das membranas placentárias permeáveis). Os vivíparos têm mecanismos para trocas gasosas e remoção de detritos embriônicos.

Sistema nervoso central[editar | editar código-fonte]

O tubo neural é uma estrutura oca que percorre o comprimento do animal junto à coluna vertebral ou notocorda e é a base do sistema nervoso central dos vertebrados. Durante sua formação, são produzidas células da chamada crista neural, células pluripotentes.[13] Essas células são capazes de migrar pelo corpo e formar gânglios nervosos e outras estruturas como crânio e mandíbula.[14]

Entre os cordados, a concentração de funções nervosas na cabeça, chamada cefalização, está presente apenas nos vertebrados.[12]

Diversidade[editar | editar código-fonte]

Peixes[editar | editar código-fonte]

Agnatha[editar | editar código-fonte]

Uma grande questão acerca dos Agnatha, vertebrados sem mandíbulas, é a relação de parentesco entre as feiticeiras (Myxini), as lampreias (Petromyzontida) e os demais vertebrados (Gnathostomata). Neste sentido, há duas possibilidades: ou Myxini é Grupo irmão de Petromyzontida, ou seja, possui maior relação de parentesco com Petromyzontida, formando o grupo Cyclostomata, o qual, por sua vez, é grupo-irmão de Gnathostomata e todos estes grupos são considerados vertebrados; ou Petromyzontida é grupo-irmão de Gnathostomata, constituindo Vertebrata, e Myxini seriam, então, grupo-irmão de Vertebrata, formando o grupo Craniata.[15]

A segunda hipótese é sustentada apenas por características morfológicas,[16][15] como arcos neurais e hemais, os quais dão origem à vértebras nos Gnathostomata, músculos radiais nas nadadeiras, linha lateral, musculatura extrínseca dos olhos, entre outros.[17]

Já a primeira hipótese é corroborada por análises moleculares,[16] além de semelhanças morfológicas como uma única narina mediana, boca circular, um aparato lingual com dentes controlado por músculos circulares e longitudinais, brânquias em formato de bolsa, com aberturas circulares para o meio externo, semelhanças comportamentais, dentre outras.[17]

Todos os exemplares viventes deste grupo apresentam um corpo anguiliforme, não possuem mandíbula, nem maxila, nem nadadeiras pares.[3]

Gnathostomata[editar | editar código-fonte]

Os gnatostomados são os vertebrados com maxilas. A presença das maxilas, e também de diversos outros aspectos, faz desse grupo consideravelmente mais derivado do que os agnatos. A origem das maxilas é considerado por muitos cientistas como talvez o maior de todos os avanços na história dos Vertebrata, uma vez que essa novidade evolutiva revolucionou o modo de vida dos peixes primitivos e de seus descendentes. As maxilas permitem uma variedade de novos comportamentos alimentares, além de otimizar a maneira como o animal manipula e processa o alimento. O cuidado parental, a manipulação de objetos e o surgimento de novas formas de acasalamento também são algumas outra vantagens associadas ao surgimento das maxilas.[3] Acredita-se que as maxilas sejam derivadas dos arcos branquiais de um ancestral agnatha, em que os dois primeiros arcos (de um total de sete) diferenciaram-se em maxila e arco hióide. Outras características derivadas dos gnatostomados são o surgimento de nadadeiras pares, de musculatura intrínseca dos olhos, de vértebras complexas, de nervos envolvidos por bainha de mielina e de septo horizontal, dividindo a musculatura lateral.

Os primeiros gnatostomados são datados do Ordoviciano - Siluriano, a aproximadamente 470 milhões de anos. Seus principais representante são os Placodermi (extintos), Chondrichthyes, Osteichthyes e os Tetrapoda.

