Maria Sofia de Hesse-Cassel
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Maria Sofia | |
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Retrato por Jens Juel, c. 1789 | |
Rainha Consorte da Dinamarca | |
Reinado | 13 de março de 1808 a 3 de dezembro de 1839 |
Coroação | 31 de julho de 1815 |
Predecessora | Carolina Matilde da Grã-Bretanha |
Sucessora | Carolina Amália de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Augustenburg |
Rainha Consorte da Noruega | |
Reinado | 13 de março de 1808 a 14 de fevereiro de 1814 |
Predecessora | Carolina Matilde da Grã-Bretanha |
Sucessora | Edviges de Holsácia-Gottorp |
Nascimento | 28 de outubro de 1767 |
Hanau, Hesse-Cassel, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 22 de março de 1852 (84 anos) |
Frederiksberg, Dinamarca | |
Sepultado em | Catedral de Roskilde, Roskilde, Dinamarca |
Nome completo | Maria Sofia Frederica |
Frederico VI da Dinamarca | |
Descendência | Carolina da Dinamarca Guilhermina Maria da Dinamarca |
Casa | Hesse-Cassel (por nascimento) Oldemburgo (por casamento) |
Pai | Carlos de Hesse-Cassel |
Mãe | Luísa da Dinamarca |
Religião | Luteranismo |
Maria Sofia Frederica (Hanau, 28 de outubro de 1767 – Frederiksberg, 22 de março de 1852) foi a esposa do rei Frederico VI e Rainha Consorte da Dinamarca de 1808 até 1839, e também Rainha Consorte da Noruega entre 1808 e 1814. Era filha do príncipe Carlos de Hesse-Cassel e da princesa Luísa da Dinamarca, sendo prima direta de seu marido.
Família[editar | editar código-fonte]
Maria Sofia era a filha mais velha de conde Carlos de Hesse-Cassel e da princesa Luísa da Dinamarca. Os seus avós paternos eram Frederico II, Conde de Hesse-Cassel e a princesa Maria da Grã-Bretanha. Maria era filha do rei Jorge II da Grã-Bretanha e da marquesa Carolina de Ansbach. Os seus avós maternos eram o rei Frederico V da Dinamarca e a princesa Luísa, outra filha do rei Jorge II da Grã-Bretanha. O seu pai era o segundo filho do conde de Hesse-Cassel e, como tal, não tinha nenhum principado seu. Assim, as suas posições dependiam de outros membros cadetes de outras casas reais pela Europa. Como a Dinamarca era a que oferecia uma posição melhor, Carlos mudou-se para lá.
Assim, Maria cresceu principalmente na Dinamarca, onde o seu pai era uma figura influente, principalmente por ser o governador de várias províncias. A sua mãe era a terceira filha do rei Frederico V da Dinamarca e, como tal, Maria Sofia era sobrinha do rei Cristiano VII.
Casamento[editar | editar código-fonte]
A 31 de julho de 1790, Maria Sofia casou-se com o seu primo direito, o príncipe-herdeiro Frederico da Dinamarca, na altura regente do reino e futuro rei Frederico VI da Dinamarca. O seu marido era regente desde 1784, quando tinha apenas dezasseis anos de idade, em nome do seu pai, o rei Cristiano VII da Dinamarca que tinha enlouquecido e morreu em 1808. O casal real assumiu o trono após a morte do rei, tendo já sido monarcas de facto nas duas décadas anteriores. Como consequência da derrota de Napoleão Bonaparte, aliado da Dinamarca, o país perdeu a Noruega e os reis perderam o título de rei e rainha da Noruega em 1814. A rainha Maria foi regente da Dinamarca em 1814-1815, durante a ausência do seu marido que tinha ido viajar ao estrangeiro.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/89/Miniature_of_Princess_Frederikke_of_Denmark.jpg/220px-Miniature_of_Princess_Frederikke_of_Denmark.jpg)
