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Zabumba

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Bumbo zabumba industrial

A zabumba (pronúncia em português: [zaˈbũbɐ])[nota 1] é um tipo de bumbo usado na música brasileira. O tocador usa o tambor em pé e usa as duas mãos enquanto toca.[4]

A zabumba geralmente varia em diâmetro de 16 a 22 polegadas e tem 5 a 8 polegadas de altura. O casco é feito de madeira e pode utilizar pele ou peles de tambor de plástico e geralmente é tensionado através de terminais de metal e hastes de tensão. A cabeça superior é geralmente silenciada com fita ou tira(s) de pano e golpeada com um martelo coberto de pano (segurado na mão direita) para produzir uma nota fundamental baixa com tons mínimos. A cabeça inferior é afinada mais apertada e é atingida com uma vara fina, semelhante a um galho, chamada bacalhau, que é segurada na mão esquerda para produzir um fundamental alto com um ataque agudo e numerosos harmônicos.[5]

Na construção, afinação e técnica de execução, a zabumba é muito semelhante aos bumbos encontrados na região do Mediterrâneo oriental, como o davul.[6]

A zabumba tornou-se conhecida em outras regiões do Brasil, inicialmente, através utilizada nos gêneros de forró, coco, baião e, posteriormente, do trio de forró incluindo xote, xaxado, arrasta-pé ou marcha. O trio instrumental do baião, constituído por sanfona, triângulo e zabumba, foi consagrado por Luiz Gonzaga, que afirma ter incorporado o membranofone inspirado na banda de pífanos. A zabumba é o instrumento responsável pela marcação do ritmo nos trios de forró. Ela é a única responsável pela base de sustentação do pulso, por possuir um som grave e profundo.[5][7]

Notas e referências

Notas

  1. Gramaticalmente do gênero masculino,[1][2][3] é, no entanto, costumeiramente tratado como substantivo feminino, possivelmente por contaminação linguística de uma planta com mesmo nome[1][3].

Referências

  1. a b Houaiss, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
  2. Camelo, Paulo. Dicionário do falar pernambucano. Olinda: Babecco, 2018, 2. ed.
  3. a b Nascentes, Antenor. Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Block Editores, 1973, Vol. VI
  4. M. Z. C., PEREIRA; F. A. P., SOARES; G. M. O., SOUZA; R. F. S., HONORATO (25 de janeiro de 2016). «Os discursos sobre currículo e as concepções de avaliação nos I e II segmentos do ensino fundamental da rede municipal de João Pessoa/PB». Revista Espaço do Currículo (3): 490–507. ISSN 1983-1579. doi:10.15687/rec.2015.v8n3.490507. Consultado em 18 de julho de 2022 
  5. a b de Azevedo, Luiz Heitor Correa; Marcondes, Marcos Antonio (1983). «Enciclopedia da musica brasileira. Erudita, folclorica, popular». Latin American Music Review / Revista de Música Latinoamericana (2). 271 páginas. ISSN 0163-0350. doi:10.2307/780271. Consultado em 18 de julho de 2022 
  6. Santos, Hugo Ricardo (13 de fevereiro de 2020). «Guia para identificação dos Tubarões, Raias e Quimeras do Rio de Janeiro». Revista Nordestina de Biologia (1). ISSN 2236-1480. doi:10.22478/ufpb.2236-1480.2019v27n1.47122. Consultado em 18 de julho de 2022 
  7. «Novabrasil FM». Novabrasil FM. 26 de setembro de 2021. Consultado em 18 de julho de 2022