Chondrichthyes[editar | editar código-fonte]

Os Chondrichthyes são os peixes cartilaginosos. Surgiram no final do Siluriano Superior com uma combinação única de caracteres ancestrais e derivados. A cartilagem tornou a estrutura corpórea do grupo mais leve e manobrável, e alguns de seus órgãos e sistemas fisiológicos evoluíram para níveis de complexidade visto em poucos vertebrados.[3] O endoesqueleto cartilaginoso característico do grupo é resultado da calcificação prismática da cartilagem, gerando uma estrutura rígida e mais leve. O corpo dos Chondrichthyes é revestido por um tipo especial de escamas, as escamas placóides (esqueleto dérmico). Estas escamas assemelham-se aos dentes - as cúspides de dentina eram cobertas com uma substância semelhante ao esmalte, e continham um núcleo celular ou uma cavidade da polpa. As nadadeiras (peitorais e pélvicas) são sustentados por elementos de cartilagem, com seus raios, protéicos e flexíveis, denominados de ceratotriquias.[3] A presença de clásperes (órgão copulador masculino), a capacidade de substituição contínua dos dentes e a presença de uma estrutura eletrorreceptora (Ampolas de Lorenzini) são outras característica importantes dos Chondrichthyes. As formas viventes são divididas em dois grupos: Holocephali (quimeras) e Elasmobranchii (tubarões e raias).

Os Holocephali são assim chamados devida à aparência não dividida da cabeça, a qual resulta em apenas uma abertura branquial, característico do grupo. Os Elasmobranchii têm aberturas brânquias múltiplas em cada lado da cabeça e incluem os tubarões (geralmente com formato fusiforme, cinco a sete aberturas branquiais em cada lado da cabeça) e as raias (formas achatadas com aberturas branquiais na face ventral da cabeça).

Osteichthyes[editar | editar código-fonte]

Apresentam ossificação endocondral, isto é, a cartilagem presente internamente no organismo é substituída por osso calcificado ao longo do desenvolvimento Ontogenético dos Osteichthyes.

São divididos em dois grandes grupos, os Actinopterygii, os quais apresentam nadadeiras raiadas e são a maioria dos peixes atuais, e os Sarcopterygii, os quais apresentam nadadeira lobadas e articulação monobasal dos membros e englobam Actinistia (celacantos), Dipnoi (peixes pulmonados) e os Tetrapoda.

Enquanto nas escamas de Sarcopterygii a camada mais externa é constituída por cosmina, substância derivada da Dentina, nos Actinopterygii, a camada mais externa é formada por ganoína, uma substância derivada do esmalte.[3]

Tetrapoda[editar | editar código-fonte]

A conquista do ambiente terrestre ocorreu uma única vez nos vertebrados, na linhagem dos tetrápodes. A transição para esse novo meio trouxe diversas vantagens a esses vertebrados, um ambiente pouco explorado permite a ocupação de novos nichos, com poucos competidores e predadores. No entanto, a saída do meio aquático foi acompanhada de diversas pressões, que acarretaram alterações morfológicas e fisiológicas. De maneira geral, as dificuldades envolvidas com a mobilização para o ambiente terrestre estão associadas à dessecação, sendo que as principais novidades evolutivas que aparecem durante essa transição estão relacionadas à proteção da pele, mucosas e ovos, assim como sustentação do corpo e detecção de estímulos sensoriais no ar.[18][19]

Perda de escamas dérmicas; espessamento da epiderme; umidificação das mucosas (surgimento de glândulas salivares, por exemplo).

Surgimento de membros pares, com formação de dígitos; aumento da capacidade de sustentação da coluna, por modificações nas cinturas escapular e pélvica, fortificando a conexão dos membros à coluna.

Ocorreu a perda das brânquias internas e do opérculo ósseo, assim como a separação das circulações sistêmica e pulmonar (circulação dupla).