Maria foi escolhida pelo seu primo para esposa principalmente para que ele mostrasse como era independente da Corte que queria um casamento com mais vantagens políticas. O casamento foi celebrado com muito entusiasmo pelo público visto que Maria Sofia era considerada completamente dinamarquesa e não estrangeira, sendo recebida com grande entusiasmo pelos seus súbditos quando chegou a Copenhaga. Na corte real, era ofuscada pela irmã do seu marido que era a Primeira Dama da corte. Era muito pressionada para dar à luz um herdeiro masculino e quando o seu último parto lhe provocou um ferimento grave que a impedia de voltar a ter relações sexuais, foi obrigada a aceitar o adultério do marido com Frederikke Dannemand. Teve muito êxito a gerir o estado em 1814 e 1815. Interessava-se por política e genealogia e escreveu e publicou um livro intiulado Exposé de la situation politique du Danemarc entre 1807–14 e em 1822-24 publicou o suplemento genealógico Tafeln zu Joh que inspirou o seu marido a aceitar a entrada do futuro rei Cristiano IX da Dinamarca no seu círculo familiar. Protegia a organização caritativa Det Kvindelige Velgørende Selskab desde 1815. Como viúva retirou-se da vida pública, sendo respeitada como um símbolo da velha dinastia.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Maria Sofia e Frederico tiveram oito filhos, contudo, nenhum dos meninos sobreviveu aos primeiros anos de vida e, quando o rei morreu em 1839, foi sucedido pelo seu primo, o rei Cristiano VIII da Dinamarca. Os seus filhos foram os seguintes:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c8/Marie_Sophie_Frederikke%2C_and_her_daughter%2C_princess_Caroline.jpg/220px-Marie_Sophie_Frederikke%2C_and_her_daughter%2C_princess_Caroline.jpg)
- Cristiano da Dinamarca (22 de setembro de 1791 – 23 de setembro de 1791), morreu com um dia de idade.
- Maria Luísa da Dinamarca (19 de novembro de 1792 – 12 de outubro de 1793), morreu aos dez meses de idade.
- Carolina da Dinamarca (28 de outubro de 1793 – 31 de março de 1881), casada com Fernando, Príncipe Hereditário da Dinamarca; sem descendência.
- Luísa da Dinamarca (21 de agosto de 1795 – 7 de dezembro de 1795), morreu aos três meses de idade.
- Cristiano da Dinamarca (1 de setembro de 1797 – 5 de setembro de 1797), morreu com quatro dias de idade.
- Juliana Luísa da Dinamarca (12 de fevereiro de 1802 – 23 de fevereiro de 1802), morreu com onze dias de idade.
- Frederica Maria da Dinamarca (3 de junho de 1805 – 14 de julho de 1805), morreu com um mês de idade.
- Guilhermina Maria da Dinamarca (18 de janeiro de 1808 – 30 de maio de 1891), casada primeiro com o rei Frederico VII da Dinamarca de quem se divorciou sem descendência. Casada depois com Carlos, Duque de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg; sem descendência.
A rainha Maria Sofia lamentava o facto de não ter filhos que pudessem herdar o trono nem netos. Quando a sua irmã mais nova, a duquesa Luísa Carolina de Hesse-Cassel, ficou viúva quando grande parte do grande número de filhos que tinham ainda eram muito novos, a rainha Maria aceitou receber os mais novos no seu palácio. Eram muito mais novos do que as duas filhas da rainha e pode-se considerar que a rainha se sentia como uma avó com eles. Uma dessas crianças era o príncipe Cristiano de Lyksborg, nascido em 1818, que se tornaria no rei Cristiano IX da Dinamarca.
Cristiano e a sua esposa Luísa deram o nome de Maria Sofia Frederica Dagmar à sua segunda filha, nascida em 1847, em honra da rainha. Já depois da sua morte, essa menina tornou-se na czarina Maria Feodorovna da Rússia, mantendo o nome da rainha.
Maria Sofia tornou-se a 292.ª dama da Ordem Real da Rainha Maria Luísa a 17 de abril de 1834.
Ancestrais[editar | editar código-fonte]
Referências
- Dansk Kvindebiografisk Leksikon, Marie (1767 - 1852) Marie Sophie Frederikke
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Marie Sophie of Hesse-Kassel», especificamente desta versão.
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