A linha do mar
A linha do mar é uma escultura da autoria de Pedro Cabrita Reis, artista plástico português de renome internacional.
A obra encontra-se em Leça da Palmeira, na marginal desenhada pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, junto ao farol da Boa Nova.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/32/A_Linha_do_Mar.jpg/220px-A_Linha_do_Mar.jpg)
Foi inaugurada no dia 15 de dezembro de 2019, pela presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.[1]
Descrição[editar | editar código-fonte]
A escultura é composta por 5 conjuntos de vigas de ferro HA400, pintadas com tinta branca, que se estendem por 40 metros. Cada conjunto é constituído por vigas de diferentes tamanhos posicionadas verticalmente sobre uma base horizontal.
A obra apresenta “uma nova perspectiva sobre a linha de horizonte do mar”, “sugerindo diversas interpretações através da forma e geometria e da sua sobreposição com o oceano” e, segundo Cabrita Reis, é um lugar onde as pessoas se podem sentar, conviver e apreciar a proximidade com o mar.[2]
Vandalização[editar | editar código-fonte]
A escultura gerou controvérsia junto da população de Leça da Palmeira, tendo sofrido várias vandalizações.
A primeira ocorreu pouco tempo depois da inauguração, mais precisamente a 29 de dezembro de 2019. Com graffiti preto, foram escritos dizeres como “CMM vergonha”, “os nossos impostos”, “300 mil€” e “isto é Leça”, como forma de criticar os elevados custos da adjudicação da obra, que ascendeu os 307 mil euros. A Câmara Municipal de Matosinhos procedeu rapidamente à limpeza da escultura.[3]
Passado quase um mês, a escultura de Cabrita Reis voltou a ser vandalizada com graffiti e foi novamente restaurada.
Pouco tempo depois da primeira vandalização, Pedro Almeida, um emigrante português a viver em Inglaterra, transformou as vigas da escultura num estendal ao pendurar nelas várias peças de roupas, com palavras e frases escritas, com o intuito de mostrar a insatisfação com a colocação da estrutura na marginal. Acabou por recolher a roupa uma hora depois.[4]
Estes foram apenas alguns dos muitos casos de vandalização da obra.
Manutenção[editar | editar código-fonte]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a2/%22A_Linha_do_Mar%22.jpg/220px-%22A_Linha_do_Mar%22.jpg)
Passado pouco mais de um ano da inauguração da escultura, esta apresentava sinais de ferrugem ao longo das diversas vigas, devido à proximidade do mar. Daí a necessidade de recorrente manutenção e recorrentes gastos com tinta.[5]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «'A Linha do Mar' | CM Matosinhos». www.cm-matosinhos.pt. Consultado em 9 de novembro de 2023
- ↑ «"A Linha do Mar" | CM Matosinhos». www.cm-matosinhos.pt. Consultado em 9 de novembro de 2023
- ↑ Flor, Aline (29 de dezembro de 2019). «"Vergonha", "300 mil euros": escultura de Pedro Cabrita Reis vandalizada em Leça da Palmeira». PÚBLICO. Consultado em 9 de novembro de 2023
- ↑ Observador. «Emigrante monta estendal na obra de Cabrita Reis em Matosinhos». Observador. Consultado em 9 de novembro de 2023
- ↑ Vieira, André Borges (27 de março de 2021). «Primeiro foi pichada. Agora, a escultura de Cabrita Reis em Leça está ferrugenta». PÚBLICO. Consultado em 9 de novembro de 2023