A mudança de meio tem um impacto direto sobre o modo de detecção de estímulos sensoriais. A mudança de densidade da água para o ar gera a necessidade de estruturas amplificadoras das ondas sonoras, a novidade evolutiva que cumpre essa função é o ouvido médio. Outra propriedade do ar que difere da água é o índice de refração, implicando em uma necessidade de alteração dos olhos, a córnea passa a ter função de lente, em conjunto com o cristalino, que se torna menos esférico.

Embora a maioria dos tetrápodes viva em ambientes terrestres, não é incomum encontrar grupos que se adaptaram para regredir à ambientes aquáticos.

Anfíbios[editar | editar código-fonte]

Anfíbios são tetrápodes ectotérmicos da classe Amphibia. Podem ocupar uma gama de habitats, sendo que a maioria vive em ecossistemas terrestres, fossoriais, arbóreos ou de água doce. Uma fase larval aquática geralmente está presente, havendo uma metamorfose na transição para adulto.

O tegumento é amplamente usado como superfície respiratória neste grupo, sendo que em certas salamandras terrestres há perda total de pulmões.

Os anfíbios ainda apresentam certa dependência de ambientes aquáticos, principalmente relacionada à reprodução, uma vez que seus ovos geralmente não possuem meios de evitar a dessecação. No entanto, algumas espécies desenvolveram estratégias para proteger ou evitar a frágil fase larval aquática.[20]

Os anfíbios são divididos em três grupos: Gymnophiona (cecílias), Caudata (salamandras) e Anura (sapos e rãs).

Amniota[editar | editar código-fonte]

O grupo dos amniota é composto por todos os tetrápodes vivos, excetos os anfíbios. Em geral são mais terrestres que os não amniota, mas existem grupos que voltam a água, como os cetáceos. São caracterizados por possuírem ovos com casca ou por reterem o embrião dentro do seu corpo, o que é diferente dos anfíbios que tipicamente colocam seus ovos na água.[3] Além disso, seus ovos adquiriram um conjunto adicional de membranas associadas ao embrião: o âmnio, que dá nome ao grupo, e têm a função de criar uma cavidade com fluido em que o embrião se desenvolve, além de proteger contra choques mecânicos. O córion forma uma membrana protetora em volta do embrião. Já o alantóide têm a função de fazer trocas gasosas e servir de depósito para excretas metabólicos.[21]

Synapsida[editar | editar código-fonte]

Os Synapsida (arco único, do grego syn = junto) são um grupo de vertebrados tetrápodes que surgiram no final do Carbonífero, sendo o primeiro grupo de amniotas a radiar amplamente o habitat terrestre. Seus representantes incluem os mamíferos e seus predecessores extintos, como os Therapsídios e os Pelicossauros (sinapsídeos não-mamíferos).[3]

Os sinapsídeos diferem dos outros grupos de amniota por apresentarem uma fenestra temporal, localizada em posição inferior e rodeada pelos ossos pós-orbital, esquamosal, jugal e quadrado-jugal.[3]

Durante o final do Carbonífero e por todo o Permiano, os sinapsídeos eram os vertebrados terrestres mais abundantes e, do início do Permiano até o Triássico, eram os carnívoros de topo na cadeia alimentar, com a maioria atingindo porte médio a grande.[3] Muitos sinapsídeos foram extintos após a grande extinção Permiano-Triássico, acarretando no desaparecimento de muitas linhagens no final do Triássico. As formas sobreviventes (representada apenas pelos mamíferos após o início do Cretáceo) eram consideravelmente menores, pesando em média menos de um quilograma.[3]

