Alberto Sarti
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Abril de 2024) |
Alberto Sarti (Livorno, 1858 - [dps 1919]) foi um maestro, compositor e professor de canto italiano, bastante referenciado na imprensa portuguesa entre finais do séc. XIX, inícios do séc. XX.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Alberto Sarti nasceu em Livorno, no seio de uma família de artistas[1] (entre os seus antepassados estaria Giuseppe Sarti, mestre de Cherubini). O seu irmão, Gualtiero Sarti, também foi violoncelista e compositor, mas terá falecido com cerca de 22 anos.
Estudou no Conservatório de Florença, onde teve Mabellini como professor de composição e Bioggi como professor de piano. Mais tarde, foi regente de orquestra nos teatros de Florença, Livorno, Ancona, Signa e Macerata.
Ainda em Itália, casou-se com Clara Sonnemann.
No final do séc. XIX, em 1886, foi contratado como diretor de orquestra para o Teatro S. João, no Porto (Portugal). Posteriormente, trabalhou como primeiro maestro no Real Coliseu de Lisboa e foi contratado pela empresa Valdez para o Teatro Nacional de S. Carlos, para as épocas de 1890-91 e para 1892.[2]
De seguida, dedicou-se ao ensino do canto e fundou a Schola Cantorum, uma escola dedicada à valorização da música religiosa.
Obras[editar | editar código-fonte]
As suas obras[3] podem dividir-se em:
Grande Orquestra[editar | editar código-fonte]
- Evocazione, paráfrase para grande orquestra, solos e coros sobre a Andante da Sonata Patética de Beethoven, com versos de Dante.
- Serenata, texto popular de Águeda.
- 12 Paráfrases, sobre temas clássicos e autores célebres.
Canto e Piano[editar | editar código-fonte]
- Rondine Amica
- Se tu volessi
- Valsa lenta
- I divini occhi tuoi
- Canzone di inverno
- Canzone di autunno
- Canto di Mignon
- Dolce visione
- Amor segreto
- Rose di Coimbra
- Testament d'amour
- Dernière prière
- Tendresse
- Les chaînes
- Le chant de la pluie
- Le baiser
- Les cheveux
- Les deux coeurs
- Détachement
- Pourquoi rougissent les roses, poema de Maurice Bosch
- Canção do passado, com letra de D. Luthgarda Caires
- Moreninha, com letra de Alberto Monsaraz
- Sinos ao longe, com letra de Affonso Lopes Vieira
- Dança de roda, com letra de D. Luthgarda Caires
- Á Desgarrada, com letra de D. Luthgarda Caires
- Duvida, com letra de Júlio Dantas
- Canção do mar bravo, com letra de Ribeiro de Carvalho
- Canção da barca, com letra de D. Luthgarda Caires
- Passeio de Santo António, com letra de Augusto Gil
- Com os olhos a chorar, com letra de Vicente Arnoso
- Villancete, com versos de Carvalho Osório
Referências
- ↑ Ver verbete na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
- ↑ Ver curta biografia do maestro disponível no artigo «Concerto Sarti no Theatro Nacional», disponível nas páginas 152 e 153 da revista Brasil-Portugal, n.º 346.
- ↑ Um elenco de algumas das suas obras até 1911 é apresentado como introdução à sua entrevista no livro Horas D'Arte (Palestras sobre Música), de Alfredo Pinto (Sacavém).
- AA.VV. (s.d.). «Sarti (Alberto)». In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (Vol. XXVII, p. 773). Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, Lda.
- AA.VV. (s.d.).Canções Portuguezas. (6.ª série). Lisboa: Neuparth ₰ Carneiro Editores. Disponível em Biblioteca Nacional Digital: https://purl.pt/39050
- AAVV. (s.d.).Canções Portuguezas. Collecção escolhida de trechos de musica portugueza para canto e piano (8.ª série). Lisboa: Neuparth ₰ Carneiro Editores. Disponível em Biblioteca Nacional Digital: https://purl.pt/28775
- Pinto, A. (1913). «Alberto Sarti». In Horas D'Arte (Palestras sobre Música). Lisboa: Livraria Ferin Baptista, Torres ₰ C.ta, pp. 73-78.
- Revista Brasil-Portugal, n.º 346