Ao longo da evolução do grupo, muitas tendências evolutivas surgiram conforme os animais migravam da ectotermia para a endotermia, com várias modificações na anatomia craniana e corporal, acompanhada de modificações ecológicas e comportamentais. Dentre as modificações anatômicas, o aumento da fenestra temporal conferiu mais espaço para o desenvolvimento e inserção da musculatura adutora da mandíbula, permitindo que mais alimento fosse ingerido. Além disso, uma maior especialização na dentição reflete um aumento na ênfase sobre o processamento de alimento, expandindo os tipos de dieta. Os dentes dos pelicossauros são do tipo homodonte, enquanto sinapsídeos mais derivados, como os mamíferos, apresentam dentição heterodonte, com dentes diferenciados quanto a tamanho, forma e função. A endotermia exige uma elevada demanda energética, demanda que é sustentada pelas modificações que ocorreram no crânio e na dentição nos sinapsídeos. Outras modificações como o desenvolvimento de um palato secundário, a posição dos membros mais sob o corpo (postura ereta) e a perda de costelas lombares permitiram o surgimento dessa condição fisiológica.[3]

Mamíferos[editar | editar código-fonte]

Os mamíferos são os únicos representantes do clado Synapsida viventes. São todos vivíparos (com exceção dos monotremados) caracterizados por dois traços marcantes: pelos e glândulas mamárias. Acredita-se que a origem das glândulas mamárias esteja relacionada com as glândulas sebáceas (utilizadas para lubrificar o pelo). Pesquisas sugerem que a evolução da lactação surgiu por intermédio dessas glândulas, que secretavam substâncias sinalizadoras aos filhotes, para que reconhecessem a mãe e ficassem próximos a ela. Essa forma de nutrição permite que a produção de descendentes seja independente da disponibilidade sazonal de alimento, além de tornar a viviparidade menos extenuante para a mãe, uma vez que os jovens podem nascer em estágios de pouco desenvolvimento, completando o processo fora do útero.[3]

Outras características presentes nos mamíferos são a heterodontia pós-canina, a mandíbula formada por um único osso (dentário), articulação mandibular dentário-esquamosal, palato secundário completo, a oclusão perfeita entre os dentes e a difiodontia (dois conjuntos de dentes substituíveis). Além disso, a presença de músculos faciais é um traço característico dos mamíferos, os quais são ausentes nos demais grupos de vertebrados. A presença desses músculos confere uma maior capacidade de expressões, utilizada para diversas funções, como comunicação.[3]

Os mamíferos mais antigos conhecidos eram de porte pequeno, como o Morganocodon, e assim foram durante grande parte da Era Mesozóica, onde o domínio terrestre era dos grandes répteis, como os dinossauros. A grande radiação da diversidade e distribuição dos mamíferos ocorreu na Era Cenozoica, muito devido ao fracionamento das massas continentais, o que favoreceu a evolução convergente de tipos ecomorfológicos. As variações na morfologia dos mamíferos fizeram desse o grupo entre os vertebrados com maior diversidade de formas e tamanhos, com espécies estando entre os maiores vertebrados terrestres e aquáticos.[3]

Os mamíferos são tradicionalmente divididos em três grandes grupos: os Allotheria (grupo extinto), os Prototheria (monotremados) e os Theria (que inclui os marsupiais e os placentários).[3]

Diapsida[editar | editar código-fonte]

Os Diapsida (arco duplo, do grego di = dois) formam o grupo mais diverso dentro dos amniotas, com aproximadamente 14 600 espécies existentes. Acredita-se que o grupo tenha surgido no Carbonífero, pouco tempo depois do surgimento dos primeiros amniotas.[22]

A principal característica dos Diapsida é a presença de duas aberturas (fenestras) temporais, uma superior e outra latero-inferior. A fenestra superior está entre os ossos pós-orbital, parietal e esquamosal, enquanto a inferior se encontra entre o jugal, pós-orbital, esquamosal e quadrado jugal. Ao longo da evolução, esse tipo de fenestração sofreu várias modificações, relacionadas com o hábito de vida de seus representantes. As linhagens de Diapsida incluem dois grandes grupos, os Lepidosauria (tuataras, lagartos e serpentes) e os Archosauria (crocodilos, aves e seus parentes extintos). Atualmente, pesquisas sugerem que as tartarugas (Testudines) são um grupo de Diapsida que regrediram a condição ancestral anapsida do crânio. Uma variedade de formas menos conhecidas e já extintas - incluindo Pterosauria, Ichthyosauria, Plesiosauria e Placodontia - completa a lista dos Diapsida.[3]

Testudines[3][editar | editar código-fonte]

As tartarugas são um grupo muito caracterizado pela presença de uma carapaça, porção superior do casco e de um plastrão, porção inferior do casco. Os cascos são formados por ossos dérmicos fundidos à coluna vertebral e às costelas. Acredita-se que a origem dessas estruturas protetoras tenha sido um evento secundário, inicialmente ocorrendo uma expansão das costelas e posteriormente a ossificação dérmica dessa região, formando-se placas. Muito provavelmente, a carapaça e o plastrão surgem em momentos distintos da evolução de Testudines.(25) As costelas se encontram externas às cinturas e fundidas às placas, assim como os arcos neurais das vértebras. A evolução dessa especialização morfológica reflete adaptações ao ambiente terrestre, com os primeiros indivíduos a surgir apresentando hábito fossorial. Posteriormente, o grupo se diversificou e invadiu uma série de outros habitats, como o de água doce e o marinho, com as espécies marinhas apresentando várias outras especializações e realizando migrações de longas distâncias.

Os Testudines são divididos em dois grupos (ordem), que estão relacionados ao modo de recolhimento da cabeça: os Cryptodira; os quais curvam o pescoço na forma de S, o que possibilita a retração da cabeça para dentro da carapaça; e os Pleurodira, os quais retraem a cabeça dobrando o pescoço lateralmente.

Lepidosauria[editar | editar código-fonte]

Os lepidossauros formam o maior grupo de répteis (grupo parafilético), contendo mais de 7 700 espécies, formando o segundo grupo mais diverso dentro dos Tetrapoda. São predominantemente terrestres, com algumas espécies secundariamente aquáticas. O tegumento dos lepidossauros é coberto por escamas epidérmicas, sendo relativamente impermeável. As diversas especializações morfológicas que ocorreram no grupo deram origens as mais variadas espécies. São divididos em duas ordens: Rhynchocephalia (tuataras) e Squamata (lagartos, anfisbenas e serpentes).[3]

As tuataras são lepidossauros endêmicos da Nova Zelândia, com apenas uma espécie conhecida (Sphenodon punctatus). Apresentam como característica a presença da condição diapsida do crânio pouco modificada, com duas aberturas temporais bem definidas. A presença de uma dentição acrodonte, com duas fileiras de dentes na maxila e uma na mandíbula também caracteriza esse grupo. São animais noturnos e crepusculares, se alimentando de insetos ou de pequenos vertebrados e invertebrados. Atualmente, a espécie corre risco de extinção.

Os Squamata são constituídos pelos lagartos, serpentes e anfisbenas. Suas relações filogenéticas são bem conhecidas, existindo discordância em alguns aspectos. Duas linhagens são reconhecidas: Iguania e Scleroglossa. Iguania inclui a grande família dos iguanas (Iguanidae) e os camaleões (Chamaeleonidae). Scleroglossa inclui várias famílias de lagartos, como os Varanidae, além das anfisbenas e serpentes.[3]

Algumas características são comuns aos Squamata, como a presença de uma cloaca transversal, um hemipênis (órgão copulador masculino) pareado eversível, ecdise completa e a presença de uma língua bífida, que se associa a um órgão vomeronasal (Jacobson). Um aspecto muito característico do grupo é a estreptostilia (cinese craniana), derivada de várias modificações na estrutura craniana de seus integrantes. A perda da barra temporal inferior pela perda do osso quadrado-jugal é comum a todos os squamatas, enquanto as serpentes perderam também a barra temporal superior e a  sínfise mandibular, ampliando ainda mais a capacidade de mobilidade do crânio. A perda de membros também é comum em vários grupos dentro de Squamata, como nas anfisbenas e serpentes. A origem desse evento é diversa, ocorrendo várias vezes de maneira independente nos diferentes grupos. Essas modificações morfológicas refletem uma série de especializações a diferentes hábitos ecológicos, resultando em uma diversidade muito grande de espécies.

Archosauria[editar | editar código-fonte]

O nome Archorsauria significa “répteis dominantes" e essas eram as criaturas que dominavam o mundo durante a era Mesozóica. Esse grupo de animais incluem os dinossauros, as aves, os crocodilos, os pterossauros e outros muitos grupos.[22] O esqueleto archosauro possui diversas sinapomorfias (características derivadas que definem um grupo) como dentes em cavidades (dentes thecodontes)[22] e fenestras anterorbital e mandibular (aberturas em frente aos olhos e na mandíbula, respectivamente).[23]

Os arcossauros tecodontes eram em sua maioria animais com escamas provavelmente ectotérmicos, que surgiram durante as condições desérticas do Triássico. Os únicos arcossauros ectotérmicos que persistiram até hoje foram os Crocodylia.[22] Já os Dinosauria possuem representantes que se acreditam serem endotérmicos, que surgiram durante o Mesozoico e até hoje estão representados por animais totalmente endotérmicos que são as aves.

Crocodylia[editar | editar código-fonte]

Apesar da aparência dos crocodilianos atuais, quando eles surgiram no Triássico Superior suas características eram totalmente diferentes. Eles eram menores, com patas longas e capazes de correr atrás de suas presas. Apenas durante o Jurássico que esse grupo se diversificou bastante, incluindo representantes terrestres e marinhos, e alguns com dentição diferenciada como nos mamíferos, capazes de mastigação, e algumas espécies até herbívoras. Apenas no Cretáceo Superior apareceram os primeiros Crocodylia, grupo bem homogêneo que sobrevive até os dias de hoje.[24]

São caracterizados por escudos epidérmicos, com placas ósseas subjacentes no dorso. São predadores de topo de hábitos semi aquáticos, encontrados em água doce e até no mar, porém, próximos a costa. Têm a cauda achatada lateralmente, membrana interdigitais e um rostro longo. São ectotérmicos e ovíparos, geralmente com cuidados à prole.[24]

São divididos em 3 grupos:[24]

  • Alligatoridae (jacarés e aligatores): são caracterizados por terem o focinho em forma de “U” e dentes inferiores não visíveis dorsalmente;
  • Crocodylidae (crocodilos propriamente ditos): são caracterizados por terem o focinho em forma de “V” com uma chanfradura onde se encaixa o quarto dente inferior bastante desenvolvido e visível dorsalmente;
  • Gavialidae (gaviais): são caracterizados por possuírem um focinho bem estreito que é utilizado na predação de peixes.

Aves

As aves são uma linhagem de dinossauros que desenvolveu o voo durante o Mesozoico. Diversificaram-se em mais de 14 mil espécies e ocupam quase todos os ambientes terrestres nos sete continentes.[25] As penas são a característica distintiva das aves, e asas com penas são as estruturas que permitem que uma ave voe.[3] Outras características são a endotermia, a presença de sacos aéreos, bicos sem dentes, a diversidade de tipos de pé, um coração com quatro câmaras e um alto metabolismo.[26]

As aves podem possuir a capacidade de voar ou não, sendo as que possuem a capacidade de voar chamadas de carinatas e as que não possuem chamadas de ratitas.[27]

Outra característica bem marcante das aves é a oviparidade. Os filhotes podem ser divididos em dois grupos caracterizados pelo grau de dependência dos pais: os nidícolas, que nascem nus, cegos e sem conseguir se alimentar, dependendo mais dos pais; e os nidífugos, que nascem com penas, olhos abertos e já possuem certa independência para se alimentar, por isso, dependendo menos dos seus genitores.[25]

Referências

  1. Pough FH, Janis CM, Heiser JB (2004) Vertebrate Life. Benjamin Cummings, London
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